De Ceuta a timor - Luís Filipe F. R. Thomaz .Expansão Portuguesa e expansão Europeia - Reflexões em torno da génese dos descobrimentos

O autor inicia seu texto analisando a expansão portuguesa e a expansão Europeia, se limitando a comparações, para fazer análise das expansões nacionais individuais, visto que, uma não deve ter relação com a outra. Entretanto, na sequência de sua escrita, explica que se busca encontrar semelhanças e diferenças entre cada expansão nacional, e a maior diferença encontrada, com certeza é a velocidade em que se deu a expansão Portuguesa comparada com o restante da Europa. Em seguida, o escritor relaciona a possível causa da vasta expansão Portuguesa como forma de se livrar da pobreza, emigrando, colonizando terras, que eram feitas de matéria prima para o desenvolvimento de Portugal. Então, fica a dúvida, como ocorreu as outras colonizações europeias? Como a França tão desenvolvida, se expandiu? será que as expansões nacionais têm causas totalmente distintas? O texto nos traz várias possíveis causas para a expansão de Portugal, como o desenvolvimento naval, da marinha, o uso das costas portuguesas para navegação, posse de navios e pessoal adepto ao uso desses meios, também pode-se pensar nas políticas do País.

Porém, analisando esses fatos, Portugal não era o único a se identificar com tudo isso, então, talvez, não seja motivo o suficiente para explicar a precoce expansão portuguesa. Como Portugal estava em meio a uma crise econômica, o rei decidiu por expandir o reino para o Mediterrâneo e não para a Europa, pois o rei queria se livrar dos impostos cobrados pelos Italianos por mediar as transações comerciais feitas via terrestre. Assim, entrar em contato direto com os comerciantes do oriente pelo mar Mediterrâneo. Dom Henrique, à frente das expedições de expansão, consolidou as colônias portuguesas na costa africana e ilhas do oceano atlântico, facilitando o contato direto com comerciantes orientais, que até então era mediado e cobrado altos preços por nações europeias.

As primeiras expedições feitas para o sul, foram para o reconhecimento geográfico. Com estímulo do regente D. A explicação para a expansão expressiva de Portugal, no texto é comparada com um modelo matemático, em que existem duas incógnitas, com infinitas possibilidades, e, se escolhemos um valor a uma delas, teremos somente um possível valor para a outra como consequência. Ou seja, se escolhemos por fazer alguma ação específica, teremos como retorno, algo específico pelo escolhido, - “causas diferentes podem ter os mesmos efeitos e efeitos distintos resultarem da mesma causa. ” Como o ditado popular recorrente – colhemos o que plantamos. O autor, em suas conclusões, explica que a expansão portuguesa se deu por três fatores importantes: ◦ A necessidade de sobrevivência da nobreza em crise; ◦ Abertura de novas rotas comerciais, em busca de produtos exóticos de outras localidades, além de ter contato direto com os fornecedores; ◦ A afirmação política do Estado, que estava saindo da crise e se consolidando na realeza jovem, tentava evitar o domínio do vizinho e procurava garantir a paz interna.

Esse último fator, considerado o mais importante, que contribuiu para o sucesso de sua expansão.