Batalha do Jenipapo

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:História

Documento 1

Faz-se importante ressaltar, de acordo com historiadorBernardo Pereira de Sá Filho (1991), que frente às outras insurreições desse período, o agravante desta batalha se concebe nafalsa consciência e na manipulação das massas, as quais serviriam aos interesses das elites nesse processo de descolonização. Assim sendo, a gênese da batalha alude ao período da independência, onde o Norte do país era de grande interesse para Portugal, tendo em vista seu crescimento e localização, bem como sua produtividade. Nesse contexto, Portugal determinou que essa região fosse mantida em seu domínio, sobretudo, as regiões de Grão-Pará, Maranhão, Ceará e Piauí, as quais se distinguiampela produção bovina. Contudo, os intentos de Portugal seriam em breve devastados, ponderando que os sertanejos ansiavam por mudanças, sobretudo, pela emancipação.

Nessa conjuntura, o escritor Abdias da Costa Neves (2006, p. Acertado como uma das condições decisivas do confronto,o saque do material bélico (munições) desguarnecido de Fidié, bem como detodos osequipamentos e os suprimentos militares incide no fatorcontundente para a posterior derrota das forças portuguesas. Ponderando que no confronto, conforme supracitado, os sertanejos não possuíam armamentos virtuosos para o enfrentamento, o que então, elucidaria a determinação e a bravura ao enfrentarem o exército adequadamente armado de Fidié? Mediante esse questionamento, Neves (2006, p. aufere o âmago da indagação ao afiançar que apenas “[. a loucura patriótica explica a cegueira desses homens que iriamao encontro de Fidié quase desarmados”,ou seja, os sertanejos foram instigados pelo discurso nacionalista,cujo desígnio era manipular a população pobre visandoconstituí-los como um exército patriota.

Sá Filho (1991, p. neste local encontram-se os “[. heróis patriotas que tombaram no combate de Jenipapo”. Conforme supracitado no princípio desse texto, a exclusão ou a omissão de detalhes da Batalha do Jenipapo na historiografia, contribui para a marginalização dos sujeitos, não se restringindo aos marginais por questões raciais e/ou econômicas, mas sim, os marginais históricos, ou seja, os grupos que inseridos em seu território nacional foramassentados à margem do seu próprio país por não terem o seu lugar reconhecido como carecia. Assim, se o Brasil na contemporaneidade é composto por um amplo território geográfico e uma intensa diversidade em seu povo, bem como em sua fauna e flora, salienta-se que essa conjuntura emana de um grupo de pessoas humildes e comuns, as quais lutaram por acreditar que pertenciam a algum projeto de nação (FONTOURA, 2016).

Mediante ao apagamento histórico em que as populações do Norte e do Nordeste foram submetidas, gradativamente, estas seconverteram em curral eleitoral. FONTOURA, Antonio. Teoria da História. Paraná: Curitiba, InterSaberes, 2016. NEVES, Abdias da Costa. A Guerra do Fidié. SÁ FILHO, Bernardo Pereira de. Participação popular questionada no processo de independência no Piauí. Revista Espaço-Tempo, v. UFPI – Teresina, 1991. SILVA, Roberto Marinho Alves da. php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922003000100017&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 25 Abr. VARGAS, Jonas Moreira. Abastecendo plantations: A inserção do charque fabricado em Pelotas (RS) no comércio atlântico das carnes e a sua concorrência com os produtores platinos (século XIX).  História,  Franca ,  v.

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