Centro de treinamento e perfomance para atletas

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Educação Física

Documento 1

Portanto, a temática da administração esportiva foi articulada com referenciais sobre gerenciamento de equipes e com o desejo de reiterar as diversas possibilidades que surgem com o avanço das pesquisas na área. Dessa forma, foi possível descortinar certo panorama e auxiliar no encontro de algumas conclusões. Partindo desses pressupostos, tornou-se possível compreender como as pesquisas no campo das experiências administrativas no esporte podem atuar como área do conhecimento passível de refletir em boas práticas nos espaços das práticas esportivas, considerando as especificidades que podem afetar diferentes ambientes. Sabe-se da importância da educação física para um desenvolvimento saudável, tanto físico quanto psicológico. Nesse sentido, as contribuições da administração e do gerenciamento de equipes nesse setor demanda maiores investigações acadêmicas que orientem práticas efetivas.

O trabalho irá apontar comentários acerca de diferentes temáticas que englobam a própria administração esportiva, bem como, problemáticas que podem desviá-la dos seus objetivos. Ao lidar com essas problemáticas, também pretendemos sugerir algumas formas para contornar as divergências. A atuação da administração no ambiente esportivo, especialmente no mundo fitness, pode ser estudada tendo por base diversas áreas de conhecimento, dentre essas, a gestão, a educação física e os recursos humanos. Por se tratar de um tema complexo, é possível também abrir o leque de possibilidades de análises, como questões relativas ao planejamento e ao gerenciamento. Ressaltamos a necessidade dessa temática no período que se apresenta, pois, as tensões do mundo fitness vêm crescendo na medida em que essa área se expande, o que demanda reflexões comprometidas.

Esse panorama será visualizado através de levantamento bibliográfico, contemplando os supracitados conceitos de maneira singular e articulada. O universo de pesquisa é, portanto, o mundo fitness, neste sentido, o público-alvo são os gestores, colaboradores e pesquisadores da área. As análises e conclusões aqui dispostas pretendem contribuir para o conhecimento desse campo de estudos, nesse sentido, o primeiro capítulo será composto por análises sobre mercado e gestão de academias no Brasil, ao passo que o segundo dissertará sobre gerenciamento de equipe. A pesquisa será realizada tendo por base esses processos. TÍTULO DA SEÇÃO (Desenvolvimento/Referencial Teórico) 2. Considerando as análises estatísticas produzidas, os supracitados autores concluíram que diversos motivos corroboram para o início e o abandono de práticas esportivas nos diferentes grupos investigados.

Partindo disso, Carmo et al. contribuem para a compreensão de como se dá a expansão das práticas esportivas no Brasil, ainda que, com certos obstáculos. O início das práticas está marcado por motivações, como a melhora no condicionamento físico ou atenção à saúde, para tanto, atuam, ao menos, dois tipos de motivações, as intrínsecas (como o desejo de conseguir o corpo perfeito) ou as extrínsecas (como a influência das mídias). As desistências também são frutos de diversos fatores, como as dificuldades para se alcançar o resultado esperado ou a falta de apoio familiar. Conhecer esses aspectos é fundamental para perceber qual o plano de fundo sobre o qual as práticas esportivas estão atuando no Brasil, os desafios que se apresentam e também as possibilidades.

Nesse cenário, surgem diversas propostas no campo das práticas esportivas, impactando não somente a performance dos atletas, mas variados setores, como o administrativo. Santos et al. contribuem para esse debate através de uma investigação sobre o mercado de academias ou mercado fitness. Dissertam sobre a constituição histórica desses mercados, revelando que, historicamente, academias centradas em diferentes nichos (como as generalistas ou de luta) possuíam como fundadores os profissionais da educação física e/ou empreendedores individuais dispostos a abrir negócios próprios. Enquanto a penetração no mercado brasileiro de academias era de 4%, nos Estados Unidos essa taxa era de 14% e, em Nova York, era de 33%. Com isso, executivos do setor acreditavam que ainda havia bastante espaço para crescer. SANTOS; et al.

p. grifo do autor). Revista ACAD Brasil, Ano 20, (3), p. Disponível em: https://www. acadbrasil. com. br/revistas-online/. br/revistas-online/. Acesso em: 21 de abr. No presente gráfico é possível perceber que o Brasil ocupa uma boa colocação entre os países com maior número de clientes, estando na quarta posição. Ainda que distante do primeiro lugar, ocupado pelos Estados Unidos, se encontra muito próximo do segundo e terceiro lugar ocupados, respectivamente, por Alemanha e Inglaterra, possuindo, ainda, boa vantagem em relação à França que está no quinto lugar. Esses marcadores são importantes para demonstrar a potência que esse nicho de mercado possui no Brasil, entretanto, agora vejamos o gráfico no qual o país demonstra a pior colocação dentre os aqui expostos.

As explicações para esse cenário passariam pelas crises econômicas e políticas, a desvalorização do real, além da redução dos preços provocada pela competição com os modelos low price. Essas circunstâncias seriam atravessadas com maior facilidade através do conhecimento de gestão, administração e empreendedorismo, bem como, de um cenário social, político e econômico favorável (ACAD, 2018). Partindo disso, na publicação feita pela ACAD (2018) tentou-se responder à questão: A crise político econômica ainda afeta o Brasil. Como os empresários do fitness estão reagindo? A resposta é a que segue: Há pelo menos quatro anos, essa crise tem afetado de forma contundente a indústria produtiva do país e com o mercado de fitness também é assim.

O que o empresário que tem conseguido se manter de pé nesse cenário tem feito é voltar ao ‘‘feijão com arroz’’, voltar ao básico, com uma visão empresarial direcionada aos itens essenciais de gestão da academia. Estes desafios requerem, em matéria de gestão, organização e desenvolvimento do desporto, novas atitudes e diferentes soluções, no sentido de serem criadas novas oportunidades para as futuras gerações de praticantes, técnicos, dirigentes e espectadores. A não ser assim, aqui fica o aviso, as actuais gerações de dirigentes hão-de ser responsabilizadas por não terem sido capazes de promover um modelo sustentado de desenvolvimento do desporto que não comprometesse as práticas desportivas das gerações futuras. PIRES; LOPES, 2001, p. Considerando esses elementos como importantes para a formação de um panorama sobre a gestão na área, investigaremos agora qual é o perfil dos gestores de academia fitness no Brasil, através das análises de Santana et al.

Esses autores buscaram estudar o que entendem como indústria do fitness no país, para isso, ressaltam que os estudos na área estão abordando diferentes aspectos desse segmento. Essa é uma prerrogativa importante para direcionar novos profissionais que pretendem construir suas carreiras baseadas em modelos de sucesso, com isso: [. diante do cenário apresentado, com as Academias tornando-se negócios cada dia maiores, atendendo maior público, com maior volume de receitas, investimentos e aumento da competitividade, as práticas administrativas e de gestão de negócios exigem gestores/profissionais com uma qualificação não apenas técnica e específica da área de educação física, mas outras competências que são encontradas nas escolas de negócios e administração. SANTANA, 2012, p. Dadas as referidas informações, Souza (2015) explorou o nível de satisfação de clientes de uma academia de musculação localizada em São José/SC.

Disserta que o número crescente de academias traz aos clientes inúmeras possibilidades de escolha, o que torna esse serviço alvo de maior seletividade. Com essas informações é possível contribuir para a percepção acerca dos pontos em que a gestão deve ter atenção, assegurando que os clientes permaneçam frequentando a academia. Com isso, como apontado pelo próprio autor ‘‘os dados obtidos podem contribuir para o processo de decisão e definição de estratégias de gestão da academia’’ (SOUZA, 2015, n. p. Vimos, portanto, que a administração e a gestão são elementos importantes para a construção de estratégias adequadas, nesse sentido, Bastos (2003) também contribui para o debate sobre a administração esportiva, considerando a área de estudos e pesquisa, além das perspectivas no Brasil.

Bastos (2003) reitera que o crescimento da administração esportiva no país nas últimas décadas é fruto do desenvolvimento econômico, cultural, social e político. Visto essas proposições, adentraremos em alguns setores importantes da administração esportiva para guiar ações efetivas, que impactem as academias e os centros de treinamento. Para tanto, traremos algumas noções sobre planejamento, apoiando-nos no que disserta Costa (1979). Segundo esse autor o planejamento é uma função da administração, dessa forma, precisa se guiar por certos preceitos, são esses ‘‘objetivos, diretrizes, planos, determinação de métodos e processos de trabalho, programação de tarefas, etc. ’’ (COSTA, 1979, p. Concordamos com essas afirmativas, já que traçar metas e objetivos sem pensar quais os passos serão tomados para alcançá-los é um esforço vago.

O organograma é um conjunto de retângulos – onde são comunicados os cargos administrativos – e em linhas, através dos quais são relacionados os fluxos de autoridade da organização. Trata-se de uma espécie de mapa da entidade para os administradores e constitui referência de informação para os participantes e outras pessoas interessadas na organização. O manual de organização da entidade, quando existe, inclui normalmente o organograma, com informações complementares sobre os propósitos da entidade (os objetivos são operacionais, variando no tempo, podendo ou não comparecer no manual), as descrições de funções, os fluxos mais importantes de informações, etc. COSTA, 1979, p. Tais artifícios, ainda que hoje possam ter outros formatos por conta das mudanças tecnológicas, são fundamentais para uma administração inteligente e focada nos objetivos e percursos.

Geralmente o grupo-tarefa é organizado com elementos de departamentos diferentes, visando um objetivo específico e especial que não se enquadra entre os objetivos de alcance normal desses departamentos. COSTA, 1979, p. Esses desdobramentos precisam estar conectados ao gerenciamento das atividades, Costa (1979) também disserta acerca do gerenciamento, localizando essa função como chave dos processos. Aponta que o gerenciamento não se encerra em si, mas deve estar conectado ‘‘com dimensões sociológicas, psicológicas, econômicas, etc. ’’ (COSTA, 1979, p. O trabalho em equipe potencializa a comunicação, a exposição de ideias, além de certos valores pessoais. O trabalho em equipe permite a solução de problemas mais eficientemente e com maior clareza, mas não se pode pensar que a resolução de problemas é simplesmente uma mera aplicação de técnicas segundo um roteiro padronizado.

Processos mentais e emocionais profundos são ativados, tanto no nível do indivíduo quanto no do grupo. São eles que determinam a qualidade dos resultados finais. As técnicas não fazem mais do que operacionalizá-los, enquanto o método garante a sua coerência global. O corpo de análise foi composto por 54 colaboradores de 13 empresas. Com a pesquisa puderam sugerir que os profissionais da área na cidade buscam reconhecimento e, em geral, aceitam as normas e os valores das organizações, bem como, primam pelo retorno financeiro (NEVES JÚNIOR; TOURINHO, 2011). Segundo os elementos do perfil motivacional encontrado nas três dimensões anteriormente citadas e sobre a atuação da gestão nestes termos, temos que: CMI → as organizações de fitness podem elaborar estratégias para que os colaboradores sintam que seu desempenho é reconhecido e valorizado.

Aproveitando, também, as ações e intenções orientadas a adquirir ou exercer poder sobre outras pessoas apresentados pelos estagiários, apresentando aos mesmos constantes possibilidades de crescimento pessoal. MPR → as organizações de fitness podem aproveitar a variável ANV para melhorar a conduta profissional de acordo com as metas da empresa. SORDI, 2017, n. p. Desse modo, a pesquisa aqui desenvolvida demonstrou, até então, algumas bases teóricas que sustentam o pensar científico da área da administração esportiva, perpassando por possibilidades e sugestões que podem orientar novas práticas. Além disso, foi possível contactar algumas pesquisas empíricas já desenvolvidas no campo, essas contribuem para a formação de um arsenal de experiências também passível de modificar práticas. No próximo subcapítulo adentraremos de maneira mais profunda no gerenciamento de equipes de academias e centros de treinamento, considerando, especialmente, estudos empíricos, descortinando a prática no Brasil.

O comando e o controle hierarquizados estão bem, obrigado, mas não se comparam à disciplina entre colegas e a autodisciplina que cria fuzileiros cujo comportamento é orientado por valores. KATZENBACH; SMITH, 2001, p. Nesse exemplo, também é possível perceber que a liderança não é restrita, mas se alterna entre a equipe, também demonstra que o diálogo pode ser estabelecido quando formas mais interessantes de ação aparecem. Tais apontamentos contribuem para a criação de uma ideia de que o gerenciamento de equipe pode ser vivenciado de diversas maneiras, porém tende a ser mais efetivo com certas prerrogativas. Considerando esses elementos seguem algumas experiências brasileiras acompanhadas de discussões pertinentes. Além disso, outra informação foi a seguinte: ‘‘Foram visualizados também escores superiores para os trabalhadores da área técnica quando comparados aos funcionários do setor comercial, com exceção nos princípios ‘‘Nosso sonho’’ e ‘‘Transparência’’.

BOAZ, 2016, p. O princípio que foi considerado mais importante dentre os dispostos no questionário dessa rede de academias de ginástica foi (considerando os dois setores pesquisados) o ‘‘Gente que gosta da gente’’. Os autores a partir de suas referências discorrem que ‘‘conhecer, cativar, servir e satisfazer as pretensões dos clientes demanda uma gestão sistemática de relacionamentos. ’’ (BOAZ, 2016, p. Vejamos algumas das conclusões encontradas: Através da pesquisa realizada foi possível verificar que a relação interpessoal no ambiente de trabalho pode impactar nos resultados da organização, pois o trabalho em equipe bem desenvolvido através de métodos de gestão eficaz resulta no sucesso da organização, aumentando o desempenho e a motivação dos colaboradores. Assim, para solucionar os problemas que surgem sugere-se que a discussão em equipe, através da comunicação eficaz, onde todos tenham acesso às informações necessárias, com transparência e clareza.

O objetivo é fazer com que a equipe participe, opine, fortalecendo o trabalho e chegando ao bom desempenho das atividades, o que resulta em melhorias para a organização e os funcionários. FONSECA; et al. n. Assim, não basta ter, tem que ser. Ser mais humilde, mais tolerante, mais digno, mais honesto, mais alegre, mais verdadeiro, mais amigo, mais companheiro, mais leal, mais carinhoso, mais solidário, pois não sabemos quanto irá durar tudo o que sonhamos e construímos ao longo do tempo. Quando somos diferentes em pensamentos e ações, nos tornamos melhores seres humanos e melhores cidadãos na vida profissional e pessoal. FONSECA; et al. n. Os supracitados autores ressaltam que as respostas obtidas com a pesquisa são condizentes com o que apresenta a gestão esportiva e a administração a respeito das competências dos gestores.

Esses resultados auxiliam na formação do campo de estudos e mesmo na formação profissional nesses setores. Pensando a área específica de gestão de pessoas e liderança Mello e Silva (2013, p. dissertam que: Essa gestão implica em dominar conhecimentos sobre gestão de pessoas; ter habilidade para liderar, tem bom relacionamento interpessoal e ter autocontrole ou temperança; a esses conhecimentos e habilidades estão ligadas as atitudes de saber delegar, realizar gestão participativa, fazer mediação, ter empatia, saber prestar atendimento às pessoas e apresentar postura profissional. A liderança precisa, nesse sentido, seguir certos princípios, pensar o compartilhamento responsável das ações, comunicar de maneira eficaz o que se espera dos colaboradores e preocupar-se com as necessidades e anseios desses (MELLO; SILVA, 2013).

Como pudemos perceber até aqui, as organizações podem ser orientadas seguindo diversas perspectivas, contudo, as pessoas são o bem ativo mais precioso e formas de conformar positivamente esses elementos são constantemente pensadas. Nesse sentido, vejamos um pouco das contribuições do modelo de gestão por competência, que surgiram na Europa nos anos 1980. Mello e Silva (2013) informam que esse modelo já é mais eficiente que o modelo de qualificação. Essa prerrogativa é apontada tendo em vista que os saberes escolares e técnicos não importam por si mesmo, mas sim através de sua mobilização. Nesse sentido, [. Seguindo essa perspectiva, Motta e Moraes (2017) realizaram uma investigação sobre o mundo fitness, especialmente voltada para academias de ginástica e musculação. A pesquisa foi composta visando demonstrar as pressões que o mercado do mundo fitness vêm sofrendo pelo aumento de concorrência, especialmente por franquias.

Nesse sentido, podemos perceber que esse é um trabalho que contempla as problemáticas atuais do setor no Brasil e, por isso, merece atenção especial. Partindo disso, Motta e Moraes (2017, p. pretenderam ‘‘propor uma matriz de atributos de serviços e de desempenho considerada relevante sob a ótica dos gestores de academias, profissionais e clientes para a melhoria do desempenho e da competitividade dessas empresas. Aliado a isso, é necessário um esforço de compreensão do mercado e das estratégias passíveis de ser empregadas. Assim, ainda que a tecnologia possa auxiliar em boa parte do processo de gestão, se faz necessário avaliar, compreender e agir sobre os indicadores apontados. Em relação aos colaboradores e clientes, Motta e Moraes (2017, p. realizaram alguns levantamentos de perfil, são esses ‘‘95% dos colaboradores têm menos de 36 anos, assim como 75% dos clientes, ou seja, a maioria das pessoas que frequenta as academias tradicionais ainda é muito jovem.

Outro fator relevante das investigações foi de que o preço baixo não é o ponto mais relevante da competitividade. sobre tendências e estratégias gerenciais em academias, trabalho no qual se concentram, especialmente, em compreender o perfil de coordenadores da cidade de Videira/SC. Nesse artigo é possível encontrar algumas indicações acerca dos processos de gerenciamento de equipes e estratégias. Os autores relembram que: O profissional deve fazer parte do processo como um todo, tendo ciência e participação da Missão, Visão e Objetivos da academia. Ele deve entender e saber todos os processos, desde a posição da academia no mercado, aos procedimentos adotados de limpeza e manutenção dos equipamentos. LIMA; et al. O bom atendimento, portanto, é um dos fatores que diminuirá a chance de desistência dos alunos, o que justifica, novamente, uma gestão de caráter profissional.

O coordenador da academia, portanto, é o gestor de uma empresa que precisa pesar as formas de trabalhar com o mercado e com o cliente, estando ciente das diferenças intrínsecas a cada uma dessas dimensões. Os gestores que serão responsáveis pelas instruções e pelas orientações, bem como, por estímulos e incentivos que podem refletir no desempenho do trabalho. Lima et al. salientam, ainda, que o gestor precisa estar atento para que o trabalho dos colaboradores não seja realizado de forma mecânica, pois isso resultaria em um trabalho com ações irrefletidas. Pensar em metas a serem alcançadas, compartilhando planos, experiências e responsabilidades é um processo árduo, portanto, o treinamento é uma das estratégias. Volpe e Lorusso (2009) estudaram a importância do treinamento para o desenvolvimento do trabalho.

Dessa forma, essas autoras pontuam que ‘‘as pessoas são o único recurso de uma organização capaz de autodirecionamento e de desenvolvimento. ’’ (VOLPE; LORUSSO, 2009, p. Com isso, pensar os sujeitos envolvidos nos processos empresariais é investir no crescimento. VOLPE; LORUSSO, 2009, p. Tendo por base essa estratégia vejamos algumas indicações do cenário brasileiro acerca dos profissionais que compõe o corpo de trabalho das academias no Brasil. Silva et al. investigaram o perfil profissional de personal trainers que atuam nas academias de Teresina/PI. O trabalho teve caráter descritivo-exploratório e teve como espaço de pesquisa academias grandes e médias, tendo como corpo de pesquisa 60 profissionais. As conclusões dos autores considerando os resultados da pesquisa demonstram que a preocupação com o treinamento na cidade de Teresina é recente.

Ainda assim, os profissionais demonstraram ter consciência a respeito da importância das instâncias de conhecimento para as instâncias profissionais. Silva et al. demonstram o reconhecimento da área ocupada pelos personal trainers nos âmbitos da educação física e, para além das preocupações estéticas e esportivas. Esses profissionais já atuam em diferentes setores, como na promoção da saúde e do bem-estar. O mercado de trabalho necessita de profissionais flexíveis e versáteis, para tanto, faz-se necessário que os profissionais e estudantes desenvolvam uma atitude científica, com o intuito de entender a natureza dinâmica do conhecimento e a necessidade de uma constante atualização como garantia da valorização e desenvolvimento profissional. SILVA; et al. p. Agora vejamos a experiência da cidade de Monlevade/MG.

Pereira e Paula (2007) realizaram uma pesquisa sobre o perfil profissional de instrutores de musculação em academias. Ainda assim, a maioria dos respondentes disseram estar preparados para exercerem a profissão e conhece as leis referentes ao campo, o que pode indicar certas dinâmicas que fogem às práticas educacionais tradicionais. É satisfatório a constatação de que grande parte dos entrevistados consideram-se preparados para atuar no mercado e que a grande maioria possui conhecimento das leis que regem a profissão, pois assim percebemos estar diante de profissionais capacitados a estarem atuando de forma competente no mercado. Sabe-se que é de fundamental importância que o profissional tenha uma base de conhecimentos consistentes que suporte necessário para a sua atuação profissional, mas ficou claro que boa parte dos entrevistados encontram-se insatisfeitos com a disciplina musculação oferecida pelos cursos de Educação Física.

PEREIRA; PAULA, 2007, p. O que se apresenta a partir dessas concepções é uma necessidade de que as instituições repensem currículo e conteúdo, adequando-se, na medida do possível, às demandas do mercado. Sobre atuação profissional, 94,11% dos profissionais programam suas aulas/treinamento, 41,17% renovam o programa de treino mensalmente e 45,45% relataram que o objetivo principal de seus clientes é estético. Portanto, observa-se que há uma necessidade de uma maior atuação por parte dos órgãos fiscalizadores, Conselho Regional/Federal de Educação Física (CONFEF/CREF) sobre a atuação na área que deve ser específica a profissionais graduados em Educação Física ou provisionados pelo CREF. A profissão de personal trainer em Gurupi-TO necessita de uma maior fiscalização pelo sistema CONFEF/CREF para aumentar a atuação de profissionais com formação em Educação Física.

A população de jovens profissionais atuando na área e a falta de capacitação profissional demonstram que a qualidade desse serviço a essa comunidade deve aumentar de qualidade através da capacitação desses profissionais e maior atuação do sistema CONFEF/CREF na região. LEAL; et al. p. grifo do autor). O feedback pode ser percebido como uma ponte de diálogo estabelecida e através dele se percebe e analisa os desenvolvimentos, as falhas e as possibilidades. Assim ‘‘O feedback pode ser negativo ou positivo, porém ambos são necessários para o crescimento do profissional e da empresa. ’’ (CONSONI, 2010, n. CONSONI, 2010, p. Nesse momento podemos perceber que algumas das estratégias e possibilidades aqui apresentadas podem ser articuladas, por esse viés, o feedback deve ser aliado à liderança.

Como aponta Consoni (2010, p. ‘‘O desenvolvimento da prática do feedback pelo líder, é um indicador de autodesenvolvimento que auxilia na formação de equipes engajadas e comprometidas com os objetivos. O feedback é gerador de um trabalho bem direcionado e que promove novas possibilidades, sendo uma estratégia positiva. Como ferramentas, utiliza-se o feedback e a avaliação de desempenho. É fato, que estes dois instrumentos de gestão proporcionam, para ambas as partes, um maior nível de assertividade em meio às intempéries que possam ocorrer no cotidiano em uma organização em continua expansão. CONSONI, 2010, p. A fim de compreender de maneira mais ampla essas dimensões, Consoni (2010) realizou um levantamento com 40 indivíduos na cidade de Assis/SP que atuam em pequenas, médias e grandes empresas.

Com as respostas obtidas a autora identificou a existência do feedback no cotidiano de trabalho. Assim, preocupar-se em compreender essas nuances é um aspecto que pode passar desapercebido. Porém, a partir do momento que uma relação de diálogo é concebida as oportunidades de dialogar e empregar o feedback se tornam possíveis, positivando as experiências e compartilhamentos. No cenário empresarial a posição da liderança é fundamental, mas como foi possível perceber esse dispositivo pode e deve ser utilizado de maneira a estreitar laços. O feedback é importante também no seguinte sentido: ‘‘para o desempenho e aprimoramento das habilidades de um indivíduo pois, através dele, pode construir um plano de carreira em uma empresa ou planejar o seu plano pessoal a curto ou a longo prazo.

’’ (CONSONI, 2010, p. n. p. A metodologia de trabalho foi o estudo de caso, com técnicas descritivas e de viés qualitativo, realizada através de questionários dos quais foram coletados os dados para a análise. Quanto aos resultados: Os resultados do estudo mostram que a empresa utiliza a rede social informal diariamente como principal forma de marketing antes mesmo da inauguração, demonstrando grande facilidade de divulgação devido à quantidade de pessoas que atinge. SILVA; et al. As conclusões apresentadas por Silva et al. foram no sentido de perceber e ressaltar a importância das redes sociais, especialmente para a gestão de pessoas e para o marketing, aqui já discutido. Corrobora com isso os gastos com a internet e as redes sociais, que são baixos e atrativos, o que gera minimização de gastos e maximização de resultados.

Além disso, outro aspecto que é fomentado com o uso das redes sociais é a motivação que inspira o clima da empresa e promove interação entre o pessoal profissional e os clientes. Todas essas contribuições podem ser convertidas em estratégias de gestão no campo da administração esportiva. Com isso, os trabalhos dos diversos níveis acadêmicos precisam de um ‘‘controle de qualidade’’, ao passo que novas entidades científicas sejam criadas. No Brasil, ainda nos encontramos em um estágio bem inicial em termos de formação acadêmica e pesquisas científicas na área de gestão do esporte. O fato de nosso país sediar megaeventos esportivos pode fomentar o desenvolvimento da gestão esportiva tanto como área de intervenção profissional, quanto como área acadêmica.

ROCHA; BASTOS, 2011, P. É importante perceber que Rocha e Bastos (2011), escreveram esse trecho em um período anterior aos grandes eventos esportivos que aconteceram no país. CONSIDERAÇÕES FINAIS O trabalho aqui desenvolvido possuiu como objetivo principal analisar a importância da administração esportiva, especialmente no gerenciamento de equipes, considerando os desafios e os potenciais dessas práticas. Para tanto, foi empregada uma revisão da literatura na área a fim de perceber os desafios e os potenciais que se impuseram na consolidação da área no Brasil, tanto na teoria, quanto nos desdobramentos práticos. Com isso, foi possível conhecer definições fundadoras do campo de estudo da administração esportiva, pensando na construção de reflexões que são passíveis de impactar nos espaços profissionais.

A presente pesquisa ofereceu algumas implicações importantes para pensar a administração esportiva, através da articulação de estudos, das problemáticas e de ambientes diversos, portanto, diversas conexões foram estabelecidas, o que produziu uma revisão propositiva. As contribuições de ordem teórica ocorreram de maneira a conhecer e a reconhecer estudos da área, especialmente relativos à gestão de academias e centros de treinamentos e à gestão de pessoas na contemporaneidade. Inserir essas problemáticas no mundo acadêmico é outra prerrogativa importante, estar presente nos âmbitos acadêmicos é uma parte necessária do processo, pois, a partir disso, novas práticas podem ser adotadas nas academias e nos centros de treinamento. Ao se fazer presente nesses espaços, ocorrerá um impacto na qualidade dos serviços oferecidos e, consequentemente, na satisfação dos clientes e harmonia no ambiente de trabalho.

Por fim, como é possível perceber, trabalhos isolados não são garantia de resultados significativos e de larga escala, por isso, alianças entre diversas áreas do conhecimento precisam ser estabelecidas, possibilitando melhores oportunidades para todos os setores atingidos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Associação Brasileira de Academias. agosto). n. p. Disponível em: https://periodicos. ufsc. br/index. Motivos de início e abandono da prática esportiva em atletas brasileiros. HU Revista, v. n. p. out. s. n. n. p. FREITAS, Letícia C. SMITH, Douglas K. Inrodução. In: Equipes de alta performance: conceitos, princípios e técnicas para potencializar o desempenho das equipes. Tradução por Edite S. S. dez. Disponível em: http://ojs. unirg. edu. br/index. Disponível em: http://www. podiumreview. org. br/ojs/index.

php/rgesporte/article/view/197/pdf. n. p. MOCSÁNYI, Vinícius; BASTOS, Flávia da C. Gestão de pessoas na administração esportiva: considerações sobre os principais processos. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte, Ano 4, n. p. jan. mar. Disponível em: https://www. scielo. abr. Disponível em: http://www. podiumreview. org. br/ojs/index. jan. abr. PEREIRA, Rodrigo G. PAULA, Alexandre H. de. da. BASTOS, Flávia da C. Gestão do esporte: definindo a área. Ver. Bras. de. Gestão de academias e mercado fitness. In: MAZZEI, L. C. BASTOS, F. Podium: Sport, Leisure and Tourism Review, v. n. p. jan. jun. php/rac/article/view/1299/pdf. Acesso em: 20 de abr. SILVA, Francisca I. C. da. br/index. php/rbpfex/article/view/1043/834. Acesso em: 22 de abr.

SILVA, Nathalya R. S. unipampa. edu. br/uploads/evt/arq_trabalhos/17115/seer_17115. pdf. Acesso em: 07 de maio. SOUZA, Rafael D. de. Nível de satisfação de clientes de uma academia de musculação localizada no município de São José/SC. Trabalho de Conclusão de Curso (bacharelado em Educação Física) - Universidade do sul de Santa Catarina, Palhoça, 2015. VOLPE, Renata A.

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