Importância de coberturas verdes em centros urbanos

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Ciencias ambientais

Documento 1

f. Monografia (Curso). Universidade Cruzeiro do Sul. São Paulo, 2018. RESUMO A crescente ocupação territorial, a grande concentração de edificações e a falta de planejamento, bem como ordenamento do solo, têm contribuído para o surgimento de grandes impactos ambientais nos centros urbanos, responsáveis por contribuir para a degradação de ecossistemas, o esgotamento de recursos naturais, o agravamento do efeito estufa e consequentemente, redução da capacidade de suporte do planeta. Universidade Cruzeiro do Sul. São Paulo, 2018. ABSTRACT The increasing territorial occupation, the high concentration of buildings and the lack of planning, as well as soil planning, have contributed to the emergence of large environmental impacts in urban centers, responsible for contributing to the degradation of ecosystems, depletion of natural resources, the increase of the greenhouse effect and consequently, reducing the ability of the planet's support.

In this context, the green roof is a constructive and ecological solution of extreme importance to minimize the disturbances arising from urbanization and adapt the buildings in half. Thus, the present work aims to demonstrate the importance of the main deployment of green coverage in urban centres, in order to introduce the concepts and principles of this instrument, highlighting its benefits to these areas. Qualidade do ar 13 2. Melhoria do Conforto Térmico e Conservação de Energia 14 2. Durabilidade 14 2. Aumento de Áreas Verdes e da Biodiversidade Urbana 15 3 METODOLOGIA 16 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO 17 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 20 REFERÊNCIAS 21 1 INTRODUÇÃO O crescente processo de urbanização e aumento da população mundial é responsável por gerar grandes impactos sobre o meio ambiente e a qualidade de vida (MORAES, 2013). As práticas de retirada da cobertura vegetal original, a impermeabilização de solos, a emissão de gases poluentes, a utilização de materiais agressivos e a canalização de rios e córregos, vêm se tornando, cada vez mais, comuns e frequentes nos centros urbanos (PALMEIRA, 2016).

A urbanização ainda é um processo fundamental para o desenvolvimento de qualquer nação, entretanto, com o advento de estudos e das preocupações climáticas, surgiu um forte pressuposto de que este crescimento urbano seja um dos principais fatores responsáveis pelos distúrbios climáticos que vêm ocorrendo pelo mundo (OLIVEIRA NETO, 2014). Um dos grandes fenômenos climáticos ocasionados sobre os centros urbanos, corresponde a ilha de calor (Figura 1), definida pelo aquecimento diferenciado entre diferentes regiões de um mesmo município (FERRAZ, 2012). Fonte: EMC (2017) A ilha de calor caracteriza-se por promover o aumento das temperaturas médias em áreas urbanas, que apresentam uma maior superfície construída e, consequentemente, menor presença de coberturas vegetadas (MAGALHÃES FILHO, 2006). Corresponde, portanto, ao acúmulo de calor nas superfícies e consequentemente, elevação da temperatura do ar sobre uma área urbana, em relação às áreas rurais ou suburbanas vizinhas (ARYA, 2001).

No processo de urbanização, as formas de ocupação e uso do solo, contribuem para o surgimento de diferentes tipos de impactos ambientais sobre o uso e a disponibilidade de recursos naturais (água, ar e solo). De acordo com Savi (2015), as coberturas verdes (Figura 2), apesar de apresentarem a função de telhado, são baseadas na técnica de aplicação de substrato e vegetação sobre uma camada impermeável. Que, segundo Oliveira (2009), promove grandes soluções voltadas a economia de energia, a redução de consumo e emissão de gases poluentes, e na manutenção do ciclo hidrológico local. Capaz de proporcionar a retenção e controle de águas pluviais, de insolação e da poluição do ar. Fonte: Gazeta (2018) As coberturas verdes representam elementos importantes e eficazes, tanto na qualidade e controle do clima interno e externo das edificações, quanto na interação com o meio externo, apresentando inúmeras vantagens quando aplicados no planejamento das construções.

Visto que protegem a construção das intempéries, aumentam a vida útil da estrutura e reduzem a necessidade de atividades de manutenção, que tendem a preservar mais as características físicas, químicas e biológicas da edificação, proporcionando maior qualidade estrutural e evitando desgastes provenientes da exposição ao meio (GATTO, 2012). No início dos anos 50, a Alemanha foi o primeiro país a estabelecer pesquisas cientificas sobre as coberturas verdes, com o objetivo de buscar alternativas que pudessem auxiliar na conservação de energia e de recursos hídricos. Com os grandes investimentos do governo do país neste setor, começaram a surgir diversas técnicas de construção e por volta dos anos 70, foram inseridos no setor da construção civil, os materiais drenantes (SILVA, 2011).

Sendo assim, na década de 70, organizações privadas em parceria com universidades e centros de pesquisa, passaram a desenvolver estudos na Alemanha, envolvendo o conceito do telhado verde, do desenvolvimento de habitats ecológicos em áreas urbanas, sistemas de drenagem e impermeabilização, balanço energético, planejamento e dimensionamento. Estas pesquisas foram, inicialmente, fundamentais para o entendimento da tecnologia de coberturas verdes, constituindo uma importante ferramenta ao desenvolvimento sustentável de áreas urbanas (WILLES, 2014). A Alemanha foi responsável pelo desenvolvimento de telhados verdes em grande escala, inicialmente, entre 1880 a 1930, com o objetivo de promover a economia de energia em equipamentos de climatização e proporcionar o reaproveitamento da água da chuva (KOELLER, 2000). Vantagens de aplicação Ao longo dos anos, as coberturas verdes têm comprovado sua eficiência na proteção da estrutura, minimização dos efeitos das ilhas de calor, retenção e aproveitamento de águas pluviais, e redução da poluição atmosférica (SILVA, 2011).

Além disso, busca contribuir para um desenvolvimento mais sustentável, que vise práticas ecologicamente corretas e de preservação do meio ambiente, proporcionando, consequentemente, melhoria da qualidade de vida em ambientes urbanos (ARAÚJO, 2007). Sendo assim, os principais benefícios de sua implantação estão direcionados a: retenção e águas pluviais, qualidade do ar, melhoria do conforto térmico, conservação de energia, aumento de áreas verdes, isolamento acústico, benefícios econômicos (SILVA, 2011). Retenção de Águas Pluviais As coberturas verdes podem ser responsáveis por atuar na recuperação do ciclo hidrológico, bem como nas linhas naturais de drenagem do ambiente e na permeabilidade do solo, que permitem a recarga dos lençóis freáticos (ARAÚJO, 2007). Por esta questão, constituem uma tecnologia capaz de promover a redução do escoamento superficial e facilitar o gerenciamento das contribuições pluviais (KOELLER, 2000).

A água captada e recolhida pelo sistema de cobertura verde apresenta redução de agentes poluidores, a vegetação e o substrato desta tecnologia atuam como filtros, tornando melhor a qualidade da água que advém da cobertura (SILVA, 2011). A água armazenada em cisternas pode ser utilizada para descargas de vasos sanitários, lavagens de calçadas e garagens, irrigação de jardins internos e externos, automóveis ou áreas necessárias da edificação. Constituindo assim, um dos grandes benefícios deste processo, uma vez que, a racionalização de água potável e, a preservação e conservação de recursos hídricos são fundamentais a um cenário de escassez, que poderá atingir as próximas décadas (BALDESSAR, 2012). Desta forma, estes sistemas atuam na conservação da água potável, que passa a ser utilizada exclusivamente para o consumo e atividades em que a potabilidade seja necessária.

O que reduz, também, o consumo de água tarifada e consequentemente, os gastos com o consumo, ocorre redução na dependência das reservas de água subterrânea que, quando supre exploradas, esgotam (DORNELLES, 2012). Segundo Araújo (2009), pode-se observar que os sistemas de telhado verde favorecem o desempenho térmico das edificações, tanto o interno, como o externo. A vegetação contribui diretamente para o estabelecimento de microclimas, absorvendo energia e favorecendo assim, a manutenção do ciclo oxigênio-gás carbônico, essencial para a renovação do ar atmosférico (ARAÚJO, 2007). Assim como, atuam minimizando a radiação solar no verão e otimizando-a no inverno, permitem também o aumento da biodiversidade nestes locais, atraindo pássaros e insetos (SILVA, 2011). O telhado verde por ser capaz de atuar como um isolante térmico, reduz a necessidade do uso sistemas condicionantes, principalmente, em estações quentes como o verão, bem como a necessidade de aquecimento em estações consideradas frias, caracterizadas por baixas temperaturas.

Sendo assim, proporciona a redução do consumo de energia, sem deixar de oferecer o conforto térmico, ou também nomeado, conforto ambiental (BALDESSAR, 2012). Os quais foram responsáveis por dar base a apresentação e discussão dos conceitos que envolvem a importância da implantação de coberturas verdes nos centros urbanos. Este levantamento bibliográfico foi realizado em quatro etapas, que resumidas, compreenderam: a identificação do tema, o método de coleta, avaliação e análise das informações encontradas, e apresentação dos resultados obtidos ao longo da pesquisa. O tema foi escolhido em razão do pouco conhecimento dos benefícios da cobertura verde para os centros urbanos, como ferramenta ao planejamento urbano sustentável. Neste sentido, determinou-se a necessidade da coleta de informações gerais e específicas sobre as coberturas verdes.

Os métodos de coleta selecionados consistiram na utilização da BDTD e de outras bases, capazes de fornecer trabalhos e conteúdos técnico-científicos confiáveis, publicados e disponíveis para consulta. Por esta questão, as coberturas verdes, segundo Willes (2014) representam uma importante ferramenta ao desenvolvimento sustentável de áreas urbanas. Uma vez que, a implantação deste sistema construtivo permite a adaptação das edificações às condições climáticas e a vegetação natural da região explorada, agregando valor as obras e promovendo o correto planejamento dos municípios, de modo a contribuir para a formulação de uma sociedade equilibrada, como ressalta Cruz e Leoni (2008). Sendo assim, é possível notar que as coberturas verdes surgem como um instrumento considerável ao planejamento, visto que possibilitam uma forma racional de expansão da área urbana, por meio do estudo de variáveis.

Sendo capaz de resolver a questão da poluiçã1qo atmosférica e da drenagem urbana, que, segundo Oliveira Neto (2014), correspondem a um dos maiores problemas das cidades do século XXI. Além disso, tendem a promover uma melhor qualidade de vida e consequentemente, bem-estar da população, que tende a estar mais confortável e saudável. As coberturas verdes tendem, também, a aumentar o ciclo de vida útil das edificações, proporcionando uma maior durabilidade, uma vez que, atuam como proteção contra raios ultravioletas, precipitações, ventos, entre outros. Podendo assim, trazer benefícios, principalmente, econômicos, tanto para o setor residencial, quanto comercial, empresarial e/ou industrial, bem como proporcionar um maior nível de conforto e bem-estar aos usuários da edificação. REFERÊNCIAS ALMEIDA, J.

R. Gestão Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável. As funções dos telhados verdes no meio urbano, na gestão e no planejamento de recursos hídricos. f. Monografia (Graduação em Engenharia Florestal). Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Seropédica, 2007 ARYA, S. Curitiba, 2012. BAKENS, W. Realizing the sector’s potential for contributing to sustainable development. UNEP Industry and Environment: 9 – 12p. BLUMENSCHEIN, R. n. p. CANTOR, Steven L. Green Roofs in Sustainable Landscape Design. New York: Norton & Company, 2008, 352p. N. O uso de coberturas ecológicas na restauração de coberturas planas. In: Núcleo de pesquisa em tecnologia de arquitetura e urbanismo. São Paul: USP, 2002. CRUZ, W; LEONI, A. f. Dissertação (Doutorado em Engenharia de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental). Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Porto Alegre, 2012. EMC. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil). Universidade de São Paulo. São Paulo, 2012. FERREIRA, K. A. M. Coberturas Verdes: A importância da estrutura e da impermeabilização utilizadas. f. Dissertação (Mestrado em Ambiente Construído). Universidade Federal de Juiz de Fora. Acesso em: 28 de junho de 2018. GEHLEN, J. CONSTRUÇÃO DA SUSTENTABILIDADE EM CANTEIROS DE OBRAS – UM ESTUDO NO DF. f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo). Porto Alegre: Bookman, 2010, 362 p. KOELLER, M. Green Roofs in the temperate climates and in the hot humid tropics. th Int. Conference and Passive and Low Energy Arquiteture, PLEA Proc. M. M. Depleção abiótica e potencial de aquecimento global no ciclo de vida de telhado verde comparativamente a um telhado convencional. f. Dissertação (Mestrado em Estruturas e Construção Civil).

Montevidéu: Editora Fin de Siglo, 2005. MORAES, M. F. Telhados verdes: uma análise comparativa de custos e vantagens em relação aos telhados convencionais. f. p. nov. OLIVEIRA, E. W. N. Universidade Estadual Paulista. Guaratinguetá, 2014. PALMEIRA, A. N. Balanço de Energia em Telhado Verde. Telhados verdes: uma análise da influência das espécies vegetai no seu desempenho na cidade de Curitiba. f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Construção). Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2015. f. Monografia (Especialização em Construção Civil). Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2011. TORRES WILLES, J. f. Tese (Doutorado em Arquitetura e Urbanismo). Universidade Federal da Bahia. Salvador, 2010. VIEIRA, T.

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