ATUACAO DA ENFERMAGEM FRENTE AO PACIENTE COM DOENCA DE ALZHEIMER

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Enfermagem

Documento 1

RESUMO O objetivo deste estudo é revelar a compreensão da doença de Alzheimer (DA) e a necessidade de cuidados ao paciente e familiares por enfermeiros em enfermarias de internação clínica. Pesquisa exploratória descritiva com métodos qualitativos. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas. Da análise de conteúdo emergiram seis categorias: características da Doença de Alzheimer, fatores de risco, diagnósticos, complicações, medicamentos para o tratamento e cuidados ao paciente e familiares. Observa-se que os enfermeiros possuem conhecimentos limitados sobre a DA e se concentram em cuidar das mudanças clínicas que motivaram a hospitalização. A grande dúvida nessa situação é como tratar esses pacientes e se as medidas tomadas são as melhores para cada um deles.

Os enfermeiros precisam fazer muitas mudanças, como treinar enfermeiros, equipes multidisciplinares e tratar pacientes e familiares com empatia. À medida que a população mundial envelhece, há um aumento significativo na expectativa de vida, uma diminuição nas taxas de natalidade e um aumento nas doenças relacionadas ao envelhecimento, como doenças coronárias, tumores, osteoporose e doenças neurodegenerativas, como demência. Aprahamian, Martinelli e Yassuda, 2009; IBGE, 2010). Porém, nessa correlação entre o envelhecimento e o surgimento de novas doenças, destacamos a doença de Alzheimer, pois, segundo a Alzheimer’s Disease International (ADI, 2010), é considerada um efeito negativo do envelhecimento. Após obter os artigos que abordam o assunto, foram selecionados o texto com base no conteúdo contido no resumo e que reflitam os objetivos traçados em nossa revisão.

Porém, foram realizados também anotações mais resumidas, pois permite a seleção de materiais de forma a utilizar as informações mais relevantes para detalhar o texto do conteúdo existente. REFERENCIAL TEÓRICO 3. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS e conceitos do alzheimer É caracterizada por degeneração cerebral progressiva e irreversível, problemas de fala e linguagem, levando à perda de memória e vários prejuízos cognitivos, afetando mais de 2,5 milhões de pessoas, e sua prevalência varia de 1% a 60 a 65 anos. das pessoas com mais de 90 anos (FONSECA; SOARES, 2007). Estima-se que em 2010, 35,6 milhões de pessoas em todo o mundo sofrerão de demência. Espera-se que esse número quase dobre a cada 20 anos, atingindo 65,7 milhões em 2030 e 115,4 milhões em 2050. Esse aumento se deve ao aumento da população de pessoas com demência em países de baixa e média renda (ADI, 2010).

Devido à possível dependência física, cognitiva e emocional, a demência é considerada uma das maiores causas de morbimortalidade, e a doença de Alzheimer (DA) é a demência mais comum (CELICH; BATISLELLA, 2007). De acordo com Ministério da Saúde, no Brasil (2010, p. Para indicar o risco de doença do indivíduo; ou para realizar testes de exclusão, como exames de sangue (hipotireoidismo, deficiência de vitamina B), história de demência (depressão, perda de memória relacionada à idade) e tomografia computadorizada ou ressonância magnética (enfarte múltiplo, hidrocefalia), testes cognitivos, punção lombar e outros testes (SOARES & CÂNDIDO, 2014 APUD RIBEIRO, 2008). Em termos de tratamento, Ávila (2003) afirma que o uso de medicamentos e tecnologias de reabilitação cognitiva, além de informações sobre a doença e apoio aos familiares e cuidadores, são essenciais para a reversão do quadro clínico e sintomático da doença.

Chu LW (2012) acredita que os tratamentos não farmacológicos para pacientes com doença de Alzheimer são igualmente importantes na melhoria da qualidade de vida de pacientes e cuidadores. Os objetivos do tratamento são: reduzir os sintomas cognitivos; aliviar os sintomas comportamentais e psicológicos da demência; reduzir a progressão da doença. A atribuição do enfermeiro deve estar voltada para vários aspectos e, para desempenhar essas atribuições, o profissional precisa atualizar e relembrar seus conhecimentos sobre o cuidado ao paciente com doença de Alzheimer. O enfermeiro é fundamental no apoio ao cuidador do idoso com doença de Alzheimer, pois tem como objetivo cuidar do indivíduo e de sua família, orientá-lo no enfrentamento das adversidades relacionadas à enfermagem, principais questionamentos sobre a doença, principais características evolutivas, bem como como lidar com o tratamento, quais medicamentos tomar e como proporcionar higiene diária e hábitos alimentares, para nortear a melhor forma de superar as alterações funcionais causadas por doenças e influências produzidas no núcleo familiar (VIEIRA et al.

FONSECA e SOARES, 2007). É necessária a formulação de uma política pública de saúde que abranja os aspectos relacionados à doença, cabendo ao enfermeiro desenvolver estratégias de apoio para reduzir a vulnerabilidade e as mudanças progressivas da doença (POLTRONIERE; CECCHETTO; SOUZA, 2011). O enfermeiro deve fornecer à equipe de enfermagem meios para promover o cuidado em todo o processo e evitar danos à própria saúde. Acredita-se que o enfermeiro tem a virtude de ser um facilitador. Os familiares devem tomar medidas que favoreçam a integração do idoso no lar, como utilizar atividades simples mas seguras para escrever notas, trancar portas e apoiar sua autonomia, além de promover a comunicação de questões objetivas e a capacidade de proteger os pacientes (RIBEIRO, 2017). A DA não afeta apenas o portador, mas também afeta a saúde dos cuidadores, levando a mudanças de humor e estruturação da vida, exigindo a inserção dos profissionais de saúde no processo de educação e cuidado (ENGELHARDT, 2015).

Bini (2016) confirmou essa ideia, enfatizando que a maioria desses cuidadores se encontra em situação difícil por não encontrar as orientações e informações necessárias para o cuidado. Se eles receberem dicas e orientações sobre como cuidar de idosos com demência, o trabalho será menos árduo e mais fácil de realizar. DISCUSSÃO Ribeiro (2017) relatou que o processo de envelhecimento é caracterizado pelo resultado inevitável da complexidade do tempo de vida, que interfere diretamente na estrutura física, fisiológica, psicológica, social, cultural e emocional de todos, resultando em múltiplos fatores competindo pela mesma situação, como herança genética, condições ambientais, raça, gênero e estilo de vida. Assim, na fase moderada, o indivíduo passa a necessitar de ajuda para realizar as atividades instrumentais e básicas do cotidiano.

Existem pensamentos contraditórios e desorganizados, dificuldades de linguagem, escrita, leitura e cálculo, dificuldades em aprender coisas novas e lidar com situações imprevisíveis; movimentos repetitivos e contrações musculares ocasionais surgem, e começa uma falha em reconhecer pessoas e ambientes familiares. Por outro lado, na última fase, é normal que o paciente perca totalmente a autonomia, confinado ao leito, problemas com incontinência fecal e urinária, deglutição, sintomas neurológicos, irritabilidade e morte (LUCAS, 2013). O diagnóstico preciso da DA é feito pela análise do tecido cerebral obtido por biópsia / extrusão, mas também pode ser identificada por análise de sangue, por um teste de marcador do gene no cromossomo 19 que produz a apolipoproteína e (ApoE4), o que indica risco individual de desenvolver a doença; ou um teste de bloqueio é realizado, como: exames de sangue (hipotireoidismo, deficiência de vitamina B), história de demência (depressão, perda de memória relacionada à idade) e tomografia computadorizada ou ressonância magnética (múltiplos infartos, hidrocefalia), testes cognitivos, punção lombar e outros exames (RIBEIRO, 2017).

Existem quatro níveis de tratamento para a DA: primeiro, terapia específica para reverter os processos fisiopatológicos que levam à demência e morte neuronal; no segundo nível, uma abordagem preventiva é realizada para prevenir o declínio cognitivo ou retardar o início da demência; na terceira camada, o tratamento sintomático é realizado que restaura parcial ou temporariamente as habilidades funcionais, cognição e comportamento de pacientes com demência e por fim, no quarto nível, a terapia complementar que buscará tratar a demência com sintomas não cognitivos como agitação psicomotora, psicose, agressividade, depressão e distúrbios do sono. O cuidado pode estimular o paciente e engajar a família no individualismo, no autocuidado, promovendo segurança física, diminuindo a ansiedade e a agitação.

REFERÊNCIAS Almeida KS, Leite MT, Hildebrandt LM. Cuidados familiares de pessoas portadoras de Doenca de Alzheimer: revisao da literatura. Rev. eletronica enferm 2009 [acesso 31 de ago de 2017;11(2):403-12. Yassuda, M. S. Doença de Alzheimer: revisão da epidemiologia e diagnóstico.  Revista Brasileira de Clínica Médica, Ávila, R. Resultados da reabilitação neuropsicológica em paciente com doença de Alzheimer leve. O.  DOENÇA DE ALZHEIMER: O enfermeiro frente às particularidades inerentes ao paciente e cuidador.  Estação Científica – Juiz de Fora, nº 12, julho – dezembro / 2014 POLTRONIERE, S. CECCHETTO, F. H. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. Vol. pp. Junho de 2018.

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