Fluxo de caixa uma ferramenta de controle gerencial nas microempresas

Tipo de documento:Monografia

Área de estudo:Administração

Documento 1

Aprovada em / / BANCA EXAMINADORA ____________________________________________________ Prof. Alan Carlos Santos ____________________________________________________ 1º Examinador (a) ____________________________________________________ 2º Examinador (a) A Deus, pelo dom da vida AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente à Deus, por cada oportunidade a mim conferida. À minha família, pelo apoio incondicional. Aos mestres que com seu conhecimento e paciência, nos mostraram como é valoroso o ato de aprender. E por fim, agradeço o suporte e a parceria dos colegas, amigos para toda a vida. The use of the cash flow tool aims to reduce risks in management, providing conditions for managers to have greater control over organizational resources. Through cash flow, the manager manages the time (daily, weekly, monthly, annual) of all inflows and outflows of resources in the company's cash, generating valuable information regarding current conditions and providing estimates for the future of the organization.

The research was carried out based on a bibliographic survey, which used books and scientific articles published in the area, aiming to present cash flow as a useful tool in the financial management of companies. The research is Descriptive, with a Qualitative approach. Among the advantages of using cash flow, the possibility of scheduling payments and avoiding default, the conditions for quick decision-making, in addition to enabling financial planning based on the information generated in the cash flow, can be considered. Demonstrativo do Fluxo de Caixa – DFC 25 2. Apresentação do DFC – Métodos Direto e Indireto 27 2. Fluxo de Caixa Descontado 31 2. A estrutura do Fluxo de Caixa 32 2. Fatores que afetam o Fluxo de Caixa 35 2. Os objetivos específicos delineados para a pesquisa foram: a) conceituar as organizações empresariais e a partir disso, caracterizar as Micro e Pequenas Empresas, tendo como base o estabelecido na Lei 123/2006; b) apresentar a estrutura e itens que compõem o Fluxo de Caixa; e c) demonstrar a utilidade do Fluxo de Caixa como ferramenta para a gestão das Microempresas, a fim de permitir a obtenção de resultados positivos para as empresas.

O Fluxo de Caixa é uma ferramenta de controle financeiro, utilizado para diminuir os riscos na gestão, proporcionado para as microempresas maior controle dos recursos. A partir da sua utilização é possível planejar e melhor controlar os recursos financeiros, podendo auxiliar os gestores a visualizar e compreender as informações reais dos movimentos financeiros, uma vez que a ferramenta contribui para melhorar o controle gerencial financeiro. A metodologia utilizada para a realização desta pesquisa foi um levantamento bibliográfico, realizado a partir da literatura tendo como base livros e artigos científicos publicados sobre o tema. Trata-se de uma pesquisa Descritiva e quanto a abordagem, é Qualitativa. A empresa é um órgão social, pois é constituída de pessoas que formam uma rede de relações formais e informais, gerando resultados nas ações eficientes, ou não, da empresa, consistindo em uma combinação que administra a tecnologia e as pessoas, de forma Inter relacional, a fim de gerar resultados (LIMA, 2009).

Para obter sucesso, a empresa deve promover o bom funcionamento das diversas áreas que a compõem, como finanças, Marketing, vendas, gestão de pessoas, logísticas e tecnologia da informação. São essas áreas que formam um todo chamado organização, não funcionando se forme entendidas de maneira isolada. Portanto, o que caracteriza as empresas pode ser o seu tamanho, os produtos e serviços que fornece, a natureza de suas operações, mas também os elos que se relacionam entre si a fim de oferecer bens e serviços, atendendo as demandas dos consumidores, e que em recompensa, esperam conquistar lucro e condições de manter sua sobrevivência no mercado (LIMA, 2009). Com relação às Micro e Pequenas empresas, são participantes deste tipo de organização empresarial, cerca de 99,2% de empresas brasileiras, segundo o Sebrae (2020).

No Portal do Empreendedor, mantido pelo Governo Federal, e seguindo o que diz a Lei, o microempreendedor individual é caracterizado pelo empresário que exerce profissionalmente alguma atividade econômica de forma organizada, produzindo ou permitindo a circulação de bens e serviços. Assim, o Microempreendedor Individual pode ser definido como “a pessoa que trabalha por conta própria e se legaliza como pequeno empresário” (PORTAL DO EMPREENDEDOR, s. d. O art. da Lei Complementar 128/2008 apresenta a descrição de empresário contida no art. Já, no relatório do GEM (2018), consta que a taxa de empreendedorismo no Brasil, que engloba os indivíduos envolvidos com uma atividade empreendedora, em 2018, foi de 38%. Segundo este percentual, de cada cinco brasileiros adultos, dois eram empreendedores. Conforme o relatório, a partir dessa taxa, estima-se que, aproximadamente, 52 milhões de brasileiros entre 18 e 64 anos estavam liderando alguma atividade empreendedora, seja na criação e consolidação de um novo negócio, ou realizando esforços para a manutenção de negócios já estabelecidos (GEM, 2018, p.

Para a economia brasileira, a Lei do MEI trouxe grandes benefícios, pois tem permitido o surgimento de muitos empreendedores que, anteriormente, agindo na informalidade, conseguiram formalizar os seus negócios, e assim podem contar com crédito no mercado financeiro, com direitos como o benefício do Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS, compra e licitações, além de realizar suas atividades de forma legal sem preocupações com a informalidade inseridos (SILVA; SARAIVA; OLIVEIRA, 2019). É possível citar os benefícios implantados na economia brasileira através da regularização dos pequenos negócios, como os MEI`s, por exemplo, que têm permitido o surgimento de muitos empreendedores, anteriormente informais, que passaram a investir nos negócios, ampliar suas atividades e inserir outros indivíduos nos processos formais de trabalho (SILVA; SARAIVA; OLIVEIRA, 2019).

Com essa complexidade, surgem novos riscos. Quando uma empresa é pequena, ela pode ser controlada por uma pessoa. À medida que cresce, isso se torna cada vez mais difícil, porque muitas coisas que requerem controle estão acontecendo simultaneamente, sendo necessário criar uma estrutura de gestão. Da mesma forma, todos os fluxos de caixa envolvidos no negócio ficam maiores. O volume de negócios, os custos, o investimento, os devedores e credores aumentam Segundo Fernandes, Fleury e Mills (2006, p. Trata-se de uma ferramenta para o gerenciamento financeiro, a fim de tornar mais sólido as decisões a serem tomadas. O controle pode ser feito de curto prazo, onde pode ser definida as despesas que a empresa terá ou no mínimo poderá ter para o próximo período, afim de não precisar entrar em cheque especial no banco, ou decisões paralelas, como por exemplo, factoring, empréstimos, entre outros (CECCONELLO; AJZENTAL, 2008).

Para as micro e pequenas empresas, o fluxo de caixa é uma importante ferramenta financeira para o gerenciamento dos negócios. Como nestas empresas, geralmente o proprietário é o administrador e ao mesmo tempo aquele que vende e cuida de todas as áreas da empresa, qualquer desorganização financeira leva a prejuízos muito grande, pois, não é raro que alguns desses empresários não saibam diferenciar os recursos provenientes das vendas com o seu dinheiro próprio, utilizando-o para pagamentos particulares, faltando para dar continuidade aos deveres da organização, como o pagamento das duplicatas, dos salários e outros. O objetivo do fluxo de caixa é sanar este problema, evitando que as necessidades de caixa para a manutenção do negócios seja menosprezada, o que implicaria em dívidas e consequentemente, mais dispêndios financeiros.

Muitas delas não controlam seu fluxo de dinheiro, então apela para bancos, antecipações de créditos como refugo para repor seu capital de giro, pagando assim, juros exorbitantes no mês. O problema encontrado nesse tipo de empresa é que as ferramentas e recursos gerenciais são muito escassos, não utilizando ferramentas para otimizar seus negócios. O regime de competência muitas vezes não é implantado em empresas pequenas ou familiares porque seus responsáveis consideram algo difícil de se fazer, porém, para a empresa ter controle sobre suas entradas e saídas, deve implantar esta ferramenta essencial, que não tem custo, apenas exige organização e certo trabalho, trabalho este que será muito bem utilizado para as projeções e planejamentos para o próximo período.

As operações financeiras de uma microempresa necessitam de acompanhamento constantemente para controle de seus recursos e entre as ferramentas que possibilitam o bom andamento da empresa e sua sobrevivência no mercado, utiliza-se o fluxo de caixa. Segundo Santos (2001), fluxo de caixa é uma ferramenta que permite interpretação das informações necessárias para o planejamento e gerenciamento dos recursos financeiras da empresa. Nesse sentido, fluxo de caixa permite corrigir e planejar antecipadamente as ações de captação ou aplicação de recursos. Conhecer o conceito desse método é essencial, mais devemos conhecer outros aspectos tais como sua composição, as vantagens, desvantagens e demonstração do uso dessa ferramenta. Nos tópicos a seguir iremos abordar de forma mais detalhadas esses aspectos. Os itens que compõem o Fluxo de Caixa Os empresários buscam em sua rotina de trabalho manter a parte financeira organizada, para que assim consigam o tão desejado lucro.

Uma das formas de manter essa organização é chamada de fluxo de caixa, que tem em seu formato uma composição diferenciada. Designar objetivos, conhecê-los e buscá-los, é essencial. Para Reis (2012, p. o fluxo de caixa tem como principais objetivos: - proporcionar o levantamento de recursos financeiros necessário às operações econômico-financeiras da empresa; - utilizar, da melhor forma possível, os recursos financeiros disponíveis na empresa para que estes não fiquem ocioso, estudando, antecipadamente, a melhor aplicação, o tempo e a segurança dos mesmos; - saldar as obrigações da empresa nas datas e vencimento; - analisar as fontes de créditos que proporcionam empréstimos menos onerosos, em caso da empresa necessitar de recursos; - desenvolver, na empresa, o controle dos saldos de caixa e dos créditos a receber; - buscar o perfeito equilíbrio entre ingressos e desembolsos de caixa da empresa; - manter a empresa em permanente situação de solvência.

É importante entender que o fluxo de caixa fornece todas as informações possíveis sobre os recursos financeiros da empresa ao responsável da empresa, além de manter o controle, antecipar as necessidades do caixa, ordenar seus excedentes, fazer aplicações mais rentáveis e seguras e evitar perdas futuramente, ou seja, fornece todas as informações necessárias para que o gestor financeiro possa planejar, organizar, dirigir e controlar os recursos e alcançar os resultados e objetivos da empresa (SALIM, 2010). Araújo, Teixeira e Licório (2015) citam que outra razão para se considerar o fluxo de caixa como uma importante ferramenta na administração dos recursos, é uma característica especial das micro e pequenas empresas, elas normalmente dispõem de escassos recursos de caixa, pelo menos durante os primeiros anos de operação e ficam vulneráveis a qualquer mudança repentina tanto dentro da empresa quanto no ambiente geral do negócio.

Quanto às desvantagens da utilização da ferramenta fluxo de caixa, estas vão além da questão prática, pois a ferramenta disponibiliza baixa quantidade de informações, ou seja, basta um erro no fluxo e todo o planejamento estará comprometido; também, não existe um método específico para seu fluxo, sendo que em alguns países o fazem considerando os bancos, outros os títulos, logo, não tem como deixar específico como fazer (CECCONELLO; AJZENTAL, 2008). Quanto à importância de se manter um controle mais eficiente do caixa nas empresas, Dornelas (2007) considera que: • Através de um planejamento financeiro, é possível tomar decisões mais assertivas, antecipando a solução de problemas futuros; • o fluxo de caixa é a melhor ferramenta de gestão de caixa, pois ajuda os empreendedores, de forma simples, a observar se está acontecendo ganho ou gasto de recursos; • o fluxo de caixa ajuda na decisão de investimentos, considerando dentre as várias possíveis alternativas; • a falta de capital de giro é um dos maiores problemas enfrentados pelos empreendedores.

um fluxo de caixa bem administrado, possibilita que os recursos sejam gerenciados, considerando sua necessidade para os próximos períodos; • manter um fluxo de caixa organizado e constantemente atualizado, ajuda o empreendedor a crescer, não limitando-o à falta de informações, permitindo que tome decisões mais acertadas; • o gerenciamento do ciclo de vendas da empresa também pode ser realizado via fluxo de caixa, pois nele é possível registrar as entradas programadas e relacionar todos os títulos de fornecedores que devem ser pagos, por período. Salim (2010, p. corrobora no sentido de que o fluxo de caixa consegue identificar importantes variáveis de controle gerencial, como o break-even point, ou ponto de equilíbrio, que corresponde ao “mês a partir do qual ocorre o equilíbrio entre as receitas e as despesas de um empreendimento”.

c) Os fluxos de financiamento provém de transações financeiras com capital de terceiros (dívidas) ou capital próprio. Incorrer em dívidas de curto ou longo prazos resulta numa entrada de caixa correspondente; a quitação de dívidas resulta em saída de caixa. Baseado nisso, observa-se as opções encontradas pelos responsáveis de micro negócios, porque em todos os tipos de empresa, os fluxos de entradas e saídas são divididos em três partes: Os Fluxos Operacionais - pagamentos (saídas) de ganhos acumulados (salários a pagar, Mão-de-obra, produtos em processo, produtos acabados, despesas operacionais, entre outros), pagamentos de compras a crédito (duplicatas a pagar, Matéria prima, entre outros) e despesas indiretas. Então ter um setor que trabalhe apenas com questões práticas, no caso administrando a questão tanto de quem trabalha quanto salários do pessoal que trabalha, produtos que estão acabando que precisam ser repostos, enfim, organizando a parte operacional faz uma grande diferença, pela questão de não envolver a parte financeira operacional com outras transações financeiras da empresa.

Assim como o setor operacional precisa ter uma atenção separada, há um fluxo chamado de Fluxos de investimento – suas saídas podem ser, por exemplo, a compra de ativos imobilizados e suas entradas, a venda destes ativos, geralmente está relacionado com aumento e diminuição de ativos a longo prazo. No primeiro caso, o recurso é lançado no fluxo de caixa a partir da entrada ou de saída de determinado valor, ou seja, ocorre a entrada no banco ou no caixa da empresa, ou então a saída do recurso. No regime de competência, o lançamento da obrigação ou da receita ocorre quando se tem definido o prazo para que isto ocorra, mesmo que seja em uma outra data a posteriori (SALIM, 2010). O método direto consiste em classificar as entradas e as saídas pelo método das partidas dobradas.

Neste método, são levadas em conta critérios técnicos para diminuir as interferências do fisco. Assim, as informações que vão compor o fluxo de caixa saem diretamente dos registros das operacionalidades da empresa. A demonstração considera as contas de resultado que não afetam o caixa da empresa. Para Friedrich (2005), as vantagens do método indireto é de que sua implementação é de baixo custo, sendo que basta lançar os balanços patrimoniais (o do início e o do final do Período), a DRE e mais algumas informações disponibilizadas pela Contabilidade. Já, as desvantagens decorrem do fato de que há um pouco mais de trabalho, pois, é preciso converter as informações do regime contábil par ao regime de caixa, o que apresenta melhor resultado se não houver grande espaço de tempo para a sua execução, além de que a interferência fiscal no resultado contábil vai apresentar algumas distorções no resultado, quando utilizado o método indireto.

O Quadro 2 apresenta um modelo do método indireto. Quadro 2 - Fluxo de caixa pelo método indireto Fonte: Frauches (2014, p. Lucro Operacional - LAJI 165,696. despesas Financeiras (juros) (-) depreciação -1,200. Lucro antes do IR - LAI 164,496. IR (25%)e CSLL (9%) - -56,336. Lucro Líquido 108,159. Essa taxa de desconto é definida no mercado de maneira técnica, levando em conta os juros vigentes e os riscos que são inerentes àquela empresa, consideradas suas peculiaridades ou os que seu ramo de negócios oferece. O fluxo de caixa descontado considera a variação de caixa ao valor presente, requerendo uma determinada taxa de desconto. Esta taxa de juros estimada considera um determinado investimento com risco semelhante, ou seja, a taxa considera uma expectativa de rendimento, avaliados os custos de capital, a variação inflacionária e outras ocorrências que podem atrapalhar o fluxo de caixa (PORTO, 2013).

A Tabela 2 traz uma demonstração de um cálculo com o fluxo de caixa descontado, utilizando os valores do fluxo de caixa demonstrado na Tabela 1. Tabela 2 - Fluxo de Caixa Descontado Período Fluxo Caixa Saldo do Débito Fluxo Desc. R$ 107,346. R$ 118,018. R$ 92,833. R$ 135,856. R$ 243,203. Fonte: modelo elaborado pela autora No exemplo, o fluxo de caixa descontado utilizou uma taxa aleatória de 5%, trazendo para o valor presente os valores do fluxo de caixa. A estrutura do Fluxo de Caixa A estrutura em que se apresenta o fluxo de caixa ajuda na sua compreensão e a demonstrar as seções que o compõem, ajudando no seu entendimento. Quando adequadamente estruturado, facilita ao usuário a análise detalhada e entendimento claro das informações ali contidas, permitindo tomar providências quando estas são necessárias (JESUS; SOUZA; DAFIOR, 2015).

O FASB definiu uma formatação para apresentação das operações, embora o modelo seja criticado quanto a parte em que mostra o fluxo de caixa voltado para a análise externa, no caso a parte do acionista. Mas independentemente do modelo com que se trabalhe o fluxo de caixa, ele dá a compreensão de vários enfoques, sendo útil às organizações de maneira geral. Este fator pode servir para ajudar o gestor nas suas próximas investidas e decisões a serem tomadas, com o intuito de preservar a saúde financeira da empresa. A Tabela 3 demonstra um modelo de fluxo de caixa de uma empresa com um horizonte de planejamento de dois anos, demonstrando os itens componentes do fluxo de caixa. Tabela 3 - Modelo de Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa da Empresa XXXX Item Ano 0 Ano 1 Ano 2 Liquidação Receitas operacionais   30.

  Investimento inicial         – Terrenos   (2. – Edifícios   (4.   equipamentos   (1.   Lucro antes de juros e IR (Lajir)   16.   – Imposto de renda (50%)   (8.   Depreciação   3.   Mudanças do capital de giro   (3. Ele lhes permite pagar os juros e o principal de sua dívida, assim como pagar dividendos e recomprar suas próprias ações. São essas as maneiras como as empresas retornam dinheiro a seus provedores de capital, por isso a expectativa do FCL é a variável-chave para determinar o valor de uma empresa, em uma perspectiva de mercado de capitais. Quanto a diferença entre o fluxo de caixa e o fluxo de caixa livre, basicamente, é que na primeira opção, tem-se as entradas e saídas da empresa dispostas na estrutura do fluxo de caixa em um determinado período de tempo. no FCL, são demonstrados os recursos restantes após o pagamento de todas as obrigações da empresa (SAMANEZ, 2007).

O fluxo dos acionistas (FDA) representa o fluxo disponível apenas para os acionistas. O fluxo de caixa pode ser referido como um dos instrumentos mais utilizados na gestão financeira das empresas, pela facilidade que apresenta na sua manutenção e diante dos diversos relatórios que consegue gerar, informando as ocorrências na movimentação dos recursos financeiros, trazendo para cada período analisado, a real situação da gestão empresarial (MARQUES; PALMEIRA, 2011). Para a realização de uma boa administração e, consequentemente, fazer com que a empresa alcance os objetivos estratégicos traçados, o fluxo de caixa possibilita o conhecimento da real independência financeira das empresas, permitindo uma análise sobre a sua capacidade de gerar recursos visando a sobrevivência futura das empresas, diante das condições de quitar seus compromissos e gerar saldo positivo.

Conforme explicam os autores Marques e Palmeira (2011), a correta utilização do fluxo de caixa, através dos lançamentos corretos e contínuos, permitem avaliar se a empresa tem condições de financiar o seu capital de giro ou se é grande a dependência de recursos externos, conseguindo dar ao gestor condições de avaliar a expansão dos negócios com os seus próprios recursos e a partir daí, proceder com os investimentos, financiamentos necessários, bem como com a reserva de recursos e a distribuição dos lucros ou direcionamento desses recursos para outras atividades. Além de contribuir abastecendo o gestor de informações para as decisões sobre o seu negócio, o fluxo de caixa ainda permite que outros interessados nos negócios consigam vislumbrar as informações contidas no DFC para tomar decisões assertivas.

Essas decisões são tomadas por stakeholders capacitados para assim fazê-lo, sendo útil para investidores e credores na avaliação das capacidades da empresa (SWAN, 2016). Através da visualização do fluxo de caixa é possível uma síntese dos principais eventos diante das mensurações contábeis (RAMOS; ALVES, 2012). Para Gazzoni (2003), o fluxo de caixa ainda disponibiliza ao gestor condições de avaliar as alternativas de investimentos, avaliar os recebíveis e controlar o pagamento das obrigações, permitindo que a empresa não fique muito tempo no vermelho para não incorrer em mais despesas financeiras, avaliar as perspectivas futuras do fluxo de caixa, tendo uma visão de alcance maior e assim melhor gerenciar os recursos, além de aproveitar os excessos de caixa para aplicar devidamente.

Para a realização do fluxo de caixa, as informações que vão compô-lo precisam estar adequadamente registradas, para que não aconteça de serem transcritos valores errados, ou datas erradas, prejudicando, assim, o resultado do fluxo de caixa. A fim de obter essas informações para alimentar o fluxo de caixa são utilizadas outras ferramentas de gestão, fazendo também com que a empresa evolua nesta área, atualizando as ferramentas que podem auxiliar na administração do negócio, não colocando a empresa na dependência de tarefas manuais, mais passíveis de erros. Um primeiro passo para um fluxo de caixa eficaz é manter um sistema de informações adequado, possibilitando o seu gerenciamento (RAMOS; ALVES, 2012). Uma resposta adequada para a visualização do futuro da empresa, quando esta não corresponde ao que os seus gestores esperam, é interferir através da utilização das ferramentas que auxiliam no planejamento financeiro RAMOS; ALVES, 2012).

Como as decisões tomadas para adequar as finanças do curto prazo afetam os ativos e passivos da organização, são o planejamento e o orçamento que vão traduzir as consequências das decisões tomadas, determinando as ações necessárias para um melhor resultado. De qualquer maneira, o planejamento financeiro se mostra fundamental para melhor traçar o caminho a ser seguido pela empresa (GAZZONI, 2003). Neste sentido, o planejamento de curto prazo é delimitado em três estágios, sendo operacional, estratégico e tático (GAZZONI, 2003), podendo ser explicados como: Estágio Operacional: neste estágio ocorre primeiramente a elaboração do orçamento do Lucro Bruto Operacional antes das despesas financeiras e variações da Necessidade de Capital de Giro; Estágio Estratégico: este estágio envolve decisões que afetam o capital de giro da empresa.

São decisões estratégicas e visam atitudes que envolvem os bens do ativo permanente, sobre dividendos, o resgate de empréstimos as despesas financeiras e fundos de longo prazo. Nos orçamentos de produção, envolve a programação de produção de cada produto produzido para atender as demandas do mercado. Envolve a estimativa de matéria-prima necessária, a mão-de-obra direta e as despesas relativas à fabricação dos produtos. A partir desta estimativa, é que são atribuídos os custos projetados dos produtos, no caso da indústria, e no caso do comércio, são projetados o orçamento de compras e despesas vinculadas à comercialização, que dará origem ao custo da mercadoria vendida. Os orçamentos de despesas operacionais agregam todas as demais despesas: administrativas, de vendas, tributárias e financeiras.

Serve para planejar os valores que serão necessários para a realização das vendas dos produtos e/ou serviços. Segundo Dornelas (2007), neste caso o fluxo de caixa envolve a seleção das informações financeiras de entrada e saída do caixa da empresa num determinado período, podendo ser diário, semanal ou mensal. A partir do levantamento das premissas, pode ser elaborado o fluxo de caixa projetado, que vai apresentar mês a mês ou ano a ano todas as entradas e as saídas do negócio, inclusive relacionando os impostos sobre as vendas dos produtos, as contribuições e os investimentos realizados. Segundo Porto (2013), o fluxo de caixa é o demonstrativo contábil mais utilizado para a realização de plano de negócio, permitindo a elaboração de cálculos fundamentais para os cálculos dos indicadores de viabilidade financeira.

Na sequência, o fluxo de caixa vai permitir levantar os três indicadores de viabilidade financeira, que são o Payback, o Valor Presente Líquido (VPL) e a Taxa Interna de Retorno (TIR), apresentando aos investidores ou empreendedor individual os resultados da viabilidade econômico-financeira do projeto que se está avaliando. METODOLOGIA Esta pesquisa aborda um levantamento bibliográfico composto por livros e artigos científicos publicados sobre o tema Fluxo de Caixa como ferramenta gerencial. Sua utilização se dá visando diminuir os riscos na gestão, pois proporcional às empresas em geral, maior controle sobre os seus recursos. O fluxo de caixa é uma ferramenta de controle gerencial que visa o registro periódico de todas as entradas (geração de receita) e das saídas (pagamentos, despesas) da empresa, proporcionando ao gestor maior controle sobre os recursos de sua empresa, dando condições de planejamento a partir das informações registradas.

Para a realização da pesquisa foram delimitados três objetivos específicos. Neste sentido, o primeiro objetivo visou conceituar as organizações empresariais e dentro deste item, caracterizar as Micro e Pequenas Empresas, demonstrando a importância deste tipo de empresa na constituição de alternativa de emprego e renda, movimentando a economia nacional. O segundo objetivo visou apresentar a estrutura e itens que compõem o Fluxo de Caixa. br/redeca/article/view File/28566/20053. Acesso em: 12 nov. ARAUJO, Fabio. C. B. Disponível em: http://riut. utfpr. edu. br/jspui/bitstream/1/4710/5/CT_PPGA_M_Belo%2C_Marina_Emanuelli_2019. pdf. Brasília: Presidência da República, 2008. CECCONELLO, Antônio R. AJZENTAL, Alberto. A construção do Plano de Negócio. São Paulo: Saraiva, 2008. R. FLEURY, M. T. L. MILLS, J.

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