ERGONOMIA NOS PROCESSOS DE MONTAGEM MANUAL

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

Titulação Nome do Professor(a) Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) Caxias do Sul, dia de mês de 2020 FERRO, Vilian. Ergonomia nos processos de montagem manual. f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de Produção) – Instituição Faculdade Anhanguera de Caxias do Sul, Caxias do Sul, 2020. Riscos Ergonômicos. FERRO, Vilian. Ergonomics in manual assembly processes. f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia de Produção) – Instituição Faculdade Anhanguera de Caxias do Sul, Caxias do Sul, 2020. Ergonomic Hazards. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 6 2 A ERGONOMIA E SEUS OBJETIVOS 8 3 APLICAÇÃO DA ERGONOMIA NO AMBIENTE DE TRABALHO 13 4 BENEFÍCIOS DE IMPLANTAÇÃO EM LINHAS DE MONTAGEM 18 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 23 REFERÊNCIAS 25 1. INTRODUÇÃO As condições no ambiente de trabalho, especialmente, em linhas de montagem manual, são consideradas, muitas vezes, precárias e inadequadas, capazes de propor inúmeros riscos à saúde, segurança e bem-estar do trabalhador.

Que se encontra, frequentemente, exposto a inúmeros agentes físicos e, até mesmo submetido a jornadas de trabalho repetitivas, de postura e/ou iluminação inadequada, de ritmo excessivo, prolongadas ou monótonas. A ergonomia, no campo do ambiente de trabalho, constitui a ciência responsável por propor a melhoria, controle e monitoramento dessas atividades laborais, levando em consideração aspectos de postura, movimentos corporais, fatores ambientais, informação, cargos e tarefas. Para as organizações, estas situações geram aborrecimentos devido à ausência do operário, averiguação do acidente, limpeza e reabilitação do local, e contratação de substitutos (SOUZA; SOUZA, 2018). Além disso, podem promover atrasos, erros, ineficiências e falhas, gerando o descontrole de custos e o mal gerenciamento das obras, afetando assim, a qualidade do empreendimento, e propondo a baixa produtividade.

Sendo assim, é importante que as organizações apresentem planos, processos e medidas pautadas em princípios de responsabilidade social, que visem a melhoria da qualidade de vida, em termos de saúde, segurança, bem-estar e sobrevivência, seja por meio de ações diretas ou até mesmo, indiretas (SILVA; QUELHAS, 2015). Além disso, acredita-se que dentre os problemas sociais, a ocorrência de acidentes no ambiente de trabalho configure uma questão relevante, em que as organizações devem planejar, assim como estabelecer ações que busquem a responsabilidade social, em vista dos grandes impactos que geram (OLIVEIRA, 2015). O termo “ergonomia”, segundo Lemos (2010), refere-se a uma disciplina científica, que busca o entendimento das interações entre os seres humanos e outros elementos de um sistema, a fim de otimizar o bem-estar humano e o desempenho global do sistema.

É, portanto, uma ciência multidisciplinar que envolve aspectos ligados à anatomia, antropometria, biomecânica, fisiologia, psicologia, engenharia, toxicologia, eletrônica, informativa e gerencia industrial (TAVARES, 2012). Sendo assim, representa um instrumento responsável por atuar na prevenção de acidentes, de modo a identificar, avaliar e controlar situações consideradas de risco de forma eficaz, proporcionando um ambiente mais seguro e saudável para os trabalhadores. Visto que, objetiva determinar a proteção do indivíduo no seu local de trabalho, o que vem a englobar, também, a consciência e a higiene no ambiente (BALTHAZAR et al. Um maior nível de segurança no trabalho pode contribuir para o alcance de melhores índices de qualidade e produtividade, devido proporcionar um ambiente mais limpo e confortável, que favorece o bem-estar dos trabalhadores (SCANTAMBURLO, 2017).

A ergonomia, conforme ressalta Soares (2019), existe desde os tempos mais remotos, em razão da necessidade de o homem adaptar-se ao meio e assim, criar condições mais favoráveis de interação. Motta (2009) ressalta que a ergonomia constitui um componente essencial ao processo de produção, principalmente, para uma empresa que visa não só lucros e a redução de retrabalhos, como preservar seu patrimônio humano e material, de modo a garantir a satisfação de seus clientes por meio de padrões adequados de produtividades, baseados na qualidade de serviços. Desta forma, as empresas que utilizam mão-de-obra como parte integrante de suas atividades e oferecem situações de risco aos seus trabalhadores devem, de acordo com a legislação vigente, criar e implementar meios e/ou dispositivos capazes de controlar, diminuir ou eliminar os riscos existentes (BARALDI, 2006).

Uma vez que, há inúmeros riscos ergonômicos, capazes de afetar a saúde (física e mental) e segurança dos trabalhadores, tais como: postura inadequada, situação de estresse, jornada de trabalho prolongada, monotonia e repetitividade, entre outras. Reduzindo, consequentemente, sua capacidade funcional, o que tende a interferir diretamente na produtividade e qualidade de vida (OLIVEIRA, 2015). Além disso, corresponde a uma obrigação legal para a empresa que possui um alto valor técnico, administrativo e econômico, capaz de promover benefícios significativos aos empregadores, empregados e a sociedade (BALTHAZAR et al. Hayashi (2007) ainda relata que o objetivo da ergonomia é analisar as atividades e assim, transformar situações e sistemas de trabalho nocivos a segurança do trabalhador e a produtividade da empresa. Sendo assim, os objetivos da ergonomia compreendem: i) estudar o comportamento humano e sua interação com os sistemas; ii) propor soluções e medidas, que possam aumentar a segurança, conforto e eficiência do sistema e da qualidade de vida, e assim, melhorar as condições ambientais.

APLICAÇÃO DA ERGONOMIA NO AMBIENTE DE TRABALHO O posto de trabalho, que corresponde ao local físico onde o trabalhador executa, continuamente, suas atividades laborais e funções, é formado por um conjunto de elementos (componentes, ferramentas, máquinas, materiais, entre outros), que devem estar adequados e interligados com acessibilidade ergonômica (LEMOS, 2016). De modo que, o posto de trabalho deve ser agradável, proporcionar boa iluminação, espaço adequado a execução e cores que auxiliem o bem-estar do colaborador (AGAHNEJAD, 2011). A ergonomia permite transformar positivamente o ambiente de trabalho, tornando-o mais adequado aos indivíduos que nele operam, minimizando os efeitos negativos e propondo métodos simples de auto avaliação das condições ocupacionais (AGAHNEJAD, 2011). Os riscos ergonômicos, conforme ressalta Scantamburlo (2017), referem-se às situações que podem provocar o desconforto do trabalhador e assim, interferir em sua capacidade psicofisiológica e afetar, consequentemente, sua saúde (física e mental).

Os riscos são gerados em função da desarmonia entre o trabalhador e o seu ambiente de trabalho. Estando, portanto, como relata Machado (2015), relacionados ao ritmo de produção, ao processo de trabalho, às pausas e revezamentos, à jornada diária de trabalho e às instruções operacionais, assim como o conforto, segurança e eficiência em uma atividade. Dentre os riscos ergonômicos, a que os trabalhadores podem estar submetidos, tem-se, por exemplo: postura inadequada; levantamento excessivo de peso; esforço físico intenso; situação de estresse; jornada de trabalho prolongada; monotonia; repetitividade de movimentos; ritmo de trabalho intenso; entre outras (OLIVEIRA, 2015). Estes fatores são responsáveis por gerar, em grande escala, fadiga muscular, estresse e problemas de coluna (MACHADO, 2015). Para Ferling (2015) a ergonomia é aplicada por meio de recomendações e projetos de iluminação, mobiliário e layout, conscientização postural e ginástica labora, transporte e movimentação de cargas.

Enquanto que para Motta (2009) as medidas ergonômicas adotadas, geralmente, estão associadas a evitar movimentos inúteis na execução de uma atividade, executar os movimentos úteis o mais economicamente possível e dar a esses movimentos selecionados uma seriação apropriada. Em uma linha de montagem, por exemplo, como aponta Mattos (2015), podem ser aplicadas diversas medidas e recomendações ergonômicas, que podem favorecer a proteção do trabalhador, como demonstra o Quadro 1. Quadro 1 – Recomendações provenientes de programas de ergonomia Fonte: Baraldi (2006, p. Sendo assim, a implantação de ergonomia prevê a implantação de um plano de intervenção, capaz de contribuir para a organização, que tende, ao decorrer dos anos, envolver medida proativas, tornando-se parte integrante da companhia (LEMOS, 2016). Além dos benefícios sociais, a ergonomia por evitar a ocorrência de acidentes e doenças, pode controlar custos e prazos, o que tende a favorecer a competitividade da organização no mercado e, superar as expectativas dos clientes.

Através de programas de segurança, a organização passa a obter maior controle de seus processos, o que também eleva a confiança do cliente, uma vez que, passa-se a demonstrar uma melhor administração (LEMOS, 2016). Desta forma, além de propor um melhor planejamento e execução na montagem e fabricação de produtos, e, incorporar princípios de monitoramento e controle, é capaz de contribuir para a estratégia da empresa, maximizando as oportunidades e permitindo que a organização seja aberta, flexível e adaptável ao ambiente, com base em análises internas (GONÇALVES, 2014). A ergonomia pode, portanto, melhorar a produtividade, reduzir atrasos e apresentar a melhor sequência de produção (LEMOS, 2016). De acordo com Borger (2001), o programa permite a: identificação de problemas (atuais e futuros) e fatores críticos (importantes para o sucesso do projeto); o alcance de soluções (medidas preventivas e corretivas); a análise de erros e falhas; menor mão-de-obra (reduz-se a necessidade de substituições), custo e tempo; o aperfeiçoamento do fluxo produtivo.

O que a torna mais competitiva e visada no mercado, passando, muitas vezes, a ser a preferência dos consumidores (GONÇALVES, 2014). Por esta questão, quando implantado um programa ergonômico, a imagem corporativa da organização tende a melhorar perante seus clientes e a sociedade, gerando novas oportunidades de lucro, por meio da introdução de princípios de responsabilidade social (LEMOS, 2010). De acordo com Scantamburlo (2017), a inserção da ergonomia na estratégia organizacional permite que a empresa estabeleça uma imagem institucional positiva, baseada na responsabilidade empresarial: meio ambiente e sociedade. Sendo assim, constitui uma importante ferramenta a consolidação de imagem corporativa, capaz de possibilitar a intensificação de novos negócios, a geração de empregos, de serviços e de desenvolvimento tecnológico. Uma vez que, passam a construir uma imagem sustentável, atendendo a expectativa do público.

A ergonomia busca reduzir a preocupação e o risco empresarial, uma vez que, as organizações passam a se adequar às normas, eliminando a possibilidade de que venham sofrer penalidades, o que promove, também, valor legal ao produto e serviço. A maior responsabilidade socioambiental das empresas passa a acompanhar a exigência do mercado, principalmente, pela implantação de instrumentos voltados a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores no setor organizacional (AGAHNEJAD, 2011). CONSIDERAÇÕES FINAIS Por meio das informações levantadas, bem como apresentadas no presente trabalho é possível concluir que nos processos de montagem manual, os trabalhadores se encontram expostos a inúmeros riscos ergonômicos, que tendem a favorecer o surgimento de acidentes e doenças ocupacionais, bem como promover prejuízos financeiros e, muitas vezes, danos ao meio ambiente.

Desta forma, torna-se fundamental a implantação de ferramentas de segurança em prol a qualidade de vida do trabalhador, que possam propor o controle de riscos e incentivar a incorporação de medidas preventivas, com a finalidade de reduzir suas consequências (número de ocorrência de acidentes e doenças) e promover contribuições positivas nos processos de montagem manual. É possível concluir ainda que os acidentes e doenças ocupacionais implicam, geralmente, na perda da capacidade (temporária ou definitiva) do trabalhador, além de efeitos físicos e psicológicos (distúrbios). Análise ergonômica no posto de trabalho numa linha de produção utilizando o método Niosh: Um estudo de caso no polo industrial de Manaus. f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica).

Universidade do Pará. Belém, 2011. Gestão dos riscos ocupacionais: Uma análise reflexiva. Revista UFPE Online, v. n. p. BARALDI, E. Dissertação (Mestrado em Tecnologia, Sociedade e Meio Ambiente). Unievangélica – Centro Universitário de Anápolis. Anápolis, 2008. BORGER, F. G. São Paulo, 2015. HAYASHI, E. Condições ambientais em escolas municipais de ensino infantil da cidade de Marília (São Paulo): Estudo de caso. Dissertação (Mestrado em Design). Universidade Estadual Paulista. A. A metodologia da Análise Ergonômica do Trabalho como suporte investigativo da proposta de automação em um posto de trabalho. f. Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso). Universidade Estadual de Maringá. Segurança do Trabalho: Um estudo de caso. f. Monografia (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho).

Universidade Tecnológica Civil. Curitiba, 2015. f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação Federal de Juiz de Fora. Juiz de Fora, 2009. MÜLLER, R. D. Dissertação (Mestrado em Ergonomia). Universidade Federal de Pernambuco. Recife, 2015. SCANTAMBURLO, D. F. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo). Universidade de Brasília. Brasília, 2019. SILVA, S. L. f. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo). Universidade de Brasília. Brasília, 2019. TAVARES, C.

192 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download