Cuidados de Enfermagem no puerpério: uma revisão bibliográfica

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

Resultados: Foram encontrados 52 artigos, após a aplicação dos critérios de inclusão. Destes, apenas 08 atenderam ao tema de pesquisa. Verificou-se que os cuidados de enfermagem no período puerperal são indispensáveis, trazendo melhoras para a saúde da puérpera e do RN. Estes cuidados incluem a prevenção e detecção de IU e depressão pós-parto, bem como a realização de visita puerperal e dispensação de orientações diversas. Conclusão Por meio da análise dos artigos tornou-se claro que o enfermeiro possui atividades de grande importância para a saúde da puérpera, durante essa fase da vida, que pode lhes trazer inúmeros sofrimentos. Compreende o período logo após o parto até cerca de 6 a 8 semanas após, com término não bem estabelecido pela literatura (FERNANDES, 2017).

O enfermeiro possui competência legal para atuar no ciclo gravídico-puerperal, garantido por meio da Resolução Cofen nº 0516/2016. Esta resolução “normatiza a atuação e a responsabilidade do Enfermeiro, Enfermeiro obstetra e Obstetriz na assistência às gestantes, parturientes, puérperas e recém-nascidos nos Serviços de Obstetrícia” (COFEN, 2016). Para atender à puérpera é necessário fazer uso da prática baseada em evidências (PBE), garantindo que os cuidados ofertados serão de qualidade e proporcionarão benefícios para a mãe em primeira estância, que é o objeto de atenção dos cuidados puerperais, e em segunda estância para o bebê, que de forma indireta também é beneficiado pelo bem estar físico e psíquico da mãe. Além das mudanças causadas pelo parto, há uma transição para a maternidade, marcada por desordem e desequilíbrio.

Os critérios de inclusão foram artigos em português, disponível na íntegra e entre os anos de 2012 a 2016. O critério de exclusão foram artigos que fugiram do tema. RESULTADOS E DISCUSSÃO Foram encontrados 52 artigos, após a aplicação dos critérios de inclusão e foi realizada leitura exploratória dos mesmos, sendo que destes 44 foram excluídos por caracterizarem fuga ao tema. Para a presente pesquisa serão usados 08 artigos conforme descritos no quadro abaixo: Quadro 1. Características e principais resultados dos estudos examinados. LOPES E PRAÇA, 2012 Prevalência de incontinência urinária autorreferida no pós-parto e fatores relacionados A prevalência observada foi de 24,6% de incontinência urinária autorreferida no pós-parto. SANTOS et al, 2012 Vivências de puérperas sobre o contato com o recém-nascido e o aleitamento no pós-parto imediato Os sentimentos vivenciados pelas puérperas são relativos ao RN: suas condições clínicas e não clínicas.

Além de serem separadas de maneira repentina após o nascimento, para a prestação de cuidados. A maioria dos artigos detectados pelos mecanismos de busca referiram-se à consulta puerperal. Percebeu-se que há escassez de publicações referentes a outros momentos do puerpério, como o puerpério mediato. A maioria destas mulheres eram primíparas (57,9%). Outro dado atesta que 32,3% das mulheres que relataram IU foram submetidas à episiotomia no último parto. Cerca de 28, 2% das mulheres disseram que a IU interfere em suas atividades diárias (LOPES E PRAÇA, 2012). Em outro estudo, a prevalência de IU pós-parto foi de 24,6%. A maioria das mulheres que referiram IU pós-parto eram primíparas e tiveram parto normal. A importância da vigilância de enfermagem na detecção da depressão pós-parto.

A depressão pós-parto é um importante problema de saúde pública que afeta tanto a mãe quanto o bebê. Os sintomas podem começar a partir das 4 primeiras semanas de pós-parto, sendo intensificados nos primeiros 6 meses. A doença inclui alterações de humor, cognitivas, psicomotoras e vegetativas (FERNANDES, 2017). Entre mães adolescentes, com idades entre 13 e 19 anos, os sintomas versaram sobre sentimento de culpa, ansiedade e ideias de fazer mal a si mesma. O enfermeiro que atua em pré-natal deve possuir um olhar crítico para que seja detectada uma possível depressão futura. Deve fornecer orientações e alertar sobre a depressão pós-parto, além de encaminhar a gestante a profissionais especializados. Logo, o enfermeiro pode contribuir de diversas formas para o enfrentamento da depressão pós-parto: detectando novos casos, cuidados à mãe e filho e na dinâmica familiar, fortalecendo a amamentação, incentivando os serviços de saúde, no cuidado transcultural, e fornecendo educação materna sobre esse transtorno (FREITAS et al, 2014).

III. A importância do estímulo de contato com o RN. Estas devem ser participantes ativas, juntamente com o enfermeiro, com troca de experiências, visto que a maioria das puérperas sentem-se inseguras em relação aos cuidados com o RN, aleitamento materno e cuidados puerperais, necessitando de orientação e cuidados específicos. Deve ser realizada entrevista com as puérperas e exame físico das mamas, fundo de útero, verificação de loquiação, avaliação dos membros inferiores e aferição de sinais vitais (RAVELLI, 2008). Um estudo descritivo, realizado em um município do interior do estado do Rio Grande do Norte, com 10 puérperas, apontou pelo relato unânime das próprias puérperas que não houve a realização do exame físico durante a consulta puerperal.

Indicaram também que o enfermeiro dispensou mais atenção ao RN, deixando de lado as queixas das puérperas com relação ao próprio corpo. Outra inconformidade apontada foi com relação às orientações. O enfermeiro deve oferecer uma assistência de qualidade, voltada para cada puérpera individualmente. Deve estar atento à presença de complicações no pós-parto, como a IU e depressão. Estas duas patologias tem se mostrado com alta prevalência, sendo a depressão considerado um problema de saúde pública que tem crescido a cada dia. Por meio da consulta puerperal, o enfermeiro deve auxiliar a puérpera no enfrentamento das novas responsabilidades, por meio de orientações sobre os cuidados com o RN e consigo mesmas. Deve ser dispensada atenção especial à mulher neste momento, pois a consulta puerperal é voltada para a mãe, sendo o RN beneficiado de forma indireta.

CARDILLO, V. A. et al. Identificação de sintomas depressivos no período pós-parto em mães adolescentes.  Revista Eletrônica de Enfermagem, v. FERNANDES, L. P. N. Assistência de enfermagem no puerpério fisiológico e patológico. In: LARA, S. R. G. de; CESAR, B. N. coords. p. abr. jun. HIGA, R; LOPES, M. H. de. S. Incontinência urinária autorreferida no pós-parto: características clínicas.  Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. n. de; SANTOS, F. A. P. S. dos. M. Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem.  Texto & contexto enfermagem, Florianópolis, v. n. p. n. p. SANTOS, L. dos M. et al. Consulta puerperal: demandas das mulheres sob a perspectiva da enfermeira-estudo exploratório.

Online Brazilian Journal of Nursing, v. n. Disponível em: < http://www. objnursing. O cuidado humano diante da transição ao papel materno: vivências no puerpério.  Revista Eletrônica de Enfermagem, v. n. p.

152 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download