ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO CLÍNICO NO CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL EM IDOSOS

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Farmácia

Documento 1

Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO- A hipertensão arterial é uma doença multifatorial e crônica, que acomete principalmente pessoas idosas. Devido ao aumento da expectativa de vida na população é uma doença com alta prevalência e que se caracteriza como principal fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. O tratamento medicamentoso é indicado para o controle de pressão e para a prevenção de suas possíveis complicações. As classes de medicamentos anti-hipertensivos de uso clínico apresentam ação sobre os vasos e o coração. INTRODUÇÃO A hipertensão arterial é uma doença multifatorial, crônica com alta frequência em pessoas acima de 65 anos devido ao aumento da expectativa de vida, além de ser a doença mais prevalente em países desenvolvidos.

É caracterizada pelo aumento dos valores de pressão acima de 140/90 mmHg, e caracteriza-se como o principal fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares incluindo infarto, acidente vascular cerebral e embolia. O tratamento da hipertensão tem como finalidade o controle da pressão e a prevenção das suas complicações e consiste na utilização de medicamentos que atuam principalmente sobre os vasos e o coração. Normalmente ocorre a utilização por parte do paciente de mais de uma classe de medicamentos para a manutenção efetiva do controle da pressão. O farmacêutico clínico exerce um papel fundamental para garantir o sucesso neste tratamento, através da análise de prescrições, reconhecimento de possíveis interações medicamentosas e a garantia da adesão ao tratamento pelo paciente.

O capítulo trata de aspectos gerais sobre a fisiopatologia da hipertensão, além de abordar sobre as principais causas, fatores de risco e a prevalência. No capítulo 2 discorreu-se sobre o tratamento indicado para a hipertensão, citando além do uso de anti-hipertensivos, abordagens não medicamentos para o controle da doença. E por fim, o capítulo 3 descreve alguns artigos da literatura que demonstra a importância da presença do farmacêutico clínico na equipe multidisciplinar para garantir o sucesso da terapia anti-hipertensiva. DESENVOLVIMENTO Capítulo 1- Hipertensão Arterial Sistêmica: causas, complicações, fatores de risco e prevalência. A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é caracterizada por níveis elevados da pressão arterial (PA) associados às alterações funcionais dos órgãos afetados (rins, vasos sanguíneos, coração e encéfalo) às alterações metabólicas, modificações no volume do líquido circulante e resistência vascular periférica resultando em riscos cardiovasculares (BRANDÃO, 2010).

Afeta aproximadamente 65% dos indivíduos com mais de 60 anos e mais de 70% dos que 85 anos aumenta acentuadamente com a idade, e em pacientes com mais de 65 anos, a prevalência de hipertensão é entre 60 a 70% em diferentes séries. Sabe-se também que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em indivíduos com mais de 65 anos de idade (WAISMAN, 2017). A hipertensão arterial é a doença crônica mais comum em países desenvolvidos, sua prevalência é de aproximadamente 30 a 45% da população geral. Em 2017, a prevalência de hipertensão registrada foi de 24,3% segundo o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL). O aumento da pressão ocorre com maior incidência com o aumento da idade, em 2017 registrou-se 60,9% dos adultos com 65 anos ou mais, sendo que 388 pessoas morrem por dia devido à hipertensão (BRASIL, 2019).

Os anti-hipertensivos podem ser divididos em dois grandes grupos, o primeiro grupo apresentam classes que direta ou indiretamente bloqueiam o sistema renina-angiotensina, por exemplo, inibidores da enzima conversora de angiotensina, angiotensina antagonistas do receptor, inibidores diretos da renina e em menor grau, os betabloqueadores. Embora estes fármacos tenham múltiplos mecanismos de ação, seu efeito predominante é causar vasodilatação. O segundo grupo de fármacos atua aumentando e a excreção de água e de sódio, reduzindo assim o volume intravascular, ou causando vasodilatação por vias que não utilizam o sistema renina-angiotensina, por exemplo, diuréticos e bloqueadores dos canais de cálcio. As ações deste segundo grupo aumenta a atividade de sistema renina-angiotensina através de feedback negativo. O resultado disso é que eles podem potencializar a atividade de fármacos que visam e inibem o sistema renina-angiotensina (JACKSON et al, 2015).

A não adesão é identificada como a causa principal da Pressão Arterial (PA) não controlada, representando assim um risco significativo de eventos cardiovasculares. A ingestão correta de pelo menos 80% dos medicamentos receitados é uma forma geral de considerar a adequada adesão à medicação (MIRANDA, 2012). A Resolução n°585 de 2013 do Conselho Federal de Farmácia define a farmácia clínica como: “A área da farmácia voltada à ciência e prática do uso racional de medicamentos, na qual os farmacêuticos prestam cuidado ao paciente, de forma a otimizar a farmacoterapia, promover saúde e bem-estar e prevenir doenças. Esta prática pode ser desenvolvida em hospitais, ambulatórios, unidades básicas de saúde, farmácias comunitárias, home care, entre outros locais”.

O farmacêutico clínico participa ativamente na assistência ao paciente e está inserido na equipe multiprofissional e é o responsável pelas seguintes atribuições: atenção farmacêutica promove o uso racional de medicamentos, seguimento farmacoterapêutico, análise de prescrição, ajuste de doses, adequação de formas farmacêuticas e interação medicamentosa (CFF, 2015). Para a redução das complicações cardiovasculares a adesão é a principal fator para o controle da pressão arterial e segundo Santos e colaboradores (2013), é necessário que se compreenda este fato na clínica médica e assim colocar em prática várias estratégias para combater a baixa adesão, sendo que a principal estratégia a intervenção farmacêutica. CONCLUSÃO A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma doença de caráter crônico e com evolução progressiva que acomete principalmente pessoas idosas.

Trata-se uma doença silenciosa que pode causar complicações no sistema cardiovascular em longo prazo. Devido ao aumento da expectativa de vida da população, atualmente é a doença mais prevalente nos países desenvolvidos. O tratamento tem como objetivo o controle dos níveis da pressão com a utilização de medicamentos anti-hipertensivos que em muitos casos são prescritos uma associação de diferentes classes medicamentos para garantir o controle efetivo da pressão, o que pode resultar em uma confusão na hora do uso do paciente, além de alguns casos por desconhecimento do paciente sobre a hipertensão ser uma doença crônica é a adesão é reduzida. NOGUEIRA, C. B. NOBRE, F. JULIETA UETA,J. LIMA, N.  Circulation. v. n. e146-e603, 2017. BRANDÃO, A.

SCALA, L. C. NEVES,M. F. GENGO E SILVA, R. Ministério da Saúde. Hipertensão (Pressão Alta): O QUE É, CAUSAS, SINTOMAS, DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E PREVENÇÃO. Saúde de A a Z: Hipertensão. Brasília: Ministério da Saúde, 2019. BRITO, G. p. FOOD AND DRUG ADMINISTRATION AND THE DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES.  Notice. Guidance for Industry on Hypertension Indication: Drug Labeling for Cardiovascular Outcome Claims;, 2011; 76 FR 14024:1–12. acessível http://www. dic. JACKSON, R. E. BELLAMY, M. C. Revista Eletrônica de Farmácia, v. X, n. p. MIRANDA, T. M. Oparil,S. Schmieder, R. E. New approaches in the treatment of hypertension. Circulation Research, v. ZIULKOSKI, A. L. ANDRIGHETTI, L. H. PERASSOLO, M. Impact of a pharmaceutical care intervention on blood pressure control in a chain pharmacy practice.

Annual Pharmacotherapy. v. n. p. p. Sociedade Brasileira de cardiologia – SBC - VII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. v. n. Supl. WAISMAN, G. Hipertensión arterial en el anciano. Hipertensión y Riesgo Vascular v. n. p.

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