Extensão Universitária

A população recebe esse novo aprendizado e se beneficia, trazendo melhorias para si e à comunidade local. Nesta simbiose, onde todos ensinam e aprendem, há a possibilidade de mudanças sociais que contribuem para a construção de um mundo melhor. Assim, espera-se que as instituições, cada vez mais, pensem em como interferir no desenvolvimento regional (BRÊTAS et al, 2015; RODRIGUES et al, 2013; VICENTE; SOUZA, 2016; CARBONARI; PEREIRA, 2007). A literatura aponta que a Extensão Universitária, por se tratar de um princípio constitucional, não pode dissociar as suas três esferas de atuação: o ensino, a pesquisa e a extensão (BRÊTAS et al, 2015; RODRIGUES et al, 2013; VICENTE; SOUZA, 2016; CARBONARI; PEREIRA, 2007). A extensão se dá por vários caminhos, sendo um deles, a promoção de projetos de extensão, os quais oportunizam a criação de vínculos e redes de troca entre os sujeitos da universidade e a sociedade local.

A sustentabilidade deve ser praticada a todo o instante, em casa, na escola, no trabalho, no bairro, no município, ou seja, em todos os lugares e circunstâncias (XAVIER et al. MINÉU et al. D’ÁVILA et al. SORRENTINO et al. Neste sentido, diversos estudos demostram a importância de projetos socioambientais, como um estudo feito por Fantin (2011), que trata da incorporação da “Agenda 21” na prática extensionista. Desta forma, o Projeto de Extensão Universitária Oceanos concretiza-se principalmente por mostrar para as pessoas a importância dos oceanos, ampliando o conhecimento sobre a ciência que o estuda, a oceanografia, para, então, aproximar as pessoas do mar e difundir o conhecimento sobre a importância dos oceanos para as comunidades da região litorânea de Santa Catarina.

Trata-se de um projeto de extensão da Universidade do Vale do Itajaí, vinculado a escola do Mar dessa instituição. A pesquisa mostra-se importante, pois viabiliza o olhar científico a respeito do entendimento do valioso papel prestado pelos programas de extensão universitária e como estes podem contribuir nas comunidades locais. Esta tese desvela a importância da Extensão Universitária e reafirma o elo indissociável entre o ensino, a pesquisa, e a extensão, além de agregar a esse elo, outros indícios importantes, como por exemplo a permanência do estudante/acadêmico na escola. O projeto Oceanos teve início, a partir de pesquisas realizadas pelo Laboratório de Oceanografia Química da Univali, sobre “qualidade de água”, desde 1994. Segundo ZALASIEWICZA et al.

estamos em uma era marcada pelas profundas alterações provocadas pelo ser humano. Para MORIN (2008), é diante desse cenário de ordem e desordem, que toda atitude sustentável e todo o esforço de se fazer melhor, se torna primordial. Ainda segundo autor, no pensamento onde a organização sistêmica, a autonomia e a dependência; a dialogicidade, a lógicas do todo e das partes, do contexto e da história, se faz presente, é que se inclui a temática desta tese. É nessa sinergia entre o pensar, agir e prosseguir que se fortalece os laços da extensão universitária, da educação ambiental, da disseminação/popularização do conhecimento científico e do encontro com o saber popular. Assim sendo, o capítulo traz o diagnóstico dos estudantes e analisa o rendimento das notas dos estudantes ao longo do ano.

Capítulo 5- responde ao objetivo 3 com a produção de 3 artigos distintos e interligados. Os artigos pretendem avaliar o impacto do Projeto Oceanos com vários olhares dos diferentes atores. Assim, um artigo procurou entender como os estudantes do Projeto Oceanos apreenderam o conhecimento sobre os diversos temas abordados no projeto. Outro artigo buscou perceber como os acadêmicos da Univali (extensionistas universitários do Projeto Oceanos) analisaram o impacto das atividades de extensão como complementação do processo de ensino/aprendizagem na sua formação profissional. n. p. DORNELLES, Cláudio Turene Almeida.  Avaliação das ações e da efetividade de projetos socioambientais: uma análise do projeto Mogi-Guaçu. Tese de Doutorado.