IMPLEMENTAÇÃO DA FERRAMENTA JUST-IN-TIME

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Administração

Documento 1

A pesquisa foi realizada de forma quantitativa em revisões bibliográficas da área de logística e gestão de produção, bem como em artigos científicos já publicados e a conclusão apontou que a ferramenta just-in-time pode trazer reais benefícios para as empresas que a adotam especialmente nos quesitos qualidade e redução de custos em seus processos. Ainda assim, existem muitas polêmicas acerca destes benefícios, afinal, muitos gestores ainda apostam na estratégia da manutenção de estoques como forma de segurança, estratégia esta contrária à filosofia just-in-time. Uma das principais propostas da ferramenta just-in-time é redução de estoques a nível zero. A pesquisa não propõe apontar qual sistema é melhor, isso porque para o sucesso na aplicabilidade de cada um é preciso considerar o segmento da empresa.

No entanto, fica claro que a ferramenta just-in-time é uma opção viável que agrega em especial qualidade para as empresas, especialmente para as montadoras automotivas, as principais adeptas desta ferramenta. A ferramenta just-in-time, que no decorrer do trabalho será mencionada como JIT, pode proporcionar esse diferencial para as empresas adotam suas estratégias, isso porque esta ferramenta tem como filosofia a redução de estoques, o que impacta diretamente na redução de custos. Quando existe uma proposta de redução de estoques, é necessário automaticamente propor maior qualidade nos produtos produzidos. A qualidade é certamente um dos maiores benefícios que as empresas que aplicam o JIT podem alcançar. Não raro, ao se perguntar para clientes se estes estão dispostos a adquirir produtos com qualidade, mesmo que sejam mais caros, a resposta é afirmativa.

Além disso, a proposta da ferramenta JIT inclui o comprometimento dos funcionários da empresa num mesmo patamar, onde todos têm a mesma responsabilidade no resultado final, o que consequentemente resulta em produtos de melhor qualidade. O detalhe é que em alguns compêndios, o JIT é apresentado como uma ferramenta do processo produtivo, de forma prática. Já em outros, é apresentado como uma filosofia, não apenas um processo. Surgem algumas questões como: porque algumas empresas resistem em implementar o JIT, optando por ferramentas tradicionais e até mesmo conservadoras? Quais os argumentos dos gestores que justificam ou embasam essa resistência? As respostas a estas perguntas serão apresentadas do decorrer da pesquisa. A justificativa do trabalho se concentra e tem base no fato previamente apresentado, devido aumento considerável na competitividade inserida no mercado globalizado, o que leva as empresas buscar estratégias diferenciadas para sobreviver no mercado e ganhar destaque.

Outro ponto inserido na justificativa é elucidar que a ferramenta JIT é aplicável em qualquer segmento, apesar de ser um desafio sua aplicação em empresas com grande gama de produtos. diz que “na área de produção entende-se Just in time como uma forma de otimizar um processo usando menos recursos da empresa, mas entregando o produto ou serviço final com a mesma qualidade” Uma definição mais detalhada sobre a temática, segue apresentada sob o olhar da editora Senai, no compêndio de 2014: Just in time é um sistema produtivo que tem como fato gerador da produção um pedido firme colocado pelo cliente final. O significado do termo just in time é “no momento certo”, “oportuno”, ou seja, cada etapa produtiva deve ser abastecida com os itens necessários, na quantidade necessária e no tempo certo.

SENAI, 2014, p. Ainda segundo Roth (2011, p. “o just-in-time tem por objetivo aumentar o retorno sobre o investimento da empresa através do aumento da receita, da redução dos custos e do imobilizado, bem como da participação dos empregados no processo produtivo”. Houve um motivo relevante para a Toyota reavaliar seus métodos de manufatura. O período era de pós-guerra, fim da Segunda Guerra Mundial. As fábricas japonesas, assim como todo país, encontravam-se num cenário de completa destruição, comprometendo por completo suas capacidades quanto a produção e investimentos. As empresas americanas como a Ford e General Motors, aplicando o modelo da produção em massa, impunham forte concorrência. Qual a ação da indústria japonesa? Senai (2014, p. Certamente, os dois principais pilares desta filosofia é a eliminação de desperdícios e estoque zero.

Destes dois pilares ramificam outros benefícios resultantes, como a qualidade dos produtos e serviços e redução nos custos. Siqueira (2009, p. relata que: A filosofia Just-In-Time consiste em alimentar as estações de trabalho no momento exato – em inglês, Just-In-Time – em que há necessidade, ou seja, se determinada máquina precisa de, por exemplo, 10 peças para produzir, ela deve receber somente essas 10 peças – e no momento exato em que for iniciar a produção. Ao fazer isso, os níveis de estoque, principalmente os intermediários, caem muito, e por essa razão, também é comum dizer-se que, na prática, o Just-In-Time significa trabalhar com o menor estoque possível. Para tanto, o presente estudo alista no terceiro capítulo, o sequencial necessário e apropriado e ações para implementação da ferramenta JIT.

Antes, porém, visando uma consideração mais detalhada, é relevante apontar qual a diferença entre o processo produtivo que funciona à base da ferramenta JIT e à base da ferramenta tradicional. A diferença básica diz respeito ao estoque. O JIT visa a redução de estoque a zero, enquanto que o sistema tradicional adere manutenção de estoque como estratégia de segurança entre outros fatores. O conceito oposto entre as duas ferramentas de produção geralmente é definido de forma concisa como produção “puxada” versus produção “empurrada”. Senai (2014) informa que na filosofia JIT a produção é totalmente voltada para o sistema puxado pelo cliente final. Isso quer dizer que a produção tem início pouco tempo antes da necessidade da entrega. A produção é concluída no momento certo e consequentemente se extingue a geração de estoques de forma excessiva.

Num sentido completamente oposto, vem o sistema de produção empurrada. Esse sistema é mais tradicional e consiste no início da produção a partir de ordens de produção emitidas tendo como base a expectativa de demanda. As três situações tratam-se de investimentos ou ações que necessitam de planejamento. A primeira, de pequeno porte e curto prazo, deve considerar planejamentos quanto aos cuidados na manutenção do veículo, reserva de hospedagem, consulta das condições climáticas entre outros detalhes; a segunda situação já envolve um investimento de médio porte e médio prazo, onde o candidato também deve considerar certas questões, tais como qual o curso desejado, a instituição escolhida, meio período ou período integral, se cursará instituição privada ou pública e assim por diante; por fim a compra de um imóvel que envolve um planejamento de grande porte e a longo prazo.

Sem dúvida as considerações envolvidas em tal planejamento devem ser mais detalhadas e minuciosas. É preciso entre outras coisas, avaliar a localização do imóvel, examinando inclusive seu entorno. Analisar o valor de compra e o valor final se a opção for para parcelamento, o tamanho do imóvel para atender as expectativas, formas de negociação, entre outras considerações. Quanto ao quesito de estratégia para implementação, é necessário que a empresa tome as ações devidas para que este processo de implementação ou transição, para os casos onde a empresa está mudando seu perfil, seja mais suave possível e de forma consistente, sem demasiados transtornos. Para tanto, é necessário estabelecer prioridades, traçar metas, designar funções de produção e aplicar critérios.

A ordem dos critérios deve começar visando primariamente à qualidade, requisito básico proposto pelo JIT. Então, faz-se necessário na sequência, o desenvolvimento de um plano operacional, por meio de metas claramente estabelecidas, de interesse comum e facilmente identificada e comunicada para toda a empresa. Conforme Martins e Bidin (2006) “parecem evidentes as vantagens produzidas pelo sistema JIT, entretanto, para alcança-las, deve-se implementar algumas ações, que segundo seus defensores, criam condições básicas para o desenvolvimento e manutenção do sistema”. Planejamento: o planejamento neste caso deve ser constituído por etapas. Conforme Martins e Bidin (2006, p. “planejamento (determinar objetivos e métodos de execução), execução, verificação (verificar os efeitos dos métodos adotados) e ações corretivas ou de aprimoramento”. O planejamento é a base para um ambiente organizado, fator determinante para o sucesso da implementação do JIT.

Quanto à organização, se constitui num outro fator relevante. Esta manutenção é importante porque como o próprio nome diz, previne a quebra de maquinário ou ainda seu mau uso. A manutenção preventiva preserva o equipamento e sua qualidade. Produção celular e automação: a produção em células e operadores polivalentes são essenciais para o sucesso do processo JIT. O objetivo é otimizar a produção, promovendo inclusive mudanças no arranjo físico disponível na fábrica. É comum na produção celular encontrar as máquinas dispostas em forma de “U”, o que permite o desenvolvimento de um trabalho em equipe. A filosofia JIT adota a visão sistêmica do empreendimento e considera que a qualidade total deve estar presente a cada passo do processo, do planejamento de novos produtos aos serviços de pós-venda.

Além disso, é um pressuposto básico da garantia da qualidade, o enfoque na melhoria dos processos e não na inspeção do produto. Martins e Bidin, 2006, p. Para alcançar a qualidade proposta na filosofia JIT são executadas basicamente três atividades de garantia da qualidade, a saber: os círculos de controle da qualidade, o autocontrole e o controle estatístico do processo. Ao se utilizar destas atividades, não só a qualidade do produto é assegurada, como também a redução dos custos. O autor aponta requisitos para que seja possível a implementação da ferramenta, os quais se apresentam na íntegra: Estrutura organizacional: deve ser modificada para reduzir os departamentos de apoio. A filosofia JIT prevê autonomia e delegação aos departamentos de produção.

Esta responsabilidade também se estende à qualidade e manutenção, equilibrando as linhas de aprimoramento dos processos internos. Organização do trabalho: seu objetivo é facilitar e destacar o trabalho em equipe e a capacidade de criatividade dos colaboradores, além da comunicação clara e objetiva. Processos: o domínio dos processos, fluxo de materiais e a informação correta para todas as atividades, identificação e eliminação das situações que geram desperdício. Roth (2011, p. menciona quanto aos pré-requisitos: ● estabilidade de projeto de produtos; ● estabilidade no programa mestre de produção; ● índices de qualidade altos; ● fluxos produtivos bem definidos e lotes pequenos; ●operários treinados e motivados com os objetivos do melhoramento contínuo e equipamentos em perfeito estado de conservação; Quanto às vantagens, o autor alista: ● execução das atividades de programação, acompanhamento e controle da produção, de forma simples e direta; ● funções de administração de estoques contidas dentro do próprio sistema; ● liberação das ordens pelo PCP em um único momento e ao nível de chão de fábrica; ● sistema KANBAN permite, de forma simples, o acompanhamento e o controle visual e automático do programa de produção; ● facilitação dos trabalhos dos grupos de melhorias na identificação e eliminação de problemas; ● identificação imediata de problemas através da redução planejada do número de cartões KANBAN em circulação; ● dispensa da necessidade de inventários periódicos nos estoques; ● estimulação do emprego do conceito de operador polivalente e facilitação do cumprimento dos padrões de trabalho; Conforme os pontos considerados, é evidente que exigem várias questões que devem ser analisar antecipadamente para definir se a implementação da ferramenta JIT é viável e em caso afirmativo, seja feita de maneira correta.

Os processos não são definitivos, devem passar por constantes atualizações e avaliações de resultados. Embora seja um processo complexo, não é algo impossível de realizar. Havendo planejamento e empenho, as empresas que desejam se adequar para implementar a ferramenta JIT serão bem sucedidadas. Machado (2012, p. relata que “ao trabalhar com pequenos lotes, pretende-se que a qualidade dos produtos seja a máxima possível. Essa é outra característica do modelo japonês: a qualidade total”. Vários autores mencionam a ferramenta JIT como uma estratégia que gera vantagens em aspectos diversificados. Senai (2014, p. menciona benefícios relacionados à proposta da ferramenta JIT de reduzir estoques ao dizer que “a redução dos estoques, além de ser um elemento-chave da filosofia do JIT, de fato apresenta uma série de benefícios para a empresa”.

No que diz respeito a esta temática em específico, o autor alista pelo menos três benefícios que são alcançados como consequência da estratégia de estoque zero, a saber: a redução do custo financeiro, que acarreta mais duas ramificações positivas quanto à rentabilidade que permite liberar capital para utilização em outras atividades estratégicas; a redução do custo nas operações de manter estoques, bem como do trabalho de mão de obra relativo a ele; aprimoramento constante do sistema produtivo de forma generalizada, o que força melhoramento nos padrões de qualidade e velocidade. Siqueira (2009) traz uma alusão bem simples que explica os benefícios decorrentes de extinguir estoques. O autor compara os estoques de uma empresa com o nível da água em um lago navegado por um barco: Da mesma forma que um nível da água elevado esconde rochas que são perigos para a navegação, os estoques altos escondem problemas (ineficiências, desperdícios, atrasos) que são problemas para a empresa.

Se houver uma redução do nível da água, o barco poderá ver as rochas e contorna-las, assim como, se houver uma redução dos estoques, a gerência poderá enxergar os problemas e resolvê-los. A afirmação abordada acaba relacionando o benefício da qualidade com outro benefício proposto pela ferramenta JIT: a redução de custos. Quanto à qualidade assegurada, proposta por produtos e materiais que passam pela performance de produção JIT, acaba eliminando um custo consequente da filosofia contrária, a saber, custos com processos de inspeção. A qualidade, segundo a filosofia JIT, deve ser assegurada no momento da produção e não após por meio da inspeção. Ballou (2006, p. associa estoques com custos de armazenamento. Especialmente na questão da qualidade, não raro quando questionados, consumidores e clientes afirmam dar preferências a produtos que tenham qualidade à frente de produtos mais baratos.

A qualidade é difícil de definir, mas fácil de sentir. Sua definição e os processos envolvidos na busca da mesma têm mudado ou sofrido atualizações com o passar das décadas. Mas, de forma bem objetiva, Camargo (2012, p. relata que “de qualquer forma o cliente tem que estar satisfeito com aquilo que adquiriu a ponto de repetir a aquisição”. O ideal é que estas paradas não ultrapassem um dígito, ou seja, os setups devem ocorrer num tempo inferior a dez minutos. SIQUEIRA, 2009). Ballou (2006) chama a atenção para uma justificativa apresentada pelos defensores da manutenção de estoques. Estes gestores se posicionam negativamente quanto à aplicação da ferramenta JIT e acham que esta ferramenta é potencialmente arriscada. Segue exposto tal conceito: Argumenta-se que gerenciar é mais fácil quando se tem a segurança dos estoques.

são alguns aspectos que recomendam muitas vezes a manutenção de estoques. VIEIRA, 2009, p. É fato que antes de qualquer coisa, a filosofia JIT precisa combater pontos de vista, propor mudanças de mentalidade, persuadir gestores a deixar a zona de conforto e investir ou ao menos considerar novas possibilidades. O receio de investir numa ferramenta de produção que visa entre seus principais conceitos eliminar estoques é de certa forma compreensível. A cultura organizacional mais tradicional é exatamente a filosofia oposta da ferramenta JIT, ou seja, manter estoques. A pesquisa pôde concluir que a adoção da ferramenta JIT é complexa, pois envolve processos diversos, tanto em sentido de infraestrutura física como também de mudança de mentalidade e treinamento dos colaboradores envolvidos. Apesar dos benefícios resultantes da implementação da ferramenta JIT, a mesma ainda enfrenta resistências quando à sua aplicabilidade em especial pelo motivo de muitos gestores encararem a manutenção de estoques como fator de segurança.

Justificar a existência de estoques é mais fácil do que justificar não atender uma demanda devido à falta de produtos. Existem desafios mesmo para empresas que optam adotar a gestão da produção baseada na ferramenta JIT. Entre tais desafios é possível destacar o comprometimento dos fornecedores. Controle de qualidade total. Curitiba, 2011, 149p. Disponível em: <http://ead. ifap. edu. gov. br/images/stories/pdf/eixo_prd_industr/tec_acucar_alcool/161012_gest_qual. pdf> Acesso: 10. MARTINS, Pérsio Penteado Pinto; BIDIN, Leandro Antonio Moni. O sistema Just in Time: uma visão crítica de sua implementação. Santa Maria, 2011, 74p. Disponível em: <http://estudio01. proj. ufsm. br/cadernos_automacao/quarta_etapa/qualidade_produtividade_2012. Just in Time: uma das ferramentas de otimização da produção. Lins, 2011. Disponível em: <http://www.

unisalesiano. edu.

114 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download