Complicações orais do tratamento oncológicoRevisãod e literatura

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Odontologia

Documento 1

Vitor Pereira Rodrigues Campus:SãoMiguel Período: Noturno SÃO PAULO 2020 Resumo O tratamento do câncer pode estar relacionado a ocorrências de diversas alterações bucais. Dentre as quais, pode-se destacar a mucosite oral, xerostomia, cáries de radiação e osteorradionecrose. De modo que, os pacientes oncológicos podem apresentar necessidades odontológicas significativas, durante todas as fases do seu tratamento. Em uma equipe multidisciplinar, o papel do Cirurgião Dentista é eliminar ou estabilizar as condições patológicas bucais, bem como acompanhar o possível surgimento e tratar as sequelas resultantes da oncoterapia. Este trabalho tem por objetivo realizar uma revisão da literatura, no que concerne às principais complicações bucais decorrentes do tratamento oncológico. O tratamento pode associar essas diferentes modalidades terapêuticas, de modo que a definição da terapia tende a ser individualizada e se basear na localização, grau de invasividade, presença de metástase, bem como da condição de saúde dos pacientes acometidos.

Por exemplo as doenças oncológicas hematológicas, como as leucemias, a terapia mais eficaz é o transplante de medula óssea. As terapias oncológicas objetivam combater as células tumorais, destruindo-as ou impedindo a sua proliferação. Todavia, o dano às células normais é inevitável, particularmente naquelas em que ocorre naturalmente uma rápida divisão celular (cabelos, mucosas, sistema hematopoiético), motivo pelo qual diversas complicações bucais podem ocorrer em função do tratamento oncológico(2), (3). Nesse sentido, pode-se destacar a mucosite oral, que nos estágios mais graves causa ulcerações que podem, inclusive, levar à impossibilidade de ingestão alimentar, situação que pode contribuir para uma maior deterioração da condição de saúde dos pacientes(1),(5). A terapia oncológica quimioterápica tem por objetivo combater as células tumorais, destruindo-as ou impedindo a sua proliferação.

No entanto, o dano às células normais é inevitável, particularmente naquelas em que ocorre naturalmente uma rápida divisão celular, motivo pelo qual diversas complicações bucais podem ocorrer em função dessa terapia(2), (3). A radioterapia também é uma importante forma de tratamento para o câncer, porém, além de destruir as células cancerígenas também afetam os tecidos normais, ocasionando algumas complicações associadas ao tratamento. Como complicações na mucosa oral acarreta: mucosite, osteorradionecrose, cárie de radiação, trismo e hipossalivação10. Um estudo realizado por Floriano et al. Baseados na metodologia empregada e nos resultados observados, os autores concluíram que ambas as formas de fotobiomodulação foram eficazes na redução da sintomatologia associada à mucosite14. Outra reação adversa frequente da quimioterapia é a xerostomia, caracterizada por hipossalivação acentuada e espessamento da saliva secretada, comumente relacionada à importante queixas dos pacientes como: ressecamento labial, alterações de superfícies da língua, fissuras labiais e modificação do paladar.

A hipossalivação também está relacionada a radioterapia, sendo decorrente da radiação ionizante no campo das glândulas salivares,, influenciando diretamente na qualidade de vida dos paciente, pois influência de forma negativa a deglutição, principalmente por prejudicar a formação do bolo alimentar, além disso, interfere na fala e mastigação, pois tais atividades demandam de saliva para lubrificação, execução e proteção, podendo ocasionar alterações orais graves a longo prazo18. A xerostomia pode ainda proporcionar um ambiente favorável para a instalação de infecções secundárias, além disso, ao tornar a saliva espessa e pegajosa modifica os hábitos alimentares do paciente oncológico. O tratamento pode incluir a aplicação direta de flúor, enxaguantes bucais, dentre outros produtos como as salivas artificiais, embora muitos pacientes não se adaptem à tais soluções.

deve ser prevenido mediante um tratamento odontológico prévio e durante todas as fases da terapia oncológica tanto18. Ainda no escopo das alterações bucais relacionados a terapias oncológicas, destaca-se a doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) relacionada ao transplante de medula óssea, tratamento que é realizado nos casos de câncer de leucemia por exemplo. O transplante de medula óssea se caracteriza pela substituição de uma medula óssea doente ou deficiente por células normais, com a finalidade de reconstrução da medula e melhorar o controle do sistema imunológico. Os pacientes que são submetidos a esse transplante recebem altas doses de quimioterápicos para eliminar a doença de base, acarretando em complicações, sobretudo na mucosa oral, como já relatado19. A DECH em sua forma aguda, a qual aparece em torno de 10 a 100 dias após o transplante, apresenta manifestações bucais muito semelhantes à mucosite, Já a forma crônica acontece após 100 dias e as lesões bucais se manifestam através de eritema generalizado na mucosa, lesões liquenóides e ulceração, hipossalivação, disgeusia e infecções, sobretudo candidíase20.

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