Estudo de caso - situação-problema

Por outro lado, existem crianças que estão se desenvolvendo cada vez mais rápido, principalmente com o advento da tecnologia, facilitando o acesso à computadores, celulares e Internet. Mas a história brasileira já apresentou muitas nuances quanto ao atendimento às crianças desde o início da colonização portuguesa, que um período marcado por muitos problemas e privações, como agressões, falta de alimentação necessária, falta de disponibilidade à educação, excesso de mortalidade, abusos sexuais, abandonos, entre outros, problemas estes que foram aceitos por muito tempo em virtude do descaso das autoridades e da sociedade como um todo (HENICK; FARIA, 2015). Henick e Faria (2015) apontam que no início da colonização portuguesa a infância era vista como uma etapa da vida que deveria ser superada rapidamente, pois estava associada à falta de responsabilidade e de conhecimento.

Nesse período, os jesuítas se preocupavam em catequizar as crianças para moldá-las de acordo com suas orientações religiosas, privando-as de maior liberdade de escolhas. Nos séculos XVII e XVIII, a infância tinha um conceito diferente do que tem hoje e era vista como uma fase de transição até a fase adulta. A partir da segunda metade do século XIX, no Brasil Imperial, as crianças passaram ser pauta de políticas públicas, ainda que timidamente. Nesse período é promulgada a obrigação do ensino aos meninos com mais de 7 anos, muito embora a exigência não abrangesse todas as crianças da época, como as escravas, pobres e mulheres. Com a urbanização e o aparecimento dos higienistas, surgiram projetos para cuidar das crianças que viviam nas ruas (POLETTO, 2012).

Na primeira metade do século XX foram criadas muitas leis e programas com a intenção de proteger a infância e para tornar a família a base para cuidar das crianças, apesar de surgirem também algumas leis que discriminaram jovens com menos condições financeiras (POLETTO, 2012). Após a Segunda Guerra Mundial, a Organização das Nações Unidas passou a fazer programas no Brasil, ademais, os direitos das crianças e dos adolescentes passaram a fazer parte da Constituição Nacional, ficando para trás aquela imagem pouco importante da criança brasileira nos séculos anteriores. Disponível em: <http://publicacoes. fcc. org. br/ojs/index. php/cp/article/view/1052/1060> Acesso em 03 set. História da infância no Brasil. In: CONGRESSO NACIONAL DA EDUCAÇÃO, 12, 2015, [S.

l. Anais. S. A (des)qualificação da infância: a história do Brasil na assistência dos jovens. In: ANPED SUL – SEMINÁRIO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO DA REGIÃO SUL, 9, 2012, [S. l]. Anais. S.