Fatores de risco para dependência e a qualidade do envelhecimento nos países em desenvolvimento

Tipo de documento:Projeto de Pesquisa

Área de estudo:Geografia

Documento 1

n. p. jan. mar. O artigo resenhado apresenta o resultado de estudos cujo objeto é a qualidade do envelhecimento percebido em idosos de perfis socioeconômicos diversos residentes no interior do Brasil. “A hipótese da compressão de morbidade”, prossegue, “propõe que intervenções durante a vida adulta e entre idosos mitigariam agravos à saúde, preservando o estado funcional e prolongando a expectativa de vida livre de incapacidade”. Só que “A baixa resolubilidade das políticas de suporte às famílias que cuidam de idosos aprofundará a anacrônica demanda por institucionalização” (p. “Os dados coletados”, informa o artigo, “demonstram que”, “embora imprescindíveis para reduzir a mortalidade”, a maior parte dos idosos (1) “não realizavam rastreamento de neoplasias”, (2) “não estavam imunizados contra pneumonia” e (3) “apresentavam as maiores prevalências de fatores de risco cardiovascular” (p.

“Embora relativamente jovens”, os idosos da amostra “apresentavam elevada prevalência de problemas comuns em idosos mais velhos”, entre os quais “incontinência urinária, quedas, sintomas de depressão”, deficit “de visão e audição, dependência para realizar AVDs e risco de isolamento social”. “Uma intrincada rede causal”, pondera, “engloba essas síndromes”: “incontinência urinária pode levar a isolamento social e depressão”, “quedas podem aumentar a dependência para realizar AVDs ou serem consequências de um estado funcional precário”, e “déficits de visão favorecem quedas e déficits de audição associam-se ao isolamento e depressão” (p. E quanto às quedas? Diz a obra que “apesar da idade relativamente baixa da população, a proporção de idosos que relatou quedas assemelha-se à observada internacionalmente”.

Portanto, “A elevada frequência de quedas observada corrobora a hipótese discutida anteriormente de que o envelhecimento da população idosa se associa a elevado risco – potencialmente reversível – de agravos como fraturas, neoplasias, pneumonias e doenças cerebrovasculares” (p. O artigo segue com os problemas verificados em vários domínios: “Conclui-se também que cerca de 2/3 dos homens e 4/5 das mulheres apresentavam problemas em, pelo menos, seis domínios, caracterizando a polipatologia precursora da fragilidade”. Prossegue: “Considerado neste estudo como ausência de problemas em múltiplos domínios, o envelhecimento bem-sucedido parece ser uma prerrogativa de idosos do sexo masculino, mais jovens ou de melhor escolaridade”. “Na realidade”, argumenta, “esses resultados podem refletir um viés de mortalidade: por serem mais frágeis, os homens faleceriam precocemente; as mulheres sobreviveriam com incapacidades”.

“A maior expectativa de vida em mulheres não se associou a ganho de expectativa de vida livre de incapacidade”. “O envelhecimento bem-sucedido pode ser privilégio de classes mais favorecidas”. “Envelhecimento bem-sucedido e capacidade funcional em idosos” consegue apontar a relação existente entre condições socioeconômicas (nível de renda, grau de escolaridade, acesso à infraestrutura de saúde) e a qualidade de vida experimentada por idosos do interior brasileiro. Descreve com precisão a metodologia e sua respectiva implementação, apresenta com clareza os resultados obtidos e promove uma discussão rica sobre as consequências dos mesmos, deixando claro que os achados e conclusões não exaurem o tema, mas antes estimulam novas pesquisas. O presente artigo fornece informações importantes para os que pretendem pesquisar a que condições psicossociais (e econômicas) estão submetidos os idosos brasileiros.

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