Inclusão social e escolar: enfrentando os paradigmas da segregação

Tipo de documento:Projeto

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Assim, a partir dessa hipótese, investigaremos com autores as raízes sociais do paradigma da segregação e pensaremos sobre possíveis maneiras de romper com esse modelo, trazendo benefícios à aprendizagem e à qualidade de vida no ambiente escolar. Palavras-chave: Inclusão; Educação; Segregação; Sociedade; Cultura. INTRODUÇÃO O termo segregação escolar é amplo. Pode ser pensado de forma simples no modo como se estrutura a oferta de vagas no Brasil. Temos escolas particulares (de distintos níveis) que estarão “vendendo” o sonho de uma educação ideal para a formação de sujeitos, em geral, dentro de um escopo competitivo; as escolas públicas municipais e estaduais, cada qual com desafios diferentes, a partir dos investimentos públicos destinados a elas, e ainda escolas militares que voltam a ser enaltecidas com o retorno da extrema direita no Brasil e que, embora não sejam o foco deste estudo, demonstram que o pensar “inclusivo” na educação já surge fragmentado por uma série de possibilidades ou impossibilidades de raízes socioeconômicas, culturais, ideológicas, entre outras.

MAZZOTTA; D’ANTINO, 2011, p. Para vencer a lógica segregacionista, as mudanças devem ser mais abrangentes. Segundo Rosita Carvalho (2004, p. desenvolver culturas, políticas e práticas inclusivas, marcadas pela responsabilidade e acolhimento está no foco da educação inclusiva, o que estende o olhar para o social como um todo. A autora destaca a necessidade de se criar espaços dialógicos entre os professores, bem como criar vínculos mais estreitos com as famílias, levando-as a participarem dos processos decisórios em relação à instituição e a seus filhos e filhas. Na prática, as pesquisadoras constataram que a diversidade de tipos de deficiência chama muito a atenção, assim como as dificuldades de aprendizagem cedem espaço para deficiências sensoriais, mentais e físicas, ou seja, há nessas escolas um número significativo de alunos com sérios comprometimentos e muitos chegaram tardiamente: “O espaço familiar foi o único espaço de socialização; situações que requerem respostas rápidas e consistentes dos profissionais da escola e dentre eles, do professor especializado” (CAIADO; MARTINS; ANTONIO, 2009, p.

MATERIAIS E MÉTODOS Trata-se de pesquisa qualitativa, a fim de aprofundar conceitos acerca de educação inclusiva em suas problemáticas sociais. Quando se trata dessa forma de abordagem, “a interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo. KAUARK, MANHÃES, MEDEIROS, 2010, p. Como procedimento, adotamos a revisão bibliográfica, com foto em livros que são referência na área, bem como artigos de cunho atual que possam ampliar as perspectivas. Essa proposição demonstra que a lógica precisa ser alterada para salas de aula mais inclusivas a priori, ou seja, antes mesmo de se verificar necessidades específicas, uma vez que cada indivíduo é único e complexo, e questões comportamentais e de rendimento escolar já apontam para um distanciamento das formas tradicionais de ensinar do perfil dos ingressantes, em que pesem as tecnologias e a fragmentação de atenção já bem conhecidos nesse universo.

Assim, embora breve, essa revisão teórica contribui para uma sensibilização maior sobre alternativas que não repitam as mesmas queixas e estratégias e que passam, inevitavelmente, pela mudança de paradigmas sociais de valor, de competitividade, de desempenho, de conteúdo com vistas a uma formação global e humanizadora. CONCLUSÃO É paradoxal que as discussões acima apresentadas, e que poderiam sinalizar para um quadro mais otimista de inclusão musical, esportiva, entre outras habilidades que permitam a cada indivíduo expressar suas necessidades, angústias e potenciais de forma criativa, em diálogo com os saberes possíveis de se adquirir na escola, esbarrem em políticas públicas que sinalizam para o retrocesso, em pleno 2020. Fomenta-se, socialmente, um desmanche de políticas públicas voltadas à Cultura especialmente, relegando essa área ao plano do “ter que provar sua necessidade e validar seu custo”.

O viés técnico que atravessa as novas propostas para a Educação contradiz o explanado até aqui, uma vez que o foco volta a ser desenvolvimentista e produtivista, na contramão do humanizante e agregador. dez. CARVALHO, Rosita Edler. A nova LDB e a educação especial. Rio de Janeiro: WVAA, 2004. KAUARK, F. html>. Acesso em:10 dez. MAZZOTTA, Marcos José da Silveira; D’ANTINO, Maria Eloísa Famá. Revista Saúde Sociedade. São Paulo, v. STUMPF, Ida Regina. Pesquisa bibliográfica. In DUARTE, Jorge; BARROS, Antonio (org. Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação. ed.

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