Aspectos do ideal de homem durante o Renascimento

Tipo de documento:Análise

Área de estudo:História

Documento 1

O Renascimento permitiu discutir se houve de fato uma continuidade do humanismo na Idade Média, mais propriamente no final dela, ou se houve uma estrutura epistemológica que necessitava de uma nova base que sustentaria a eterna busca do homem na transformação da natureza. Observou-se posteriormente que o curso da história não era contínuo, identificando entre os séculos, traços diferentes de um dentro do outro. Havia uma certa afeição pela Antiguidade, um ideal a ser alcançado por homens e suas indagações a respeito do seu presente. O motivo do olhar para o passado seria resgatar de alguma forma o padrão cultural para vivenciá-lo. A busca pelos acontecimentos vividos na Idade Média possibilitou a descoberta de que o homem não era apenas uma criatura de Deus, o homem poderia criar.

Porém, não há como deixar de fora a principal característica: o antropocentrismo. O humanismo de fato está ligado ao Renascimento, mas vale salientar que ambos não fazem parte da mesma definição. Os sistemas sociais econômicos estavam divididos durante a Baixa Idade Média; de um lado as forças feudais, do outro, forças burguesas. Apesar de todo o esforço para manter-se o equilíbrio, uma delas acabaria dissolvendo-se com o tempo. A sociedade como forma de comunidade ainda mantinha traços do homem comum, a condição de vida nada mais era do que limitada a sua existência. É importante salientar que o homem dinâmico poderia transitar entre as classes, deixando então, seu estado de inércia. O que leva diretamente a entender que o Renascimento também dialogou com a separação entre a teologia e a filosofia.

O individualismo renascentista surgira da necessidade do novo perfil do homem para com a sociedade. Cada um passou a ser dono do seu próprio destino, deixando então, a herança feudal para trás. Iniciava a separação da vida púbica da vida privada, uma vez que a estrutura da sociedade tomava uma nova forma com o ideal de homem. A transformação da nação em unidade econômica incentivou a produção capitalista em larga escala. A Itália, que seguia em direção à reunificação, ensaiava seus primeiros passos rumo ao capitalismo e via o Renascimento se perder com o peso da Reforma. Havia uma base burguesa, onde o papado era a fonte mais rica de poder e cultura. No sentido cultural, o olhar sobre a Antiguidade faz os artistas retratarem o ideal de homem de diferentes formas, como em Florença, os arquitetos também eram escultores, dando o seu olhar sobre cada obra produzida.

A vida na polis destacava-se por serem totalmente autônomas de Roma.

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