Contribuições da Psicologia para a aprendizagem escolar

Tipo de documento:Resenha

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Procura-se transmitir diversos conteúdos de maneira abrangente dando orientação aos futuros professores no exercício de sua profissão. A escola enquanto ambiente democrático e sociocultural, tem o papel de ensinar, criando ambientes favoráveis para o pleno desenvolvimento do aprendizado infantil. Quanto mais informações os educadores tiverem sobre os processos de aprendizagem, mais chances de melhorar suas práticas pedagógicas. Por isto, esta temática apresenta tanta relevância. UNIDADE I - PSICOLOGIA NA EDUCAÇÃO 1. A Psicologia entra como agente fundamental na investigação das modificações dos mecanismos na relação do indivíduo com o mundo (cognição, emoção, afetividade), dialogando – e complementando-se – com outras disciplinas tais como: Medicina, Biologia, Filosofia, Antropologia, Pedagogia, Genética, etc. O antropólogo, por exemplo, é relevante no auxílio em estudos psicológicos sobre personalidade e desenvolvimento das características sociais, com seus levantamentos de caráter sociológico do ser humano.

Assim como médico, ao interessar-se por compreender efeitos de interações físicas e psicológicas com medicamentos ou alimentos, por exemplo, buscam dados na psicologia, e vice versa. SÍNTESE • Processos de desenvolvimento do comportamento humano x interação social. • O caso das irmãs indianas comprovam a influência social no comportamento e desenvolvimento humano. Estuda a capacidade perceptual, motora, intelectual, afetiva e social do ser humano. Através deste viés da psicologia, é possível entender toda trajetória das manifestações psíquicas no adulto. Neste sentido, na Pedagogia, este estudo mostra-se relevante por trazer subsídios na constatação de aprendizado infantil. SÍNTESE • Processo de desenvolvimento humano: aspectos biológicos e culturais. • Diferenças no comportamento humano x comportamento animal. A Psicologia da Aprendizagem estuda o processo pelo qual as formas de pensar e conhecimentos existentes são apropriados pela criança.

Para compreender este processo, é necessário reconhecer a natureza social da aprendizagem. Geralmente, os adultos ou outras crianças instruem diretamente a criança mais inexperiente através de atos e comunicação, o que é fundamental neste processo evolutivo de interiorização de conhecimentos e experiências. O professor também é de extrema importância devido seu trabalho ser exatamente este: estruturar condições de interação e desenvolvimento intelectual da criança num ambiente social, facilitando os estágios de internalização necessários das crianças. SINTESE • Processos de aprendizagem humana x apropriação e internalização de conteúdos. Por isto, uma base psicológica nos processos pedagógicos é fundamental na maximização do desenvolvimento da aprendizagem. SINTESE • Aprendizado adquirido antes da idade escolar. • Aprendizados do cotidiano x escola.

• Importância da psicologia nos processos pedagógicos. UNIDADE II – A CRIANÇA ENQUANTO SER EM TRANSFORMAÇÃO Nesta unidade será apresentada as bases psicológicas nos processos de desenvolvimento e aprendizagem. Personalidade, valores, hábitos, conduta social, já estariam determinadas junto ao nascimento, sofrendo poucas alterações ao longo da vida do indivíduo. A educação escolar, o ambiente em geral, devem interferir minimamente no desenvolvimento espontâneo do ser. Pode-se analisar que a posição inatista é a junção de duas interpretações errôneas de alguns conceitos da teologia e da ciência. Na teologia extrai-se a crença de que Deus, ao criar o homem, já teria determinado todo seu destino pela graça divina. O bebê já nasceria com todas características e posicionamentos que caracterizariam o homem que se tornaria, independente de qualquer fator.

Nossa tarefa era preservá-la, fortificando a criança contra o desânimo. Introduzimos o desânimo tio cuidadosamente quanto introduzimos qualquer situação emocional, iniciando ao redor dos seis meses. Alguns dos brinquedos, em nossos cubículos com ar condicionado, são projetados para criar perseverança. Um trecho de uma melodia de uma caixa de música, ou um padrão de luzes faiscantes, é arranjado de maneira a seguir uma resposta apropriada, digamos, apertar uma campainha. Mais tarde, a campainha dever, ser apertada duas vezes. Segundo os ambientalistas (ou behavioristas) o indivíduo está em constante busca de minimizar a dor e maximizar o prazer através dos estímulos disponíveis em seu ambiente. Partindo desta idéia, acreditam que são capazes de controlar e refinar o comportamento de forma reativa à ação do meio.

As mudanças no comportamento podem ocorrer por uma análise das conseqüências de seus resultados que o mesmo produz no ambiente. As positivas são chamadas de reforçamento (estímulo com elogios positivos, por exemplo) e punição, de caráter negativo (conseqüências negativas levam a evitar a reincidir o comportamento inadequado). Quando este comportamento é extremamente indesejável, usa-se a extinção para eliminá-lo totalmente, retirando os estímulos que os impulsionam, as conseqüências são extintas. • Passividade do homem. • Aprendizagem ambientalista:reforçamento, punição e extinção. • Efeitos nocivos da concepção ambientalista. A CONCEPÇÃO INTERACIONISTA: PIAGET E VYGOTSKI “ Dug (seis anos e meio), o que é um sonho? - Nós sonhamos à noite. A gente pensa em alguma coisa. Para psicólogos interacionistas, o organismo e o meio exercem ação recíproca.

Um influencia o outro acarretando mudanças no indivíduo. É na interação da crianças com o mundo que suas características são conhecidas. Os interacionistas discordam dos inatistas por desprezarem o papel do ambiente e concepções ambientalistas. Os interacionistas, portanto, apóiam-se na idéia de interação do organismo e meio, entendendo a aquisição de conhecimento como um processo construído gradativamente ao longo de toda vida. Aqui, a criança guia-se excepcionalmente por percepções sensoriais de reflexos inatos e esquemas motores simples (bater numa caixa, jogar uma bola, etc. Considera-se que ela não possui pensamento, uma vez que não possui ainda capacidade de representar eventos, evocar passado ou falar sobre futuro. Um dos principais aprendizados nesta fase é a noção do “Eu”, a diferenciação do mundo externo de seu próprio corpo, elaborando sua percepção psicológica, afetivo e intelectual.

A diferenciação de outros objetos, espaço e tempo também surgem nesta fase, consolidados de maneira gradativa. II) ETAPA PRÉ-OPERATÓRIA (OU EGOCÊNTRICA) Surge a função simbólica de representações pré existentes já utilizando a linguagem oral, por volta dos dois anos. ” P. Neste período o pensamento operatório é denominado concreto, pois a criança só se apóia no pensamento empírico, nada abstrato. IV) ETAPA OPERATÓRIO FORMAL O pensamento é livre da realidade concreta, a partir dos 13 anos já começa ser desenvolvido. Este é o grau mais complexo de seu sistema cognitivo, a partir disto, só “ajustes” estruturais ocorrem. Nesse sentido, o modelo piagetiano é marcado pela maturação, pois atribui-se a ela o fato de crianças apresentarem sempre determinadas características psicológicas em urna mesma faixa de idade.

Defende a ideia de interação universal entre o meio, que afeta na formação de funções mentais. A fala, neste sentido tem papel importante na organização do pensamento abstrato individual. A internalização é um processo ativo que indica percepção, atenção, memória desde a fase infantil, portanto pode-se dizer que o ambiente histórico influencia a formação de consciência de mundo. Assim como para Piaget, Vygotski valoriza o papel da fala nos processos mentais da criança que por volta dos dois anos, por exemplo, adquire o costume de falar, descrevendo suas ações. Logo, para este autor, pensamento e linguagem estão interligados, o chamado “pensamento verbal”. • Ocorre após certo nível de desenvolvimento. • Processo da linguagem e pensamento são interdependentes.

• Linguagem dá forma ao pensamento. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO: O BIOLÓGICO EM INTERAÇÃO COM O PSICOLÓGICO E SOCIAL O crescimento humano não é mera manifestação do biológico, mas uma expressão das condições existentes no mundo social, ou seja, a troca entre organismo e meio. Alimentação, luz, temperatura contribuem nesta dinâmica, assim como os hormônios são igualmente importantes para a regulação interna. Outro termo associado à concepção inatista é o de prontidão, refere-se ao processo cumulativo de desenvolvimento. Muito esforço para entender, é considera ausência de prontidão. INATISTA INTERACIONISTA PRONTIDÃO • Desenvolvimento cumulativo • é encarado como produto interno do indivíduo. • Fatores externos determinam. • Depende de estímulos do ambiente. SENSAÇÃO Estímulos do ambiente, sensorial. PERCEPÇÃO Organização das informações em categorias.

IMAGINAÇÃO Habilidade de representações mentais do real e do abstrato. O DESENVOLVIMENTO LINGUISTICO Por volta dos dois anos de idade, quando a criança começa a falar, todos ficam fascinados com os esforços do bebê. No entanto, passa despercebido um fato fundamental: o impacto da aquisição da linguagem na vida da criança e dos que interagem com ela na assimilação, organização do pensamento e na regulação do comportamento humano. • “diferença lingüística”: contrapõe a anterior. É reconhecida as diferenças de linguagem das crianças periféricas das demais, porém não como deficiente ou inferior. • “capital lingüístico”. Questiona as teorias anteriores, colocando a escola no papel de ajudar a superar diferenças sociais. Ambas teorias pecam em não investigar as causas estruturais – socioeconômicas.

O DESENVOLVIMENTO AFETIVO É recorrente a idéia de um aluno ter dificuldades no aprendizado devido “graves problemas emocionais”, mas esta questão é difícil de responder. É evidente que algumas crianças enfrentam dificuldades em seu desenvolvimento emocional e cognitivo, no entanto não deve-se considerar que todas as crianças com problemas de aprendizagem sofram de problemas emocionais. Estudos mostram a importância das ligações afetivas na espécie humana, que diferentemente de peixes e pássaros por exemplo, não são guiados por instintos. No entanto, a tendência do homem buscar contato e interagir com outro de sua espécie é considerada uma manifestação instintiva, assim como a predisposição dos bebes a interagirem com estímulos do meio. A Teoria de Freud, principais pontos: • Controle moderado da criança ou bebê, sob as forças biológicas (instinto), constituindo sua personalidade.

A ATUAÇÃO DOCENTE NO DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES Um constante desafio da escola é resolver suas principais metas: auxiliar o aluno desenvolver com os recursos disponíveis seus objetivos em sala de aula no que tange à construção do conhecimento. Tanto o professor, quanto a escola precisa fornecer condições de diálogo e interação entre as crianças, estimulando o prazer em aprender, frequentemente ausente nas salas de aula. Neste sentido a escola necessita não só reproduzir, mas criar conhecimentos. Através da interação adulto-criança, a mediação dos mais experientes contribui significativamente no desenvolvimento da criança, assim como a compreensão do adulto face às dificuldades no processo de aprender, é necessária. A CONCEPÇÃO INTERACIONISTA NA ESCOLA A visão interacionista na escola considera que a criança constantemente constrói seus conhecimentos pedagógicos e novas formas de pensar.

Regras de conduta não são universais, pois é necessário considerar as particularidades de cada indivíduo. Destarte, a atuação docente é de vital importância. Incentivando a reflexão sobre a conduta do próprio estudante, a execução de trabalhos em grupo, construir uma noção benéfica do erro e acerto utilizando de linguajar específico na interação cotidiana, o professor contribui eficazmente para a integração entre cognição, afetividade e mecanismos de autocontrole da criança. Nesse momento, a consciência e o comportamento moral maduro da criança terão sido alcançados. SINTESE • Contribuições interacionistas no ensino.

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