Filologia Linguística

Nas obras didáticas, a primeira, vincula-se a um autor já tradicional do Ensino Médio do Brasil, Nicola (2012) e a segunda obra de CAMPOS, E. CARDOSO, P. M. ANDRADE (2013) é uma obra das mais utilizadas no ensino público do Brasil, segundo o Plano Nacional do Livro Didático, PNLD (2015); a terceira obra, foi selecionada porque se refere a uma realidade brasileira nas escolas particulares, o sistema apostilado. Todas as obras relativas ao primeiro ano do Ensino Médio. Na visão do PCN-LP, a interação social é o cerne da linguagem. Linguagem aqui se entende, no fundamental, como ação interindividual orientada por uma finalidade específica, um processo de interlocução que se realiza nas práticas sociais existentes nos diferentes grupos de uma sociedade, nos distintos momentos de sua história.

Os homens e as mulheres interagem pela linguagem tanto numa conversa informal, entre amigos, ou na redação de uma carta pessoal, quanto na produção de uma crônica, uma novela, um poema, um relatório profissional. Cada uma dessas práticas se diferencia historicamente e depende das condições da situação comunicativa, nestas incluídas as características sociais dos envolvidos na interlocução (BRASIL, 1998, p. Geraldi (2008 p. Livro 1: NICOLA, J. de. O signo linguístico, a língua e a gramática. In: A língua e Produção de textos Vol. São Paulo: Ed. Os signos são assim instrumentos de comunicação e representação, na medida em que, com eles, configuramos linguisticamente a realidade e distinguimos os objetos entre si. VILELA, M. KOCH, I.

V. P. No que se refere à opção do sentido de linguagem, ele estabelece a relação linguagem/pensamento com fins comunicativos e língua como instituição social. Livro 2: CAMPOS, E. CARDOSO, P. M. ANDRADE, S. Qualquer sistema empregado na intercomunicação social é considerado linguagem, seja ele formado por palavras — linguagem verbal —, seja por outros elementos, como gestos, imagens, cores, etc. — linguagem não verbal. A linguagem é matéria do pensamento e também um instrumento para a interação entre as pessoas. Não há sociedade sem linguagem, sem comunicação. Já à tradição linguística de uma comunidade denominamos língua, que é o conjunto das palavras usadas por essa comunidade e das regras para seu emprego. Quanto à opção teórica utilizada, segundo a tricotomia de Geraldi (2008, p.

é a linguagem enquanto interação social que objetiva a comunicação. E estabelecem a diferença entre linguagem verbal e não verbal para preparar o conceito de língua. Quanto à língua, como entidade cultural, mas como um “conjunto de palavras”, não como um sistema de eixo paradigmático e sintagmático. Livro 3: CNCE – SISTEMA DE ENSINO. A comunicação é uma necessidade humana, e o homem apresenta-a desde o seu nascimento. O bebê, por exemplo, chora pela atenção da mãe ou por comida; sorri, quando alguém brinca com ele. Com o tempo, passa a apontar para aquilo que deseja, até atingir a capacidade de emitir sons organizados, falar. Todavia não é apenas por meio da fala que podemos nos comunicar. O choro e o sorriso já são formas de interação, de linguagem; só não são linguagens verbais, ou seja, não têm como unidade básica a palavra.

Por fim, pode-se afirmar que a terceira obra analisada é a que contém mais dados de compreensão sobre linguagem e língua, no entanto, por adotar um caminho didático centralizado nos conceitos e não no sujeito da aprendizagem, o aluno, perde seu valor na construção do conhecimento e manifesta a “educação bancária”, Freire (1987), depositar conteúdos para serem memorizados pelos estudantes. REFERÊNCIAS BRASIL-MEC. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Disponível em < http://portal. mec. pnld-2015. ensino-medio> Acesso em: outubro 2017. CAMPOS, E. CARDOSO, P. M. Ensino Médio Vol. Curitiba: CNCE, 2012. pp. FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Ed. Scipione. pp. PAES. C. POSSENTI, S. Por que (não) ensinar gramática na escola. São Paulo: Mercado das Letras.