Endogamia

Tipo de documento:Projeto

Área de estudo:Medicina Veterinária

Documento 1

Endogamia 8 4. Conclusão 9 Referências 10 1. Resumo A maior parte das raças de cães nasceram das necessidades do homem, tais como: segurança, pastoreio, caça ou mesmo companhia. Durante séculos, os homens promoveram cruzamentos entre diversos tipos de cães a fim de buscar aperfeiçoamentos de características que pudessem gerar avanços no desempenho destes animais: morfologia, estatura, pelagem, comportamento e temperamento dos cães serviram de motivação para uma gama de transformações, resultando em diferentes raças caninas. Tais modificações transformaram o cão no animal que apresenta o maior grau de polimorfismo entre todas as espécies animais. A aparência importa na indústria dos cães de raça, portanto, comercialmente são priorizados os acasalamentos consanguíneos como forma de manutenção do padrão racial de animais de raças puras, o que, segundo Egenvall et al.

pode acarretar a diminuição da expectativa de vida do animal. Os acasalamentos foram realizados por muito tempo de uma maneira indiscriminada. Egenvall et al. relata que este processo teve como consequências anormalidades anatômicas que reduziram a qualidade de vida dos animais, aumento da prevalência de doenças genéticas, além da valorização excessiva pelas características de beleza ao invés das relacionadas a saúde, comportamento e ao bem-estar animal. Se por um lado foi dada maior ênfase a aparência física do que a função, por outro lado, talvez a ênfase na morfologia fez com que poucas pessoas interessadas em cães de companhia tivessem interesse em reproduzi-los e por isso castravam seus animais, atitude considerada como de guarda responsável, já que diminui a probabilidade de futuros animais abandonados (PIMENTEL, 2004).

Outro reflexo do uso de cães para companhia foi a forma de convívio com esses animais. Apesar de estar relacionada com a causa de alguns problemas comportamentais dos cães, a crescente antropomorfização que é característica das relações atuais entre cães de companhia e seus proprietários, também acarretou melhorias do ponto de vista nutricional e sanitário. Se o bem-estar animal é o estado deste em relação as suas tentativas em se adaptar ao ambiente (BROOM, 1986), a adaptação estilo de vida do lar onde o animal será inserido deveria ser considerada no processo de seleção dos cães. Como as predisposições comportamentais também são hereditárias, é possível identificar características comportamentais específicas consideradas desejáveis em ambientes modernos, e o uso desta informação pode servir para direcionar a seleção destes animais (BROOM, 1989).

Os resultados mostraram que as raças mais populares apresentam mais distúrbios hereditários do que os menos populares, sugerindo que a saúde tem menor relevância na escolha da raça do animal de estimação e na prática de seleção artificial. Estes dados confirmaram a hipótese de que a popularidade das raças é primariamente determinada pela moda e não pela funcionalidade de suas características (GHIRLANDA et al, 2013). O bem-estar de um animal é avaliado de acordo com as condições que este indivíduo tem de se adaptar ao seu meio (BROOM; FRASER, 2007). Quando um animal possui características que não adaptativas, como as fossas nasais de um Lhasa Apso, Boxer, Pequinês ou de outras raças braquicefálicas ou a coluna vertebral de um Dachshund ou Basset Hound, provavelmente seu bem-estar estará prejudicado, a menos que alguma medida seja tomada para que ocorra boa adaptação, o que dificilmente acontece quando se trata de características hereditárias que tendem a gerar problemas crônicos.

Estudos sugerem que a prevalência de doenças genéticas poderia ser reduzida mediante à adoção de um tipo de seleção artificial mais cuidadosa e um melhor planejamento dos cruzamentos raciais e da endogamia (GREGOIRE; ROIGNON, 2012). Há características comportamentais caninas que aperfeiçoam a interação entre um cão e seu tutor tornando a convivência entre ambos mais positivos (KING et al, 2012). Um cão obediente e dócil provavelmente tem mais oportunidade de passear, interagir com outros animais e participar de diferentes atividades do que um cão desobediente e agressivo. Assim, as características como obediência e docilidade são adaptativas para um animal que convive com seres humanos e causam impacto positivo em seu bem-estar. Além disso, problemas comportamentais como agressividade, ansiedade e desobediência são causas comuns de abandono de animais.

BEAVER, 2011) e cães abandonados ficam expostos a situações que podem prejudicar seu bem-estar. acontece o mesmo, só que mais lentamente. Resumindo, o efeito do endocruzamento é a diminuição da heterozigose e o aumento da homozigose (OTTOO, 1997). Como consequências fenotípicas do endocruzamento temo: genes recessivos, tanto vantajosos como deletérios, manifestar-se com grande frequência, quase sempre o endocruzamento resulta em perda do vigor, devido a todos os seres vivos terem vários genes recessivos, mas também é possível selecionar indivíduos homozigotos fortes e vantajosos em algum aspecto particular (OTTOO, 1997). Tendo em conta que o endocruzamento afeta todos os lados do mesmo modo, é evidente que ele aumenta a frequência de todas as doenças para quais há alelos recessivos defeituosos em determinada criação. Isto acontece pelo aumento da frequência de homozigotos; em média, a frequência dos genes recessivos não aumenta.

McGreevy PD and LM. Inerithed defects in pedigree dogs I: Disordes reslated to bread standears. The veterinary Journal, 2009. BROOM, D. M. BROOM, D. M; FRASER, A. F. Domestic Animal Behaviour and Welfare. Oxfordshire: CABI International, 2007.  Journal of Biogeography. Egenvall, A. BONNETT, B. N. OLSON, P. GHIRLANDA, S et al. Fashion vs. Function in Cultural Evolution : The Case of Dog Breed Popularity. Plos One v. n. OTTO, Priscila Guimarães. Genetica basica para veterinária. ed. Rev. e ampl.

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