CERATOCISTO ODONTOGÊNICO: A RELEVÂNCIA DO DIGANÓSTICO/TRATAMENTO E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA TAXA DE RECORRENCIA DA LESÃO

Tipo de documento:Projeto de Pesquisa

Área de estudo:História

Documento 1

as lesões císticas e tumorais derivadas dos tecidos odontogênicos constituem grupos heterogêneos de lesões de grande relevância no campo da Patologia Oral e Maxilofacial.  A prevalência dos tumores odontogênicos varia de acordo com a região anatômica, faixa etária, sexo, raça e localização geográfica. No Brasil, estudos relatam que a prevalência destas lesões varia entre e 4,8% de todas as lesões orais diagnosticadas. Em exames radiográficos as lesões podem se apresentar de forma radiolúcida ou radiopaca. Dentre as lesões radiolucidas que afetam a mandíbula em 60 a 80% dos casos, tem-se como exemplo o Ceratocisto Odontogênico, ou tumor odontogenico ceratocistico (TOC). JONES, 2006). De acordo com Aciole et al. não pode ser feito um diagnóstico conclusivo préoperatório, apenas utilizando-se informações clínicas e radiográficas, sendo de fundamental importância a realização de um exame histopatológico, para o estabelecimento de um diagnóstico preciso.

O tratamento dessa lesão deve ocorrer considerando diversos fatores que incluem desde a idade do paciente, tamanho e localização do cisto até a avaliação do envolvimento de tecidos moles e de características histológicas do tumor. Nesse sentido, o principal desafio ao determinar o tratamento para o CO é encontrar o processo que gere o menor índice de morbidade, mas que diminui a chance de reincidência da lesão e a remova (GUERRA et al. Diante desta realidade, este trabalho se justifica por relatar a relevância do diagnóstico e identificação da lesão em fase inicial, analisando se parâmetros clínicos (tratamento) terão consequências na taxa de recorrência da lesão. DELIMITAÇÃO DO TEMA O presente trabalho delimita-se ao estudo do diagnóstico, envolvendo exames radiográficos e histopatológicos em casos de ceratocisto odontogênico, bem como os tipos de condutas clinicas/ tratamento e suas possíveis influencias na taxa de recidiva da lesão.

PROBLEMA DE PESQUISA É possível que com o diagnóstico da lesão, e implementação dos corretos meios de tratamento para cada caso, haja uma redução na taxa de recorrência do ceratocisto odontogênico? 1. OBEJETIVO 1. Geral Evidenciar a eficácia do diagnóstico e condutas terapêuticas para casos de ceratocisto odontogênico. A respeito dos métodos científicos, será utilizado o hipotético- dedutivo que compreende a formulação de hipóteses que ao longo do texto serão discutidas e solucionadas, e o método comparativo, visando criar relação entre situações, e verificar possíveis consequências (LAKATOS; MARCONI, 2002) 2. Técnicas para a coleta de dados A pesquisa é realizada através de embasamento bibliográfico, ou seja, por meio de materiais já existentes e publicados, com o "propósito de fornecer fundamentação teórica ao trabalho, bem como a identificação do estágio atual do conhecimento referente ao tema” (GIL, 2016 p.

O que permite acesso a uma gama de informações, visando assim coletar uma variedade de conteúdo cientifico a respeito do assunto abordado, de modo a reunir ideias de forma clara, precisa e objetiva, que serão selecionadas de acordo com os fatos a serem estudados. Fontes para a coleta de dados A coleta de dados será feita através de diferentes fontes, incluindo livros de patologia oral, monografias e artigos científicos disponibilizados em plataformas digitais seguras, oriundos de bases de dados como Scielo, PUBMED e, MEDLINE. Caracterização da amostra pesquisada A pesquisa incluirá livros e artigos científicos tanto em português quanto em inglês, selecionados segundo palavras-chave como: ceratocisto odontogênico, neoplasias, tratamento, diagnóstico, marsupialização, grau de agressividade e recorrência da lesão.

Ceratocisto odontogênico e aspectos histológicos O ceratocistocisto odontogênico (CO) é um tumor de origem cística ocasionado pela proliferação de células remanescentes do epitélio odontológico. O termo foi utilizado inicialmente para designar todas as lesões císticas que apresentavam ceratinização histológica na superfície, entretanto, a partir do ano de 2005 a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou os tumores ceratocistos odontogênicos como uma neoplasia benigna proveniente do epitélio odontogênico. Porém em 2017 a organização reclassificou o CO como cisto de desenvolvimento odontogênico (PINHEIRO, 2018). Apesar de ser uma lesão benigna, entre as lesões neoplasias o CO apresenta-se como uma das mais agressivas, isso devido a seu potencial infiltrativo e capacidade elevada de proliferação (EL NAGGAR et al.

Além disso, trata-se de um tumor com características biológicas diferente dos demais cistos bem como com mecanismo de crescimento único derivado do aumento da pressão osmótica na região bucal (BALMICK et al. Morfologicamente são lesões bem definidas com normas regulares ou ondulares e dimensões variadas, sendo a maioria menor ou igual a dois cm (PINHEIRO, 2018). Contudo, devido a seu alto potencial de proliferação bem como sua alta capacidade de infiltração óssea, o CO tende a apresentar grandes dimensões antes de causar expansões ósseas clínicas (PINHEIRO, 2018). Além disso, demonstram-se como uma lesão encapsulada, que possuí em seu interior conteúdo fluído ou semissólido de coloração branca ou amarelada (SOUSA, 2018). Ressalta-se que os COs são encontrados majoritariamente na forma intra-óssea, porém também são verificadas lesões periféricas foi na região gengival bucal, principalmente na altura dos caninos da mandíbula (SOUSA, 2018).

O prevalecimento dessas lesões ocorre justamente na região mandibular, sendo comum a identificação de duas vezes mais lesões associadas a essa região do que na região da maxila (ERYILMAZ et al. A marsupialização é indicada para remoção de cistos extensos, e consiste na abertura cirúrgica de um canal de comunicação entre a cavidade da lesão e o meio, provocando alterações na pressão hidrostática no interior do cisto e consequente redução do mesmo, possibilitando, se necessário, posterior enucleação para remoção da lesão (SOUSA, 2018). Já entre os tratamentos agressivos normalmente estão inclusos a ostectomia periférica, curetagem química com solução de Carnoy, crioterapia, além de ressecção segmentar ou periférica (OLIVEIRA, et al.

Entre os métodos agressivos destaca-se a utilização de solução de Carnoy, a qual corresponde a um fixador de tecidos, utilizado desde a década de 80 em tratamento de lesões ósseas (SOUSA, 2018). Essa solução é indicada para ser utilizada anteriormente ao processo de enucleação, entretanto costuma ser usada posteriormente como forma de eliminar restos teciduais contaminados, pois promove a necrose química da área em contato (RIBEIRO et al. Além disso, destaca-se a ressecção óssea que, apesar de ser um método altamente invasivo, apresenta as menores taxas de reincidência do tumor. acompanharam 75 pacientes com diagnóstico de CO verificando recidiva em 32 pacientes. Posteriormente MYOUNG et al. acompanhou pacientes tratados em sua maioria por enucleação identificando reincidência em uma média de 58.

dos pacientes. Em estudos mais recentes, Balmick et al (2011) acompanharam 17 pacientes acometidos por CO pelo período de 10 anos após a remoção da lesão. Rev. cir. traumatol. buco-maxilo-fac.  vol. p. Dísponivel em < https://pubmed. ncbi. nlm. nih. nih. gov/27050804/ > Acesso em 21 de maio de 2020. EL-NAGGAR, A. K. et al. pdf > Acesso em 21 de maio de 2020. FORSSELL, K. et al. Recurrence of keratocysls: a long-terrn follow-up study. J. Dísponivel em < https://pubmed. ncbi. nlm. nih. gov/17368357/> Acesso em 21 de maio de 2020. br/revistas/revistas-metodista/index. php/Odonto/article/view/4284 > Acesso em 21 de maio de 2020. MOURA, B. S. et al. br/scielo. php?pid=S0100-69912016000600466&script=sci_arttext&tlng=pt > Acesso em 21 de maio de 2020. MYOUNG, H. Odontogenic keratocyst: Review of 256 cases for recurrence and clinicopathologic parameters. Oral Surg Oral Med Oral Pathol.

n. Dísponivel em < https://www. ncbi. nlm. nih. et al. Tumor odontogênico queratocístico: revisão de literatura. Re UNINGÁ Review. Vol. n. Dísponivel em < http://www. archhealthinvestigation. com. br/ArcHI/article/viewFile/213/465 > Acesso em 21 de maio de 2020. PINHEIRO, J. J. et al. Complications of Carnoy solution in the treatment of odontogenic tumors. RGO, v. p. Disponível em < https://repositorio. ufpe. br/handle/123456789/32318>Acesso em 21 de maio de 2020.

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