ASSOCIAÇÃO ENTRE ATIVIDADE FÍSICA E ESTADO NUTRICIONAL DE MILITARES NO POSTO DE BOMBEIROS DE PINHAIS PR

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Nutrição

Documento 1

Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO – A sociedade contemporânea está vivendo a era do conhecimento, o que obriga a todos os cidadãos que integram a sociedade assumirem posições em extremo dinamismo, assertividade e disponibilidade. Entretanto, existem áreas da sociedade que não sofrem alterações significativas na sua estrutura objetiva, mantendo níveis crescentes, sendo vislumbrado de modo mais aprofundado na área de segurança pública. Com a necessidade de redução de despesas com pessoal, os profissionais de segurança pública passam a ter de realizar suas atividades de forma mais eficiente, o que em muito corrobora no aumento dos níveis de estresse mental e desgastes físicos.

Contudo, impõe aos profissionais estresse e desgastes na medida em que inexiste estabilidade na jornada que seguem somados aos demais fatores já registrados, o que gera reflexos intrínsecos sob os níveis de qualidade na prestação do trabalho, desempenho profissional e qualidade de vida dos profissionais (SCHLICHTING e SILVA, 2013). A segurança pública impõe aos seus profissionais elevada exigência de condicionamento físico e psicológico em grande monta pela incerteza de sua atuação, seja no enfrentamento iminente, seja na atuação de resgate e salvamento (FRAGA, 2010). Assim, há imposição ao profissional o desenvolvimento e o controle de suas capacidades mental, física e social para que sua atuação seja positiva para si e para a coletividade a qual pertence. Com base em estudos recentes, são identificadas situações críticas no que se refere às condições dos profissionais, tanto na esfera física, como mental e social.

Ressalte-se que desníveis nestas áreas afetam positiva ou negativamente suas atuações enquanto profissionais, potencializando ou reduzindo sobremaneira sua efetividade. Logo, esta concepção implica em determinar a saúde positiva como a capacidade de ter uma vida dinâmica e produtiva, confirmada geralmente pela percepção de bem-estar geral, enquanto saúde negativa está vinculada com riscos de doenças, morbidade e, no contexto extremo, com mortalidade prematura (HERNANDES e NAHAS, 2009). Questões de Saúde Pública – Consumo de drogas lícitas e ilícitas O uso e consumo de substâncias toxicas e álcool na atualidade é uma preocupação mundial. No período compreendido entre os anos 2000 e 2015, foi registrado um aumento de aproximadamente 60% na quantidade de óbitos decorrentes do uso de drogas2. Entretanto, este não é o único resultado do uso e consumo de drogas na sociedade moderna, onde são decorrentes uma série de efeitos colaterais negativos de ordem social.

A configuração das situações decorrentes pelo uso de drogas transcende a questão individual lançando reflexos para a coletividade. A hipertensão que é uma doença de grande predominância na população, de forma geral, também acomete de forma crônica policiais (MINAYO, ASSIS e OLIVEIRA, 2011). As adaptações a que os profissionais da área de segurança enfrentam influencia diretamente na saúde, e isso decorre da pressão que a própria atividade exige dos policiais. Assim, a prática de atividades física é uma das maneiras para controlar o estresse, já que promove equilíbrio físico e psicológico. Analisar o estilo de vida de profissionais que atuam na segurança é importante, mas não se deve entender apenas o estilo como opções individuais.

Para BUSS (2007) a compreensão de estilo de vida não pode ser entendida como de responsabilidade individual, mas decorrente de fatores sociais determinantes como o acesso à informação, a alimentação saudável, lazer etc. Na faixa etária dos policiais em plena atividade, entre 18 a 64 anos, estão inclusos trabalho, transporte, esportes, lazer, atividades domésticas e exercícios físicos planejados. OMS, 2010) Para se atingir o nível de atividade física recomendado para melhorar as funções cardiorrespiratórias e musculares, o indivíduo deverá praticar atividade física de 150 minutos/semana (em intensidade moderada) ou de 75 minutos/semana (em atividade vigorosa). Contudo, para aumentar os benefícios da atividade física para a saúde física e mental, o ideal é de 300 minutos/semana de atividade de intensidade moderada ou 175 minutos/semana de atividade vigorosa.

OMS, 2010) Ao considerar-se a disposição física e mental para a prática de atividade física após uma longa jornada de trabalho de 12 horas, por certo que este hábito raramente será seguido por um percentual significativo dos policiais, de forma que preferir o descanso se torna a opção mais comum. Todavia, a atividade física influencia positivamente na saúde física e psicossocial, sendo de grande importância em todos os estágios da vida, já que reflete sobremaneira no estado de espírito, na ansiedade, na depressão e no estresse psicológico, além de auxiliar na capacidade cognitiva (ALSSEN et al. Assim, com o passar do tempo, o sedentarismo (físico e mental) acabam por contribuir com o aumento nas condições de estresse, abandono de hábitos alimentares saudáveis, diminuição ou até cessação total da prática de atividades físicas colaborando para o surgimento de diversas doenças decorrentes da mudança havida, associada a deficiência nutricional, tais como o aparecimento do sobrepeso e até obesidade (GONÇALVES, 2006; GRACIOLA e FORTUNA, 2010).

Deste modo, a aptidão física é elemento que possibilita a execução de tarefas físicas elementares e complexas. Em contraponto à trabalhadores de outras categorias, os profissionais da área de segurança pública necessitam frequentemente atuar fisicamente de modo a completarem suas tarefas cotidianas colaborando com a sociedade de forma ampla. Nutrição, condicionamento físico e profissional de segurança pública Para Mota, Pereira e Teixeira (2006) essencial que se avalie os hábitos alimentares associados à prática de atividade física na classe policial militar, na medida em que estes profissionais estão sujeitos a vários fatores que contribuem para o surgimento de diversas patologias, a exemplo dos já citados sobrepeso e obesidade abdominal. Minayo (2011) aponta que em trabalhos de pesquisa de campo, apontam que agentes de segurança pública no estado de Goiás, 43% dos avaliados não realizam atividades físicas rotineiramente.

O contexto organizacional se apresenta limitado na medida em que o Estado carece de realizar grandes esforços para reduzir suas despesas e se tornar mais eficiente na prestação de serviços públicos. Sob esta ótica, os profissionais da área de segurança passam a ser mais requisitados para a realização de atividades em escala mais elevada, o que sugere inevitavelmente a ocorrência de maiores danos à saúde mental e física dos indivíduos. Assim, face um Estado sem condições para propiciar condições de manutenção de saúde física e mental na medida ideal, os profissionais carecem de impulso próprio para não ingressarem em situações prejudiciais extremas que envolvem o uso de drogas lícitas e ilícitas, bem como uma vida sedentária.

Por fim, o que se vislumbra é a necessidade da criação de um programa efetivo por parte dos Estados, que oriente, prepare e possibilite a prática regular de atividade física associada à uma alimentação saudável durante toda a vida profissional. Contemplado ainda por um plano nutricional e cronograma físico-funcional para que os profissionais de segurança pública atinjam melhor performance profissional, possibilitando uma melhoria significativa na prestação do serviço público, aliado à uma melhora significativa na qualidade de vida destes indivíduos. Exercício e Qualidade de vida: Uma abordagem personalizada. ed. São Paulo: Manole; 2001. BARATA, António Augusto Martins; MONTEIRO, Luís Fernandes.  A Importância da Actividade Física na Formação do Oficial de Polícia. Disponível em: http://www.

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Aspetos relacionados à qualidade de vida e atividade física de policiais militares de Santa Catarina - Brasil. php?script=sci_arttext&pid=S1646-107X2012000300009&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 25 jun. TRENTINI, Mercedes; PAIM, Lígia. Pesquisa em Enfermagem. Uma modalidade convergente-assistencial. scielo. br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S1517-45222011000200013&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 25 jun. UNODC.

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