CUIDADOS PALIATIVOS EM ONCOLOGIA PEDIÁTRICA

A intensão é focar na criança oncológica, que requer um cuidado especial, levando em conta que se encontra em uma fase de grandes mudanças e adaptações, ao lidar com uma doença de tal porte, a criança sofre um grande impacto bio-psico-social. A família é fundamental no transcorrer do tratamento e a equipe de enfermagem deve estar disposta a oferecer um tratamento holístico, que envolva não somente à criança doente, mais também à família, como forma de prestar um melhor atendimento à criança, diminuindo assim o medo e ansiedade gerada com o diagnóstico. Desenvolver ações para reduzir os danos gerados pelo tratamento é função essencial da enfermagem, buscando assim realizar uma prática assistencial de excelência. A equipe de enfermagem deve buscar oferecer medidas terapêuticas que amenizem a situação vivenciada pela criança-família oncológica, tendo como preceito humanístico a humanização e qualidade de assistência.

INTRODUÇÃO O câncer infantil corresponde um grupo de doenças (tumores sólidos e doenças sistêmicas) que têm em comum a proliferação desordenada e descontrolada de células anormais, comprometendo tecidos e órgãos (HAAGEDOOM et al, 2000). A Neoplasia na infância suscita mudança repentina e drástica na rotina de vida, desde o diagnóstico e o tratamento até o desfecho imprevisível da cura ou impossibilidade desta. Isso causa sofrimento à criança, à sua família e aos profissionais. NASCIMENTO et al. MONTEIRO et al. O paciente com câncer não deve ser considerado apenas, como mais um caso. Em face ao exposto, o objetivo deste estudo é identificar os principais fatores de excelência para a assistência de enfermagem integralizada em oncopediatria.

O tratamento do câncer infantil condiz a um período longo, em que a convivência diária com as crianças e seus familiares faz com que os profissionais vivenciem as expectativas do tratamento e sofram verdadeiramente quando se esgotam as possibilidades de cura. No caso da pediatria, a forma de cuidados paliativos é constantemente aplicada para crianças com graves condições limitantes de vida, exclusivamente no fim da vida. Contudo, muitas crianças em condições crônicas ameaçadoras da vida poderiam beneficiar-se desse modelo de cuidados em toda a trajetória da doença (PARO et al. O cuidado paliativo pediátrico é definido como "assistência ativa e total do corpo, mente e espírito da criança, e a prestação de apoio à família, inclusive no período do luto" (OMS, 2013).

A criança precisa, então, adaptar-se a essa nova situação, sendo necessária a utilização de estratégias de enfrentamento adequadas. MOTTAL et al. Dentro os principais estressores da hospitalização destacam-se a doença; a dor; o ambiente hospitalar pouco familiar; a exposição a procedimentos médicos invasivos; a separação dos pais; o stress dos acompanhantes; a ruptura da rotina de vida e adaptação a uma nova rotina imposta e desconhecida; a perda da autonomia, controle e competência pessoal; a incerteza sobre a conduta mais apropriada; e a morte. MÉNDEZ et al, 1996). Vivenciar o câncer é mais doloroso para os clientes e suas famílias do que qualquer outra doença. Extinguir esta visão hospitalocêntrica, é fundamental que os profissionais de saúde desenvolvam uma visão mais integral do paciente para evitar a fragmentação do “Ser Doente”, especialmente quando se refere à criança enferma e hospitalizada (ANGAREMI-CAMON, 2003).

A assistência em oncologia desenvolve-se pelo cuidado: preventivo, curativo e paliativo. O cuidado preventivo no campo da pediatria oncológica pode ser desenvolvido por ações antes do nascimento da criança e durante a infância. Antes do nascimento, o aconselhamento genético aos pais vem se mostrando como possibilidade na prevenção. Durante a infância, com orientações acerca de hábitos de vida saudável, como: alimentação, atividade física e cuidados com meio ambiente (MUTTI, 2010). A, Chiattone HBC. E a psicologia entrou no hospital. São Paulo: Pioneira Thomson Learning; 2003. BARBOSA M. C. CAMPOS, A. C. S. Humanização dos cuidados em saúde: conceitos, dilemas e práticas. Cad Saúde Pública. Rev Bras Cancerol. MARANHÃO T. A. Melo B. M.

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