IMPORTÂNCIA DA CONTEXTUALIZAÇÃO DA HISTORIA DA MATEMÁTICA NA SALA DE AULA 3 páginas

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Matemática

Documento 1

Assim, ele pode relacioná-la a seu próprio cotidiano. Ao se analisar a construção histórica do conhecimento matemático percebe-se que ele tem sido elaborado através da tentativa do homem em compreender e atuar em seu mundo. OLIVEIRA, OLIVEIRA, VAZ, 2014) Mas como a História da Matemática é apresentada nas aulas da disciplina? Borges e Rodrigues (2017) indicam duas formas. A História da Matemática pode ser utilizada como recurso didático ou como metodologia de ensino. O uso da História da Matemática como recurso didático acontece quando o professor apresenta informações sobre a vida de Matemáticos, fatos históricos pontuais relativos a determinado conteúdo ou, até mesmo, em anedotas, “lendas” sobre feitos de Matemáticos. A partir do século XVI, a história foi escrita, muitas vezes, om o intuito de mostrar que os europeus são herdeiros de uma tradição já europeia, desde a Antiguidade.

Nesse momento, construiu-se o mito da herança grega, que serviu também para responder a demandas identitárias dos europeus. Entender como e o porquê de sua construção nos ajuda a compreender que o papel da história não é acessório na formação de uma imagem da matemática: sua função é também social e política. ROQUE, 2012). Segundo Roque (2012) existem três “aspectos chave” da visão tradicional da História da Matemática, que acabam por caracterizar a disciplina de forma a distanciá-la do saber popular. Já aos 8 anos de idade realizou sua primeira façanha matemática, obtendo a formula da soma de uma progressão aritmética – do 1 ao 100, Gauss frequentava uma pequena escola de aldeia, em Braunschweig, Alemanha. Certo dia, o professor resolveu ocupar os alunos com um problema fácil, mas trabalhoso: somar os 100 primeiros números – 1,2,3…99,100.

Imaginava o mestre que eles ficariam ocupados por um bom tempo, mas enganou-se. Três minutos depois, o garotinho Carl levantou-se e entregou o resultado dizendo: “Taí”. O professor irritou-se a princípio, mas, quando examinou a solução, reconheceu que estava correta. Como convencer um(a) menino(a) latino(a) de que ele pode dominar um conhecimento que nos foi dado pelos gênios europeus? E como convencer esse(a) menino(a) de que esse conhecimento tem algum valor para ele? Que esse conhecimento tem relação com a vida dele? Essa pesquisa despertou meu interesse pela Etnomatemática e por essa vertente crítica da História da Matemática. Agora vejo que, mais importante que divulgar fatos, precisamos apontar o contexto em que estes ocorreram, o que levou a isso, com que objetivo.

Também percebi que é importante conhecer mais sobre a Matemática africana, indígena, chinesa, enfim, de culturas não europeias, para mostrar aos alunos que a Matemática é um produto humano e não apenas europeu. Assim, acredito que ele se sentirá menos distante, mais confiante e mais capaz de aprender e, até mesmo, produzir Matemática. referências BRASIL, Ministério da Educação. D’AMBRÓSIO, Ubiratan. Priorizar História e Filosofia da Matemática na Educação. XIII Conferência Interamericana de Educação Matemática. São Paulo. OLIVEIRA, Vanessa Castro de; OLIVEIRA, Cristiano Peres; VAZ, Francieli Aparecida.

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