ESTUDO DE CASO DA EMPRESA PULL SPORT

Era famosa no Brasil na época, devido a estar sempre atualizada com o que estava em alta na moda Europeia, os produtos de boa qualidade eram desejados pelas brasileiras. Contudo apesar de entregar ótimos produtos, ter um bom faturamento, tinha problemas de gestão. Principalmente ao que tangue o planejamento e organização, nada era planejado tudo acontecia conforme desenrolava a produção em torno da nova coleção da estação. O consultor aplicou diversas ferramentas e ações, mas errou ao seguir um modelo, sem levar em consideração as particularidades da empresa, não existe um modelo pré-determinado que se aplica a todas empresas. Palavras-chaves: Pull Sport. O foco da empresa era produtos femininos – malharias, vestidos, prêt-àporter – que significa roupas prontas para vestir e usar, em que não eram feitas mais sobmedida, uma moda muito mais acessível comparada a haute couture (PRADO, 2019).

A empresa surgiu num período em que indústrias do tipo cresciam mundialmente, mas tinham como “inspiração” a moda francesa, entre aspas porque era mais uma cópia, com um pouco de adaptação e zero processo criativo. Período este em que deu início ao hiperconsumismo, moda a todas, pois era mais acessível às peças (PRADO, 2019). DESENVOLVIMENTO A Pull Sport se destacava porque estava sempre atualizada os seus sócios toda coleção iam a Europa trazer as peças. O capital da empresa era dividido em quatro pessoas, Sr. Paulo foi muito solícito, mas disse que não havia organograma”. Destaca que o organograma é fundamental, pois é uma forma de estabilização da estrutura da organização, a partir dele é possível identificar as inconsistências, problemas, complexidades, eliminando-as quando necessário (BALCÃO, 1965).

A ausência do organograma resultava em sobreposição de responsabilidades, funções, entre outros problemas, tem se como exemplo o caso em que o Gerente de Vendas determinou “[. que o funcionário do departamento de pessoal que controlava as costureiras autônomas, 7 interrompesse seu trabalho e fosse, na Kombi, para Curitiba, procurar bordadeiras. ”, fato este que seria evitado se tivesse um organograma definido que profissional seria responsável para executar esta função. “Depois de um papinho de descontração, ele pegou umas amostras de tecidos e, mostrando uma a uma foi dizendo: desse eu encomendei 15000 metros, desse outro encomendei somente 3000, mas posso reforçar o pedido a qualquer momento etc. Quero que vocês analisem minhas encomendas iniciais até amanhã cedo e me sugiram modificações nos pedidos. Não tinha critério para quantidade, não tinha controle e planejamento da quantidade de matérias que seriam gastos, toda empresa precisa ter uma gestão de materiais e do estoque, para não comprar mais do que deveria ou faltar determinado produto.

A comunicação era informal pode-se constatar em dois fatos: modelista chefe e chefe de expedição, ao entrarem na sala do Sr. Paulo sem qualquer cerimônia, e educação, este é outro problema decorrente da falta de uma hierarquia determinada. é relevante que as empresas controlem os custos de maneira eficaz e eficiente possibilitando a realização das atividades cotidianas bem como a realização dos compromissos financeiros, dessa maneira as informações oriundas da contabilidade de custos passa a ser cada vez mais relevante no processo de tomada de decisão dentro de qualquer organização (SILVA; et. al. p. Outro ponto que tange a parte financeira sobre a gestão de custos é o valor dos produtos, estes eram determinados da forma ao que Sr. DZ achava certo, não tendo nenhum critério.

Conforme Silva et. al. se não tiver um planejamento as empresas não conseguem reduzir os gastos supérfluos, eliminar as perdas, porque não tem os detalhes de todas as etapas. Não podendo assim identificar os problemas antes de terem danos maiores, porque não consegue tem uma visão ampla, apenas focada em resolver problemas que surgem. Outro fato que precisa ser comentado a questão dos princípios administrativos de Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar, a empresa não possuía nenhum destes itens determinados. Conforme Barbalho (1997) o planejamento estratégico tem seu início na alta administração, mas é fundamental que se estenda a todos as outras áreas para que todos os funcionários participem, pois eles também fazem parte e podem contribuir com seus conhecimentos e vivência do dia a dia na função.

A autora ressalta a importância de este planejamento ter como base a cultura da organização e que não existe uma metodologia universal porque cada empresa possui suas características como: porte, cultura, valores, particularidades do local que está inserida, entre outras variáveis. Existem diversas ferramentas que poderiam ser aplicadas a empresa como a análise de ambiente interno e externo a SWOT; SMART definição de objetivos, metas e indicadores; ciclo PCDA; Balanced Scorecard, entre outras, a escolha de qual deveria levar as particularidades da empresa e os objetivos quais deveriam seguir. Conforme os autores Silva e Reis (2016) liderança é a capacidade de influenciar pessoas para que executem com seus deveres de modo eficiente, sendo essencial em todos os níveis da organização. “O líder é a pessoa que tem a capacidade de induzir a prática das atividades de maneira produtiva com motivação, encorajamento e valorização humana, já o gerente possui a aptidão de cuidar dos bens e serviços de uma organização”.

Talvez fosse o caso do Sr. Dz se preparar melhor para desempenhar esta função ou delegar a alguém e apenas acompanhar, ele fazia todas as funções do administrativo – lidando com as compras de produtos, negociações, todos os problemas que surgiam. A falta de hierarquia de um organograma definido tem como consequência essa desorganização. Quando a empresa tem hierarquia definida fica mais fácil de gerenciar e organizar as equipes de forma mais efetiva e eficiente. A Cultura Organizacional de uma empresa é tudo que envolve sua rotina: práticas, hábitos, símbolos, comportamentos, crenças, princípios, mitos, jargões, ideologia, valores, portanto é algo amplo variando conforme as características da cultura de cada organização (ESTOL; FERREIRA, 2006). Destaca-se outro ponto positivo da empresa que além de sempre atualizada com a moda internacional, possuíam pensamentos de ampliação e modernização “Havia uma construção para ampliar o setor de malharia que receberia, daí a seis meses, uns teares circulares comandados por computador, que faria as partes das malhas diretamente na forma necessária, eliminando a operação de corte e desperdícios de tecido ao cortar.

Na época esse tipo de máquina era tão moderno que não havia um nome para designá-la, como robô, "computer integrated manufacturing". Contudo de nada adianta ter ideias tecnológicas, se não tem um planejamento, contrataram uma empresa que não cumpriu o prazo, atrasou por um ano sem qualquer respaldo de multa pelo atraso ou outra advertência. CONSIDERAÇÕES FINAIS Em suma a empresa tinha seus pontos positivos como: atualização constante com a moda internacional; qualidade dos produtos; era uma marca famosa e desejada pelas brasileiras; funcionários quando estavam motivados faziam o possível para cumprir o que precisava, não medindo esforços, eram até mais produtivos. Contudo possuía seus defeitos como faltava planejamento, organização, controle em todas as áreas - produção, humana, financeira, estoque, entre outras.

Organograma: representação gráfica da estrutura. Rev. Adm. Empres. São Paulo, v. S. Planejamento estratégico: uma análise metodológica. Informação & Informação, Londrina, v. n. p. Custos e @gronegócio, Recife, v. n. p. Abr/Jun. Disponível em: http://www. Curitiba , v. n. p. Dez. Disponível em: http://www. br/teses/disponiveis/8/8137/tde16102019145105/publico/2019_LuisAndreDoPrado_VCorr. pdf. Abril de 2020. Acesso em 01 de 15 RIBAS, A. J. SILVA, Euza Pereira da Silva; REIS, Mauro Célio Araújo. Os estilos de liderança e sua influência no desenvolvimento das organizações. Negócios em Projeção, Itajubá, v. n. p. Disponível em: https://anaiscbc. emnuvens. com. br/anais/article/viewFile/3689/3690. Acesso em 20 de Abril de 2020.