Anestesiologia em Pequenos Animais

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Medicina Veterinária

Documento 1

ANESTESIA INTRAVENOSA TOTAL. ANESTÉSICOS. TIOPENTAL. PROPOFOL. CETAMINA. Segundo Santos et al. o éter etílico e óxido nitroso foram inicialmente as primeiras substâncias utilizadas como anestésicos. Na Medicina Veterinária o uso inicial de técnicas anestésicas ocorreu apenas a partir do final do século XIX, por Edward Mayhew, utilizando éter em seus experimentos com cães e gatos (AGUIAR, 2002). George H. Dadd foi o primeiro médico veterinário a utilizar éter e clorofórmio em procedimento cirúrgico no ano de 1852 e no Brasil, no entanto, os primeiros relatos sobre anestesiologia veterinária se deram apenas a partir da década de 1940 (AGUIAR, 2002). Outro efeito positivo da anestesia intravenosa são os efeitos cardiovasculares menos expressivos em detrimento da anestesia inalatória (KEEGAN e GREENE, 1993).

A anestesia intravenosa total (TIVA) pode ser definida como uma técnica que utiliza fármacos administrados pela via intravenosa para produzir inconsciência, analgesia e relaxamento muscular, com depressão cardiorrespiratória e efeito cumulativo mínimo (CASTRO, 2005). No entanto, foi observado o real emprego da técnica na última década, devido ausência de perfis farmacocinéticos adequados, onde muitos apresentavam efeito acumulativo e causavam um maior prolongamento do anestésico (CARARETO, 2004). Os fármacos utilizados possuem um menor valor de meia-vida plasmática, fazendo com que a recuperação dos seus efeitos farmacológicos ocorra pouco tempo após a interrupção da administração, além de atingirem rapidamente os órgãos alvos, permitindo início rápido do efeito (NOCITI, 2001). Em pequenos animais, a anestesia total intravenosa (TIVA) é uma técnica que tem sido preconizada na prática anestésica (OLIVEIRA et al, 2007).

É definida como anestesia intravenosa total (TIVA) a combinação de vários agentes intravenosos para indução e manutenção da anestesia geral, como: barbitúricos, hipnóticos, não-barbitúricos, opioides, agentes bloqueadores neuromusculares, α-agonistas, anestésicos locais (lidocaína) entre outros, na ausência absoluta de qualquer agente anestésico inalado. Anestésicos A administração dos fármacos pode ser realizada na forma de bolus intermitentes ou infusão contínua, contudo bolus causa variações significativas na concentração plasmática do agente anestésico, gerando "picos" (sobredose) ou "vales" (subdose), promovendo aumento na dose total infundida, prolongando o período de recuperação anestésica (MANNARINO, 2005). A técnica de infusão anestésica tem como ação principal, alcançar a concentração ideal de fármaco no sangue para anestesia (HALL e CHAMBERS, 1987).

Desta forma, é possível garantir com a infusão contínua, um plano anestésico muito mais estável que o uso de doses repetidas (BETHS et al, 2001), com níveis plasmáticos estáveis e constantes (VIANNA, 2001), proporcionando recuperação mais rápida sem reações de excitação encurtando em 25-30% o consumo de agentes anestésicos, e a redução dos efeitos colaterais. MANNARINO, 2005), Para esse fim, os fármacos de duração ultracurta são os mais utilizados, administrados de forma intermitente ou por infusão contínua em anestesia prolongada. Propofol O propofol, um alquilfenol (2,6-diisopropilfenol) é um hipnótico e sedativo (CORTOPASSI, 2011), estando disponível em condições ambientes, sob a forma de um líquido hidrofóbico. É um anestésico intravenoso de ultracurta duração (ação de 5 a 10 minutos após a aplicação endovenosa) sendo a sua utilização ideal em procedimentos curtos ou sedação, inclusive para manutenção anestésica por fármacos voláteis (ANDERS et al, 2008).

Em circunstâncias da sua ação vasodilatadora, torna-se necessário um maior cuidado com animais hipovolêmicos ou com depressão cardiovascular, excepcionalmente se for administrado em bolus. Apresenta biotransformação extra-hepática em sítios como pulmão (60%), rim e trato digestório. Apesar de a eliminação ser feita por via renal, não foram notadas alterações clínicas em pacientes com insuficiência renal (GLOWASKI e WETMORE 1999, PADDLEFORD, 2001; FANTONI et al, 2002, ; CORRÊA 2005; PERKOWISK, 2007). O efeito anestésico da cetamina pode ser descrito como depressão dose-dependente do sistema nervoso central (SNC) que leva ao chamado estado dissociativo, o qual é caracterizado por profunda analgesia e amnésia, sem levar à perda da consciência. A cetamina produz analgesia no período pós-operatório mesmo quando administrada em doses subanestésicas, ação devida ao efeito antagonista nos receptores N-metil-D-aspartato (NMDA) na medula espinhal, além de atuar, em receptores opioides e muscarínicos (CARREGARO et al, 2010).

As vantagens da sua utilização como droga indutora deve-se a rápida indução (muito efetiva por via IV; também se pode utilizar a via IM em gatos). Por ser uma droga de recuperação rápida é passível de ser combinada com outros fármacos (diazepam, medetomidina, opioides, xilazina) facilitando a indução, intubação ou anestesia de curta duração. HARTSFIELD SM, 1992; WUIR WW, 2000). Roca, São Paulo, Brasil, 2002. ANDERS, B. B. HOELZLER, M. G. M. Dogs and cats. In: Veterinary Anesthesia. ª edição. Editores: JC Thurmon, WJ Tranquilli e GJ Benson. BERKER, E. CULLEN, M. The bronchomotor effects of certain intravenous barbiturates on vagal stimulation in dogs. Department of Anesthesiology, v. n. Veterinary Record, v. p. BORGES, J. H. S. VALADÃO, C. A. A. Efeitos da Infusão contínua de Cetamina s(+) em equinos anestesiados pelo Halotano.

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