GESTÃO DE USINA DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

Tipo de documento:Resenha Crítica

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

O estudo foi realizado por meio de revisão bibliográfica de artigos já publicados com diferentes abordagens. Ao final da pesquisa conclui-se que o tanto o processo como a gestão que abrange as usinas de triagem e compostagem são consideradas complexas e requer treinamento para o manuseio de seus equipamentos, assim como uma estrutura adequada, além de investimento principalmente do poder público, e quando possui gera muitos benefícios tanto para a sociedade como para toda a cadeia que ela movimenta, dessa forma configurado como um sistema eficaz para o reaproveitamento e reuso de matérias recicláveis e orgânicos. Palavras-chave: Gestão. Triagem e Compostagem. Resíduos sólidos. A Relevância deste trabalho se deve pela importância que gestão de resíduos possui principalmente a nível urbano onde o consumo e muito grande e cada ano que se passa só aumenta.

O estudo foi realizado por meio de revisão bibliográfica de artigos já publicados. DESENVOLVIMENTO 2. Resíduos sólidos Os resíduos sólidos são considerados subprodutos que envolvem inúmeras atividades atribuídas a sociedade como todo durante toda sua existência (VIMIEIRO, 2012). Contudo, a destinação do mesmo se tornou um grande problema, que vem se agravando com o passar do tempo, um dos principais motivos foi o grande aumento populacional e as mudanças no modo de vida que inseriu novos costumes na sociedade como, por exemplo, o aumentando o consumo entre outros fatores, como apresentados ao longo da historia descrito no quadro 1. C. Homem caçador e coletor. A gestão dos resíduos é muito simples; as cinzas do fogo, os ossos e resíduos de animais eram depositados no solo para enriquecê-lo; as ferramentas e utensílios que não tinham mais utilidade eram abandonadas quando as tribos se deslocavam.

Há 10. a. Século XIII Na Europa, os resíduos são queimados em fogueiras fora das casas ou são jogados nas ruas. Os comércios se agrupam, formando núcleos nos centros das cidades, aumentando o problema. Os resíduos e os esgotos são jogados nas ruas, os sanitários são construídos fora de casa e a comida estragada bloqueia a drenagem. Em Londres, uma lei é promulgada exigindo que fossem mantidas limpas as frentes das casas. No entanto, as pessoas não se preocuparam em cumpri-la. B. Parsons, que foi o primeiro livro que tratava exclusivamente sobre o tema de resíduos sólidos. Início do Século XX Até então as embalagens são mínimas e são poucas as coisas descartáveis.

A revolução das embalagens começa a crescer e prolifera a cultura dos descartáveis, com compras constantes, ainda que durante as guerras sejam fomentadas a reutilização e a reciclagem. No Reino Unido se incentivava as pessoas a queimar em casa seus resíduos com o slogan “Queime o seu lixo – Reduza seus ratos”. Para a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), por intermédio da publicação dos números referente ao ano de 2015 é constatado um aumento na geração de RSU onde apresentava em 2014 cerca de 78,6, milhões de toneladas, já em 2015 o balanço feito retratou um acréscimo, chegando a 79,9 milhões de toneladas de RSU geradas em todo país anualmente (ABRELPE, 2015). Classificação de Resíduos Sólidos Como já citado acima, os resíduos sólidos são produzidos a parti de inúmeras ações que se originam de atividades indústrias, domésticas, hospitalar, comerciais, agrícolas, de limpeza urbana, entre outras.

Já o lixo tende a ser compreendido como um elemento que não possui mais utilidade, ou seja, não possui condições de ser aproveitado. Dessa forma, ao mistura com componentes descartados, constitui o lixo. E quando é realizado a separação do lixo é encontrado diversos matérias que podem ser reutilizados, assim temos os resíduos sólidos (SILVA E ALMEIDA, 2010). A União Européia, por exemplo, em relação a políticas de gerenciamento de resíduos adotou leis com o intuito de promover a preservação do meio ambiente bem como uma destinação adequada de seus resíduos, essas políticas estão inseridas no Marco diretivo nº 75/442/CEE e nas Diretivas 1999/31/CE, 94/62CE e 2008/98/CE referentes a aterros sanitários, assim como a embalagens e resíduos, e seus derivados, essas normativas tem como foco principal priorizar a preservação e reduzir o impacto provocado pela extração de materiais primas, incentivando a reciclagem e o reuso, além de promover o reconhecimento dos resíduos e sua importância, estimula a encenação o tratamento biológico, assim como o aproveitamento para uso energético e caso não possua condições de ser utilizados em nenhuma destas etapas citadas é encaminhado a um aterro sanitário.

E de acordo com essas medidas propostas cada membro da União Européia deve implementar legislações que vão de encontro com as estabelecidas pelo grupo afim de buscar cumprir metas e prazos estabelecidos pela organização internacional (VIMIEIRO, 2012). Gestão de resíduos no Brasil A gestão de resíduos do Brasil esta longe do ideal, e passa por inúmeras dificuldades. Por não haver um manejo correto, dessa forma as conseqüências são variadas, entre as mais graves pode ser citada o acúmulo de lixo proveniente do consumo humano em tubulações, que impossibilita o curso adequado da água, provocando enchentes e cheias. Uma solução que pode ser adotada e deve ser mais estimulada e o método de compostagem que possui grande potencial para diminuir as emissões dos gases que causa o efeito estufa, assim propiciando melhor qualidade de vida a população, somado a reciclagem e reutilização (DINO, 2019).

art. sendo eles: I. – proteção da saúde pública e da qualidade ambiental; II. – não geração. Redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos; III. Neste contexto o setor privado fica incumbido pela administração ambiental dos resíduos sólidos da forma eficiente, tendo a obrigação de promover a reintegração do mesmo na cadeia produtiva, assim como proporcionar inovações nos produtos que gerem vantagens socioambientais, de forma contínua (LIMA, 2017). Os setores públicos a nível federal, estadual e municipal por sua vez tem a obrigação e responsabilidade de criar implementar e promover planos consistentes de gestão de resíduos sólidos, sem descuidar das diversas situações que são debatidas em relação ao tema (LIMA, 2017).

USINA DE TRIAGEM E COMPOSTAGEM A preocupação com a reciclagem e o reuso de resíduos e considerada nova, contudo a história data do final do século XIX a criação das primeiras usinas para o reaproveitamento de resíduos na cidade de Munique na Alemanha assim como em Budapeste, na Hungria (PESSIN et al. As Usinas de Triagem e Compostagem têm como objetivo principal a separação dos resíduos urbanos em matérias possivelmente recicláveis, matéria orgânica e rejeitos. Assim, espera-se que apenas os rejeitos, aqueles matérias que não podem ser mais reaproveitados, sejam destinados para as valas ou para os aterros (FEAM, 2016). Catapreta (2007, p. De acordo com o mesmo autor para que uma UTC funcione corretamente é preciso que possuía a seguinte estrutura: recepção, galpão para realiza a triagem, uma área para a compostagem, valas de aterramento e um centro de apoio: • Recepção: a recepção consiste por ser um espaço onde todos os resíduos urbanos coletados são descarregados.

Logo após a descarga, os resíduos seguem para o galpão local esse onde passara pela triagem; • Galpão de triagem: O galpão de triagem é considerado o local onde se encontra a mesa de triagem (esteira); nesse local ira ocorre a serão de inúmeros resíduos como, por exemplo, resíduos recicláveis, orgânicos, específicos que abrangem pilhas, baterias e pneus, bem como os rejeitos separados de forma individual por triadores, e as baús de recicláveis, área essa onde os resíduos recicláveis ficam armazenados ate a destinação final; • Área (pátio) para compostagem: após a triagem o material orgânico e direcionado para o pátio de compostagem; logo após sua decomposição, onde é constituído o composto maturado.

O método para a obtenção deste composto é o peneiramento, assim como a estocagem e a utilização. Segundo o Compromisso Empresarial Para Reciclagem (CEMPRE) (2018), o valor de mercado do composto fica em torno de R$ 100,00 e R$ 150,00 a tonelada. Segundo Lopes e Lima (2008), nas UTCs implementadas que possui como órgão impulsionador a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), as prefeituras tem como papel antecipar recursos com o intuito de promover treinamentos e capacitação de pessoas que iram trabalhar nas unidades, entretanto, isso não foi cumprido. Dessa forma, por inúmeros problemas estruturarias bem como a falta de treinamentos somado ao descaso político, fizeram com que muitas das unidades tiveram que fechar as portas. Já outras ficaram incumbidas somente da separação de matérias recicláveis, porem não tendo o cuidado adequado com rejeitos e matérias orgânicos, consequentemente havendo o sucateamento dos equipamentos assim como um grande descrédito em relação aos métodos de compostagem (LELIS e PEREIRA NETO, 2001, apud PAIVA, 2018).

Figura 3 – Vista geral de uma Usina de Triagem e Compostagem e Trabalhadores na esteira de triagem. Fonte: FEAM (2007, p. ” Para Noguti (2020, p. existe inúmeros tipos de tratamento do resíduo orgânico, que são eles: • Uso Direto: aplicação no solo, alimentação direta de animais e combustão direta; • Tratamento Biológico: compostagem, verminicompostagem, mosca soldado-negro, digestão anaeróbica e fermentação; • Tratamento Físico- químico: transestirificação e densificação; • Tratamento termoquímico: pirólise, liquefação e gaseificação. Entre os métodos citados assim a compostagem é indicada pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) sendo uma necessidade não apenas para o tratamento de resíduos, mas assumir uma importância no que pese o uso econômico social do composto gerado.

Neste contexto de acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2013) a compostagem é conceituada como um processo que abrange o tratamento de resíduos onde há a decomposição biológica do componente orgânico putrescível, adquirindo assim um produto que tem potencial para ser utilizado como adubo. No cenário atual de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2010) “as usinas de compostagem representam apenas 4% do destino da fração orgânica de resíduos sólidos gerados no Brasil. Portanto, conclui-se que o trabalho foi bastante produtivo devido trazer um tema muito relevante para a sociedade que é a gestão de resíduos de usinas de triagem e compostagem analisado todos seus processos e como se da o descarte de cada tipo de resíduos ate a destinação final.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ANTENOR, S. SZIGETHY, L. Resíduos sólidos urbanos no Brasil: desafios tecnológicos, políticos e econômicos. IPEA.  São Paulo: Planeta sustentável: Instituto Ethos, 2013. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE LIMPREZA PÚBLICA E RESÍDUOS ESPECIAL – ABRELPE. Lixo doméstico, problema global. g1. Disponível em: https://g1. n. p. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Política Nacional de Resíduos Sólidos. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 02 ago. Disponível em: https://www. mma. gov. br/cidades-sustentaveis/residuos-solidos/politica-nacional-de-residuos-solidos. Resíduos Solídos. Cevs. Disponível em: https://www. cevs. rs. M. F. Proposição de uma matriz de indicadores de sustentabilidade em gestão integrada de resíduos sólidos urbanos e sua aplicação em um estudo de caso. f.

Monografia (Progressão de carreira no magistério superior) - Universidade Estadual de Feira de Santana, Feira de Santana. Usina de Triagem e Compostagem. Feam. Disponível em: http://feam. br/banco-de-noticias/381-araponga-inaugura-usina-de-triagem-e-compostagem. Acesso em: 20 de Nov de 2020. Disponível em: https://ecolifesa. com. br/o-que-e-uma-usina-de-triagem-e-compostagem/. Acesso em: 20 de Nov de 2020. GUERECA, P. Lixo doméstico, problema global. g1. Disponível em: https://g1. globo. com/sc/santa-catarina/especial-publicitario/falando-de sustentabilidade/noticia/2019/01/07/lixo-domestico-problema-global. “Usinas de Reciclagem de Lixo”: porque não funcionam? In: XXI CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL. Anais. João Pessoa: Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, 2001. LIMA, L. M. In: XXXI CONGRESO INTERAMERICANO DE ENGENHARIA SANITÁRIA E AMBIENTAL. Anais. Santiago: Associação Interamericana de Engenharia Sanitária e Ambiental, 2008. NETO, J. T. br/2020/04/serie-compostagem-usinas-de-larga-escala/.

Acesso em: 20 de Nov de 2020. PAIVA, B. G. Estudo de viabilidade de sistemas de triagem e compostagem dos resíduos sólidos urbanos do município de Ouro Preto-MG. SILVA, S. M. C. P. HOSSAKA, A. P. GONZÁLEZ, J. L. P. Orgs. agrinho. com. br/site/wp-content/uploads/2014/09/32_Residuos-solidos. pdf. Acesso em: 24 de Ago de 2020. VIMIEIRO, G V. Usinas de triagem e compostagem: valoração de resíduos e de pessoas-um estudo sobre a operação e os funcionários de unidades de Minas Gerais. f. Tese (doutorado) – Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG.

225 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download