GESTÃO ESCOLAR EM TEMPOS DE PANDEMIA DA COVID-19: DESAFIOS E POSSIBILIDADES

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Em tempos marcados pela pandemia da Covid-19, dinâmica que impactou diretamente na suspensão das aulas presenciais, as escolas estão tendo que lidar com a apropriação cultural das tecnologias de comunicação e informação digital (TICs) para dar continuidade às aulas. Desta forma, o objetivo do presente artigo é discutir os limites e possibilidades da gestão escolar em tempos de pandemia da Covid-19. A discussão é eivada por muitas problemáticas, como a questão da falta de capacitação dos docentes e gestores para lidar com a informatização presente na era moderna, as disparidades entre escolas públicas e privadas no que diz respeito à oferta de um ensino adaptado à era tecnológica, e em tempos de pandemia, há que se ressaltar a sobrecarga de trabalho que recai sobre os docentes, que muitas vezes está associada às dificuldades do docente em lidar com uma nova modalidade de transmissão de conhecimento.

Acrescenta-se que pais e alunos também sofrem em virtude da sobrecarga de atividades. Por fim, o presente trabalho também se ocupa de apontar as consequências da pandemia para os alunos que não dispõem de acesso à internet. Generally speaking, schools do not adapt to contemporary values ​​and need to rethink the ways of transmitting knowledge. Keywords: School management. Digital technologies. Pandemic. Gestão escolar Quando nos referimos ao processo de administração educacional podemos estar fazendo referência à administração capitalista, cujo principal objetivo é a obtenção de lucratividade e posição satisfatória na seara da competitividade. Os desafios e possibilidades presentes no âmbito escolar devem ser desvendados pela estrutura administrativa. As escolas públicas, constantemente apresentam inconsistência na operação de suas atividades, seja por falta de recursos, precarização do processo formativo dos educadores ou por falta de vontade política das autoridades públicas.

Neste sentido, o exercício de uma gestão escolar satisfatória se faz primordial. Desta forma, compactuando com Lück (2009), a formação de gestores escolares passa a ser uma necessidade crescente e um desafio para os sistemas de ensino. A autora chama a atenção para a formação genérica e conceitual dos dirigentes escolares, não baseada especificamente na área de gestão, uma forte característica dos cursos da área social. Tal tendência atual de conceber a gestão escolar a distância da condução de princípios e valores primordiais para a construção de uma gestão escolar comprometida com a cidadania, o respeito à diversidade e a autonomia. Para Freire (2004) a gestão educacional deve ser pensada e concretizada com a participação dos conselhos de pais, professores, alunos, coordenadores, técnicos e dirigentes.

Estes podem instituir uma outra escola, que seja cada vez mais pertencente aos que a fazem e menos pertencente ao Estado, ao governo, à Secretaria municipal ou estadual. Lançando reflexões acerca de um ensino democrático, de acordo com o autor, o currículo escolar não deve partir da elaboração exclusiva dos dirigentes escolares, mas deve ser gerado a partir da interação entre educador e educando. Neste sentido, Freire (2004) defende que o objeto de conhecimento possa mediar o processo dialógico. Essa proposta deve possibilitar a aprendizagem dos alunos em conjunto, em classe regular, uma vez que os portadores de deficiência conseguem estabelecer as mesmas relações sociais que os considerados “normais”. Ao considerar que a pessoa com deficiência é incapaz de estabelecer as relações sociais que os ditos “normais” conseguem, a socialização sofre restrição e se inicia a produção social da deficiência (VYGOTSKY, 1998).

“Se uma criança apresenta inabilidades, não se trata de educar de novo, mas de oportunizar aprendizagens”, criando um ambiente pedagógico para que seja possível a ampliação da aprendizagem da criança (NEGRINE, 2002). Entretanto, o reconhecimento desta realidade, comumente, não recebe o devido aprofundamento por parte de muitas instituições de ensino, que adotam posturas pejorativas e inadequadas para lidar com o “diferente”. A escola que se propõe fornecer um atendimento educacional inclusivo deve atender às necessidades de todos. Trata-se de um processo que favorece o aperfeiçoamento de habilidades e competências para intervir nas tomadas de decisão no espaço escolar (OLIVEIRA-FORMOSINHO, 2009 apud NASCIMENTO et al. É importante ressaltar que o conhecimento está constantemente atravessado por transformações sociais, econômicas e tecnológicas que permeiam o contexto de vida dos indivíduos, logo, os profissionais que atuam no ramo da educação encontram no processo formativo, a perspectiva de adquirir conhecimentos com base em valores e em importantes finalidades na vida dos indivíduos com os quais interage.

Nesse aspecto, as tecnologias da educação e da informação representam mecanismos que validam a continuidade da formação ao longo da vida, mas se adequado às particularidades de cada indivíduo, considerando fatores como a indisponibilidade de tempo ou impossibilidade de frequência a um local físico que oferece uma formação específica (NASCIMENTO et al. Neste sentido, A escola em todos os níveis precisa manter-se à frente no desafio de utilizar de forma articulada e correta essas ferramentas. É da escola a responsabilidade de orientar a aplicação das facilidades (e ensinar sobre os riscos) obtidas com a convergência de mídias. O Programa Nacional Escola de Gestores da Educação Básica Pública objetiva formar gestores educacionais efetivos das escolas públicas que integram a educação básica, contribuir com o processo de qualificação do gestor escolar, reforçando o compromisso com a gestão democrática e com a qualidade da educação.

O Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares, através da elaboração de material didático específico e da formação continuada para técnicos das secretarias estaduais e de educação e para conselheiros escolares, busca estabelecer a implantação dos conselhos escolares. Por fim, o Programa Nacional de Capacitação de Conselheiros Municipais de Educação (Pró-conselho) fomenta a criação de novos conselhos municipais de educação, o fortalecimento dos já existentes e o controle social, por meio da participação da sociedade na avaliação das políticas públicas educacionais. Gestão escolar em tempos de pandemia da covid-19: limites e possibilidades Com a deflagração de uma pandemia de grandes consequências para a saúde pública mundial, as instituições de ensino tiverem que criar adaptações à essa nova realidade.

Considerando o fato de que a educação brasileira sempre atravessou a precariedade, os novos problemas decorrentes das paralisações das aulas tornam o caráter precário da educação brasileira ainda mais evidente. Essas regiões possuem conexões via rádio e satélite, que apresentam qualidade inferior. Assim, essas são as regiões brasileiras que têm o menor percentual de acesso à internet de qualidade. Se levadas em consideração as regiões mais pobres, a banda larga de fibra óptica é pouco disseminada no Brasil. Em tais regiões, é necessário elevado investimento para que a população tenha acesso a serviços de telecomunicação de qualidade. Ainda, a receita tributária arrecadada nesses territórios mostra-se insuficiente para cobrir a prestação dos serviços.

No que diz respeito às escolas privadas, são muitos os desafios enfrentados pelo gestor escolar, principalmente em relação à renegociação de valores das mensalidades. Nesses tempos, as instituições estão mais suscetíveis a inadimplências, e devem adotar maneiras de negociar com os pais dos alunos. Sendo a captação de alunos um processo longo e árduo, em tempos de inadimplência e de queixas dos pais quanto ao valor das mensalidades, a melhor estratégia a ser adotada pela gestão escolar pauta-se na flexibilidade, fundamental para a manutenção das matrículas. Deste modo, a renegociação de valores e a concessão de descontos representam importantes fatores dessa flexibilidade. Por meio de um software de gestão, é possível manter a comunicação entre escola, pais e alunos com o envio de e-mail e sms, por exemplo.

No universo de novas tendências para a gestão da educação, novas metodologias e novas abordagens de ensino e aprendizagem são buscadas, sobretudo, com a valorização da transdiciplinaridade. Desta maneira, dentre os desafios atuais do gestor pedagógico podemos explicitar: adaptar o ensino aos novos paradigmas sociais e administrar a sua rotina para acompanhar as atividades pedagógicas e operacionais. O papel da escolar é fazer com que os instrumentos digitais estejam a serviço da comunidade escolar. Entretanto, se a escola não estiver equipada com máquinas que funcionem, se não contar com uma rede de banda larga, se não houver professores aptos a repensar a forma de transmissão de conhecimento e se a escola não dispuser da participação de um gestor capaz de pensar estratégias de superação das barreiras digitais, as tecnologias digitais pouco adiantarão no espaço escolar.

A produção desta exposição ocorre diante de uma grave crise enfrentada pela saúde pública mundial. Referências ALMEIDA, Marcus Garcia de; FREITAS, Maria do Carmo Duarte. A escola no século XXI – Volume 3: virtualização das relações: um desafio da gestão escolar. Rio de Janeiro: Brasport, 2013. ALVES, Carlos Eduardo Azen et al. Tecnologias da informação e comunicação. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996. BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno.  Liderança em gestão escolar. Editora Vozes Limitada, 2012. NASCIMENTO, Francisco Jeovane do et al. Formação continuada de gestores escolares e suas reverberações no processo de desenvolvimento profissional.  Revista e-Curriculum, v. FREIRE, Paulo. conhecimento, aprendizagem e currículo.  Currículo e contemporaneidade: questões emergentes. Campinas: Editora Alínea, 2004.

VYGOTSKY, L.

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