ENSINO DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS NO BRASIL: PROCESSO HISTÓRICO E PERSPECTIVAS PARA A PROFISSÃO

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Relações Públicas

Documento 1

Dentre as possibilidades de atuação, o bacharel em Relações Internacionais pode atuar em empresas diversas, nacionais e internacionais, bancos e organizações ou organismos de cooperação transnacionais. A pesquisa bibliográfica, realizada através de artigos e livros publicados sobre o assunto, visa ampliar os conhecimentos sobre a disciplina, a profissão e o mercado de trabalho. Quanto a justificativa para o estudo, entende-se que o atual momento é apropriado para tal, haja vista a crescente internacionalização das economias mundiais, pela Globalização, onde ocorrem relacionamentos entre os diversos atores a nível mundial, necessitando de profissionais capacitados para atuarem nesta intensa teia mundial. Palavras-Chave: Relações Internacionais. Ensino Superior. abordam sobre a pauta atual tratada no âmbito das relações internacionais e as perspectivas para o mercado de trabalho na área, respectivamente.

A justificativa para este trabalho é uma oportunidade de incrementar os conhecimentos na área, diante de um tema importante como o das Relações Internacionais, sendo que num mundo Globalizado cada vez mais os atores nacionais e internacionais envolvem-se em relações, ora de cooperação, ora conturbadas, e que exigem profissionais experientes e com conhecimento para serem coadjuvantes nesta teia de relações. O objetivo deste trabalho é o de ser útil enquanto teoria para futuros estudos na área de Relações Internacionais, principalmente no que tange ao ensino da disciplina nas instituições de ensino brasileiras, bases deste projeto. REFERENCIAL TEÓRICO 2. AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS: CONCEITO E CAMPO DE ESTUDO Para falar de relações internacionais, é necessário entender a evolução da teoria que sustenta esse tema. as ideias de Jean-Jaques Rousseau (1712-1778), eram opostas as de Hobbes, considerando o homem essencialmente bom, ocorrendo a transformação para mau quando do surgimento da propriedade privada, levando-o à escravidão.

As ideias de Rousseau são consideradas na formação dos pensamentos sobre o comunismo. As monarquias europeias se consolidaram através do ajuntamento das pessoas em torno do absolutismo das monarquias, sendo que foi a dinâmica de poder entre os Estados absolutistas que consolidou o sistema estatal moderno como conhecemos hoje, (JUBRAN; LEÃES; VALDEZ, 2015, p. O estudo das Relações Internacionais (RI) é, segundo as palavras de Castro (2012, p. “antiquíssimo”, remontando os diversos momentos das relações humanas, sendo o homem o meio e o fim das relações internacionais. Diante do realismo político, herança de Maquiavel e Hobbes, o internacionalismo liberal foi sendo substituído, e com o advento das guerras mundiais, onde o poderio das nações foi medido, a partir da década de 50, os estudos acadêmicos na área tiveram seu início, abordando em muito a partir dos estudos de Economia e Ciência Política.

Assim, segundo Simão e Kurtz (2015), os debates em torno das metodologias referente ao estudo das RI fazem os humanistas se sobrepor às abordagens behavioristas, e segundo as autoras, a partir dos anos 1970 o denominado “debate interparadigmático”, no qual a noção de “paradigmas” (de Kuhn) substitui o conceito de “teoria”, fazendo coexistir na disciplina de Relações Internacionais as visões de mundo ligadas ao realismo, liberalismo e globalismo. Desta forma, cada paradigma responderia – dentro de sua própria lógica – a questões comuns como os principias temas, atores e processos definidores das relações internacionais (SIMÃO; KURTZ, 2015, p. No Brasil, segundo Barasuol e Silva (2016), a disciplina de Relações Internacionais teve um desenvolvimento muito tardio, sendo que até 1970 era dada pouca importância a ela, abordando então assuntos referentes às políticas brasileiras com relação à Bacia do Prata e com a Argentina.

A partir de 1970 muito lentamente, a disciplina começou a ganhar força no país, que apesar de poucos acadêmicos dispostos a estudar na área e com as particularidades do Regime Militar, foi criado na Universidade de Brasília (UnB) em 1974, o primeiro programa universitário para o estudo das Relações Internacionais. Gráfico 1 – Número de Graduações em Relações Internacionais no Brasil (1995 – 2015) Fonte: dados do MEC (apud BARASUOL; SILVA, 2016, p. Em termos geográficos, o crescimento no campo das Relações Internacionais a nível nacional foi muito desigual, com maior concentração na região Sul e Sudeste, sendo São Paulo o Estado que mais oferece o curso – 42 instituições de graduação – conforme dados do Ministério da Educação (MEC). Em 2016 eram 126 cursos credenciados no MEC, depois de São Paulo, o Rio de Janeiro tinha 21 cursos, o Distrito Federal 20, 14 no Rio Grande do Sul, 8 cursos em Santa Catariana e 7 no Paraná.

Nas demais regiões do país, em alguns Estados o número de cursos era menor, sendo que em alguns Estados não havia nenhum curso. “Outro aspecto importante em relação à configuração dos estudos de graduação em RI no Brasil é o predomínio das universidades privadas [. A globalização das economias mundiais, e os processos de Governança – que segundo Kjaer (2004), são considerados de suma importância para promover o bem-estar dos cidadãos, e seu enfoque se dá no papel que tem as redes, como organismos intergovernamentais, transnacionais e Inter organizacionais na promoção de políticas públicas voltadas aos objetivos comuns para o desenvolvimento sustentável – estão constantemente na pauta dos assuntos internacionais, que necessitam de profissionais para analisar as políticas praticadas bem como toda a questão cultural que envolve as tomadas de decisões unilaterais.

As questões migratórias, onde países desenvolvidos tem suas fronteiras constantemente invadidas por milhares de pessoas oriundas de países pobres, que fogem da fome, da miséria e da falta de oportunidades nos seus países e tentam entrar ilegalmente nos EUA e em países da Europa em busca de melhores condições de sobrevivência, estão na pauta das relações internacionais, por vezes criando muitos atritos entre os Estados envolvidos, e que necessitam de uma atenção especial para não desencadear em um processo piorado. Esses são alguns dos exemplos concernentes às políticas praticadas pelos Estados e que fazem parte dos assuntos tratados pelas Relações Internacionais, 2. AS PERSPECTIVAS PARA O MERCADO DE TRABALHO Quando graduado em Relações Internacionais, o profissional está apto a realizar a análise do cenário político e econômico internacional, tendo a possibilidade de atuar como diplomata, mas a profissão não necessariamente é para trabalhar somente fora do país.

Outra possibilidade é trabalhar em Órgãos governamentais, ONGs, e outras empresas. Com o objetivo principal de caracterizar a expansão dos cursos em Relações Internacionais no Brasil, desenvolveu-se um levantamento bibliográfico, com pesquisa exploratória composta de livros e artigos já publicados sobre o tema, visando o melhor entendimento sobre a disciplina e seu alcance. E o objetivo com este estudo, é o de servir como incentivo para novos estudos na área, valorizando tanto os estudos na disciplina, quanto o profissional de Relações Internacionais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARASUOL, Fernanda; SILVA, André Luiz Reis da. International Relations Theory in Brazil: trends and challenges in teaching and research. Jan/2016. abril. com. br/blog/pordentrodasprofissoes /quais-as-areas-de-atuacao-em-relacoes-internacionais/>. Acesso em: 29 nov. JUBRAN, Bruno M. M. Introduction: the meanings of governance. In: Kjaer, A.

M. Governance. Perspectivas Teóricas e o campo das Relações Internacionais. Século XXI: Revista de Relações Internacionais/ESPM-Sul. V. n. – jan.

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