Bioética e Bioética Global

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Filosofia

Documento 1

Padre Leo Pessini, bioeticistai, explica que: “tal era teve início com a descoberta da dupla hélice do DNA (Watson e Crick, em 1953), o que inaugurou entre nós a chamada “era genômica”. Este progresso técnico-científico veio com promessas de “revoluções milagrosas”. Mas, com esses avanços há também, sérias questões e inquietudes: “relacionadas ao futuro da vida no planeta e à manipulação e à vulnerabilidade da identidade do ser humano nesse contexto”. Desta forma, pode-se falar do aumento no dicionário, de palavras que se inspiram em “bios”: biologia, biogenética, biogenômica, bioterrorismo, bioerro, biopoder, bioestatística, biocombustíveis, biodiesel, biodegradáveis (produtos), biogerontologia, biodiversidade, biociência, bioenergética, bioenergia, bioengenharia, bioequivalência, bioestatística, biofísica. Com este emaranhado em torno da ‘bios’, tornou-se necessário e indispensável um ramo do conhecimento que chamasse a atenção para novas responsabilidades, a Bioética.

A sociedade era dividida em castas e era, de certa forma, piramidal. Os médicos estavam no topo da pirâmide, oposto à base, onde estavam os escravos, e eram como semideuses, por sua posição, eram ‘melhores’ que os demais e eram considerados “pais’, ao que chamamos atitude paternalista. Na sociedade moderna, em geral, prevalece a democracia, onde as decisões principais são tomadas em conjunto, através de consultas públicas. Há igualdade de direitos entre as pessoas, mesmo que economicamente, haja um abismo entre ricos e pobres. O que isto implica no que tange à Bioética? Em termos de Medicina, os médicos que hoje adotam o “paternalismo”, são os que não respeitam a autonomia de seus pacientes. JUNQUEIRA, 2007, p. Desta forma, estamos diante de uma nova vida com características próprias que deverão ser consideradas no decorrer de sua existência, sempre que se exigir a necessidade de uma intervenção.

Sobre os princípios da Bioética JUNQUEIRA (2007, p. afirma que os princípios foram propostos primeiro em 1978: “no Relatório Belmontii, para orientar as pesquisas com seres humanos e, em 1979, Beauchamps e Childress, em sua obra Principles of biomedical ethics, estenderam a utilização deles para a prática médica. ” São eles: beneficência/não maleficência; autonomia e; justiça. Como exemplo, podemos citar a proibição de fumar em local público. A proibição pode ir contra o princípio de autonomia e liberdade da pessoa fumante, mas, antes de sua liberdade individual, está o bem dos não fumantes que tem que ser respeitado. Dilemas bioéticos da atenção básica Muitos dos dilemas que hoje vivemos foram construídos na história.

O cartesianismo, por exemplo, método estabelecido por Renê Descartes, no século XVII, propõe a fragmentação do saber, a divisão do todo para ser estudado em partes. No campo da medicina, a pessoa deixa de ser vista em seu todo. Esta seria uma proposta de Van Rensselaer Potter, que critica a visão principalista por restringir-se basicamente ao âmbito das intervenções biomédicas. As principais características da bioética potteriana: 1) Orientada para o futuro: para se evitarem desastres, tais como guerra nuclear ou catástrofes ecológicas, necessitamos desenvolver visões positivas do futuro. O objetivo último da bioética para Potter é a sobrevivência da humanidade a longo-prazo. Interdisciplinaridade: os problemas da humanidade são multidimensionais, e enfrentá-los implica que temos de relacionar diversos tipos de conhecimento, de diferentes disciplinas, tais como biologia básica, ciências sociais e humanidades.

Os seres humanos são parte da natureza (meio-ambiente): eles são parte do ecossistema que inclui solo, água, plantas e animais. Segundo esta visão, é necessário implementar uma perspectiva integrativa que não particularize um ou outro aspecto apenas. Propõe ainda, que se acrescente a isto uma perspectiva de transcendência. A vida deve ser considerada em primeiro lugar: “Começa-se a falar em “bioéticas” no plural, mais do que bioética no singular, pois estamos hoje diante de um pluralismo de visões e paradigmas de bioética”. PESSINI, 2019, p. Quais valores éticos comungamos, e em que perspectiva ética nos situamos? Questiona. Seriam injustiças e iniquidades sociais no âmbito da saúde e assistência aos vulneráveis: O desafio está em promover uma agenda para a justiça global antes de focar prioritariamente tecnologias sofisticadas ou questões complexas de tecnologia de última geração (bioética clínica).

É preciso desenvolver uma bioética que se concentre nas questões estruturais de injustiça, marginalização e exploração das populações mais vulneráveis. Os que se beneficiam da globalização hoje são uma minoria abastada, enquanto há o empobrecimento espantoso de milhões de pes­soas. E a bioética, de cunho global nesse contexto, não teria algo a dizer, a inspi­rar ou a fazer? (PESSINI, 2019, p. CONCLUSÃO Concordo com a visão de uma Bioética mais ampla, pois a vida humana é um complexo que envolve todas as áreas do pensamento e conhecimento. L. P. Bioética e ética profissional. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2007. LAUDATO SI: Carta encíclica do santo padre Francisco sobre o cuidado da casa comum.

101 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download