Conhecimento cientifico

Tipo de documento:Resenha Crítica

Área de estudo:Ciencias ambientais

Documento 1

Este método científico consiste em regras que sistematizam e organizam as etapas e procedimentos de uma experiência, sendo essenciais para garantir a produção de conhecimento onde a subjetividade e a casualidade não são determinantes. Aranha (1986) escreve que este método pressupõe a antecipação mental de uma determinada ação que, de forma racional, permite a adequação dos procedimentos para chegar-se à elaboração de definições. Há diversas linhas de abordagem científica para se observar e analisar um objeto de estudo, dessa forma, também há diversos métodos científicos que melhor se adequam para explicar e orientar a pesquisa, como o experimental (hipotético-dedutivo), o dialético (fenômenos históricos e sociais), o empírico-analítico (lógica empírica) e o histórico (etapas históricas de fenômenos e objetos) (GNIPPER, 2019).

Contudo, Chalmers (1993, p. alerta que a produção da ciência mesmo pautada em métodos não é neutra ou isenta do contexto social que a constrói, não pode ser considerada afirmativamente provada objetivamente, nem que seus atores são capazes de abster opiniões e preferências pessoais da sua análise, essas ideias se agregam no que o autor define como “concepção de senso comum da ciência”. Já no processo inverso, mas utilizando-se da mesma lógica, tem-se a dedução, que parte das definições de uma lei (generalista) assumida como verdadeira para explicar o particular (CHIBENI, 2006). Em contraposição ao método indutivo, destaca-se o falsificacionismo que, segundo Popper (1980), consiste na determinação de que uma teoria científica só é verdadeiramente científica se puder ser falseada, ou seja, passar por processos de testes de observação e experimento para sua refutabilidade (falseabilidade).

Dessa forma, a produção do conhecimento científico é encarada como um ambiente onde deve-se imperar o debate crítico e livre, onde evidencia-se as constantes avaliações e transformações das ideias em busca do seu aperfeiçoamento, assim a ciência pode avançar em um processo de tentativas e erros (CHIBENI, 2006). As concepções acerca da revolução científica têm em sua base as considerações de fatores sociológicos da produção de conhecimento, assim sendo, há um progresso da ciência que acompanha a seguinte estrutura, de acordo com Kuhn (1997): Pré-ciência – Ciência normal – Crise-revolução – Nova ciência normal – Nova crise. Onde a Pré-ciência consistiria em atividades desorganizadas; a Ciência normal seria a colocação de regras, sentidos, direcionamentos e estruturas por uma comunidade científica tornando-se um paradigma; a Crise se daria quando o paradigma é falseado por novas experimentações e análises, levando a uma Revolução no conhecimento científico, gerando um novo paradigma que, assim; constituirá sobre sua estrutura uma Nova ciência normal até chegar o momento que suas regras serão falseadas e, novamente; surgirá uma Nova crise (KUHN, 1997).

Estes dados podem, de forma resumida, ser de caráter quantitativo ou qualitativo, onde o primeiro se preocupa em coletar informações concretas, de forma estruturada e estatística e, o segundo, se atenta para elementos que revelam impressões, opiniões, pontos de vista e motivações, ou seja, a combinação destes tipos de dados compreende complexidades e detalhes característicos do fenômenos estudado (TEIXEIRA, 2005). Por fim, pode-se perceber, ao longo deste trabalho, que o processo de construção do conhecimento científico é marcado pela contribuição histórica sobre seus métodos e concepções, bem como carrega em suas formas os reflexos da sociedade que a construiu. Os métodos científicos são o diferencial da ciência frente a outras formas de se buscar a verdade, explicar fenômenos e entender a natureza, pois garantem a contínua possibilidade de confrontamento e diálogo aberto sobre suas fundações, leis, organizações e métodos.

Referências ARANHA, M. L; MARTINS, M. UniCamp, 2006. Disponível em <https://www. unicamp. br/~chibeni/textosdidaticos/ciencia. pdf>. semioblog. website/2010/10/o-principio-da-parcimon ia. html>. Acesso em 09 de outubro de 2020. FIGUEIREDO, D. São Paulo: Atlas, 2008. GNIPPER, P. O que é ciência, método científico e divulgação científica? Canaltech, 2019. Disponível em <https://canaltech. com. F. Metodologia científica e tecnológica. Módulo 4 – método científico. Campinas, 2009. Disponível em <http://www. São Paulo: Editora Perspectiva S. A, 1997. NAVES, M. M. V. R.  Conjecturas e refutações: o progresso do conhecimento científico.  Brasília: UNB, 1980. TEIXEIRA, R; PACHECO, M. E.

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