Ética, Responsabilidade Social e Sustentabilidade

Tipo de documento:Monografia

Área de estudo:Gerenciamento de Projetos

Documento 1

XXXXX. Aprovado pelos membros da banca examinadora em ___/___/___. com menção ____ (________________). Banca Examinadora _________________________________ _________________________________ Cidade 2017 resumo A presente pesquisa trata de assuntos importantes no mundo contemporâneo, pois referem-se a mudanças nos valores da sociedade e formas de atuar de uma empresa. Sustentabilidade empresarial, responsabilidade social e ética nunca estiveram tão em pauta como agora, especialmente diante de um cenário em que a degradação ambiental cresce, em que a pressão por atendimento a demandas sociais aumenta e em que consumidores estão ainda mais conscientes de seus direitos. Sumário 1 INTRODUÇÃO 6 1. OBJETIVOS 7 1. OBJETIVO GERAL 7 1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 7 1. JUSTIFICATIVA 8 1. É imprescindível uma revisão do modelo de vida atual assim como uma reinvenção dos modelos de produção e de consumo, de maneira a consolidar as dimensões social, econômica e ambiental.

No âmbito dessa questão é que emerge o termo sustentabilidade, que possui origem latina e vem de sustentare, que significa sustentar, proteger conservar e manter em equilíbrio. Esse tema, cada vez mais em pauta em todo o mundo e em toda a sociedade, se vê presente, também, no contexto organizacional. Nessa esfera, a sustentabilidade empresarial incorpora ações que procuram a redução dos impactos ambientais e a promoção de programas sociais, influenciando a imagem da empresa, a eficiência de seus processos em longo prazo e sua permanência no mercado. Esse conjunto de ações diz respeito à adoção de uma postura ética, da prática da responsabilidade social e ações voltadas para a sustentabilidade. Destacar os aspectos positivos que as práticas de sustentabilidade empresarial e responsabilidade social nas empresas, respaldados por uma atitude ética, podem trazer para dentro e para fora do contexto organizacional.

JUSTIFICATIVA Sustentabilidade é um assunto que tem emergido de forma cada vez mais forte nos dias atuais. Diante de tantas transformações e mudanças que as sociedades têm passado na história, principalmente ao longo das últimas décadas, é papel de cada um refletir e repensar suas ações diante dos impactos do homem no meio ambiente. Sociedade, governo e empresas possuem responsabilidade nessa questão, entretanto, as empresas, como fontes geradoras de emprego e movimentação de renda, possuem papel importante nesse contexto, pois contribuem para o desenvolvimento social e ambiental do país, ou seja, são agentes modificadores da sociedade. No âmbito desse assunto, percebe-se que muitas práticas de sustentabilidade e responsabilidade social já estão sendo desenvolvidas por parte das empresas. As sociedades, desde os primórdios, vêm se desenvolvimento utilizando o ambiente para retirada dos insumos necessários para sua evolução, alimentação, moradia, pesquisas, etc.

Já se passaram diversas revoluções como a agrícola, revolução industrial até a revolução tecnológica, que trouxeram inúmeros benefícios para todos que, hoje, usufruem de seus resultados. Entretanto, a vida em um planeta finito vai de encontro com recursos finitos também. A evolução em prol de uma existência melhor gerou durante os séculos, especialmente no último, um impacto muito negativo em todo o meio ambiente. Nesse contexto, o que se tem presenciado nas últimas décadas, especialmente a partir da década de 1960, é uma grande preocupação com a questão ambiental que se estende para todos os âmbitos da sociedade: político, econômico, social, tecnológico e científico. Após a elaboração do Relatório Brundtland, sustentabilidade começou a ser entendida como “o atendimento das necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades” (PINTO, 2011).

Pensando no sentido de existência futura e preservação, no ano de 1992, foi realizada no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida como Eco-92 ou Cúpula da Terra. A Conferência contou com a presença de representantes de 178 países, consolidando a relevância do tempo em âmbito global. Essa conferência resultou na produção de alguns documentos como A Carta da Terra, A Declaração de Princípios sobre Florestas, A Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento e a Agenda 21. Esse último documento, propõe um comprometimento de governos, empresas e sociedade de cooperação para solução dos problemas socioambientais. Com planejamento e organização, as empresas podem realizar pequenas mudanças no seu dia-a-dia, adotando algumas práticas simples e de baixo investimento como, por exemplo, racionalizar o uso da água e energia elétrica, utilizar materiais recicláveis, reutilizar sobras de matéria-prima, entre outros.

Por outro lado, há empresas que investem um pouco mais, objetivando resultados de longo alcance por longo prazo, praticando, por exemplo, o uso de sistemas de tratamento e reaproveitamento da água, criação de projetos educacionais de conscientização para funcionários e sociedade, utilização de energia limpa e renovável, entre outros. Diante disso, Dias (2011) no traz que o conceito de sustentabilidade pode ser dividido em três dimensões: ambiental, social e econômica. Considerando essas dimensões, quando se traz o conceito para o plano organizacional, pode-se compreender que quanto à questão ambiental as empresas devem se pautar pela ecoeficiência, preocupando-se com os impactos gerados pela utilização dos recursos naturais e emissão de gases poluentes. Com relação à dimensão social, as organizações devem proporcionar boas condições de trabalho e inclusão, a fim de combater a desigualdade social e oferecer ao trabalhador qualidade de vida no trabalho.

Hoje em dia, as empresas já estão incorporando a prática sustentável como um valor e adotando uma nova postura. Assim, mais importante do que estar em consonância com a legislação, é estar conscientizado e ter compreendido os motivos que causaram esse novo cenário, aplicando na atividade diária a gestão ambiental pautada no equilíbrio entre os três pilares, social, econômico e ambiental. Com isso, a sustentabilidade empresarial, além de respeitar o meio ambiente, gera economia para a empresa, gera valor das ações junto à bolsa de valores, gera satisfação aos funcionários e colaboradores, e também a possibilidade transformar a imagem das empresas junto aos consumidores, cada vez mais conscientes da importância da defesa do meio ambiente. RESPONSABILIDADE SOCIAL A evolução do conceito de responsabilidade social difere da evolução do conceito de sustentabilidade.

Enquanto este último relaciona-se com a preocupação ambiental, que abrange também as dimensões econômica e social, o conceito de responsabilidade social está associado às questões éticas que se referem à relação entre as empresas e a sociedade. A base da pirâmide, responsabilidade econômica, trata da responsabilidade de natureza econômica, em que as empresas produzem bens e serviços que a sociedade deseja e os vende para obter lucro sendo isto a base do funcionamento do sistema capitalista. A responsabilidade legal diz respeito ao fato da expectativa que a sociedade tem de que as empresas realizem sua missão econômica dentro dos requisitos estabelecidos pelo sistema legal. A responsabilidade ética refere-se ao comportamento ético das empresas em relação aos negócios, com transparência e responsabilidade.

E o topo da pirâmide, a responsabilidade filantrópica, relaciona-se com as ações tomadas pelas empresas e representam os papéis voluntários que estas assumem para com a comunidade. Atualmente, Andrade (2010) nos fala que a responsabilidade social é um conceito no qual as empresas optam por contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais saudável. A pressão da sociedade para que as empresas prestassem contas sobre suas ações em prol do meio ambiente e da própria sociedade gerou o relatório chamado de balanço social. Rios (2011) nos fala que o Balanço Social no Brasil foi influenciado pelos modelos norte-americano e europeu, e que teve em 1997, a criação de um selo, pelo sociólogo Hebert de Souza, que certifica as empresas que fazem o balanço social.

Rios (2011) explica que este relatório, feito anualmente pelas empresas, apresenta dados de projetos sociais e projetos ambientais de maneira quantitativa e qualitativa, dirigidos aos empregados, investidores, analistas de mercado, acionistas e à comunidade. É, também, um instrumento estratégico que visa avaliar e expandir o exercício da responsabilidade social corporativa. Outro passo importante para a adoção de práticas e cumprimento de leis referente à responsabilidade social por parte das empresas aconteceu durante o Fórum Econômico Mundial, na cidade de Davos, na Suíça, realizado em 31 de janeiro de 1999. A sociedade tem cobrado melhores práticas, mais qualidade de vida para todos e mais responsabilidade perante o meio ambiente. Diversos estudos e pesquisas tem mostrado que muitos consumidores tendem a rejeitar marcar que cometem infrações contra o meio ambiente ou contra a sociedade, como empresas que geram poluição ou degradação ambiental, empresas que utilizam animais em seus testes de laboratório ou que possuem sua marca vinculada ao trabalho escravo, entre outras coisas.

Assim, a responsabilidade social é um acordo positivo entre todos os envolvidos que vem mostrando, na prática, resultados bons para todos os lados. ÉTICA EMPRESARIAL Nos dias de hoje, tratar o assunto de sustentabilidade e responsabilidade social sem associar esses dois termos ao conceito de ética é uma ideia desvinculada da realidade e do que se espera do mundo empresarial. Esses são temas que, atualmente, estão no centro das tendências mais importantes da administração contemporânea. A ética faz parte de toda ação que temos em sociedade e se aplica a todos os contextos da vida. No âmbito empresarial, Parra (2013) nos fala que a ética objetiva o estudo de valores e princípios que a empresa irá adotar para decidir sobre o certo e o errado na sua conduta e na forma de tomar suas decisões.

Para o autor, o conhecimento da ética é importante para a compreensão de comportamentos passados de uma empresa e para antecipar o seu futuro. Sob essa ótica, o autor afirma ainda que: “valores errados são muito possivelmente apenas valores desatualizados, que outrora corresponderam à cultura e objetivos dominantes na organização e que ficaram na sua ossatura, sempre muito resistente a processos de mudança” (PARRA, 2013, s/p). Para Cosenza e Chamovitz (2007) a ética está relacionada a valores e a moral que são adquiridos ao longo da vida. Esses valores, tanto os empregados dentro das empresas quanto os comportamentos das sociedades já entraram em choque diversas vezes. Essa discussão acerca da ética empresarial, inclusive, surgiu nas organizações a partir de conflitos existentes internamente, por dificuldades em assuntos de hierarquia e poder, respeito e cumprimento dos direitos dos trabalhadores ou diferenças culturais, por exemplo.

Hoje em dia, uma empresa que não consegue trabalhar com princípios éticos como valor, dificilmente poderá se manter atuante no mercado, pois o mercado, cada vez mais globalizado e competitivo, exige uma conduta ética das organizações. Nesse sentido, devido à necessidade de se buscar respostas para os conflitos e à necessidade de fundamentar a ética empresarial, surge a introdução dos chamados Códigos de Ética Empresarial. Estes, conforme Mercier (2004, p. Essa maneira de gerir deixa de ser apenas uma busca pela satisfação de acionistas para inserir a empresa em uma sociedade com melhor e mais qualidade de vida. Isto posto, uma empresa sustentável necessita ser economicamente lucrativa, ambientalmente correta e socialmente responsável. Assim, as práticas de sustentabilidade precisam trabalhar como suporte das estruturas de gestão das organizações como um todo.

Dessa forma, a responsabilidade pelo desenvolvimento sustentável do planeta, conforme Pinheiros (2006), está compartilhada entre governos, organizações e sociedade. O autor, entretanto, ressalta a importância do papel das empresas nesse contexto, visto que elas possuem recursos financei­ros e tecnológicos, além de competência institucional e visão de longo prazo para solucionar duas questões ambientais. Assim, pode-se considerar que a sustentabilidade empresarial e a responsabilidade social acabam apresentando riscos e oportunidades para as empresas. Em grande parte dos casos, os problemas e soluções referentes ao desempenho econômico, social e ambiental de dada empresa tem refletido os interesses e preocupações dos stakeholders. Diante disso, tanto a solução dos problemas quando o aproveitamento das oportunidades irá exigir uma comunicação e um entrosamento maior entre organizações, governos e sociedade.

Nesse sentido, pode-se dizer que liderar uma organização de maneira sustentável, aplicando ética em seus negócios, gera novos desafios para o administrador, cabendo a ele difundir esses conceitos e essas práticas nos mais diferentes níveis da empresa, colocando em prática e incorporando à rotina de todos os trabalhadores. O pensamento sustentável, responsável e ético precisa fazer parte do planejamento estratégico das empresas, e é uma decisão que não pode ficar só no tático e operacional, o profissional que atua nessas áreas precisa ser qualificado e estar preparado para lidar com essas questões. Para que as empresas possam contribuir para a sustentabilidade, é importante modificar seus processos produtivos, quando necessário, para que possam se tornar ecologicamente sustentáveis. Isto implica em construir sistemas de produção que não causem, ou que causem o mínimo possível, impactos negativos e mesmo estejam contribuindo para a recuperação de áreas degradadas ou oferecendo produtos e serviços que contribuam para a melhoria do desempenho ambiental dos consumidores e clientes de uma determinada empresa.

Atualmente, o grande desafio que se vê nas empresas é compreender como funcionam e aceitar as mudanças necessárias. Para isso precisam se dispor a arcar com os investimentos necessários, para que se torne possível a adoção de práticas e técnicas de sustentabilidade e que se cumpram com as leis e normas de responsabilidade social. Dessa maneira, é necessário também que estas mudanças sejam incorporadas ao cotidiano das empresas, incluindo-as como parte das despesas e investimento no custo do empreendimento. Dessa forma, as empresas passam a assumir, cada vez mais, o papel de empresa cidadã, conforme os interesses e necessidades da sociedade. Isto também, porque a busca pela consolidação de uma imagem ética e socialmente responsável faz com que o meio empresarial busque maneiras para melhorar seu relacionamento com o meio ambiente e a sociedade, de forma a contribuir para o desenvolvimento social e econômico, do qual depende para sua sobrevivência e sua manutenção no mercado.

Assim, seja de forma espontânea, ou por pressão de governos e sociedade, tanto as empresas públicas quanto as privadas têm o dever de assumir uma postura consciente e responsável pelo bem-estar da sociedade onde exercem suas atividades. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do exposto, parece claro a relação existente entre discurso e prática de uma empresa e dos impactos que ela exerce em uma sociedade, influenciando pessoas e governos e transformando o meio onde atua. Isso torna ainda maior a responsabilidade desta para com a sociedade. Nenhuma empresa que se diga sustentável é eficiente se não houver ética. Nenhuma empresa que se diga socialmente responsável é efetiva se não houver ética. Esses três fatores então, são hoje, tendências importantes para uma boa gestão, para uma gestão de qualidade e eficiência, com perspectivas de lucratividade e para perdurar no mercado e na sociedade.

REFERÊNCIAS ANDRADE, F. Três termos atualmente muito comentados: responsabilidade social, ética empresarial e sustentabilidade. C. ; WHITAKER, M. C. e RAMOS, J. M. jun. BERTONCELLO, S. L. T. e JUNIOR, J. G. Responsabilidade social empresarial e sustentabilidade para a gestão empresarial. Instituto Ethos. jun. Disponível em: <https://www3. A. Responsabilidade social. Disponível em: <www. assesc. edu. br/artigos/wp-content/uploads/2007/07/enegep_7. pdf>. Acesso em: 08 nov. DIAS, R. Gestão ambiental responsabilidade social e sustentabilidade. Acesso em: 09 nov. MARCONDES, A. W. A trilha da sustentabilidade. Revista Ensino Superior, São Paulo, nº108, p 48 e 49, Ano 9, 2007. pactoglobal. org. br/artigo/70/O-que-eh>. Acesso em 10 nov. PARRA, M. Lisboa: Instituto do Ambiente, 2006. PINTO, B. D. L. Indicadores de desenvolvimen­to sustentável para caracterização de melhoria con­tínua em processos de certificação ambiental.

M. A responsabilidade social empresarial e o estado: uma aliança para o desenvolvimento sustentável. Revista São Paulo em Perspectiva, vol. nº 4, São Paulo, out. dez, 2004.

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