CIDADES INTELIGENTES E SEUS IMPACTOS NA MOBILIDADE URBANA: O CASO BRASIL

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). “Deixar este texto no trabalho conforme se apresenta, fonte e cor vermelha”. RESUMO - Nas últimas décadas o Brasil passou por um intenso processo de urbanização. Esta urbanização que ocorreu de forma desordenada gerou diversos impactos negativos nas cidades como: moradias precárias, esgoto a céu aberto etc. A inexistência de um planejamento urbano adequado fez surgir graves problemas de mobilidade, principalmente nas grandes cidades brasileiras. Esta transformação se revela em uma maior mobilidade, expectativa de vida, emprego e renda e mais recentemente redução na taxa de natalidade e aumento do grau de escolaridade. Em seu período de transformação a cidade passou a ser o local de uma revolução cultural e tecnológica, onde recentemente surgiu o conceito de cidade inteligente como resposta para a solução de graves problemas sociais e ambientais, tais como: poluição atmosférica, sonora e ambiental; congestionamentos causados pelo aumento do número de veículos nas ruas, ineficiente governamental, etc.

De acordo com alguns órgãos internacionais a população mundial urbana já ultrapassou a rural, onde estima-se que cerca de 54% dos habitantes vivem nas cidades. No Brasil o percentual de pessoas que vivem nas cidades, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, é cerca de 84%. Diante disto, se faz necessário estudos e pesquisas capazes de apontar soluções para a correta implementação de soluções inteligentes dentro da cidade, sempre respeitando os limites da tecnologia e apontando soluções para os casos de mobilidade urbana. A chegada das pessoas nas cidades contribuiu para a ampliação de locais com péssimas condições de moradias e de deslocamento. Não há cidade em processo de crescimento agressivo que não tenham sofrido destas manifestações patológicas (GOITIA, 1992).

Foi as más condições de vida no campo que acabou ocasionando a migração de milhares de pessoas para as cidades em busca de melhores condições de vida, trabalho e saúde. Ao longo dos anos a taxa de urbanização se consolida, chegando de acordo com o IBGE (2010), a 84%. Assim, o espaço urbano torna-se centro das relações de trabalho, lazer e espaço de moradia. Com isso, é possível compreender que para que haja uma cidade inteligente esta precisa ser primeiramente uma cidade digital, onde as pessoas possuem acesso a dispositivos fixos, dispositivos móveis e acesso a uma internet de qualidade. A cidade inteligente, neste caso, será resultado do uso inteligente destas tecnologias pelas pessoas e pelos governos. Assim, para se tornar uma cidade inteligente é necessário ser primeiramente digital.

Para Ferlin & Resende (2019), as Smart Cities (cidades inteligentes) utilizam as chamadas TIC’s (Tecnologias de Informação e Comunicação) para melhorar o desempenho dos serviços públicos, reduzir custos e potencializar o contato entre cidadãos e os gestores governamentais. Com a crescente preocupação dos governos em reduzir gastos públicos, melhorar a eficiência dos serviços públicos e proporcionar melhor qualidade de vida aos cidadãos que há uma necessidade crescente do uso das TIC’s para o gerenciamento das cidades, e consequentemente, para a definição, implementação, acompanhamento e fiscalização das políticas governamentais. De modo geral, pode-se dizer que Big Data é, essencialmente, tudo que é capturado ou gravado digitalmente pelas modernas TICs, tais como IoT (Internet of Things) (Combaneyre, 2015 apud Ferlin & Resende, 2019 p.

Devido a geração de uma grande quantidade de dados por meio da internet, que há um esforço das empresas e do poder público na geração de tecnologias capazes de processarem e obterem informações úteis a partir da grande quantidade de dados gerados. Sem uma tecnologia capaz de processar grandes quantidade de dados para a geração de informações úteis, torna-se difícil a implementação de cidades inteligentes e consequentemente afeta o gerenciamento e a tomada de decisão para uma melhor mobilidade urbana. A última ação a ser implementada para que uma cidade se torna inteligente é a computação em nuvem. De acordo com Avinte et al (2019), a computação em nuvem é uma mescla de virtualização da computação, pois o processamento dos dados ocorre em um ambiente distante do usuário, para o processamento e entrega de informações sob demanda.

Uso da informação para uma melhor governança. • Mobilidade inteligente. Uso de TI para melhorar a mobilidade, dado mais opções para os clientes. • Meio ambiente inteligente. Fiscalização de poluição sonora, atmosférica e limpeza urbana. De acordo com Silva (2019), a mobilidade inteligente é uma das dimensões das cidades inteligentes e que contribuir para a solução de problemas críticos para os cidadãos. Os problemas de mobilidade são oriundos da falta de planejamento adequado nas cidades e do crescente poder aquisitivo das pessoas, constituindo assim, um grande desafio para as cidades em relação a promoção de ações voltadas para a melhora da qualidade de vida das pessoas. Um Meio Ambiente inteligente é um requisito fundamental para que uma cidade seja considera inteligente de acordo com Filho & Coelho (2018).

Este parâmetro mede a poluição ambiental na cidade, a eficiência no processo de distribuição de energia elétrica, água e coleta de lixo. De acordo com Kon & Santana (2017), algumas ações relacionadas a esta dimensão são a medição da qualidade do ar e da água, o uso de fontes renováveis de energia e a medição em tempo real dos recursos utilizados em residências. O Rio de Janeiro também deu largada a um projeto de cidade inteligente, que hoje é baseado em torno do Centro de Operações Rio (COR). Este centro de operações atua através do recebimento de informações de mais de quinhentas câmeras e sensores espalhadas em pontos estratégicos na cidade. No país ainda há projetos avançados para a criação de cidades inteligentes e inclusivas como é o caso da Smart City Laguna.

Localizada no município de São Gonçalo do Amarante – Ceara, este é considerado o primeiro empreendimento do Brasil a construir uma cidade inteligente. Mesmo com toda a potencialidade das cidades inteligentes de resolverem os seus problemas por meio das TIC’s é importante afirmar que a tecnologia não pode solucionar todos os problemas enfrentados por uma cidade. apud Kauling (2014 p. Os indicadores utilizados nesta avaliação e considerados como “indicadores de transporte inovador” (DEBNATH et al. p. apud Kauling, 2014 p. foram aplicados aos subsistemas de transportes privado, público e de emergência, sendo os mais relevantes para as políticas de mobilidade urbana aqueles elencados no Quadro 1 referente aos transportes privados de caráter compartilhado e transporte público urbano. A empresa norte americana Uber inovou apresentando um novo modelo de negócios apoiado na tecnologia e inspirado no conceito de economia compartilhada, conectando o fornecedor de serviços diretamente com o consumidor.

Os aplicativos de celular são o meio pela qual estas transações são feitas. Porém a empresa Uber não é a única a oferecer este tipo de serviço. Com o sucesso deste tipo de negócio surgiram várias empresas como: 99Taxi, Easy Taxi, Safer Taxi, Taxi beat, Vá de Taxi. Entre os aplicativos de serviços de transporte urbano compartilhado, o mais conhecido é o BlaBlaCar que atualmente está disponível em mais de 20 países. Eles medem a poluição do ar, determinam se as vagas de estacionamento estão livres e se há pessoas numa área específica. Informam onde estão os ônibus e se as lixeiras estão cheias ou vazias. A partir dos dados coletados pelos sensores é possível determinar a intensidade da iluminação pública necessária para um determinado local e assim poupar energia em locais onde não há pessoas ou atividades durante a noite.

A irrigação nos jardins também é controlada e ajustada em função da umidade do solo detectada pelos sensores. Desafios da Mobilidade Urbana no Brasil Os problemas urbanos muitas vezes ultrapassam os limites da cidade e alcançam espaços cada vez mais afastados. Um estudo recente do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) mostra que, em seis anos, os gastos com transporte público subiram mais de 30% entre as famílias com renda per capita de até meio salário mínimo. Entre as famílias com renda maior que oito salários mínimos, a alta foi superior O modelo de deslocamento observado nas cidades, que tem priorizado o transporte individual, tem suscitado debates em todos os níveis da administração pública e entre entidades ambientais e entidades de defesa de usuários de transporte público, pois os frequentes congestionamentos, são causados em parte, por causa de um sucateamento nos investimentos em um transporte público de qualidade.

O aumento expressivo do número de transportes individuais motorizados tem sido motivo de estudos por vários pesquisadores que procuram entender e propor soluções para uma melhor mobilidade urbana. O aumento do número de veículos nas ruas e avenidas das grandes e médias cidades é um dos principais problemas para as cidades que procuram melhorar a mobilidade urbana. No gráfico 1 é possível visualizar a taxa de motorização por automóveis nas principais regiões metropolitanas do Brasil. Além do investimento em transportes alternativos são criadas barreiras para o uso do carro em algumas cidades como alternativa para desestimular o uso diário do transporte individual. Um dos transportes alternativos, que tem sido valorizado em algumas cidades são o uso de bicicletas. Mas o uso deste tipo de transporte ainda é visto com desconfiança pelos governantes, pois a bicicleta ainda é vista como um meio de lazer para os fins de semana.

Outro problema associado ao uso da bicicleta é que as cidades ainda são projetadas para atenderem prioritariamente o uso de veículos. Para Paula (2016) é preciso que haja nas cidades, uma política ciclo inclusiva que é aquela que busca integrar o uso da bicicleta com a rede de transporte com condições seguras e eficientes. Editora Senac São Paulo, 2019. AVINTE, Eduardo Frias; NASCIMENTO, Manoel Henrique Reis; DO NASCIMENTO, Aline Santos. Computação em Nuvem: Reduzindo Gastos em Pequenas e Médias Empresas.  ITEGAM-JETIA, v. n. A (Org. Novos caminhos da geografia. São Paulo. Contexto, 2001. FERLIN, Edson Pedro; REZENDE, Denis Alcides. br/sites/fgveurope. fgv. br/files/Smart-Cities-and-Urban-Mobility. pdf>. Acesso em: 03 de mar. com. br/tecnologia/com-12-mil-sensores-cidade-de-santander-ganha-inteligencia/>. Acesso em: 11 de mar. de 2020. GOITIA, F. jul. dez. LEMOS, André. Cidades inteligentes.

GVexecutivo - V 12, N 2. PR-Brasil. REIS, N. G. TANAKA, M. S. com. br/anais/2018/arquivos/05232018_100525_5b056c0177f75. pdf> Acesso em: 13 de fev. de 2020.

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