FAMÍLIA E ESCOLA - UM ESTUDO ACERCA DA INFLUÊNCIA FAMILIAR NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Alguns pontos de relevância para a discussão foram apontados por meio da reflexão acerca dos aspectos que estão inseridos no contexto da relação escola e família, quais os fatores que contribuem para o não envolvimento da família no processo de aprendizagem e de que forma família e escola podem coexistir de forma colaborativa e participativa, visando contribuir com o que há de melhor nos dois contextos para o desenvolvimento das crianças. Tal pesquisa é de considerável relevância pois visa, sobretudo, fomentar discussão e prover reflexões importantes que impactam a sociedade como um todo. Tendo em vista, que família e escola são os pilares para formação saudável do sujeito. Pra constituir esta pesquisa foi realizado o modelo de revisão de literatura, pelo viés exploratório nas bases de dados eletrônica, sendo complementada a discussão, com recortes de autores de renome nos campos da psicologia, sociologia e pedagogia, que debruçaram seus trabalhos acerca dos temas aqui explorados.

De modo geral, este trabalho conseguiu identificar aspectos de relevância para discorrer sobre a problemática e ainda se permitiu, aventurar-se na argumentação sob modelos sugestivos, encontrados sobre como ressignificar esses aspectos, de modo, a prosperar uma relação família-escola com futuro colaborativo, de forma a oportunizar as crianças um processo de aprendizagem interativo, inovador e de qualidade. milhões de crianças e adolescentes entre 6 e 17 anos frequentam a escola. De modo que, nos leva a reflexão do porquê, mesmo com essa obrigatoriedade assegurada por lei, ainda temos uma disparidade tão grande do número de crianças/adolescentes que habitam no Brasil em paralelo com os que estão efetivamente estudando. A escolha pela temática surgiu primeiramente de uma motivação interna da autora, que foi ganhando força a partir da experiência como conselheira tutelar.

Onde por sua vez, por meio dessa vivência, aguçou sua percepção para um alto índice de casos, onde o baixo rendimento escolar, estava sempre associado a questões relacionadas ao contexto familiar como, por exemplo, a ausência dos responsáveis nas reuniões escolares, o “pseudo” desinteresse na vida escolar dos filhos, pais que buscavam a manutenção da matrícula do filho apenas para não perder benefícios sociais, como o bolsa família. Dito isto, o presente artigo propõe compreender os aspectos que estão inseridos no contexto da relação escola e família. Os critérios de inclusão foram: artigos científicos produzidos em língua portuguesa ou traduzidos, que se relacionasse de forma parcial ou integral com os eixos temáticos da pesquisa, e que tenha sido publicado entre os anos de 2010 e 2019.

Posteriormente, os artigos selecionados foram avaliados considerando especialmente seu caráter de reflexão sobre a interseção entre as temáticas: família, escola e aprendizagem. Para que, deste modo possibilitasse discussão e apresentação dos dados relevantes para este estudo. Após aplicar os critérios de inclusão, na pesquisa da base de dados, identificamos que o material selecionado, ou seja, os sete artigos, apresentados posteriormente na tabela abaixo, mostrou-se insuficiente para realizar uma discursão coesa sobre a proposta desta pesquisa. De modo, que a fim de qualificar a discussão e fundamentação, optamos em complementar a compreensão neste artigo, com recortes de obras produzidas por autores de destaque nas respectivas áreas, sociologia, direito e psicologia. M. F. SCIELO Relação Escola e Família: Diálogos interdisciplinares para a formação da criança CAETANO, L.

M; YAEGASHI, S. F. E. M et al 2015 PluriTAS A função da família na educação escolar Total ZANE, A. D. S. SCIELO 8 Fonte: plataforma scielo e site Pluritas Portanto, Como forma de tornar didática a compreensão da interação entre as temáticas abordadas nesta pesquisa, optamos por, no desenvolvimento do artigo, apresentar cada tema inicialmente de forma conceitual e particularizada, para posteriormente facilitar a compreensão do leitor na interação entre os tema. Por último, e na mais atual das reformulações jurídicas por meio, do código civil de 2002, na base da lei nº. “o casamento estabelece comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos cônjuges”. Dessa forma, nota se uma evolução interpretativa para a legislação brasileira, onde atualmente impera legalmente o princípio bilateral das parte, no que concerne a todos os direitos e deveres inerentes ao sistema familiar.

No que tange aos modelos de família, diversos autores falam sobre pluralismo familiar, para explanar sobre as diversas configurações existentes de construção de sistema familiar. Tratando-se de estrutura familiar, Dias (2011) nos apresenta alguns exemplos. De modo que, apenas em 1889, por meio da proclamação da república do Brasil, é que se passou a atrelar o conceito de educação a um modelo formal, assim delegando esta função a profissionais preparados nas mais diversas áreas de conhecimento (SILVA et al. Ainda assim, posteriormente, durante décadas a ideia de responsabilidade pela educação das crianças estava associada a dois pilares, a escola e a família, entendendo família nesse contexto, apenas a figura da mãe, como sendo aquela vista pela sociedade como a responsável absoluta pela doutrinação dos filhos.

Contudo, com o advento das grandes revoluções, a mulher começou a adquirir outros papeis, além de mãe, ela agora também era um ser social que tinha conjuntamente família, trabalho e estudos. Assim, mais uma renovação nesse binômio família e escola, começou a surgir. Atualmente, o Estatuto da criança e do adolescente ECA, regido sob a lei nº. Onde o primeiro, está relacionado ao ciclo familiar. De modo que, “a escola é a instituição que tem como função a socialização do saber sistematizado, ou seja, do conhecimento elaborado e da cultura erudita” (OLIVEIRA E MARINHO ARAUJO, 2010. p. A relação família e escola Tudo, ou o pouco que sabemos acerca das implicações de benefícios ou não, da relação entre família e escola, surgem por meio de pesquisas, geralmente de campo, que se debruçam sob a reflexão dessa relação que segundo, Caetano e Yaegashi (2014), até pouco tempo atrás não existia.

De modo que, no Brasil uma série de políticas públicas são constantemente propostas, a fim de, potencializar esse processo da relação família e escola. Ao aproximar a escola da vida ou das preocupações profissionais dos pais, e ao propiciar, reciprocamente, aos pais um interesse pelas coisas da escola chega-se até mesmo a uma divisão de responsabilidades. PIAGET, 1948. p. Família é o primeiro ciclo de relacionamentos no qual, um sujeito se vê como pessoa e como parte de um grupo, e é por meio dele que aprendemos o contato com o outro, que desenvolvemos os primeiro traços de comunicação. Posteriormente, já com o princípio básico das relações em grupo adquiridas, passamos para um outro nível de relações, onde aos poucos aprimoramos o contato e a comunicação com outros sujeitos, que por sua vez vem com bases de estruturas familiares diferentes das nossas.

Aprendizagem Na esfera do entendimento cientifico sobre o processo de aprendizagem, podemos citar quatro grandes linhas de pensamento teórico, sendo elas: a teoria behaviorismo, a teoria mediacional, teoria construtivista-cognitivista e a teoria sócio interacionista. Segundo La Rosa (2003), na teoria associacionista temos grandes nomes de repercussão, dentre eles destacamos: Pavlov, Watson e Skinner. Nessa perspectiva, a aprendizagem adquire dimensões acerca do processo, como algo cego e mecânico, onde a conduta de ensino está relacionada a associação de estímulos e respostas. Já na perspectiva das teorias mediacionais, o processo de aprendizagem é colaborativo, ou seja, se baseia na relação de fatores internos e externo, tendo assim uma leitura mais holística do processo. Na teoria construtivista-cognitivista proposta por Piaget, o indivíduo interage com o objeto de modo que, essa interação resulta num processo contínuo de construção e reconstrução de funções cognitivas.

Um outro ponto de interseção mencionado por Albuquerque e Aquino (2018), é o fato de que a família, ainda tem uma ideia de submissão ao saber da escola. Dessa maneira, as famílias tem um conceito de que é atribuída à escola, e somente a ela, o senso do educar. Consequentemente, a família acaba abrindo mão de sua responsabilidade nesse processo. O que por sua vez, abre margem para a escola encarar um resultado de fracasso ou evasão de escolar, como uma atribuição relacionada exclusivamente a pseudo desestruturação no sistema familiar do aluno. Desse modo, o que deveria ser um movimento de responsabilização compartilhada, ganha dimensões de culpabilizações (OLIVEIRA E MARINHO ARAUJO, 2010). Promovendo essa interação, sempre de modo educativo e colaborativo, se abstendo de tabus e acusações baseadas em ideias pré concebidas do sistema familiar do aluno.

Refletindo acerca da troca de culpabilizações entre família e escola, o que poderia ser feito para dirimir essa dissociação de papeis e consequentemente influenciar de forma potencializadora, no processo de melhor desenvolvimento e aprendizagem das crianças? Pensando nisso Oliveira e Marinho Araújo (2010), sugerem que a construção de parceria poderia partir dos professores, entendo que é a estes sujeitos, que cabe o conceito fundamental do educar, dada a própria formação e qualificação profissional que os compete. Assim, para além das já propostas de interação dos pais na escola, por meio de participação em eventos, o ideal seria promover um sistema de treino dos pais acerca de técnicas e maneiras eficientes de ajudar o filho no processo de aprendizagem. Outro ponto sugestivo, seria desmistificar essa ideia de saber absoluto da escola.

De modo a promover, uma maior interação dos pais. Todavia, foi possível avaliar que de modo geral, as crianças expressaram suas emoções e ansiedades de forma clara relacionada a seus contextos familiares. As autoras salientaram que por se tratar de um instrumento de avaliação, ele não contempla todos os elementos necessários para compreender a complexidade inerente ao processo de aprendizagem, junto a isso seria necessário outros elementos para compor um diagnóstico. Entretanto por meio da aplicação do instrumento é possível de modo categórico salientar a significância da família dentro do processo de aprendizagem e desenvolvimento (CAETANO E YAEGHASHI, 2014). Dessa maneira, entendemos que construir uma relação colaborativa participativa e consciente de papeis e funções é a base para fundamentar uma boa relação entre família e escola e desse modo, proporcionar um desenvolvimento humano de qualidade e promovendo, um território mais afetivo e empático, preparado para acolher as adversidades naturais do processo de aprendizagem de um sujeito em crescimento.

Considerações finais É fato considerar que, a relação família-escola ainda é um tema que muito tem a ser explorado, considerando, que apenas há pouco tempo se formulou tal relação. “A parceria entre escola e família, uma vez construída, servirá para os educandos também como modelo de convivência cooperativa”. Zane (2013) citando Emile Durkheim (1978), fala da importância da educação na formação de valores morais e éticos. Tomando portanto a escola como parâmetro indispensável para desenvolver esse senso percepção da criança em desenvolvimento. Contudo é valido ressaltar que não apenas a escola, mas a família exerce papel fundamental na inclusão das crianças em meio social. ZANE, 2013) Pensando em todos os modelos de sistemas que envolvem o desenvolvimento de um sujeito, não podemos deixar de reconhecer o modelo escolar, como sendo aquele que possibilita maior chance de desenvolvimento nas esferas biopsicossocial, justamente por se configurar, como um espaço que abarca as pluralidades, onde é possível exercitar os princípios morais e éticos, sendo este processo, acompanhado por aqueles que acreditamos serem, os mais capacitados.

Acadêmica do curso de (. Trabalho de conclusão de curso apresentado ao (nome da faculdade) como requisito para a obtenção do título de (nome da qualificação) ² (dados da orientadora) Orientadora da pesquisa 14 REFERÊNCIAS AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM V. ED. Porto Alegre. de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 16 jul. Disponível em: http://www. planalto. Encontros e (des)encontros no sistema famíliaescola. Associação Brasileira de Psicologia escolar e educacional, São Paulo, v. p. DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO. Resolução nº. Rev. Gestão e Desenvolvimento. V. p. FAMÍLIA brasileira.

GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. Ed. São Paulo, Atlas, 2002. IBGE. Porto Alegre, EDiPUCR, 2003. MENEZES, Ebenezer Takuno de; SANTOS, Thais Helena dos. Verbete Dia Nacional da Família na Escola. Dicionário Interativo da Educação Brasileira - Educabrasil. São Paulo: Midiamix, 2001. gov. br/arquivos/pdf/cartilha_mobilizacao_alta_resolucao_170908. pdf. A cesso em: 27 Ago. OLIVEIRA, Cynthia Bisinoto Evangelista de; MARINHO-ARAUJO, Claisy Maria. SILVA, Maria Elizabeth Magri et al. A Importância da relação escola-família para a aprendizagem e a intervenção psicopedagógica. PluriTAS. Minas Gerais, 2015. p. Brasil. Disponível em: https://www. unicef. org/brazil/situacao-das-criancas-e-dos-adolescentes-no-brasil. Acesso em: 29 Ago.

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