FICHAMENTO

Tipo de documento:Fichamento

Área de estudo:Serviço Social

Documento 1

Repensando a maternidade na adolescência. In. Estudos da Psicologia, 2000, 5(1), 243-251. Quadro Síntese O seguinte artigo trata de uma nova abordagem da questão da gravidez na adolescência ressaltando não somente os aspectos sociais, mas também a questão da delimitação da adolescência, das relações de gênero e maternidade, e das repercussões psicossociais da gravidez na adolescência. Página Citação Direta Citação Indireta (Comentários) 243 Para PINHEIRO (2000, p. Sobre as repercussões das relações de gênero vigentes em determinado grupo social sobre as vidas das pessoas envolvidas, Lavinas afirma: “(. o sexo social - portanto o gênero - é uma das relações estruturantes que situa o indivíduo no mundo e determina, ao longo de sua vida, oportunidades, escolhas, trajetórias, vivências lugares, interesses” (LAVINAS, 1997, apud PINHEIRO, 2000, p.

Para Lavinas (1997), o gênero, ou sexo social é um dos fatores determinantes das relações estruturantes, definindo os passos do indivíduo ao longo de sua trajetória. Segundo Pinheiro (2000, p. No Brasil, país de cultura patriarcal fortemente autoritária e herdeiro dos valores e modelos europeus, a mulher tinha como função social a reprodução e posteriormente, sob influência do Iluminismo, a criação dos filhos. e Desser (1993), destaca-se que dentre os fatores determinantes da maternidade precoce está a evasão escolar e ao vínculo com relacionamentos instáveis, aliados à falta de perspectivas de vida e de ingresso no mercado de trabalho. Pinheiro (2000, p. referindo-se a autores como Coley & Chase-Lansdale, 1998; Dias & Gomes, 1999; Gomes, Amazarray, Machado & Oliveira, 1998; Melo et al. e Monteiro & Cunha, 1994; Buscando-se as explicações dadas, observa-se que estas variam segundo o enfoque adotado na abordagem do problema.

Assim, encontramos explicações baseadas em um enfoque cognitivista, atribuindo a elevada incidência de gravidezes na adolescência à desinformação sobre a fisiologia da reprodução e métodos contraceptivos (Coley & Chase-Lansdale, 1998; Dias & Gomes, 1999; Gomes, Amazarray, Machado & Oliveira, 1998; Melo et al. Identificação da obra. BRAGA, Ângela da Silva. Gravidez na adolescência: uma reflexão sobre suas causas e consequências. In. Portal Conteúdo Jurídico. s/p Segundo Braga (2015, s/p), “o comportamento sexual tem como principal função a sobrevivência da espécie, assim a sexualidade na adolescência pode se expressar através de relação heterossexual ou até mesmo homossexual, da masturbação, de fantasias e até mesmo de imitações, ou seja, a sexualidade é também um elemento estruturador da identidade do adolescente, assim ela se expressa de diversas formas nesse período da vida, pois o adolescente está em busca de sua representação social e em fase de transição, o que pode trazer conseqüências negativas ou não para sua vida futura.

” De acordo com Braga (2015), a sobrevivência da nossa espécie é uma função do comportamento sexual e na adolescência tal comportamento pode ser manifestado de diversas maneiras, constituindo um dos elementos de estruturação da identidade na busca da própria representação social, podendo influenciar positivamente ou negativamente no futuro. s/p Citando Correia (2006, p. Braga afirma que “A baixa auto-estima poderia impedir que elas se recusassem a praticar o sexo de forma segura com medo de perder o namora, parceiro ou por medo do eles pensariam delas. Parece que nossas jovens têm, primordialmente, o temos de não agradar o parceiro, e eles o medo de falhar. ou seja, para que possamos entender como a gravidez e a maternidade são vividas por estes adolescentes precisamos conhecer sua realidade, estar por dentro de suas reais necessidades.

” De acordo com Braga (2015), a questão da gravidez precoce está mais evidenciada às classes menos favorecidas economicamente, porém não são uma exclusividade dessas classes e por isso, é necessário que se investigue a realidade para identificar as reais necessidades dos envolvidos. s/p Segundo Braga (2015, s/p), “A atuação do Serviço Social na Maternidade tem por objetivo desenvolver ações ou intervenções junto à clientela, tendo uma visão da totalidade da realidade social onde este cidadão está inserido, sensibilizando-o enquanto usuário, aos direitos e serviços a ele oferecidos. Quanto à atuação junto à população adolescente que atravessa o fenômeno da gestação precoce, esta atuação precisa ser mais comprometida, pois este quadro se configura como uma problemática social de grandes proporções para a vida dos adolescentes envolvidos e principalmente da criança”.

Para Braga (2015), a atuação do assistente social na Maternidade deve centrar-se em conhecer a realidade do usuário, construindo intervenções juntamente com o usuário considerando o contexto social em que o mesmo está envolvido, dando-lhe suporte e o conscientizando de seus direitos sociais e dos serviços disponíveis. Assim, os jovens não deixarão de estudar, terão mais facilidade em se qualificar e, por conseguinte, terão um futuro mais promissor”. Para Braga (2015), a atuação do Assistente Social não é suficiente sozinha, demandando a efetivação do papel da família e das políticas públicas no intuito de atenuar os agravantes da gravidez precoce, promovendo a sociabilidades dos envolvidos e evitando que os mesmos abandonem a carreira escolar. Considerações Finais: A leitura do artigo em que se baseou este fichamento traz à tona a problemática da gravidez precoce, como questão social, levando em conta suas causas e suas consequências, destacando a necessidade do Assistente Social investigar a realidade social dos envolvidos, elaborando intervenções juntamente com o usuário e com o apoio da família e das políticas públicas.

Identificação do(a) Aluno(a) Nome: RA: Curso: Campus: Semestre: Turma: Turno: 2. Identificação da obra. fala que “este saber deve recair, proporcionalmente, na própria prática sexual, para trabalhá-la como se fora de dentro e ampliar seus efeitos. Dessa forma constitui-se um saber que deve permanecer secreto, não em função de uma suspeita de infâmia que marque seu objeto, porém pela necessidade de mantê-lo na maior discrição, pois segundo a tradição, perderia sua eficácia e sua virtude ao ser divulgado. ” Segundo Foucault (1988), a arte erótica, ou ars erótica de países como China, Japão, Índia e nações árabes-muçulmanas, centra-se na prática sexual em si, devendo manter-se com discrição, pois perderia a sua eficácia em caso de divulgação.

Referindo-se à nossa civilização, Foucault (1988, p. afirma que “pelo menos à primeira vista, não possui ars erótica. ” Segundo Foucault (1988), na Grécia o sexo era usado como meio de iniciação ao conhecimento, sendo a verdade e o sexo uma constituição pedagógica de transmissão física do conhecimento. Já na nossa sociedade o sexo liga-se com a verdade através da confissão, da libertação de um segredo individual. Explanando acerca da confissão, Foucault (1988, p. afirma que: “Ora, a confissão é um ritual de discurso onde o sujeito que fala coincide com o sujeito do enunciado; é, também, um ritual que se desenrola numa relação de poder, pois não se confessa sem a presença ao menos virtual de um parceiro, que não é simplesmente o interlocutor, mas a instância que requer a confissão, impõe-na, avalia-a e intervém para julgar, punir, perdoar, consolar, reconciliar; um ritual onde a verdade é autenticada pelos obstáculos e as resistências que teve de suprimir para poder manifestar-se; enfim, um ritual onde a enunciação em si, independentemente de suas consequências externas, produz em quem a articula modificações intrínsecas: inocenta-o, resgata-o, purifica-o, livra-o de suas faltas, libera-o, promete-lhe a salvação.

” Para Foucault(1988), a confissão constitui um meio de sobreposição de poder onde o sujeito profere a confissão está sujeito ao julgamento, à punição, a avaliação e a intervenção do outro que pode confortar, punir, remediar etc. Mas, pouco a pouco, a partir do protestantismo, da Contra-Reforma, da pedagogia do século XVIII e da medicina do século XIX, perdeu sua situação ritual e exclusiva: difundiu-se; foi utilizada em toda uma série de relações: crianças e pais, alunos e pedagogos, doentes e psiquiatras, delinquentes e peritos. ” Para Foucault (1988), a confissão ainda hoje é a matriz que rege a questão da verdade sore o sexo, no entanto, ocorreram transformações consideráveis com o protestantismo e a Contra-Reforma da pedagogia e da medicina, difundindo-se pararelações entre pais e filhos, alunos e pedagogos, doentes e psiquiatras, delinquentes e peritos.

Segundo Foucault (1988, p. sobre as rupturas que constituem marcos históricos: “ em ruptura com as tradições da ars erótica, nossa sociedade constituiu uma scientia sexualis. Mais precisamente, atribuiu-se a tarefa de produzir discursos verdadeiros sobre o sexo, e isto tentando ajustar, não sem dificuldade, o antigo procedimento da confissão às regras do discurso científico. Para Foucault (1988, p. “Não obstante, é preciso notar que a ars erótica não desapareceu completamente da civilização ocidental; nem mesmo ficou sempre ausente do movimento pelo qual se procurou produzir a ciência do sexual. ” Segundo Foucault (1988), a ars erótica não desapareceu da sociedade ocidental, nem se ausentou do movimento de busca de produção de ciência sobre sexo. Considerações Finais: A leitura do capítulo em que se baseou este fichamento proporciona a compreensão do que é a ars erótica e a scientia sexualis, abordando a evolução do uso da técnica da confissão, que se afasta do âmbito da penitência, passando a ser utilizada na produção da verdade sobre o sexo.

Além disso, o texto aborda como a sociedade ocidental lida com a questão do sexo desde as concepções do uso do sexo na Grécia até a abordagem do sexo nas relações sociais. Quadro Síntese Neste capítulo o autor expõe sobre a concepção de poder e sua relação com o sexo, além de expor também sobre a questão so incesto e o papel da psicanálise. Página Citação Direta Citação Indireta (Comentários) 81 Segundo Foucault (1988, p. “Com respeito ao sexo, o poder jamais estabelece relação que não seja de modo negativo: rejeição, exclusão, recusa, barragem ou, ainda, ocultação e mascaramento. O poder não "pode" nada contra o sexo e os prazeres, salvo dizer-lhes não; se produz alguma coisa, são ausências e falhas; elide elementos, introduz descontinuidades, separa o que está junto, marca fronteiras.

Seus enfeites tomam a forma geral do limite e da lacuna. ” Para Foucault (1988), com o aumento da preocipação com o sexo no século XIX, quatro seres tomam o centro da objetivação do saber e estes são a mulher histérica, a criança masturbadora, o casal malthusiano e o adulto perverso. Segundo Foucault (1988, p. “Pode-se admitir, sem dúvida, que as relações de sexo tenham dado lugar, em toda sociedade, a um dispositivo de aliança: sistema de matrimônio, de fixação e desenvolvimento dos parentescos, de transmissão dos nomes e dos bens. Este dispositivo de aliança, com os mecanismos de constrição que o garantem, com o saber muitas vezes complexo que requer, perdeu importância à medida que os processos econômicos e as estruturas políticas passaram a não mais encontrar nele um instrumento adequado ou um suporte suficiente.

” Segundo Foucault (1988), em toda a sociedade as relações de sexo deram lugar a um dispositivo de aliança, um sistema de matrimônio, de desenvolvimento de parentesco. Mas, na prática, a psicanálise assume a tarefa de eliminar, naqueles que estão em condições de recorrer a ela, os efeitos de recalque que a interdição pode induzir; permite-lhes articularem em discurso o desejo incestuoso. ” Quanto ao incesto, Foucault (1988) afirma que a prática torna-se proibida absolutamente de modo universal, porém, na prática, é tarefa da psicanálise assumir a tarefa de remediar aqueles que estão em eminência de cometer o ato. Segundo Foucault (1998, p. “A história do dispositivo de sexualidade, assim como se desenvolveu a partir da época clássica, pode valer como arqueologia da psicanálise.

Vimos, efetivamente, que ela desempenha vários papéis simultâneos nesse dispositivo: é mecanismo de fixação da sexualidade sobre o sistema de aliança; coloca-se em posição adversa em relação à teoria da degenerescência; funciona como elemento diferenciador na tecnologia geral do sexo. In. Ver. Paideia, jan. abr. Vol. Algumas complicações como tentativas de abortamento, anemia, desnutrição, sobrepeso, hipertensão, (pré)eclampsia, desproporção céfalo-pélvica, hipertensão e depressão pós-parto estão associadas à experiência de gravidez na adolescência. Por outro lado, no que tange à saúde do bebê, a gestação na adolescência encontra-se associada a situações de prematuridade, baixo peso ao nascer, morte perinatal, epilepsia, deficiência mental, transtornos do desenvolvimento, baixo quociente intelectual, cegueira, surdez, aborto natural, além de morte na infância.

Para Dias e Teixeira (2010), a gravidez na adolescência constitui um risco biológico não só para a mãe como também para o bebê, associando complicações para a mãe como anemia, tentativas de abortamento, depressão pós-parto etc; e deficiência mental, prematuridade, epilepsia dentre outros para o bebê. Referindo-se a Yazlle e cols. e Kassar e cols. afirmam que “mudanças no comportamento sexual são resultado de transformações nos valores que tiveram início nos anos 60 e trouxeram consequências importantes para a área da sexualidade humana. A literatura indica que novos padrões de comportamentos sexuais surgiram a partir do surgimento da pílula anticoncepcional. Este dispositivo contraceptivo, mais eficaz que os anteriormente utilizados, permitiu que o sexo, que estava intimamente vinculado à função reprodutiva, pudesse ter um descolamento da mesma e fosse focalizado sob a ótica do prazer”.

A partir das transformações de valores que ocorreram na década de 60, mudanças no comportamento sexual, principalmente com o surgimento da pílula anticoncepcional. Isso ocorreu porque o sexo deixou de ter função meramente reprodutiva. Além disso, moralmente considera-se que a mulher deve ter uma postura inocente, movida pelos sentimentos. “Algumas pesquisas mostram que a gravidez nesse período pode representar a busca por reconhecimento e concretização de um projeto de vida viável para algumas adolescentes, especialmente aquelas de nível socioeconômico menos favorecido”. Belo & Silva, 2004; Carvalho, Merighi, & Jesus, 2009; Dadoorian, 2003; Oliveira, 2005; Pantoja, 2003; Rangel & Queiroz, 2008; apud Dias e Teixeira, 2010, p. Pesquisas mostram que a gravidez na adolescência, para adolescentes de poder socioeconômico menos favorecido, pode ser uma representação do reconhecimento e da concretização de um projeto de vida acessível para a adolescente.

DIAS e TEIXEIRA, 2010). SOUZA, Teresa Alves de; BRITO, Maria Eliane Maciel de; FROTA, Amanda Cavalcante; NUNES, Joyce Mazza. Gravidez na adolescência: percepções, comportamentos e experiências familiares. In. Ver. Rene. Segundo Souza et al (2012, p. “A gravidez na adolescência é considerada um grave problema de saúde pública, por causar sérios comprometimentos biológicos e psicológicos, tanto para a mãe quanto para o filho. É também um problema social, pois revela a prática de uma sexualidade não segura, com riscos de infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e outras doenças sexualmente transmissíveis”. Para Souza et al,a gravidez precoce trata-se não só de um problema de saúde pública, mas também de um problema social por ter efeitos nocivos biológica e psicologicamente para mãe e o bebê, e por refletir o problema da prática sexual insegura, que pode provocar, além da gravidez, a contaminação por DSTs.

SOUZA et al, 2012). ainda observou que os familiares “experienciam e reagem diferentemente em relação ao evento. Essa singularidade é determinada por múltiplos fatores, como históricos, sociais, culturais, educacionais e dinâmicas familiares, que se apresentam de maneira diferenciada em cada família. É comum a sobreposição dos sentimentos de revolta, abandono, tristeza e aceitação do inevitável. Em alguns casos, é motivo de alegria, quando essa gravidez faz parte do projeto de vida da adolescente. ” Segundo Souza et al (2012), os familiares das adolescentes reagem e experienciam a gravidez precoce de formas diferente. Esta atitude é condizente com a própria fase de desenvolvimento psicossocial da adolescente, quando se encontra em decurso de definição de sua identidade, independência e emancipação, podendo surgir conflitos com os pais e maior identificação com o grupo de amigos”.

Em muitos casos as relações familiares não tão acessíveis, fazendo com que os adolescentes prefiram se comunicar com pessoas de fora do âmbito família. Isso ocorre principalmente por causa dos conflitos familiares comuns a essa fase da vida em que o indivíduo passa por tantas transformações e se deparam com tantos questionamentos. SOUZA et al, 2012). O estudo de Souza et al (2012, p. concluiu que “a inclusão de familiares ou de pessoas significativas para as adolescentes grávidas numa assistência pré-natal holística e humanizada, o que favorecerá o enfrentamento de conflitos e proporcionará apoio, proteção e orientação à adolescente durante o ciclo gravídico-puerperal. ” Uma pesquisa concluiu que o apoio de familiares à adolescente grávida dá a mesma uma estrutura melhor para o enfrentamento dos desafios da gravidez precoce.

Considerações Finais: O artigo acima fichado constitui dados sobre uma pesquisa sobre a gravidez na adolescência e o envolvimento familiar. Pôde-se depreender do texto os fatores biopsicossociais que podem influenciar o comportamento dos adolescentes quanto à sua conduta sexual e o papel da família diante da situação de gravidez precoce. Conclui-se, portanto, que fatores socioeconômicos aliados à dinâmica familiar são cruciais para o enfrentamento das dificuldades advindas da gravidez na adolescência. Página Citação Direta Citação Indireta (Comentários) 49 “Na adolescência o relacionamento com os pais é bastante abalado pelo questionamento que o jovem faz em relação a valores, estilo de vida, fé, ideologia etc. Esse questionamento geralmente cria um ambiente de tensão familiar. Os pais muitas vezes se sentem ansiosos e desorientados, sem saber como lidar com seus filhos.

Na fase de busca, procura, enfrentamento, desestruturação e discussões com os pais, o adolescente passa a dar grande importância ao grupo de amigos e muitas vezes se identifica com as experiências pelas quais seus amigos estão passando. É muito comum, no grupo de amigos, o surgimento de namoros e experiências sexuais” (SANTOS e NOGUEIRA, 2009, p. Essas mudanças, porém, não foram acompanhadas por políticas que lhe assegurassem condições para dividir as responsabilidades pessoais com as do emprego. Com o advento da Revolução Industrial e da Segunda Guerra Mundial, a mulher é inserida do âmbito do trabalho na indústria e assume papéis até então exclusivos para os homens. No entanto, tais mudanças não foram acompanhadas de políticas públicas que atendessem as novas demandas do segmento feminino.

Santos e Nogueira, 2009). “Hoje, com a liberação sexual e a grande variedade de contraceptivos, os relacionamentos sexuais iniciam-se mais cedo. Além disso, essas adolescentes tendem a considerar a iniciação à vida sexual como meio de se afirmar como mulher, adquirindo o status de mulher adulta. “O “bombardeio” de informações e imagens da mídia induz uma aceleração do ingresso no mundo adulto quando o jovem ainda não tem orientação, estrutura emocional e psíquica para isso” (SANTOS e NOGUEIRA, 2009, p. Para Santos e Nogueira (2009), o bombardeamento de informações tem efeito nocivo aos adolescentes por induzirem os mesmos à busca por adentrar no mundo adulto cada vez mais cedo, sendo que tais adolescentes ainda não possuem estrutura emocional e psíquica para lidar com tantas informações.

“Quanto mais precoce é a iniciação sexual, menores são as chances de uso de métodos contraceptivos e, conseqüentemente, maiores as possibilidades de gravidez” (SANTOS e nogueira, 2009, P. Segundo Santos e Nogueira (2009), quanto mais precoce é a iniciação à vida sexual, maior as chances do indivíduo não usar métodos contraceptivos e de proteção contra DSTs. Nota-se que nem sempre há desconhecimento a respeito dos métodos contraceptivos, no entanto é essencial a promoção do diálogo entre o adolescente, a família e os profissionais de saúde para esclarecerem dúvidas e informar sobre os riscos da atividade sexual desprotegida. Identificação do(a) Aluno(a) Nome: RA: Curso: Campus: Semestre: Turma: Turno: 2. Identificação da obra. DADOORIAN, Diana. Gravidez na adolescência: um novo olhar.

Para Dadoorian (2003), mesmo diante das dificuldades advindas da gravidez na adolescência, as jovens mães alegam contentamento em realizar o papel de mãe. Quanto à reação das famílias à gravidez da adolescente destaca-se que “As famílias das jovens de classes populares apresenta uma melhor aceitação dessa situação, especialmente a mãe e a avó, contrariamente às famílias das adolescentes de classe média, que não desejam a gravidez das filhas adolescentes” (Silva & Pinotti,1987 apud Dadoorian, 2003, p. Para Silva & Pinotti (1987 apud Dadoorian, 2003, p. as famílias reagem de forma diferente à gravidez adolescente, sendo que as famílias de classes populares tendem a reagir de maneira mais compreensiva e positiva, enquanto que as classes mais abastadas tendem a reagir negativamente por considerem que a gravidez precoce pode “atrapalhar” o futuro educacional e profissional da adolescente.

Quanto à percepção da gravidez nas classes populares, Dadoorian (2003, p. Segundo Dadoorian (2003), inicialmente as famílias não reagem positivamente à gravidez, no entanto, após algum tempo passam a aceitar a gravidez, muitas vezes se posicionando contra o aborto, constituindo a gravidez precoce como um elo de união da família. De acordo com a pesquisa de Dadoorian (2003, p. “Todas as adolescentes entrevistadas afirmaram ter conhecimento de que exercer a atividade sexual sem o uso de contraceptivos poderia provocar uma gravidez. Entretanto, elas relataram que não fizeram uso desses métodos quando iniciaram a sua vida sexual. Esse dado questiona o fato de que a gravidez na adolescência ocorreria em função da desinformação sexual, como afirma o enfoque tradicional”. DADOORIAN, 2003). “A ausência, nas adolescentes que optam pela gravidez, de uma visão mais abrangente sobre o seu estado gera conseqüências que repercutem em dois níveis: no individual, que se refere aos aspectos psicológicos expressos em cada uma dessas adolescentes, e no social, isto é, nos aspectos sócio-econômicos, na medida em que a gravidez em adolescentes, sobretudo em jovens provenientes de classes populares, multiplica as condições de reprodução da pobreza econômica e social” (DADOORIAN, 2003, p.

Nas classes populares observa-se que a falta de uma perspectiva ampliada das implicações da gravidez na adolescência, trazem consequências a nível psicológico, social e econômico, podendo acarretar a perpetuação das condições de pobreza. DADOORIAN, 2003). Considerações Finais: A partir da compreensão do artigo acima fichado pôde-se concluir que o discurso sobre a gravidez na adolescência estar associada à falta de informação nem sempre se aplica às adolescentes das classes sociais menos favorecidas. dez. Quadro Síntese O artigo reflete sobre a atual explosão discursiva em torno do tema e sobre o modo como a sexualidade adolescente tem sido focada como um problema social frente ao qual a escola é conclamada a intervir. O artigo analisa como a conduta sexual dos indivíduos e da população tornou-se objeto de análise e de diferentes intervenções médicas, pedagógicas, políticas e governamentais.

Página Citação Direta Citação Indireta (Comentários) 289 “A importância do sexo como foco de disputa política deve-se ao fato de ele se encontrar na articulação entre os dois eixos ao longo dos quais se desenvolveu toda uma tecnologia política da vida: o sexo faz parte das disciplinas do corpo – permitindo o exercício de micropoderes – e pertence à regulação das populações. ” (ALTMANN, 2007, p. Virão ao mundo em maternidades públicas, precisarão de postos de saúde, programas de distribuição de leite, escolas e hospitais gratuitos, merenda escolar, casas populares e, mais tarde, polícia nas ruas e cadeia para prender os que não se comportarem como cidadãos de respeito. ” Para Varella (2002 apud ALTMANN, 2007), adolescentes das classes sociais mais pobres demandam maiores investimentos em políticas sociais para garantir um mínimo de dignidade como maternidades públicas, postos de saúde, hospitais públicos, merenda escolar, casas populares, e por fim, força policial para apreensão daqueles que não se portarem com respeito às normas sociais.

“Não se trata somente de uma questão individual: trata-se também de um problema populacional que deve ser objeto de políticas públicas. Quando a escola é convocada a intervir, ela busca intervir na vida do corpo e na vida da espécie, na saúde individual e coletiva, na vida das/os jovens, bem como na regulação e organização da população. ALTMANN, 2007, p. ” Para Altmann (2007), a gravidez na adolescência constitui um anacronismo porque socialmente a gravidez e adolescência são encarados como fenômenos a serem vivenciados separadamente. Para Altmann (2007, p. “a escola, sendo um lugar de transmissão de conhecimentos e dado o seu amplo alcance populacional, passa a ser responsabilizada por educar sexualmente os/as estudantes. ” Segindo Altmann (2007), por ser um ambiente de grande alcance populacional e um local de transmissão de conhecimentos a escola passa a ser a instituição responsável pela educação sexual.

Falando da infância e da adolescência, Altmann (2007, p.

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