DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DA EJA

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Tendo o objetivo geral de apontar as principais dificuldades encontradas por estes alunos que estão tentando recuperar o tempo perdido, assim como os objetivos específicos de compreender as legislações vigentes, quando se fala em EJA e as implicações que a idade mais avançada pode ter na trajetória escolar desse público. Desta forma, pretende-se levantar as causas que levam a este cenário, para que se possa compreender melhor esta modalidade de ensino e corroborar com a compreensão ainda maior destas problemáticas, abrindo assim caminho para estudos posteriores referentes a superação destas dificuldades. Palavras-chave: Educação de Jovens e Adultos, Dificuldades, Aprendizagem, Educação. Abstract Youth and Adult Education in Brazil has undergone numerous historical and legal transformations to reach what it is today: a scenario of great diversity of public, but that has some points in common throughout the national territory.

One of these very features present are learning difficulties, which arise from different factors and make this type of basic education an even greater challenge. Compreendendo desta forma, quais as maiores dificuldades encontradas por estes educandos para que a aprendizagem ocorra de forma satisfatória. Este é o objetivo do presente artigo. Utilizando da análise bibliográfica desta temática o presente artigo tem o objetivo geral de apontar as principais dificuldades encontradas por estes alunos que estão tentando recuperar o tempo perdido e alcançar a formação na educação básica, tão primordial no período contemporâneo, assim como os objetivos específicos de compreender as legislações vigentes, quando se fala em EJA e as implicações que a idade mais avançada pode ter na trajetória escolar desse público.

Para tanto, na sua fundamentação teórica será abordado a legislação vigente que dá respaldo legal para o funcionamento da Educação de Jovens e Adultos, assim como será feita uma análise da didática utilizada por docentes que trabalham nesta modalidade, a fim de evitar um dos principais problemas que desafia estes profissionais cotidianamente - a evasão escolar destes alunos. Serão também abordadas as características deste público que pode acabar influenciando as dificuldades de aprendizagem e o aproveitamento insatisfatório do ensino, assim como a precarização do ambiente escolar, que também é um fator determinante para que o aprendizado ocorra. § 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames. Sendo assim, só irá se beneficiar com a EJA aqueles que realmente estejam com sua trajetória escolar comprometida, já que aos quinze anos o estudante deveria ter concluído o Ensino Fundamental, assim como o jovem de dezoito anos o ensino médio.

Para estes a EJA vem como um fôlego novo, uma oportunidade de concluir a educação básica e quem sabe até alçar voos mais altos e promissores. Para os demais alunos, fora desta faixa etária, o ensino regular é a melhor alternativa para um pleno aproveitamento da sua aprendizagem. A EJA assim organizada e amparada legalmente como uma importantíssima modalidade de ensino, na pretensão de devolver a dignidade e esperança para esta parcela da população, tem também a missão de garantir os direitos que emanam na nossa Constituição Federal (1988) que assegura no seu artigo 205º este direito primordial para o desenvolvimento do nosso país. Os aprendizados também devem ter alguma conexão com o mundo os educandos e fazer a diferença na vida destes que buscam a ascensão social através da educação.

Segundo Pedro Demo (2002, p. apud CARBONE, 2013) a escola deve ensinar para a vida, não há sentido em aprendizagens desconexas e que só servem para o aluno encher cadernos ou decorar coisas sem sentido. Mas esta aprendizagem deve ser conjunta, o professor deve valorizar os conhecimentos de mundo trazidos pelos alunos, suas vivências e experiências são muito importantes e devem ser compartilhadas na sala de aula, de modo a fazer parte do planejamento diário dos professores, assim o aluno da EJA será também um protagonista da sua própria aprendizagem e o professor será em vários momentos também um aprendiz, dando dessa forma uma dinâmica completamente nova para as aulas da EJA. A postura do docente na sala de aula da EJA deve ser tranquila e passar confiança para os discentes, valorizando suas contribuições e estabelecendo trocas de saberes diários a fim de estimular a auto estima dos alunos que por vezes não era exercitada em outras experiências educacionais que já teve.

Algumas possíveis causas das dificuldades de aprendizagem na EJA Os educandos da EJA carregam várias marcas da sua trajetória escolar anterior à EJA. Muitas vezes estas lembranças são negativas. Poucas condições financeiras para custear os estudos, deboche dos colegas ou indiferença por parte dos educadores são algumas das realidades das crianças mais pobres das escolas públicas brasileiras. Estas crianças muitas vezes, muitos anos depois, fazem parte do público que lotam as salas da Educação de Jovens e Adultos. Um início traumático na escola já é um fardo pesado para carregar, podemos somar a isto dificuldades cognitivas de aprendizagem, baixa auto estima, alimentação insuficiente, para os mais idosos problemas de visão e audição, além é claro do cansaço de um dia inteiro de trabalho.

Ou seja, tem a responsabilidade do sustento da família, os trabalhos domésticos, a cansativa rotina com os filhos e todas as atividades que esta fase da vida trás. Os pensamentos e a memória estão muitas vezes distantes do aprendizado, para que o mesmo se efetive, o esforço tem de ser grande. Segundo SCOZ, (1994, p. apud CARBONE, 2013, p. não é possível analisar os problemas de aprendizagem dos alunos da EJA olhando apenas um viés, mas sim uma mistura de fatores que podem ser os responsáveis, muitas vezes pelas dificuldades de aprendizagens. Mas todos estão neste espaço buscando uma nova realidade. Partindo deste princípio, este ideal deve ser mais forte que a soma das dificuldades. Vislumbrar um futuro diferente deve ser uma constante no cotidiano escolar destes alunos.

Portanto, a comunidade escolar deve ser uma rede de apoio, incentivando e orientando estes educandos. Todos os empecilhos e motivos para desistir devem ser trabalhados com este público, a fim de que possa ser visualizado os ganhos que podem ter a médio e longo prazo, para que este esforço faça sentido. A precarização do ensino público O ensino público brasileiro vem definhando a alguns anos, por se tratar de uma modalidade da educação básica, a Educação de Jovens e Adultos, também está inserida neste contexto. As verbas, apesar de existir a obrigatoriedade de reserva de um percentual para a educação, em todas as esferas governamentais, estes valores são, na maioria das vezes, insuficientes. Somado a isto, temos o fato de que um aluno da EJA, por suas evasões, desistências ou repetências, já teve muito dinheiro público investido na sua formação.

Pode ser exatamente por isto que os percentuais investidos em um aluno da EJA sejam inferiores aos investidos, por exemplo, em um aluno da zona urbana do ensino fundamental regular. Apesar disto, é preciso inferir que os investimentos na EJA precisam ocorrer em um percentual muito maior do que já acontece, somente assim será possível a contratação de professores especialistas, aquisição de recursos didáticos específicos, investimento em transporte e merenda. É imprescindível também que o aluno da EJA tenha sua cultura e experiências respeitadas dentro das salas de aula e que isto seja encarado por professores como um diferencial positivo na preparação das suas aulas. Partindo então da realidade do aluno e desbravando novos conhecimentos. Que possam é claro instrumentalizar cada vez mais o educando para ser um protagonista da sua aprendizagem e na sociedade que está inserido.

As dificuldades enfrentadas pelos alunos público alvo da EJA já são, por si só, extremamente difíceis: um histórico de defasagem de aprendizagem, abandono escolar, trabalho exaustivo, sono, cobranças familiares, pressão social e muitas outras. A escola precisa ser um ambiente amigável e acolhedor para que este aluno tenha forças para persistir. Não se pode admitir que todos os anos um percentual de jovens e adultos abandonem a escola e nunca mais retornem. Ou ainda que existam analfabetos no nosso país. Todas estas são questões sérias que precisam ser enfrentadas pela sociedade e pelo poder público. Uma vida digna perpassa por uma história escolar sem traumas e com sucesso de aprendizagem. Embora as dificuldades sejam uma constante nos processos de ensino, elas precisam ser superadas e gerar novos aprendizados.

p. Brasil. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Disponível em <http://www. utfpr. edu. br/jspui/bitstream/1/4486/1/MD_EDUMTE_2014_2_91. pdf> Acesso em abril de 2018. FREIRE, Paulo.

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