Educação Ambiental e Comunidades tradicionais

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Ciencias ambientais

Documento 1

Segundo Saito (2006) a valorização da busca pela equidade e participação sociais na conservação da biodiversidade agregam-se aos princípios e objetivos da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), Lei 9. de 27/04/1999. No artigo 5º, inciso IV da PNEA está prescrevido o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como um valor inseparável do exercício da cidadania. Isso se relaciona com “o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental e social” (Artigo 5º, III) e a “construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, fundamentada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade” (Artigo 5º, Inciso V).

A Educação Ambiental torna-se uma ferramenta de extrema relevância para o enfrentamento de crises ambientais, por exemplo, ajudando no combate desta, através de mudanças de comportamentos, atitudes, valores, ações e sentimentos, devendo ser praticada por todos os habitantes de cada nação de forma contínua, permanente e para todos. Os povos e comunidades tradicionais são conceituados, de acordo com o Decreto nº. de 07/02/2007, como: grupos de diferentes culturas e que se reconhecem de tal maneira, possuindo formas próprias de organização social, os quais ocupam e usam territórios e recursos naturais como condição para sua reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica, desfrutando de conhecimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição (BRASIL, 2007). Existem diversas comunidades tradicionais, a citar: dos Povos Indígenas, Seringueiros, Quebradeiras de coco-de-babaçu, Comunidades de Fundo de Pasto, Castanheiros, Catadoras de mangaba, Faxinalenses, Pescadores Artesanais, Marisqueiras, Ribeirinhos, Varjeiros, Caiçaras, Povos de terreiro, Praieiros, Sertanejos, Jangadeiros, Ciganos, Pomeranos, Açorianos, Campeiros, Varzanteiros, Pantaneiros, Geraizeiros, Veredeiros, Caatingueiros, Retireiros do Araguaia, entre outros (MORIN, 2014).

Bernardes, Marques e Claudino (2013) realizaram um interessante estudo sobre os povos comunidades tradicionais na região da Chapada dos Veadeiros em Goiás esta área está situada no Nordeste goiano, e compõe-se pelos municípios: Alto Paraíso de Goiás, Cavalcante, Colinas do Sul, Nova Roma e São João da Aliança e Teresina de Goiás. A região é conhecida pela diversidade étnica e cultural, sendo possível identificar e compreender quais são as comunidades tradicionais que vivem na Chapada (Tabela 1 Quadro 1: Tipologia e caraterização das populações tradicionais. Dona Flor transmitindo seus saberes. Fonte: Bernardes, Marques e Claudino (2013). Os conhecimentos tradicionais trabalham com diferentes conceitos de cerrado, as quais foram elaboradas pelo coletivo, e adaptadas segundo os saberes adquiridos no dia a dia, geralmente sendo conceituações não apenas de um único indivíduo, mas de toda uma comunidade (DIEGUES e ARRUDA, 2001).

Geralmente, os registros das memórias de personagens como a Dona Flor são consideradas estratégias de sistematização de ideias, segundo Bernardes e Saraiva (2012), com o intuito de (re)conhecimento e valorização de povos tradicionais, situados na região da Chapada dos Veadeiros/GO, tendo em vista a possibilidade de atribuir valor à identidade social de um povo por meio da compartilhamento de experiências, fortalecendo, desta forma, a etnia, cultura e o território de um povo. CONCLUSÃO Educação Ambiental é de extrema relevância para a conservação da natureza, tendo em vista o estabelecimento de um diálogo entre a ciência e os conhecimentos tradicionais. de M. Educação ambiental: um mecanismo de valorização do conhecimento tradicional. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GESTÃO AMBIENTAL, 4.

Salvador - BA. Anais. Anais. Florianópolis,2012. BRASIL. Decreto 6. de 7 de fevereiro de 2007. mma. gov. br/port/conama/legiabre. cfm?codlegi=321>. Acesso em: 22 jun. C. ARRUDA, R. S. V. Saberes Tradicionais e Biodiversidade no Brasil. In: ENCONTRO PARANAENSE DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 16. Anais. GUARIM, V. L. Sustentabilidade ambiental em comunidades ribeirinhas tradicionais. São Paulo: Cortez, 2010. LEFF, E. Saber ambiental. Petrópolis: Vozes, 2001. MORIM, J. H. Educação Ambiental PROBIO. Brasília: Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília/MMA, 2006. SORRENTINO, M. TRAJBER, R.

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