As relações entre crítica social e pesquisa em Educação.

Tipo de documento:Análise

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

” Texto: Um mundo de cada vez A Linguagem é o Retrato Social Fowler & Kress (1979) apontam que há uma correlação entre o contexto social e a língua, muito embora essa visão não seja percebida pela escola que reflete muito mais sobre o conceito mecânico da língua culta e padronizada do que a linguagem carregada de histórias e vivências vinda de qualquer contexto social. É o que o rapper Radish anuncia em suas muitas composições de estilo e gênero abarcado ao rap. Na verdade, o rapper traz inúmeras apresentações de seu convívio social, que muitas vezes não só o discrimina por sua linguagem não padronizada, mas também pelo preconceito. Pode ser que a escola não perceba que a condição social pode não influenciar na própria efetivação da linguagem, mas o próprio preconceito acaba por interferir na aquisição do conhecimento.

Quando Radish diz “Pra noiz é 2 vez mais pesada, por isso assusta”, pode ser que num primeiro momento de sua linguagem, a escola perceba somente os erros mais profundos da escrita “noiz”, entretanto o contexto da situação imposta pelo rapper aponta para um vida sofrida, muito mais para quem tem um padrão melhor, por isso reforça “2 vez mais pesada”, já no outro verso escolhido no rap, “Pra eles "defeito de cor", pra mim, herança viva em mim” mostra que ainda o preconceito é um fator que precisa ser discutido por todas as esferas sociais, principalmente na área da educação. Disponível em: <http://www. portaldeperiodicos. unisul. br/index. php/Linguagem_Discurso/article/view/296>. MAGALHAES, I. Introdução: a análise de discurso crítica. DELTA,  São Paulo ,  v.

 2005, p.   Disponível em: <http://www. RASHID. Um mundo de cada vez. Disponível em https://www. letras. mus. com/&hl=pt-BR&as_sdt=0,5 Acesso 13 de maio de 2020. ANEXO Não É Desenho Rashid De dentro do carro observo a rua Madruga e a cidade dorme vazia Só eu continuo chegando tarde E acordando mais cedo que a maioria No hard, se vim de baixo igual Vardy E a lei pra noiz é covarde Faço minha voz ser mais famosa que a minha cara Estilo Lombardi Mais um poeta entre o caos e o topo No hall entre os porco onde os outro te põe Real, não me encaixo no escopo Prefiro minha parte em bitcoin E toda a pressão que compõe Dias, lutas, glórias, esses anos Não me fez diamante pra tá na vitrine Eu sou um dos 6 na luva do Thanos De esquina em esquina plantando a semente do: É possível! E pro civil eu sou o modelo do que é vil, onde já se viu? Tal sina não é possível Meus mano já tavam aceitando o destino de viver trancado Mas hoje, abrindo sua mente, eu tô libertando mais deles que um advogado Caso encerrado Saitama rueiro tanto quanto um bueiro na calçada onde a gente se gradua Eu não quero que você pegue minha visão Quero te fazer pensar pra que desenvolva a sua Maloca de volta, acabando com as mosca no caminho igual aracnídeo Pra deixar meu som tão quente que cês vão ter que escutar lá no xvídeos Conta pra pagar eu tenho Mas a rua pede calma, então eu mantenho Nunca esqueço de onde eu venho E tô mirando longe, olha o desempenho A marca da vitória contenho Pra esfregar na cara do senhor de engenho No front o conflito é ferrenho Entenda que isso aqui não é desenho Não é desenho, não é desenho Não é desenho, não é desenho, não é desenho Não é desenho, não é desenho, não é desenho Não é desenho, não é desenho Trampando mais que ponteiro Pensei que meu relógio tava quebrado Me enganei, não foi ele que atrasou Era eu memo que tava adiantado De lei, brigado com o tempo igual Dark Ou Donnie Darko ou Tony Stark Nem escrevo minhas rima no meu celular Com medo delas serem copiadas pelo Mark Mas quando o DJ risca numa Numark Ou Technics e eu no mic, é fogo tipo a FARC Rashid tá voando, vou ter que registrar minha firma na ANAC Liga? Isso é luta, não é briga, por quem veio e quem virá Onde a lágrima irriga a semente Me faço presente igual Marielle sempre estará! Realidade custa Pra noiz é 2 vez mais pesada, por isso assusta Devido a essa multiplicação Nenhuma divisão que eles fazem é justa Sei que a amarra incrusta, agora a marra ajusta Robusta, porque eu posso Vim com tanta garra que eles já tão desconfiando Que botaram adamantium nos meus ossos Escrever é um exercício, vício Que me retirou da beira de um precipício Lek, cada track nova é um reinício 100% eu e zero fictício Me dedico porque vale o sacrifício A palavra tem poder, então evito o desperdício Elevar o nível é meu ofício Pra fazer os outros MCs acharem mais difícil Conta pra pagar eu tenho Mas a rua pede calma, então eu mantenho Nunca esqueço de onde eu venho E tô mirando longe, olha o desempenho A marca da vitória contenho Pra esfregar na cara do senhor de engenho No front o conflito é ferrenho Entenda que isso aqui não é desenho Não é desenho, não é desenho Não é desenho, não é desenho, não é desenho Não é desenho, não é desenho, não é desenho Não é desenho, não é desenho Do gueto vem do gueto são 1 milhão de talento muitas vez sem opção Mas que tão na função De mostrar que eles são Bem maior que sua discriminação Jão, hora de mudar essa condição Do gueto vem do gueto são 1 milhão de talento muitas vez sem opção Mas que tão na função De mostrar que elas são Bem maior que sua discriminação Jão, hora de mudar essa condição Um Mundo de Cada Vez Rashid Eu pensava que aqui Do alto da cobertura Acima de tudo e de todos Estava coberto, era livre Afinal, dinheiro manda buscar, né? Puro delírio Felicidade não tem um delivery Wall street ao extremo, país de uma conta premium Espírito empreendedor, dor, dor, dor, dor, dor Só dor E aí, Drik? E aí, Weslão? (Clássico, clássico) Luiz Café Quantos mundos a gente ignora (quantos?) Por olhar só pra centro ou às vezes por olhar só pra fora A vida exige perfeito balanço, véi Mas equilíbrio nesse nível, nem no Cirque Du Soleil (vish) Várias vez eu ando por aí Vendo alguém em situação de rua Eu penso no conto por trás dessa vida E quais encontros ou desencontros trouxeram ele a este ponto E no mesmo ponto, no outro canto a madame levanta o vidro porque me viu Talvez não tenha me visto no seu programa favorito Cantando um hit que tem sido um dos mais pedidos do Brasil Pra madame no carro, eu e o morador de rua Representamos a mesma coisa, risco E pro morador de rua, talvez eu e a madame estejamos no mesmo universo, misto A sós, nenhum de nós realmente se olha (ahn ahn) E cada um de nós fica em sua bolha Uns por escolha, outros por falta de Todos numa bolha maior, nos falta ver E eu artista, achando que tenho a visão Que 'to vendo alguma coisa ali que eles não Prepotente, de ser herói 'to aquém Só mostra que meu mundo precisa ser salvo também Quase um roteiro de kubrick Mudar um mundo sem desarrumar o outro Isso é um cubo de rubik, hein? Nossos caminhos se encontram (é quente), ainda somos semelhantes Mas os problemas que nos cercam Ainda são os mesmos de antes (não acredito, hein?!) Quando eu perceber que em cada ser existe um mundo fascinante Já não seremos tão distantes Tantas vivências e perspectivas Até entender que essa terra não é só feita pra você Uns têm menos, outros mais Isso vale pra caráter, grana ou empatia Uns viciam em substâncias e outros na mentira As fraquezas são múltiplas A franqueza sumiu de nós, o que é bom tem valia só em última instância Seguem cruzando avenidas, desviam do outro, Sem olho no olho, tão perto e há tanta distância É tipo "show de Truman", real só o que rodeia Como cantou Cazuza O Tempo Não Para Mentes fechadas não enxergam além do horizonte É lei da vida, se quer benção, vai fazer por onde Cada um no seu quadrado O que 'cê faz impacta quem 'tá do lado Tipo efeito dominó, desde menor Criei um mundo pra eu viver com a alma intacta Por ter a pele preta me desejam o pior Pra eles "defeito de cor", pra mim, herança viva em mim Pra mim, lutar pra existir é assim desde o início Fácil falar que é mimimi quando nunca foi vítima Sua opressão é bumerangue, volta como míssil São tantos moldes, tantos modos, tantos medos Sempre há mortes, nascimentos pra lidar, tudo é feito de ciclos Uns são grito, outros silêncio, meu barulho te incomoda Minha missão é inspirar nessa era difícil O mundo é meu, o mundo é seu também Conká cantou vou transformando vida em verso (é seu também) O mundo é meu, o mundo é seu também Deus 'tá por nóis, no fim é tudo um universo O mundo é meu, o mundo é seu também Conká cantou vou transformando vida em verso (e aí, drik) O mundo é meu, o mundo é seu também O mundo é meu, o mundo é seu também (boto fé) Nossos caminho se encontram, ainda somos semelhantes Mas os problemas que nos cercam ainda são os mesmos de antes Quando eu perceber que em cada ser existe um mundo fascinante Já não seremos tão distantes Descabelado, mano O dinheiro contado Tanta conta que perdi a conta, ó A esperança entrou na reserva já há uma cara Geral no memo busão, no fim, na mesma mão (ae!) Ninguém 'tá certo onde todo mundo quer ter razão Pelo pão, divisão, esses vão e esses não Buscando adição, e o burro sou eu? Felipão (eu?) Querendo mesmo a brisa silvestre boa (aham) No meio dum furacão que nos tirou o mestre moa Teima, intolerância reina como se do outro lado da opinião não existisse outra pessoa Mas cada um é um mundo e vejamos Que olhar pro próprio umbigo é o que dá voto pro Thanos Toca o barco e toma o leme Pra fugir dessa tragicomédia onde tudo se transforma em meme Que benefício traz (qual?) Lutar contra o direito de alguém que nenhum mal te faz? É a lógica de quem vende o que é seu por um preço baixinho E vai morrer achando que a folha é mais verde na amazônia do vizinho Um mundo de cada vez.

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