Atualização em pneumonia comunitária viral

F; BALDI, B. G. Nome aluno: ************** A pneumonia está entre as principais causas de morbimortalidade no mundo. Entre os principais vírus causadores de pneumonia em adultos imunocompetentes destacam-se a influenza, o sincicial respiratório (VSR), o adenovírus e o parainfluenza humano (HPIV). A aplicação de novos exames laboratoriais auxiliares com maior sensibilidade contribui para o diagnóstico definitivo, otimizando o tratamento dessa afecção como: A Sorologia que não é rotineiramente utilizada por se mostrar pouco útil na fase aguda da doença. O influenza B normalmente causa doença em populações que abrigam locais fechados, como creches e internatos. Já o influenza C é o sorotipo menos comum, sendo encontrado como agente patogênico em relatos esporádicos. Os vírus influenza A e B são responsáveis por cerca de 50% das pneumonias virais em adultos.

Seu impacto é maior em populações de risco. A infecção pelo vírus influenza leva à morte celular, especialmente nas vias aéreas superiores. O VSR Vírus sincicial respiratório faz parte da família Paramyviridae, é altamente contagioso, disseminando-se por meio de gotículas e fômites. A população de risco é formada principalmente por crianças abaixo de seis meses, portadores de doenças crônicas, como fibrose cística, doenças cardíacas congênitas, idosos institucionalizados e pacientes imunossuprimidos. O VSR é raramente diagnosticado em adultos. A infecção é caracterizada por sintomas persistentes nas vias aéreas superiores, como coriza, otalgia e faringite, associada à tosse prolongada, seca ou produtiva, dispneia e sibilância, podendo ocasionar bronquite, bronquiolite e pneumonia grave com necessidade de ventilação mecânica. O vírus pode ser isolado em cultura, onde o maior rendimento é encontrado em amostras de lavado nasofaríngeo e secreção traqueal.

A mortalidade por pneumonia atinge taxas que variam de 38 a 100%, principalmente em transplantados de medula óssea. O quadro clínico é caracterizado por febre, tosse, rinorreia, faringite, tonsilite e otite média, com duração média de três a cinco dias. Leucocitose e provas de atividade inflamatória elevadas podem ser observadas, sendo importante a diferenciação entre infecções de origem bacteriana. Na radiologia, as opacidades pulmonares são frequentemente reticulonodulares, mas consolidações também podem ser observadas. Para a confirmação do diagnóstico, pode-se realizar cultura de secreções respiratórias. Nesses casos, o agente de escolha, baseado em estudo in vitro e em série de casos, é a ribavirina oral ou aerossolizada. Com o avanço dos métodos diagnósticos e maior acesso a técnicas de PCR, outros agentes tem sido atualmente reconhecidos como causadores de pneumonia na comunidade, como: O metapneumovírus humano é um vírus relativamente novo como patógeno respiratório, tendo sido descrito incialmente na Holanda, em 2001.

Esse vírus pertence à mesma família do VSR e HPIV, sendo geralmente adquirido na primeira infância e responsável por bronquiolite, crupe e pneumonia. Reinfecção pode ocorrer em idade adulta, com os casos mais graves atingindo idosos, portadores de doenças cardíacas e pulmonares e imunossuprimidos. O período de incubação é de aproximadamente cinco dias e o quadro clínico é semelhante às demais viroses. O padrão radiológico é inespecífico, evidenciando-se comumente opacidades pulmonares difusas em vidro despolido na tomografia de tórax. Casos de pneumomediastino também foram relatados. Nos casos de evolução grave, inibidores de protease, como lopinavir e ritonavir, e interferon alfa e beta, podem ser administrados. O rinovírus, membro da família Picornaviridae, é o principal causador de esfriado na população em geral e o segundo agente mais prevalente como causa de bronquiolite na população pediátrica, sendo, em alguns estudos, o agente mais relacionado às exacerbações de crianças asmáticas.

Apesar de controverso, alguns trabalhos demonstram uma prevalência desse vírus em até 30% dos casos de pneumonia grave internados em ambiente de terapia intensiva.