BENEFÍCIOS E MALEFÍCIOS DA ENERGIA EÓLICA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Biologia

Documento 1

A orientadora Prof. ª Me Milena Moura Régis, que além de transmitir seus conhecimentos, direcionou-me para que este trabalho fosse concluído com o êxito. Aos docentes e colegas de Curso, que juntos trilhamos mais uma importante fase de nossas vidas. AGRADECIMENTOS À UNINOVE, à direção, à administração, às equipes operacionais e, principalmente, a todo seu corpo docente, que contribuiram para o meu crescimento acadêmico, pessoal e profissional, em especial: Anderson Sena Barnabé, André Corrêa de Carvalho, Ana Paula do Nascimento, Armando Luís Serra, Carlos João David, Cleber da Silva Costa, Elaine Priscila Gomes Estevam Biemann, Fábio Vitório Sussa, Felipe de Moura Messias, Maria Solange Franco, Marcilei Eliza Buim, Nicolas Lavor de Albuquerque, Renato Ribeiro Nogueira Ferraz, que realizam seu trabalho com seriedade e qualidade.

À minha orientadora, Profª. Os artigos levantados serão cuidadosamente analisados para verificar a adequação com o objetivo desse trabalho. Os dados serão tabulados considerando o ano de publicação, o local de realização do estudo; os principais conceitos teóricos; informações sobre a importância e aspectos positivos e negativos da geração de energia eólica, além das conclusões e principais observações dos autores levantados. Palavras-chaves: Sustentabilidade; Relações Ecológicas; Energia Eólica; Energia Renovável. ABSTRACT The exploitation of natural resources led the human population to new discussions about paradigms that permeate the clash of economic growth versus the protection of nature. On the problems of environmental degradation over the past years, the human population has opted for more sustainable energy sources.

As fragilidades do Sistema Eólico 16 5. Distribuição da Energia Eólica na Matriz Brasileira 18 5. Benefícios da produção de energia eólica 20 5. Ambientais 21 5. Socioeconômicos 23 5. Conforme Agenda 21 (1992), produzida na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, as tecnologias ambientalmente saudáveis protegem o meio ambiente, são menos poluentes, usam todos seus recursos de forma mais sustentável, reciclam mais seus resíduos e produtos, tratamos os dejetos residuais de uma maneira mais aceitável do que as tecnologias que vieram substituir. Nesse contexto, nos últimos anos, buscando fontes de energia mais sustentáveis, alguns países engajaram-se no desenvolvimento e expansão de parque industrial de energia eólica, dando incentivos e subsídios ao setor, estimulando o crescimento e o desenvolvimento tecnológico, criando recursos a ponto de fixar a energia eólica no mercado mundial com qualidade e confiabilidade (TERCIOTE, 2002).

Conforme Empresa de Pesquisas Energética (EPE, 2017), abaixo mostra o balanço energético nacional efetuado em 2017 com ano base 2016, apresentando índice em porcentagem, da oferta de energia elétrica por fontes no Brasil: biomassa 8,2%, carvão e derivados 4,2%, derivado de petróleo 2,4%, eólica 5,4%, gás natural 9,1%, hidráulica 68,1%, nuclear 2,6%, solar 0,01%. Cabe mencionar que a energia eólica é produzida pelo vento, que movimenta uma turbina, esta produz 800 kW/h de energia em média. Enquanto as placas fotovoltaicas utilizam a radiação solar, por meio de um painel que produz 35 kW/h no Brasil (ANEEL, 2008). Levando em consideração que a energia eólica representa a alternativa que mais vem sendo explorada ao longo destes últimos anos, este fato se torna preocupante. Uma vez que, cresce no Brasil, cada vez mais, o número de parques e instalações eólicas, o desconhecimento, em especial, dos malefícios desta tecnologia, pode contribuir para o aumento da degradação ambiental, interferindo no equilíbrio dos ecossistemas e, consequentemente, na capacidade de suporte do planeta.

Tal aspecto justifica o desenvolvimento deste projeto que busca não só fornecer informações relacionadas as vantagens, mas, também, as desvantagens da implantação de aerogeradores para produção da energia eólica. OBJETIVOS O presente trabalho tem por objetivo investigar e demonstrar os principais benefícios e malefícios da instalação de aerogeradores, para a produção de energia eólica. De modo a identificar os impactos positivos e negativos do uso desta alternativa energética, considerada uma fonte de energia renovável e limpa. As informações coletadas, após submetidas a análise, foram apresentadas de forma clara e coerente, para um melhor entendimento do leitor. Os dados apresentados levaram em consideração os relatos, observações e conclusões dos autores utilizados para o desenvolvimento da pesquisa bibliográfica.

REVISÃO LITERÁRIA 5. Energia Eólica A energia eólica pode ser definida como a energia cinética existente nas massas de ar, em constante movimento (o vento). Sendo considerada uma fonte energética renovável, devido a produção de energia ser obtida por meio da força dos ventos, que correspondem a um recurso natural e considerado, inesgotável, uma vez que, se encontra permanentemente disponível, em qualquer região (SOARES, 2010). A geração de energia eólica pode ser classificada de acordo com a localização da instalação, podendo ser onshore (em terra) ou offshore (marítima). A segunda categoria representa uma das grandes tendências em países com pequena extensão territorial, que não apresentam espaços disponíveis para instalações em terra (TOLMASQUIM, 2016).

As fragilidades do Sistema Eólico Um sistema eólico é composto por aerogeradores de eixo horizontal ou vertical, seu funcionamento eficiente está diretamente ligado a sua estrutura básica e aos elementos essenciais para a geração de eletricidade: a presença de correntes de ar, a torre, as pás, o rotor, a nacele, o gerador e em alguns casos, a caixa de engrenagem (TOLMASQUIM, 2016). Figura 1 – Componentes básicos de um aerogerador Fonte: SOARES (2015, p. A corrente de ar representa o principal recurso deste tipo de energia e sua origem está diretamente relacionada as variações das pressões de ar, que podem ser formadas por meio da radiação solar e/ou das fases de aquecimento das massas ar (SANTOS et al. Por esta questão, estes elementos devem apresentar uma relação aceitável entre as forças de sustentação e de arrasto (SOARES, 2015).

O rotor representa o elemento mais característico do sistema eólico e o mais crítico do aerogerador, sendo um fator importante e determinante no desempenho geral, incluindo a captura de energia eólica e o controle da turbina (TOLMASQUIM, 2016). Segundo Santos et al. a configuração do rotor pode, portanto, influenciar diretamente no rendimento global do sistema, porém, a vida útil deste elemento dependerá dos esforços e das condições ambientais a que será submetido ou inserido (SANTOS et al. A torre pode apresentar uma altura igual ou superior a 50 metros, dimensionada para suportar cargas significativas, bem como para resistir a condições naturais variáveis ao longo de sua vida útil, que pode alcançar cerca de 20 anos (CASTRO, 2017). CGH 236 266 308 398 484 0,3 Usinas Nucleares 2. Usinas Eólicas 1. Solar 2 5 15 21 24 0,0 Fonte: EPE (2016, p.

A Tabela 2 demonstra o aumento na geração de energia elétrica por parte das usinas eólicas, que, primeiramente, apresentou um pequeno crescimento entre os anos 2012 e 2013. Posteriormente, passou a evoluir praticamente o dobro de sua capacidade de geração, entre os anos 2014, 2015 e 2016. Nuclear 16. Biomassa 34. Eólica 5. Outras 10. Fonte: EPE (2016, p. Centro-Oeste 0 10. Fonte: EPE (2017, p. Além disso, até o ano de 2015, estavam em operação cerca de 281 parques eólicos e 144 parques em fases de construção (SOUSA JÚNIOR, 2015). Atualmente, no início do ano de 2017, o Brasil já se aproxima de 500 instalações, com aproximadamente 459 usinas eólicas, quase o dobro das unidades em operação em 2015 e praticamente quatro vezes mais que as instalações existentes no ano de 2013, que correspondiam a 86 unidades (MME, 2017). Dados mais recentes do MME (2018) relatam já existir cerca de 534 parques eólicos em funcionamento, contando com aproximadamente com 6,6 mil aerogeradores, em predominância nas regiões Nordeste e Sul do país, correspondendo a 8,5% da potência instalada no território nacional.

De acordo com Tercioti (2002), por exemplo, uma turbina de 600kW, implantada em uma região favorável é capaz, dependendo do regime do vento e da capacidade do aerogerador, evitar a emissão de 20. a 36. toneladas de CO2, equivalente à geração convencional, durante o seu período de vida útil, estimado em 20 anos. Neste cenário, é possível observar exemplos claros de empresas como a Honda, que para reduzir sua emissão de CO2, diversificou sua matriz energética e buscou apostar na alternativa eólica. Até 2017, registrava em seu parque eólico mais de 15 mil toneladas de CO2 a menos emitidos na atmosfera, o que demonstra a potencialidade desta fonte e o seu grande impacto positivo, direcionado a significativa redução na emissão de GEE (BRAZIL WINDPOWER, 2017). Carvão 3. Fonte: Ferreira (p.

Socioeconômicos A implantação de energia eólica é capaz de proporcionar benefícios socioeconômicos e estratégicos, como o aumento da independência energética nacional, surgimento de oportunidades de emprego, diversificação e segurança no suprimento de energia, suporte na reestruturação do mercado energético e redução da dependência dos combustíveis importados (VILLALVA; GAZOLI, 2012). O crescimento do setor eólico pode gerar cerca de 50 mil empregos, colaborando assim, diretamente para a economia do país (PORTAL BRASIL, 2017). Já de acordo com Simas e Pacca (2013), a energia eólica pode vir a gerar mais de 195 mil empregos-ano até 2020. Além disso, os parques eólicos ocupam menos de 10% da área total da propriedade, o que pode favorecer o desenvolvimento de outras atividades econômicas na área, como a agricultura e a pecuária.

Não há problemas relacionados a despejos, uma vez que, os proprietários das terras não são desalojados, recebem uma quantia, mensal ou anual, favorável pelo arrendamento do terreno. Esta quantia atua na diversificação da renda do proprietário e permite o reinvestimento na propriedade ou nas atividades econômicas desenvolvidas por este (SIMAS; PACCA, 2013). Por esta questão, acredita-se que a energia eólica possa contribuir para o desenvolvimento sustentável dos municípios brasileiros, principalmente, de comunidades rurais e/ou locais com baixo desenvolvimento econômico, como o interior da Bahia e do Rio Grande do Sul, ou ainda o litoral e interior do Nordeste (SIMAS; PACCA, 2013). Malefícios relacionados a instalação e geração de energia eólica A energia eólica constitui uma fonte dependente de fenômenos da natureza, em especial, das correntes de ar, de forma que, na ausência deste recurso, não há como gerar energia (FERREIRA, 2008).

Já as espécies vitimadas pelo impacto em torres de antenas, o número estimado é de 287 pássaros mortos na Alemanha (TERCIOTI, 2002). Entretanto, acredita-se que o pior caso de colisão de aves com aerogeradores eólicos tenha ocorrido em Tarifa, na Espanha, ao final de 1993. A instalação de 269 turbinas eólicas nas principais rotas de migração de pássaros da Europa Ocidental, que não levou em consideração a migração de aves, foi responsável por um alto índice de mortalidade, em especial, de muitas espécies ameaçadas de extinção (TERCIOTI, 2002). Já dados mais recentes apontam que as turbinas eólicas são responsáveis por cerca de 214. a 368. Desta forma, a evolução da mortalidade de morcegos pode afetar diretamente as colheitas, de modo a exigir maiores aplicações de pesticidas para o controle de pragas, o que, consequentemente, pode vir a ocasionar prejuízos agrícolas entre U$3,7 a U$53 bilhões por ano (BBC, 2011).

Além disso, o uso de um maior número de pesticidas tende a agravar a degradação ambiental do solo, alterando suas propriedades físicas, químicas e biológicas (BARBOSA FILHO, 2013). Figura 4 – Morcego morto em razão da queda de pressão Fonte: BBC (2011) A implantação de sistemas eólicos pode ainda, ocasionar interferência na fauna terrestre, devido promover a alteração de habitats e o aumento do fluxo de pessoas/veículos, assim como a propagação de ruídos na fase de implantação. Estes fatores tendem a afugentar a fauna para outras regiões, tornando estas espécies vulneráveis ou propicias a sofrer atropelamentos nas rodovias (BARBOSA FILHO, 2013). Além disso, podem vir a promover a alteração na dinâmica das populações (FERREIRA, 2008).

Para os humanos, os ruídos podem promover sintomas, em especifico, relacionados a distúrbios do sono, náuseas, tonturas, dor de cabeça, aumento da pressão arterial, irritabilidade, problemas de concentração, taquicardia, entre outros (BARBOSA FILHO, 2013). Uso da Terra Os parques eólicos desocupam territórios na obtenção do terreno, pela compra ou arrendamento, desconstituindo atividades produtivas desestruturando o modo de vida de subsistência, em sua maioria a falta do acompanhamento e fiscalização, descumprindo, os requisitos socioambientais (COSTA, 2016). Os processos de instalação e construção de usinas eólicas podem vir a promover a degradação da área ocupada, em razão das práticas de desmatamento, topografia e terraplanagem (BARBOSA FILHO, 2013). As atividades de escavação, fundação e da construção de estradas são responsáveis por afetar o bio-sistema local, uma vez que, atuam na remoção da superfície vegetal do solo, deixando o mesmo exposto a ação de ventos e chuvas que, consequentemente, podem ocasionar a erosão do solo (AZEVEDO; NASCIMENTO; SCHARAM, 2017).

Os impactos ambientais das atividades para sua implantação e operação das usinas eólicas, interferem na dinâmica hidrostática, na disponibilidade de água doce, degradação de habitats naturais, extinção de lagoas, alteração da paisagem, desmatamento, introdução de material sedimentar suprimindo ambientes de fauna e flora e interferindo no controle de erosões costeiras (MEIRELES, 2011). Estas interferências afetam a qualidade dos sinais de comunicação civis e militares, incluindo transmissões de TV e rádio, micro-ondas, celular, internet, comunicação naval, sistemas de controle de tráfego aéreo e transmissão via satélite (TERCIOTI, 2002). Alterações no clima Inúmeros estudos vêm demonstrando, ao longo dos anos, que as turbinas eólicas constituem estruturas capazes de afetar o clima local e o clima regional.

Segundo o trabalho de Zhou et al. a instalação de 2. turbinas eólicas proporcionou um aumento de temperatura em torno de 0,724°C. Acesso em: 31 de maio de 2018. AGENDA 21 – Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento,1992 (Agenda 21). Transferência de tecnologia ambientalmente saudável, cooperação e fortalecimento institucional. Disponível em: <http://www. mma. br/documents/656835/14876463/atlas3ed_2008. pdf/268ddfdb-e65e-4956-ba1f-99de67b85dab). Visualizado em 27/04/2018. AZEVEDO, J. P. Energia eólica, os bons ventos nunca foram tão bem aproveitados. – Disponível em: (http://www. usp. br/portalbiossistemas/?p=7638). Visualizado em 01/06/2018. com/portuguese/noticias/2011/04/110401_morcegos_turbinas_pu>. Acesso em: 20 de out de 2018. BIBLIOTECA DIGITAL BRASILEIRA DE TESES E DISSERTAÇÕES. Disponível em: <http://bdtd. ibict. B. C; BATISTA, C. M. M; RIBEIRO C. A.

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Enc. Energ. Meio Rural, 4, 2002. – Disponível em: (http://www.

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