ESPECIALIZAÇÃO PODOLÓGICA AOS PORTADORES DE DIABETES MELLITUS

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Desenvolvimento. Nefropatia diabética. Doença vascular periférica. Isquemia crítica crônica. Biomecânica e calçados. No Brasil, o número de pessoas acometidas passará de 4,5 (em 2000) para 11,3 milhões, ocupando assim a oitava posição entre os países com maior número de pessoas com a doença. O DM2 constitui-se a forma mais comum da doença, representando cerca de 90% dos casos e seu surgimento guarda íntima relação com hábitos de vida inadequados, os quais prejudicam a ação e produção da insulina ou predispõem a resistência à mesma. Em estágios iniciais, esta doença pode ser oligossintomática ou até assintomática, o que retarda seu diagnóstico, aumentando o risco para complicações agudas, entre elas a hipoglicemia, a cetoacidose diabética e o coma hiperosmolar; e crônicas, como as alterações micro e macrovasculares.

No que tange às complicações crônicas, serão citadas neste trabalho aquelas relacionadas com o pé diabético, salientando as diferenças entre as macro e as microvasculares. Em nível macrovascular, destaca-se que pessoas com diabetes podem desenvolver doença vascular periférica, que está frequentemente associada à morbimortalidade decorrente da doença. As neuropatias sensitivo-motora e simpático-periférica crônicas são fatores de risco confirmados para o desenvolvimento de lesão nos pés. Estudos demonstram que a perda da sensação dolorosa e das fibras grossas constituem fatores de risco importantes para a ulceração nos pés. É importante ressaltar que a ulceração no pé por si pode ser a manifestação da neuropatia na ausência de outros sintomas. Assim, para ser diagnosticada a neuropatia precisa de um cuidadoso exame neurológico dos pés.

Dentre os sintomas da neuropatia periférica estão dores em queimação, pontadas, parestesia, sensações de frio e calor nos pés, hiperetesia, sendo intensificados à noite. A arteriosclerose causa isquemia pelo estreitamento e oclusão dos vasos. A esclerose da média são as causas mais comuns da doença arterial. A arterioesclerose causa isquemia pelo estreitamento e oclusão dos vasos. A esclerose da média (esclerose de Moenckeberg) é a calcificação da camada média, produzindo um conduto rígido sem invadir o lúmen arterial. Sendo assim, a esclerose da média não causa isquemia, mas o conduto arterial rígido pode interferir de forma grave nas medições indiretas da pressão arterial. Isquemia crítica crônica A isquemia critica indica risco de amputação da maior parte do membro, a menos que a situação seja revertida por um procedimento de revascularização.

A isquemia critica crônica é definida por um dos seguintes critérios: a dor persistente em repouso requerendo analgesia regular por mais de duas semanas, ou a ulceração ou gangrena do pé ou dedos, ambos associados a pressão sistólica do tornozelo <50mmHg ou a pressão sistólica do pododáctilo, geralmente o hálux, <30mmHg. O método utilizado mais amplamente para o diagnóstico e qualificação da DVP é a medida da pressão do tornozelo. O tratamento conta com a possibilidade de revascularização e várias técnicas podem ser utilizadas. A reconstrução arterial pode ser realizada por RIBERÃO PRETO 2019 6 procedimentos abertos, tais como by-pass, ou, mais raramente uma tromboendarterectomia. Os calos devem ser removidos uma vez que contribuem para o aumento da pressão.

Dentre os possíveis tratamentos estão o uso de meias acolchoadas que reduzem a pressão, calçados protetores e terapêuticos. Caso um calçado não consiga prevenir a recorrência da ulceração, o grau de atividade do paciente deve ser drasticamente modificado ou a intervenção cirúrgica deve ser considerada. RIBERÃO PRETO 2019 7 Procedimentos como osteotomias de metatarsos, quase sempre associadas ao alongamento do tendão de Aquiles, são algumas vezes realizados. A úlcera no pé diabético Uma complexidade de fatores determina os resultados das úlceras nos pés de indivíduos diabéticos, e a importância da avaliação desses fatores já é bem reconhecida. Se há DVP presente, o grau de isquemia deve ser quantificado pela avaliação vascular não invasiva.

Um trauma precipitante é frequentemente encontrado em pacientes com ulceras nos pés. Uma úlcera causada por calçados apertados ou inadequados ou um trauma mecânico agudo localiza-se nos pododáctilos ou no dorso do pé. Uma úlcera causada por estresse mecânico excessivo quase sempre é encontrada na cabeça proeminente dos metatarsos, enquanto as ulceras de decúbito comumente ocorrem no calcanhar. É essencial distinguir as diferentes categorias de ulceras, especialmente em relação aos fatores predisponentes como a neuropatia ou neuroisquemia. RIBERÃO PRETO 2019 9 2. Controle metabólico Em alguns estudos as flutuações da glicemia foram consideradas fatores de risco para amputações não traumáticas dos membros inferiores. Em alguns relatos de casos e estudos experimentais, o controle metabólico no curto prazo foi também relacionado à cicatrização das lesões.

Tem sido sugerido que o controle da glicemia se relaciona aos níveis dos fatores de crescimento da atividade dos fibroblastos, as alterações do metabolismo do colágeno e distúrbios homorreologicos. Todos esses fatores em conjunto com a glicação não enzimática, parecem influenciar nos resultados do curto prazo da ulcera dos pés. Referências bibliográficas Lucoveis MLS, Gamba MA, Paula MAB, Morita ABPS. Degree of risk for foot ulcer due to diabetes: nursing assessment. Rev Bras Enferm [Internet]. DOI: http://dx. doi. Sociedade Brasileira de Diabetes. Tudo sobre diabetes. Disponível em: http://www. diabetes. org. Bras. Enferm. Brasília , v. n. p. Conhecimentos e práticas para a prevenção do pé diabético. Rev. Gaúcha Enferm. Porto Alegre, v. e20180161, 2019.

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