Criar uma proposta de avaliação institucional

Introdução 4 JUSTIFICATIVA 4 A demanda por avaliação institucional 5 As dimensões a serem avaliadas 5 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 6 ESTRATÉGIA DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL 7 RESULTADOS ESPERADOS 9 REFERÊNCIAS 10 1. Introdução Este trabalho busca justificar e desenvolver uma proposta de avaliação institucional para escolas públicas baseada em competências para ensinar no ensino público brasileiro. A gestão por competências vem sento desenvolvida na Europa, ao menos desde a década de 1990, conforme Perrenoud (2000), momento em que uma série de iniciativas político-pedagógicas se consolidaram, com a finalidade de melhorar a qualidade do ensino naquele continente, bem como as avaliações sistêmicas (VIANNA, 2003). A história da Educação transmarina interessa aos investigadores brasileiros porque ilustra o momento em que vivemos. Para tanto atingir o objetivo foi elaborado um instrumento de avaliação, aplicado a uma instituição fictícia, com características socioeconômicas que podem ser encontradas em quaisquer periferias das grandes cidades brasieliras.

Enfim, independente dos resultados, a aplicação sistemática do PISA favorece o desenvolvimento de padrões científicos que permitem identificar e corrigir pontos fracos no sistema educacional, bem como valorizar as iniciativas de sucesso. Um aspecto frágil daquele e de outros sistemas de avaliação educacional padronizada, como o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), o SAEB – Sistema de Avaliação do Ensino Básico e o ENC- Exame Nacional de Cursos, é que eles medem a conclusão do processo de ensino-aprendizagem, momento em que é tarde demais para corrigi-lo para os alunos avaliados, além de se caracterizarem pela “ausência de validade do constructo” (VIANNA, 2003, p. No sentido de eliminar essas falhas críticas dos sistemas de avaliação padronizada em curso propõe-se, neste trabalho, a sistematização de uma outra estrutura avaliativa, a montante do processo educacional, a avaliação institucional por dimensões educacionais.

As dimensões a serem avaliadas Avaliação é um instrumento que permite melhorar a qualidade e democratizar o acesso à Educação, entendida como espaço de mediação entre os “aprendentes” e a sociedade. Deve-se observar que, em qualquer processo de avaliação educacional, os objetivos centrais são democratizar o acesso e melhorar a qualidade dos processos educacionais. Filhos e filhas de agricultores, que compreendem 60% dos 450 estudantes e alunos oriundos de regiões urbanizadas recentemente (40%), principalmente operários da indústria automobilística e subsidiárias. A escola conta com 16 professoras, dois professores, 5 pedagogas, duas diretoras e 6 agentes de educação divididos em dois turnos, matutino e vespertino. Os profissionais atendem a 16 turmas com aproximadamente 28 alunos cada. O índice de desenvolvimento humano local (IDH) é de 0,7 e a renda per capita média da população da cidade é de R$1850 por mês.

As famílias, em geral, estão em uma situação econômica precária, com altos índices de desemprego, informalidade e subemprego. O framework para avaliação institucional na Educação (Figura 1) agrega 16 fatores que influenciam a qualidade do ensino. Os fatores da dimensão comunitária dizem respeito ao aspecto socioeconômico (IDH) no qual a instituição está inserida, às questões locais de desenvolvimento (renda per capita) e culturais (defasagem idade/série). Eles influenciam diretamente a motivação, envolvimento dos pais e da comunidade em geral com o processo de ensino-aprendizagem, facilitando, ou dificultando o trabalho docente. Os fatores escolares dizem respeito à infraestrutura, tais como instalações físicas, disponibilidade de profissionais, de organização, limpeza, segurança e apoio institucional que a escola recebe, além de computar a capacidade da instituição de manter com sucesso, o processo de ensino-aprendizagem no tempo, medida pelo índice de evasão escolar.

São importantes por representar as condições de sanidade, tranquilidade e motivação para o aprendizado no ambiante escolar. Da mesma forma, o quadro teórico evidencia que a competência para administrar a progressão das aprendizagens é um ponto forte da instituição. RESULTADOS ESPERADOS Em princípio, sugere-se o instrumento aqui apresentado como uma forma global de autoavaliação (BELLONI, 1999), à qual cada gestor de escola pode recorrer para otimizar o processo decisório. No limite, cada indivíduo, mesmo pais e professores, podem recorrer a esta ferramenta para evidenciar, por comparação, os pontos críticos e virtudes da sua instituição, comunidade e cultura organizacional. Os resultados de uma avaliação assim conduzida permitem subsidiar esforços e compromissos pedagógicos, a partir de mudanças estratégicas que visem democratizar o acesso e melhorar a qualidade dos serviços educacionais oferecidos.

Nos últimos 20 anos o Brasil desenvolveu uma cultura da avaliação, consolidada com o ENEM, SEAB e ENC. n. p. jul/dez. BRASIL. Ministério da Educação e da Cultura (org. p. SILVERIO, Aderlan. Dez novas competências para ensinar. Revista Histedbr On-Line, [S. L. Estudos em Avaliação Educacional [S. L. n. p. jan-jun.