Gestão escolar e a educação de qualidade

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

O presente estudo ainda visa identificar as responsabilidades, competências e habilidades do gestor de escola pública e verificar a gestão participativa nas escolas públicas. Tal estudo se mostra importante, tendo em vista a necessidade de produção acadêmica sobre esta temática uma vez que se encontra presente no cotidiano das milhares de instituições de ensino espalhadas pelo Brasil. O estudo apoia-se em pesquisa bibliográfica, fazendo uma abordagem sobre conceitos gestão educacional, qualidade da educação e gestão democrática, visando entender a dinâmica da gestão educacional e sua importância para a melhoria da educação. Palavras-chaves: Gestão Educacional. Qualidade na Educação. O presente estudo tem o propósito de realizar reflexões a respeito da gestão escolar e sua atuação na construção de uma educação de qualidade, buscando caracterizá-la, entendendo sua gênese e também as contribuições.

Com base em pesquisa bibliográfica, serão abordados os conceitos de gestão educacional, gestão democrática e qualidade na educação. Segundo Gil (2002) a principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente. A pesquisa bibliográfica procura explicar e discutir um tema com base em referências teóricas publicadas em livros, revistas, periódicos e outros. Assim, além de permitir o levantamento das pesquisas referentes ao tema estudado, a pesquisa bibliográfica permite ainda o aprofundamento teórico que norteia a pesquisa.   O atendimento de alunos e professores é decisivo para determinar a qualidade da escola, o contato com os alunos se configura essencial para refletir justamente a aproximação com o cotidiano da escola, onde através deste contato o diretor vai identificar possíveis falhas na metodologia pedagógica e vai se fazer presente na vida dos alunos e das suas famílias, um diretor não pode ser um profissional de difícil acesso, afinal ele exerce um papel de liderança dentro da escola.

Com relação aos docentes a atuação do diretor é tão importante quanto, uma vez que devem estar atento aos profissionais, seus anseios, suas dificuldades em cumprir a missão de ensinar. E assim poder oferecer treinamento adequado, materiais e ferramentas didáticas para melhorar as aulas. A comunicação é extremamente importante, portanto os canais de comunicação devem estar abertos, sendo necessários momentos para conversas regulares, sendo ideal que os professores e diretores tenham pelo menos uma reunião semanal ou mesmo quinzenal para avaliação dos resultados. Tem sido destacado que o desempenho de professores é determinado muito mais pelos elementos e características da cultura organizacional da escola, do que por oportunidades formais de aprendizagem de novas formas de desempenho em cursos e oficinas de capacitação.

A LDB neste artigo prega a Gestão Democrática a partir de uma norma regulamentadora de cada sistema de ensino, mas com a garantida de que sejam observados os dois tópicos presentes nos incisos I e II, deixando claro que os profissionais de educação serão representados na elaboração do Projeto Político Pedagógico da instituição de ensino, assim como a comunidade escolar também será representada através do conselho escolar. Para se garantir educação de qualidade para todos faz-se necessário minimamente que os gestores tenham um padrão de qualidade em sua formação, que possa auxiliar os mesmos nas suas atribuições e práticas cotidianas, assim como da sua equipe gestora, que tem que ser formada de pessoas capazes, uma vez que a gestão de uma escola não depende exclusivamente do diretor, mas da equipe envolvida, conforme explica Lück: Em caráter abrangente, a gestão escolar engloba, de forma associada, o trabalho da direção escolar, da supervisão ou coordenação pedagógica, da orientação educacional e da secretaria da escola, considerados participantes da equipe gestora da escola.

Segundo o princípio da gestão democrática, a realização do processo de gestão inclui também a participação ativa de todos os professores e da comunidade escolar como um todo, de modo a contribuírem para a efetivação da gestão democrática que garante qualidade para todos os alunos (LÜCK, 2009, p. A adoção de uma administração democrática nas instituições de ensino, através da “coordenação” do esforço de funcionários, professores, pessoal técnico-pedagógico, alunos e pais, que tem fundamento na participação coletiva, se mostra como sendo extremamente relevante na busca pela qualidade na educação. É através da gestão democrática que será possível a atuação destes diversos setores no processo decisório, não ficando restrito ao diretor da escola, mas no conjunto de pessoas da comunidade escolar.

QUALIDADE NA EDUCAÇÃO Existem diversas avaliações a nível nacional que as escolas se submetem para aferir seu desempenho institucional. Refletem-se numa ferramenta que possibilita servir de parâmetro para que sejam realizadas ações visando melhorar ano a ano. Mas o problema que existe por trás de tais mecanismos é que essas avaliações acabam por nivelar o país a partir de parâmetros mínimos de desempenho, geralmente com níveis muito baixos, o que de certa forma pode fazer com que as instituições se acomodem uma vez que a partir da constatação de uma nota considerada “boa”, fazendo com que a escola, a equipe gestora e os educadores se desestimulem em desenvolver novas práticas em seu cotidiano, e muitas vezes inclusive nem mesmo os pais ficam sabendo das provas e do desempenho de seu filho.

A partir de 2005, com a criação da Prova Brasil, e de 2007, com a formulação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), o SAEB foi ampliado e redimensionado para se adequar às prerrogativas internacionais de “competitividade” e de “eficiência” na formação escolar. Desde então, o sistema brasileiro examina escolas e estudantes das redes públicas e privadas, em áreas rurais e urbanas, matriculados nos anos iniciais e finais do ensino fundamental e que estão concluindo o ensino médio (LACRUZ et al. O Estado tem a obrigação de ofertar escolas de qualidade, mas também e principalmente, passa pelas mãos de todos os educadores e especialmente dos gestores escolares, tornando-se assim obrigação de todos os envolvidos para que a escola de qualidade aconteça.

Diante da nova realidade que favorece a autonomia na administração dos recursos destinados à escola, recai sobre gestores e conselho escolar a missão de destinar os recursos com qualidade e dentro da proposta escolar que deve intuir sempre o desenvolvimento da escola como um todo e consequentemente a aprendizagem dos alunos. Uma vez que a educação para ser considerada de qualidade deve ser entendida como processo de criação, inovação e apropriação da cultura, assim a escola deve se tornar um espaço privilegiado de produção e de transformação do saber de forma sistemática. Donde as práticas e ações devem ser predominantemente voltadas para a educação de forma plena, com condições de atingir os objetivos de toda instituição que tem como missão a educação: formar sujeitos participativos, críticos e criativos (DOURADO, 2006, p.

É importante que para reverter o quadro da educação no país, donde o número de alunos evadidos só cresce, faz-se necessário que as partes envolvidas no processo (governo, escolas, professores, pais, etc. E mais ainda é preciso que a escola mude, que seja orientada no sentido de fazer parte da vida dos alunos de forma lúdica e que os complete, conforme Paulo Freire retrata a escola numa poesia: A escola Escola é… o lugar onde se faz amigos não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos. Escola é, sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, que se alegra, se conhece, se estima. O diretor é gente, o coordenador é gente, o professor é gente, o aluno é gente, cada funcionário é gente. E a escola será cada vez melhor na medida em que cada um se comporte como colega, amigo, irmão.

Nada de ilha cercada de gente por todos os lados´. REFERÊNCIAS Almeida, Claudia Regina Ribeiro; Teixeira, Luciana Erminia Vieira. O papel do diretor de escola pública e a Gestão Participativa. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins – SP, 2014. Disponível em http://www. unisalesiano. ed. São Paulo: Summus,1997, p. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Secretaria Especial de Editoração e Publicações do Senado Federal, 1998. Disponível em: http://www. planalto. gov. br/ccivil_03/Leis/L9394. htm. Gestão da educação escolar. Brasília: Universidade de Brasília, Centro de Educação a Distância, 2006. DOURADO, Luiz Fernandes; OLIVEIRA, João Ferreira de; SANTOS, Catarina de Almeida. A qualidade da educação: conceitos e definições.

Série Documental: Textos para Discussão, Brasília (DF), v. Acesso em 08 ago 2020. LACRUZ, A. J. AMÉRICO, B. L. Disponível em <http://www. direitonet. com. br/artigos/exibir/2025/Inclusao-Digital-X-Analfabetismo >. Acesso em 01 ago 2020. Schram, Sandra Cristina; Carvalho, Marco Antonio Batista. O Pensar Educação em Paulo Freire: Para uma Pedagogia de mudanças. Disponível em http://www. diaadiaeducacao. pr.

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