INTERAÇÃO MEDULAR COM OS SISTEMAS MOTORES VIAS DE TRANSMISSÃO MEDULAR E SEUS REFLEXOS

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Sociologia

Documento 1

RESPOSTA NERVOSA À VARIAÇÃO DE COMPRIMENTO MUSCULAR 4. REFLEXO DE ESTIRAMENTO MUSCULAR 5. ESTABILIZAÇÃO DAS ARTICULAÇÕES NOS MOVIMENTOS MOTORES DETALHADOS 6. ÓRGÃO TENDINOSO DE GOLGI 7. REFLEXOS DE FLEXÃO E DE RETIRADA 8. Possuem poucos filamentos de actina e miosina, portanto sua especialidade não é a contração, mas sim o feedback que elas vão proporcionar ao sistema nervoso central sobre a condição da estrutura muscular em que estão inseridas. As fibras com essas peculiaridades são chamadas de fibras intrafusais, já as grandes fibras que participam ativamente para a contração e o estiramento muscular, são chamadas de fibras extrafusais. Essas fibras intrafusais podem se diferenciar em dois tipos: as fibras que formam uma espécie de amontoado de núcleos e outras fibras que dispõem os núcleos em cadeias.

INERVAÇÃO DO FUSO As fibras intrafusais recebem inervação tanto motora, quanto sensitiva, diferente das fibras extrafusais que geralmente são inervadas por um neurônio eferente motor. A porção receptora das fibras nervosas do fuso geralmente se localiza na região central, que não possui capacidade contrátil, o suprimento sensorial se origina nessa área e reage ao estiramento do fuso por dois fatores: a alteração no comprimento muscular ou contração das regiões terminais das fibras intrafusais. Da mesma forma, caso o estímulo seja para o relaxamento muscular, as fibras do fuso vão relaxar evitando o acúmulo de tensão na região sensibilizada e, consequentemente, evitando a saturação de estímulos das fibras aferentes. Essa coordenação de movimentos entre os dois tipos de fibras musculares pelo estímulo das fibras nervosas, chamada de coativação dos neurônios alfa e gama é fundamental para a correta atuação dos reflexos.

REFLEXO DE ESTIRAMENTO MUSCULAR Quando um músculo é rapidamente estendido, as fibras aferentes do tipo IA do fuso detectam essa mudança e enviam sinais potentes para a medula, causando uma resposta imediata de contração reflexa das fibras musculares grossas (tipo alfa) do próprio músculo e dos músculos de movimento associado. A fibra nervosa proprioceptiva primária adentra a raiz dorsal da medula e, por meio de uma via monossináptica, liga-se ao neurônio motor anterior homônimo que já envia impulsos para o mesmo músculo. Já as fibras secundárias, por serem menos potentes, enviam o sinal com atraso e, diferente das primárias que se conectam diretamente com o neurônio motor, se conectam com interneurônios que atrasam ainda mais a propagação do impulso de volta para o músculo e, também, atuam como interneurônios inibidores que recebem informações das fibras aferentes Ia e das células de Renshaw, que inibem a propagação do impulso lateral, focando o reflexo na musculatura específica.

REFLEXO DE ESTIRAMENTO NA CLÍNICA O reflexo de estiramento é bastante explorado no ambiente clínico, quando o médico, por meio de testes e manobras, analisa a sensibilidade do paciente provocando repetidamente o reflexo de estiramento. Dentre esses testes, pode-se citar o reflexo patelar, os testes de clônus, entre outros. Esses reflexos são fundamentais para a avaliação da atividade dos centros espinhais da medula. De forma que impulsos muito restritos podem indicar pouco estímulo medular e impulsos excessivos podem indicar excesso de estímulo medular, facilitando a avaliação de possíveis lesões em áreas importantes do SNC, como as áreas motoras do córtex cerebral e condições que prejudicam a área facilitadora bulborreticular no tronco cerebral. Frequentemente, danos causados por hemorragias cerebrais e por tumores podem provocar reflexos exagerados de estiramento muscular na área contralateral do corpo.

Sua principal diferença quanto aos impulsos enviados pelos receptores do fuso consiste no fato de que a excitação das fibras Ib detectam alteração na tensão muscular impressa no tendão, enquanto as fibras do fuso detectam alteração no comprimento muscular. As fibras nervosas primárias Ib, da mesma forma que as fibras Ia possuem uma resposta dinâmica e estática. A resposta dinâmica faz com que o receptor detecte a rápida variação de tensão muscular causada por um reflexo de estiramento, após a passagem desse estado de tensão, quando o músculo volta ao seu estado de repouso a quantidade de impulsos diminui gradualmente devido à reciclagem de pontes cruzadas e ao reestabelecimento da posição natural do sarcômero.

Caso seja detectada uma tensão excessiva no músculo, as fibras nervosas aferentes enviam um impulso para os interneurônios medulares inibitórios que inibem a atividade do neurônio motor alfa e gera o relaxamento muscular, como medida protetiva contra uma tensão excessiva, esse efeito é chamado reação de alongamento. REFLEXOS DE FLEXÃO E DE RETIRADA Os estímulos cutâneos, principalmente, em terminações da dor vão gerar uma resposta reflexa, a diferença é de denominação e varia conforme o local desse estímulo. Esse tempo é o necessário para não ocorrer um desequilíbrio e envolve um número maior de interneurônios, na medida em que quanto mais interneurônios envolvidos, maior o tempo para a condução do estímulo, mas também maior o tempo de pós-descarga, dado que haverá uma circuitaria maior para reverberar o estímulo.

INIBIÇÃO E INERVAÇÃO RECÍPROCA Como explícito, a movimentação de uma determinada parte do corpo necessita de movimentos conjugados e recíprocos e, portanto, a ativação de determinados grupos musculares precisa estar associada à inibição dos seus antagonistas, como o reflexo de flexão necessita da inibição dos músculos extensores do mesmo membro, esse processo chamamos de inibição recíproca e os neurônios envolvidos nela fazem parte da inervação ou circuitaria recíproca. Esse mecanismo pode ocorrer não só em musculaturas antagonistas, mas também como uma forma de potencialização de um movimento. Um exemplo de inibição recíproca é a potencialização do estímulo de um lado do corpo pela ativação do mesmo grupo de músculos da área oposta do corpo, o estímulo é gerado pelo neurônio sensitivo aferente e leva a resposta para os interneurônios que participam da circuitaria ipsilateral, antes do reflexo se efetivar, no lado oposto do corpo é gerado um reflexo da mesma natureza, mas com maior intensidade, esse reflexo secundário envia sinais inibitórios para o circuito responsável pelo reflexo de flexão do membro alvo do estímulo doloroso, reduzindo, assim, seu grau de flexão.

Por fim, o reflexo secundário no membro oposto cessa e possibilita uma potencialização do reflexo original, fazendo com que ele reassuma a intensidade anterior. A medula, mesmo seccionada impossibilitando a conexão dos lados opostos, ou seja, um bloqueio longitudinal da conexão, ainda faz com que cada membro, possua a reação de suporte e realize uma marcha individual, notavelmente quando há secções desse tipo não há atuação recíproca entre os lados corporais e, assim, os movimentos ficam dessincronizados, cada um com sua própria marcha. Em condições naturais, pela atuação da circuitaria recíproca o movimento de flexão de um membro é respondido pelo outro com uma extensão e, dessa forma, os interneurônios possibilitam o controle da musculatura de forma regular e síncrona entre os membros opostos.

REFLEXOS DE MARCHA O animal pode desenvolver diversos tipos de marcha e de reflexos vinculados a ela, na marcha em galope por exemplo, o animal move os pares de membros na mesma direção, os anteriores movimentam-se para trás e os posteriores para frente, de maneira a impulsionar o animal. Esse reflexo é gerado quando os estímulos são aplicados da mesma maneira nos dois membros do animal, quando ele corre a pressão que a superfície faz em suas patas gera um reflexo de estiramento da musculatura nos dois membros, fazendo com que eles realizem o mesmo movimento. Já no caso da marcha diagonal, quando o membro anterior sincroniza com o membro posterior contralateral, o estímulo é dado no membro anterior e no posterior. Por ser uma reação extensa, podem ser percebidos rações de espasmo muscular, esvaziamento da bexiga e/ou do colón, aumento da pressão arterial pela contração da musculatura vascular, dentre outras.

TRANSECÇÃO MEDULAR Para atuar de forma correta os neurônios medulares precisam de um controle, esse controle é diretamente ligado aos núcleos superiores, que enviam descargas elétricas contínuas, caso ocorra uma transecção que impeça essa comunicação, principalmente dos tratos reticuloespinal, vestibuloespinal e corticoespinhal, haverá uma diminuição de toda circuitaria medular abaixo da transecção. Por isso, em casos de transecções cervicais, há grande prejuízo que poderá voltar aos poucos, dependendo da cicatrização, ou não voltar. Como mecanismo de tentativa de reparo os neurônios medulares aumentam sua excitabilidade de modo a sensibilizar-se mais para compensar a perda ou diminuição dos impulsos provenientes dos tratos reguladores superiores. A esse fenômeno de desregulação das atividades medulares pela interrupção da conexão com os centros superiores que causam perca das respostas espinais, chamamos choque espinal.

com 5. Método para avaliação quantitativa da espasticidade baseado no limiar do reflexo de estiramento tônico. Disponível em: https://repositorio. ufu. br/handle/123456789/14529 6.

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