Brasil Colônia

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:História

Documento 1

Como referenciais teóricos foram utilizados livros como Escravos, Roceiros e Rebeldes (2001) de Stuart B. Schwartz e Casa Grande e Senzala (2003) de Gilberto Freyre. Sob o comando da metrópole portuguesa, a colônia brasileira foi explorada em diversos setores, no que tange a economia, Portugal possuía a exclusividade de ‘negociar’ com o Brasil, tendo como base, o Pacto Colonial, no qual consiste em uma série de regras impostas pela Coroa garantindo sua exclusividade nos negócios da colônia. De acordo com Boris Fausto (1996, pág. acerca desta exclusividade, “em termos simplificados, buscava-se deprimir, até onde fosse possível, os preços pagos na colônia por seus produtos, para vendê-los com maior lucro na metrópole”. o engenho ou fazenda do período colonial é resultado de todos os acontecimentos ocorridos para o aproveitamento e povoamento do território colonial.

O engenho era posse de grandes proprietários rurais, sendo denominados de Senhores de Engenho, nos quais utilizavam deste ambiente visando à exportação do açúcar e uma maior obtenção de lucros. É importante ressaltar que os Senhores de Engenhos eram pessoas ricas, nas quais detinham o poder e terras. De acordo com Schwartz (2001, pág. a cana-de-açúcar necessitava de condições essenciais para a produção do açúcar, como cita: Além de exigir terras boas e clima especial, também exigia grande investimento em prédios e equipamentos, e um grande contingente dedicado à atividade contínua e pesada durante certos períodos do ano. De acordo com o jesuíta André João Antonil (1711): O ser senhor de engenho, é título, a que muitos aspiram, porque traz consigo, o ser servido, obedecido, e respeitado de muitos.

E se for, qual deve ser, homem de cabedal, e governo, bem se pôde estimar no Brasil o ser senhor de engenho, quanto proporcionadamente se estimam os títulos entre os fidalgos do Reino (ANTONIL, 1711). É perceptível a submissão dos membros do engenho para com o Senhor, bem como sua família, visto que, a sociedade era considerada patriarcal, ou seja, todo o poder era concentrado nas mãos dos homens. A esposa possuía uma vida social voltada para a Igreja e diálogos com as escravas, sendo totalmente restrita a outros meios, como o educacional. Além de ser utilizada para a procriação, seus serviços eram domésticos, como corte e costura. Além disso, a comercialização com o mercado, era em partes, liberada.

Com isso, teriam uma chance de melhoria nas condições de vida, visto pelos escravos, como uma “brecha” na escravatura. Dentro deste contexto, percebe-se a flexibilidade existente nos engenhos. Na questão social, os senhores de engenho estipulavam uma hierarquia entre os trabalhadores, onde alguns escravos possuíam cargos específicos, como o de supervisor. Esta prática visava a produção e a cooperação dos subordinados, visto que, os mesmos se esforçavam para disputar tais cargos. Trabalhadores livres e escravos trabalhavam juntos. É de se imaginar que os primeiros eram considerados superiores aos segundos. Contudo, a ascensão social era rara para ambos. Algo comum era o fato de muitos escravos conseguirem alforria e tornarem-se trabalhadores livres, tendo isto em vista, percebe-se que a categoria de trabalhador livre era vista pelo escravo como uma forma de elevação na sociedade açucareira.

CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir do presente ensaio foi possibilitada a compreensão acerca da sociedade dos engenhos de açúcar no período colonial. Inclusive, sua inserção na sociedade de “brancos” era muitas vezes impossibilitada pela grande burocracia. Ser escravo do engenho compreendia toda a base da produção de açúcar. Como foi citado no decorrer deste, a classe dos escravos era a maioria dos trabalhadores dentro dos engenhos, desempenhando praticamente todas as funções e movendo a grande economia da Colônia. Embora fossem os maiores ‘colaboradores’ para o acúmulo de riqueza dos seus senhores, os escravos não recebiam salários em troca ou como reconhecimento, apenas eram alimentados, vestidos e abrigados em péssimas condições. Afirmo que ser escravo nos engenhos significava perder a alma para os senhores.

São Paulo: Global editora, 2003. JUNIOR, Caio Prado.  Formação do Brasil Contemporâneo. São Paulo: Brasiliense, 2004. JUNIOR, Luiz Alexandre Teixeira. São Paulo: Companhia das letras, 1988.

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