Estudo sobre um retrofit utilizado em um galpão uma análise da viabilidade da certificação LEED OM

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Odontologia

Documento 1

Retrofit Iluminação. Certificado LEED. Iluminação. Introdução Conforme aumenta-se a demanda de energia no mundo entramos em estado de alerta. Os impactos consequentes de fontes de energias “não limpas” prejudicam ainda mais o nosso planeta, podemos considerar impactos alguns fenômenos como o aquecimento global, a destruição da camada de ozônio, a mudanças climáticas entre outros. Essas ações de eficiência energética concentram-se normalmente nos estágios de operação e manutenção de sistemas e podem promover, em conjunto com a redução de consumo dos insumos (energia, água, gás etc. reduções nos custos de operação e/ou manutenção (menos reparos e aumento da eficiência dos sistemas e/ou equipamentos). As ações para melhoria da eficiência energética podem resultar também em aumentos de lucratividade associados à melhoria da qualidade e da confiabilidade dos processos.

HERNANDEZ NETO et al. Nesse sentido, técnicas vêm sendo desenvolvidas para avaliação e gestão da energia, permitindo o controle das demandas, principalmente em uma instalação comercial ou industrial. Sabendo que o desenvolvimento sustentável depende de responsabilidade de todos e uso mais eficiente dos recursos disponíveis para a humanidade, o que envolve a diminuição do uso da energia pelas sociedades e a adaptação dos estilos de vida, de acordo com os meios disponíveis do planeta Terra. Quando analisamos a situação nacional, verificamos que no ano de 2007 foi lançado um estudo por meio da empresa de pesquisa energética (EPE) juntamente com o Ministério de Minas e Energia (MME) visando abordar a situação do setor energético do país motivado pelas crises de energia ocasionadas na época ele é conhecido como O Plano Nacional de Energia, PNE 2030, nele é possível se verificar as estratégias para a crescente demanda energética do Brasil.

O PNE 2030 se constitui em estudo pioneiro no Brasil realizado por um ente governamental. Se desenvolve um estudo de planejamento de longo prazo de caráter energético, sendo possível citar nesse plano que ele não cobre somente a questão da energia elétrica, como também dos demais energéticos, notadamente petróleo, gás natural e biomassa. EPE, 2007). O LEED O+M é totalmente voltado para Operação e Manutenção de empreendimentos. Ele oferece aos edifícios já existentes uma oportunidade de melhorar suas operações e pode ser aplicado a diversos locais tais como espaços varejistas, escolas, hospedagens, data centers, armazéns e centros de distribuição e demais tipologias construtivas. GBC BRASIL, 2021). Já no Brasil segundo a GBC Brasil (2021) a certificação mais utilizada é a BD+C que é utilizada para os projetos e as construções de novos empreendimentos, sendo eles de qualquer tipo, já a certificação ID+C é utilizada majoritariamente para escritórios, porém ela visa todos os novos empreendimentos internos, assim não se restringindo somente a esse uso específico, contendo também sua utilização em restaurantes, lojas, interior shoppings etc.

A certificação ID+C é focada além da eficiência energética e economia das fontes de energia no conforto e bem-estar de quem utilizara aquele espaço. Caso ocorra um comissionamento de um empreendimento já existente a metodologia da certificação LEED recomenda que a equipe monitore e colete as informações de seis meses a 18 meses, dependendo do tempo disponível, dessa maneira evitando variações sazonais. Já para o comissionamento contínuo, se desejado, a equipe deve repetir o processo dentro de 24 meses ou menos. USGBC, 2016). Essa seção do LEED visa a redução do uso da energia, no caso da tipologia de O+M, para empreendimentos de maneira mais eficiente possível, sendo um acréscimo a essa seção se ocorrer utilização de fontes verdes e renováveis para suprir a carga restante.

Sendo também possível a adesão em projetos exteriores ao edifício de redução de demanda, garantindo assim a segurança do sistema como um todo, sendo reconhecido como um esforço válido pelo certificado. PARQUE TORINO, 2014). Por esse motivo a iluminação deve ser feita por luminárias que atendam a especificação de elevadas alturas. Aplicação Certificação LEED (O+M) Por se tratar de uma certificação mais madura e reconhecida internacionalmente o LEED foi selecionado para o enquadramento no projeto, além de realizar a diferenciação para um edifício já existente de um novo projeto, se enquadrando melhor na premissa de eficiência energética por meio de retrofit. Por conta do projeto ser uma adequação de um ambiente já existente o LEED utilizado na análise é o de Operação e Manutenção (O+M), esse não é um certificado tão utilizado no Brasil e o intuito desse trabalho é apresentar sua possibilidade de aplicação para projetos de eficiência energética.

Como o projeto se trata de um retrofit exclusivo de iluminação, faremos a análise somente na dimensão do LEED O+M de Energia e Atmosfera, na qual é tratado a questão do uso eficiente da energia no local. Já para se obter os outros dois pré-requisitos seria necessário descrever e checar as outras fontes de consumo de energia da planta, caso o projeto conte com um sistema de refrigeração, realizando essa etapa os outros pré-requisitos seriam compridos, que seriam Práticas recomendadas de gerenciamento de eficiência energética e Gerenciamento fundamental de refrigeração esse sendo totalmente dependente do sistema de refrigeração, caso não se tenham outras fontes de gastos de energia constatar isso cumpriria esses pré-requisitos também. ESTUDO DE CASO Projeto de Eficiência Energética Para esse trabalho foi selecionado um projeto cedido pela COMERC ESCO, no qual se realizou um retrofit de iluminação em um galpão logístico.

Algumas premissas foram tomadas para a elaboração do projeto de eficiência energética, são: • Gasto de energia pontual (considera economia gerada somente pela troca dos equipamentos de potência menor); • Custo unitário da energia: R$ 0,251/kWh; • Características atuais do sistema de iluminação dentro da norma técnica. O empreendimento está localizado na região Sul, mais especificamente no estado de Santa Catarina, sendo dessa maneira uma região mais amena relacionada ao Brasil como um todo e assim com uma temperatura mais baixa na região, por isso não se tem uma necessidade de climatização do galpão logístico. Esse projeto de eficiência energética visa por meio da substituição da iluminação atual do cliente, menos eficiente, gerar uma economia com as luminárias de LED, mais eficientes, dessa maneira sendo remunerado pela economia gerada na conta de luz do, já essa economia será averiguada por meio das potências individuais de cada equipamento, sem considerar as medições na planta ou o gasto geral da planta por ambos terem influência de fatores externos ao projeto.

a economia mensal durante o aluguel e o valor atinge R$ 81. após esse período contratual. Ambas as modalidades de investimento estão apresentadas na tabela 2, além de outras informações úteis como o preço dos produtos, da instalação e os prazos e condições de instalação e garantia. Tabela 2 – Opções de investimento: Fonte: Autor, 2021 Aplicação Certificação LEED (O+M) Por se tratar de uma certificação mais madura e reconhecida internacionalmente o LEED foi selecionado para o enquadramento no projeto, além de realizar a diferenciação para um edifício já existente de um novo projeto, se enquadrando melhor na premissa de eficiência energética por meio de retrofit. Por conta do projeto ser uma adequação de um ambiente já existente o LEED utilizado na análise é o de Operação e Manutenção (O+M), esse não é um certificado tão utilizado no Brasil e o intuito desse trabalho é apresentar sua possibilidade de aplicação para projetos de eficiência energética.

Com base nos dados obtidos, podemos garantir o cumprimento de dois pré-requisitos deste capítulo do LEED, sendo eles o Desempenho de energia mínima no qual o projeto garante uma economia de 72% sendo a necessária para atender esse requisito somente necessário uma economia de 25% e às medições de energia em nível de edifício, estas sendo cumpridas pela utilização dos medidores da própria concessionária de energia. Já para se obter os outros dois pré-requisitos seria necessário descrever e checar as outras fontes de consumo de energia da planta, caso o projeto conte com um sistema de refrigeração, realizando essa etapa os outros pré-requisitos seriam compridos, que seriam Práticas recomendadas de gerenciamento de eficiência energética e Gerenciamento fundamental de refrigeração esse sendo totalmente dependente do sistema de refrigeração, caso não se tenham outras fontes de gastos de energia constatar isso cumpriria esses pré-requisitos também.

Os próximos tópicos são a respeito dos créditos sendo que em cada tópico um número determinado de créditos é obtido caso se cumpra ou atinja determinada classificação, sendo esses pontos extras e dessa maneira não necessário o cumprimento de todos para se obter o certificado, ao contrário dos pré-requisitos que como o próprio nome diz são indispensáveis para a obtenção da certificação. Porém os créditos não deixam de ser importantes no certificado por conta de ranquear os diferentes níveis do LEED além disso ser necessário a obtenção mínima de 40 pontos de créditos para a obtenção do certificado. O primeiro tópico de crédito é o de análise de comissionamento de edifício existente, este crédito tem valor de 2 pontos caso seja comprido.

No tópico de Resposta a demanda, 1 a 3 pontos de crédito são possíveis, são 3 casos para a participação desse crédito, no caso 1 parte do pressuposto que exista um programa de resposta a demanda ativo e dessa maneira o empreendimento deve participar desse programa tendo em seu local um sistema que seja possível monitorar e diminuir a demanda em tempo real, participar do programa por pelo menos um ano e acumular no ano uma redução de no mínimo 10%, garantindo assim 3 pontos de crédito no LEED. No caso 2 esse programa de resposta à demanda não existe, porém o local tem a infraestrutura necessária para participar dele, garantindo 10% de redução da demanda, caso ele venha a existir no futuro, dessa maneira garantindo 1 ponto de crédito.

No terceiro e último caso a mudança na demanda é constante, após verificar seu perfil de carga o local planeja e implementa um controle de demanda para evitar os períodos de maiores consumos. Para atender esses casos do crédito de Resposta a demanda é necessário que o empreendimento tenha uma infraestrutura capaz de atender a mudanças de demandas, como por exemplo baterias, ou geradores a diesel no local, dessa maneira sendo possível deixar de utilizar a rede nos momentos de maior requerimento. Já para o caso 1 é necessário existir um programa de redução de demanda no país, sendo que hoje isso ocorre no Brasil com um programa de redução de demanda disponível para participação até o final de 2021, motivado pela crise hídrica vivida pelo país.

Já para a aprovação completa nesta secção do LEED seria necessário um levantamento mínimo das outras cargas restantes dos ambientes destacando e dessa maneira se enquadrando nos pré-requisitos restantes além de ter a possibilidade de garantir mais 4 pontos de crédito com outros 2 tópicos nos quais ele facilmente se enquadraria por conta de o gasto com iluminação ser o maior do empreendimento. Caso o cliente deseje um maior número de créditos ele poderia optar por uma análise mais aprofundada com a ASHRAE ou comparando com outros empreendimentos próximos aos dele e de igual tratativa, assim garantindo um ganho potencial de 6 pontos, além disso é possível se desejado pelo cliente a busca por mais 5 pontos de forma simples com análises posteriores e constatações ou mudanças de regras simples e mais 9 pontos que necessitam de análises mais aprofundadas e técnicas avançadas com o projeto e sistema de climatização.

Dessa maneira somente com a análise realizada pelo projeto de eficiência energética e uma coleta posterior de informações adicionais seria possível atender todos os pré-requisitos necessários para essa tipologia do LEED e atingir uma média de 14 a 24 pontos de crédito no LEED com um esforço mínimo de coletas e enquadramento, já com um esforço moderado o cliente poderia atingir uma pontuação possível de 29 pontos e se desejar com uma análise mais aprofundada e buscando as melhores práticas o cliente tem a possibilidade de atingir a pontuação máxima de 38 pontos do capítulo, porém mesmo com o mínimo o cliente já consegue se qualificar na tipologia com uma pontuação de no mínimo 14 pontos sendo que dessa maneira se obteve 35% da pontuação mínima para se certificar no LEED é um potencial com algumas práticas de se atingir 29 pontos na área analisada dessa maneira já garantindo 72% da pontuação mínima do LEED.

Assim podemos concluir que ao realizar um simples projeto de eficiência energética, sendo este um retrofit de iluminação em um galpão logístico, poderia contribuir para a redução do consumo energético além de trazer o benefício para a imagem dos locatários e proprietários com um empreendimento sustentáveis e “verdes” status atribuído com a obtenção da certificação LEED (O+M). BIBLIOGRAFIA BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL: Relatório Síntese. São Paulo: De Maio Comunicação e Editora, 2010. BRASIL. Lei nº 10295, de 17 de outubro de 2001 : Dispõe sobre a política nacional de conservação e uso racional de energia e dá outras providências. Brasília, 2001. BRASIL. THAYER, M. A. Compact fluorescent lighting and residential natural gas consumption: testing for interactive effects.

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UVA, Marcelo.  O que são galpões logísticos? 2021. Disponível em: https://blog.

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