AS AMEAÇAS GLOBAIS À SEGURANÇA EUROPEIA: EXPLORAR OU EVITAR OS EFEITOS DA GLOBALIZAÇÃO?

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:História

Documento 1

Ocorre que diante destes avanços e da globalização se vê necessário que para a sustentação da segurança interna na União Europeia, sejam unificadas a visão, os valores e os objetivos comuns diante dos mais evidentes riscos relacionados com a criminalidade e ameaças que decorrem exatamente das tentativas de proveito das sociedades abertas. Exemplos dessas ameaças são o terrorismo, tráfico de drogas, exploração sexual. “O conceito de segurança interna deve ser entendido como um conceito amplo e completo que se estende a múltiplos sectores a fim de fazer face a essas graves ameaças e a outras que tenham um impacto direto na vida, na segurança e no bem -estar dos cidadãos, incluindo as catástrofes naturais e as provocadas pelo homem, tais como os incêndios florestais, os terramotos, as inundações e as tempestades.

” (Luxemburgo, 2010, p. Neste cenário, o presente artigo traz uma abordagem reflexiva acerca das estratégias de segurança interna da União Europeia como resposta para estas ameaças buscando aumentar ainda mais seu compromisso relacionado com a liberdade, segurança e justiça e a importância de que esta estratégia de segurança interna seja capaz de se adaptar às necessidades dos cidadãos e ao cenário mundial internacional. Esta estratégia busca concomitantemente a consolidação da paz e a resiliência dos Estados e demais sociedades internamente e em torno da Europa. Constituída por 27 países e contando com aproximadamente 500 milhões de habitantes, a União Europeia tem prosperado a cada ano com aumento e fortalecimento no seu crescimento econômico, as oportunidades resultantes de uma sociedade democrática.

Acontece que este cenário de oportunidade, traz consigo um outro lado, trazendo riscos, atualmente com maior evidencia, para ataques terroristas e outros tipos de crime que tiram proveito das liberdades do Estado de direito e da sociedade livre para fins negativos. Estes riscos são aumentados pelas facilidades de mobilidade das pessoas, hoje existentes e gera uma maior insegurança para os cidadãos, sendo responsabilidade dos Estados agir para garantir a proteção destas liberdades. Sem segurança, os cidadãos perdem em grande parte sua qualidade de vida. Exemplos são os incêndios florestais, os terremotos, inundações, secas e insuficiências energéticas. Todos estas ameaças são riscos a serem enfrentados pela União Europeia na elaboração de estratégias e de ações para enfrentamento e diminuição dos impactos em seus territórios e globalmente, sendo essencial estas medidas para garantir a proteção e segurança dos cidadãos.

A cultura de segurança se apresenta com o objetivo de política externa visando assegurar e definir as escolhas políticas de segurança a serem adotadas diante das ameaças e instabilidades apresentadas. Krause (1999, p. foi quem trouxe o conceito de cultura de segurança definindo-o como "crenças, tradições, atitudes e símbolos duradouros e amplamente partilhados que informam as maneiras através das quais interesses e valores estatais que dizem respeito à segurança, estabilidade e a paz são percebidos, articulados e promovidos por atores políticos e elites". A União Europeia de deve reforçar a relação com seus parceiros, para que sejam alcançados os objetivos de paz e desenvolvimento em áreas chaves onde podem haver ameaças. Assim posto, a proteção da União Europeia e dos seus cidadãos para fazer face a todos os desafios e ameaças que afetam a segurança interna e externa, deve ser realizada em conjunto, buscando os bens comuns e objetivos globais esperados.

Assim, a proteção da União Europeia e de seus cidadãos é uma prioridade estratégica cada vez mais premente, estando a segurança dos Estados-Membros profundamente interligada. Nenhum estado individualmente pode responder às ameaças atuais e uma ameaça à um Estado-Membro se constitui como uma ameaça a todos, razão pela qual o trabalho em equipe deve ser focado para a promoção da segurança dos cidadãos. Assim, a prioridade estratégica deve estar focada na continuidade entre a segurança interna e a externa, dependendo, a segurança da União Europeia, de aumento na proteção das redes, infraestruturas críticas e da segurança energética, bem como do acesso seguro aos bens comuns mundiais (espaços marítimo, aéreo e ciberespaço).

Recomendações políticas aos líderes europeus: um plano de ação para a proteção da União Europeia e seus cidadãos Como recomendações políticas ao lideres europeus, para que as prioridades supra citadas, presentes na Política Comum de Segurança e Defesa da União Europeia, devem ser mobilizadas com coerência e coordenadamente as redes e todos os instrumentos disponíveis. Para realização dos objetivos propostos recomenda-se que sejam realizados investimentos coletivamente para que a União Europeia se apresente mundialmente com credibilidade e coesão. A credibilidade da UE deve consistir em estabelecer-se um dialogo responsável com o resto do mundo, a depender ainda, da unidade, realizações, poder de atração, eficácia e coerência das políticas e manutenção dos valores europeus.

Outra recomendação consiste em forte investimento nas mais diferentes vertentes das políticas internas e externas, investindo na segurança e na defesa, trabalhando para possuir e assim, dispor de capacidades para garantir a segurança da Europa. É essencial que seja trabalhada e consolidada a cooperação no domínio da defesa, passando esta a ser vista como regra para cooperação entre os Estados-Membros e o restante do mundo. É necessário que sejam colocadas em ação as estratégias definidas para que sejam antecipadas ações relacionadas as ameaças, ao invés de se limitarem a reagir ao contexto estratégico. O futuro da União Europeia com a manutenção e reforço de um ambiente de paz e segurança para seus cidadãos depende no fortalecimentos dos alicerces de uma união da segurança e da defesa, onde sejam traçados os rumos que devem ser seguidos para proteção dos cidadãos europeus.

Referências Bibliográficas Conselho da União Europeia, 2016d. COUNCIL DECISION (CFSP) 2016/993 of 20 June 2016. Official Journal of the European Union: amending Decision (CFSP) 2015/778 on a European Union military operation in the Southern Central Mediterranean (EUNAVFOR MED operation SOPHIA), pp. New York: New York University Press books. Krause (1999). Cross-Cultural Dimension of Multilateral Non-Proliferation and Arms Control Dialogues: An Overview. In: KRAUSE, K. Org.

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