As contribuições da Psicopedagogia Institucional para alunos com baixa visão

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Psicologia

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O trabalho desse profissional recebe cada vez mais importância na atualidade, especialmente no que se refre à inclusão e ao oferecimento das mesmas oportunidades de aprendizagem a esses alunos. Palavras-chave: Psicopedagogia. Aprendizagem. Alunos com baixa visão. Educação. Com o avanço das ciências, a compreensão com relação às necessidades dos alunos com deficiência, especialmente os alunos com baixa visão, objeto de estudo desse artigo, tem possibilitado melhores condições de atuação dos profissionais que atuam nas escolas. Nesse cenário, se destaca o papel do psicopedagogo institucional que tem se feito presente no trabalho multidisciplinar visando diagnosticar, avaliar, orientar e auxiliar a aprendizagem e também a inclusão desses alunos com baixa visão. Diante do exposto, o presente trabalho pretende mostrar as contribuições desse profissional no ambiente escolar com alunos com baixa visão.

Muitas vezes, o atendimento especial que esses alunos necessitam é mais complexo do que os alunos que possuem perda total da visão, pois a baixa visão pode ser ocasionada por diferentes fatores que requerem diferentes tipos de tratamento. Por isso é importante a avaliação e a orientação do psicopedagogo para viabilizar a melhor estratégia e o melhor recurso a ser utilizando, além de instruir professores, auxiliar na conscientização e acompanhar o desenvolvimento desse aluno. Contexto histórico A deficiência visual, tanto no Brasil quanto no mundo, assim como as deficiências de um modo geral, teve seu conceito e sua aceitação na sociedade como fruto do desenvolvimento da humanidade ao longo dos séculos. Na antiguidade os deficientes eram mortos ou abandonados por serem considerados espíritos malignos.

Tempos após passaram a ser tratados, entretanto de maneira isolada da sociedade. Com diversos estudos, leis e normas que iam surgindo, essas pessoas começaram a ser integradas na sociedade e, atualmente, já se trabalha um novo conceito, o da inclusão dessas pessoas. No âmbito educacional, Bruno e Mota (2001) relatam que a preocupação em relação às pessoas cegas surgiu no século XVI e partir de então, diversas ideias começaram a ganhar força e serem difundidas até os dias de hoje. As estratégias pedagógicas, assim como os recursos, são definidas conforme a deficiência apresentada. Entretanto, embora haja recursos e estratégias que amparam a educação dos alunos com baixa visão, ainda se vê atrasos no desenvolvimento global em função da dificuldade de exploração do meio e interação.

Bruno e Mota (2001) afirmam que não raro se verifica o despreparo de professores para lidarem com esses alunos e que desconhecem suas necessidades tanto na fase inicial da alfabetização, durante ou após. Por outro lado, a Inclusão efetiva desses alunos no contexto educacional parte da premissa de que todo aluno pode aprender se as suas particularidades na aprendizagem forem consideradas e atendidas. Porém, há ainda um outro fator importante a ser considerado sobre a escola e, nesse sentido, Pain (1985, p. Nesse sentido, Weiss (2004) ressalta que o psicopedagogo institucional avaliará os fatores envolvidos nesses transtornos para traçar o diagnóstico psicopedagógico, que abre possibilidades para intervenção de profissionais competentes com esse aluno. A maneira de realizar o diagnóstico varia entre os profissionais dependendo da postura teórica adotada.

A prática do psicopedagogo institucional acontece diante de diversos desafios, como a falta de formação e conhecimentos específicos por parte dos professores, o número de alunos em sala de aula, ter que prestar atendimento ao aluno com deficiência sem deixar de foco o programa curricular e demais alunos, a falta de planejamento e de profissionais especializados, entre outros. Conforme Beyer (2005), o ponto principal se dá no acompanhamento do professor, pois à maioria deles falta o conhecimento de recursos para o ensino inclusivo, e por isso é relevante o assessoramento psicopedagógico. Ainda sobre essa questão Fernández (2001) ressalta a importância do professor em buscar o conhecimento também, ao invés de apenas esperar a solução para os problemas, pois dessa forma ele se passa a descobrir e decidir, de forma conjunta, sobre as estratégias mais adequadas.

p. jan. jun. BEYER, H. O. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2001. Programa de capacitação de recursos humanos do ensino fundamental: deficiência visual, vol. fascículos I, II, III. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2001. Programa de capacitação de recursos humanos do ensino fundamental: deficiência visual, vol. L. L. Psicopedagogia Clínica: uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. Rio de Janeiro: Lamparina, 2004.

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