FRIDA: A Realidade nas Pinturas e suas Influências Sociais

Tipo de documento:Resenha

Área de estudo:Filosofia

Documento 1

Frida é um drama biográfico que retrata a vida de Frida Kahlo, uma pintora mexicana que no decurso de suas vivências passou por inúmeras dificuldades, como sua doença, seu acidente, suas sequelas e seu conturbado casamento com o pintor Diego Rivera. Frida rompeu com os padrões de sua época, tornando-se uma figura relevante no empoderamento feminino. O rompimento dos padrões nos primórdios do século XX é corroborado pela vida boêmia de Frida, ademais, logo no início do filme, é exibida uma cena em que Cristina – irmã de Frida – vangloria-se de seu casamento, no entanto, nota-se pela conversa entre a protagonista e seu pai, que subliminarmente, Frida repudia esse acontecimento. Naquela época, o casamento se concebia como uma passagem obrigatória para toda mulher, menos para Frida.

Hoje em dia, nota-se que, progressivamente, as mulheres agem como Frida, esquivando-se do “tão sonhado” casamento. O filme mostra que o primeiro desenho ilustra seu pé, tendo em vista a posição em que ocupa na cama, concedendo a visão a ele. Após suas pinturas no gesso que circulavam seu corpo, os pais de Frida lhe presenteiam com uma tela e tintas, onde pinta a si mesma com o auxílio de um espelho. Ao solicitar a opinião do pintor Diego Rivera sobre suas obras, inicia-se a proximidade entre os artistas, ponderando que Rivera a incentiva e define suas pinturas como “originais”, “sem técnicas usuais”. Dessa forma, Frida se insere no mundo da arte e se atrai por Rivera, resultando em um casamento. O casamento é rodeado por dificuldades, pois Rivera se concebe como um infiel a sua esposa.

Aproximando-se de sua morte e já com uma perna amputada devido à gangrena, Frida luta para participar de sua exposição, no entanto, seu médico aconselha que fique na cama. Ainda assim, Frida aparece na exposição sendo transportada em sua própria cama e representada como uma mulher que alcança seus objetivos. Ademais, conforme exibido no filme, Frida participa de movimentos sociais, sendo um exemplo de mulher guerreira para a sociedade contemporânea, a qual vai à luta almejando seus direitos. O filme encerra-se com a morte de Frida, a seguinte frase: “Espero que a partida seja feliz e espero nunca mais voltar” e o quadro denominado “O Sonho”. Diversos quadros de Frida são expostos ao longo do filme, quadros esses que causavam espanto em algumas pessoas no contexto histórico do século XX, ponderando que a artista retratava seus sentimentos e sensações de forma austera.

Em suma, a beleza em Frida sofre alterações com o decurso do tempo. Conforme supracitado, até mesmo no período Socrático, diferentes filósofos poderiam julgar seus quadros como belos e feios. A estética se adéqua aos padrões morais de uma época ou de uma sociedade, aquilo que para nós é considerado belo, para outros é ponderado como feio. Justifica-se a beleza das pinturas de Frida ao passo em que a artista expõe seus sentimentos, algo pouco explorado no campo da estética, assim o que é feio, torna-se belo mediante uma interpretação crítica e acurada. Conforme analisou Platão, o feio se encontra no excesso, no caos e, desse modo, o feio nas obras de Frida, seguindo os padrões estéticos é corroborado pelo caos de sua realidade, fator que para nós, tornam suas pinturas belas.

color. LACOSTE, Jean. A Filosofia da Arte. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1986.

39 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download