Analise dos saintes: motivos que levam os associados deixarem a cooperativa de crédito

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Contabilidade

Documento 1

Praça Cel. José Durski 26 - Centro; 84400-000 Prudentópolis, Paraná, brasil 2 USP/ESALQ. Mestre em Ciência da Computação, qualidade de Software pela Universidade Metodista. Rua Prudente de Morais, 325, Sala 3, Centro – 13400-310 Brasil. Eliton Fernando Cosmo: Eliton_adm@yahoo. Com a análise sobre a pesquisa de saintes foi possível observar, por segmentos de associados, quais razões motivaram a saída, além de identificar as oportunidades e sugerir estratégias para reduzir a quantidade de saintes. Reduzindo a quantidade de saintes, o resultado esperado é um incremento maior de associados durante o ano e por consequente um maior resultado. Também se espera haver maior satisfação por parte dos associados que poderão ser promotores do sistema. Palavras-chave: Cooperativismo; associados saintes; manutenção de associados. Introdução Considerando os valores e princípios do cooperativismo e compreendendo o conceito legal da sociedade cooperativa, é fundamental priorizar estratégias para a manutenção de associados na cooperativa.

De uma perspectiva puramente competitiva, o cooperativismo torna-se uma doutrina relevante na medida em que se desenvolve como soma das capacidades dos atores envolvidos dentro de um sistema econômico de alta competitividade. Além disso, é possível vislumbrar esta prática como uma alternativa possível frente ao avanço e consolidação de um sistema econômico neoliberal, profundamente individualizante e voltado a maximização do lucro. Esta estrutura de pensamento pode ser, em linhas gerais, conectada ao pensamento de Adam Smith(1988), no sentido de nos trazer reflexões sobre as contradições entre sociedade e trabalho. Diz o autor que as condições exaustivas de trabalho impedem, ou ao menos dificultam a comprenssão do trabalho em notar as conexões entre o seu trabalho e o interesse da sociedade.

Por este motivo, há uma grande dificuldade de serem representados, seja individualmente ou em sindicatos, já que este mesma incapacidade estrutural de perceber sua condição o coloca em uma posição marginal dentro do que Smith chama de deliberações públicas, e quando inseridas, respondem mais os interesses de seus empregadores do que propriamente do trabalhador em questão. A escolha de parceiros é de suma importancia para a resolução de conflitos, otimização de recursos e, sobretudo, para se posicionar estrategicamente no mercado. No entanto, e como delineamos brevemente nos parágrafos anteriores, em uma sociedade de mercado onde a alta competitividade é a pedra de toque, o fato de as associações partirem de uma premissa mais horizontal, não minimiza os efeitos da competição. De fato, como apontam os autores supracitados, há uma intensa disputa nos setores cooperativistas em busca de aumentar sua carteira de clientes, através da atração de potenciais associados que já estão em outras cooperativas.

Portanto, compreender os limites e os motivos dos saintes nestas cooperativas é, no limite, compreender e analisar o ponto-chave na discurssão sobre a viabilidade do modelo cooperativo em um sistema de alta competitividade. História do Cooperativismo e a chegada ao Brasil. Nos indica que, a partir do séc XIX, em meio a diversas crises no setor produtivo europeu frente a consolidação do capitalismo industrial, os trabalhadores começam a organizar pautas em favor de melhores condições de trabalho. Estas associações informais, partiam da leitura de uma percepção social baseada na crítica à livre concorrencia e a propriedade privada. Vale lembrar que o pensamento tradicional europeu pré-capitalista estava assentado na premissa de uma divisão do trabalho comunal, onde a terra era o capital de maior valor porém sem uma demarcação privada na posse da mesma.

É neste cenário que surgem os chamados socialistas utópicos, um grupo de economistas que pretendiam construir uma crítica a este sistema que se impunha ao trabalhador europeu, divulgando uma doutrina fundamentada na limitação ou supressão do direito a propriedade privada como uma forma de minimizar os impactos sociais negativos ao recém formado proletariado industrial europeu. No limite, o que estes economistas promoviam era uma espécie de correção de rota ao crescente liberalismo econômico. A Cooperativa de crédito tem como objetivo a intermediação financeira, administrar poupanças e prestar serviços bancários aos seus associados (Schardong, 2002). A organização do grupo de pessoas com o objetivo de atender as carências, inicialmente de crédito, evoluiu para poder atender as demais necessidades dos associados.

A expansão nas estruturas e as parcerias contribuíram para melhorar o atendimento e fortalecer os relacionamentos. A Cooperativa sendo uma sociedade de pessoas não é uma empresa, mas possui uma empresa de propriedade coletiva. Enquanto a dimensão social é formada por pessoas, a dimensão econômica é constituída pela empresa coletiva e precisa de administração profissional. A consequência da baixa relação entre associado e empresa cooperativa é uma menor percepção dos beneficios dos associados e redução no crescimento da Cooperativa. Conforme o art. º e art. º da Lei Federal 5. a cooperativa é uma sociedade de pessoas que celebram o contrato entre si e se obrigam reciprocamente a contribuir com bens e serviços no exercício da atividade econômica. Materiais e métodos Esse trabalho foi desenvolvido pelo método de pesquisa explicativa, utilizando-se de dados internos resultantes de pesquisas pré-existentes com amostragem do grupo associados que deixaram a cooperativa no ultimo ano.

Também foram utilizados dados internos para detalhamento de números dos sistema e também as das ações e eventos que são voltados aos associados. A pesquisa teve como objetivo a identificação dos principais motivos que acarretam a decisão do associado em deixar a cooperativa, mesmo após ter um tempo de relacionamento e, possivelmente, ter obtido beneficios com o sistema e conhecimento sobre seus direitos e deveres. Buscou-se ainda identificar oportunidades e estratégias que possam melhorar o nível de satisfação do associado e evite sua saída, pensando na sua satisfação e na manutenção da empresa cooperativa. O interesse em utilizar uma pesquisa pré-existente é evitar que ocorresse uma duplicação de abordagem para o mesmo sainte, considerando que o ocorreu um encerramento do relacionamento.

Al. p. Em um mundo de alta competição, as cooperativas vem enfrentando problemas históricos para dar conta de manter sua relevância frente a concorrência e oferecer serviços que possuam uma infraestrutura profissional e condizente com as melhores práticas de mercado. De fato, as cooperativas de crédito são, de certa maneira, associações que possuem um grau de complexidade importante. Isto se deve, sobretudo, as suas próprias características fundantantes, ou seja, a otimização de um sistema que consiga aliar uma eficiência operacional competitiva e ao mesmo tempo, uma eficiência social que a distingua de uma instituição financeira tradicional. Ainda, o desafio de agregar em um mesmo ambiente, eficiência operacional e social, torna o trabalho das Cooperativas brasileiras algo sui generis.

De toda forma, compreender estas questões nos ajudam a construir reflexões sofisticadas em relação a este problema e, talvez, sugerir caminhos para que o Cooperativismo no Brasil possa caminhar no sentido de uma melhor eficiência operacional. De acordo com Konzen e Oliveira(2016), a intercooperação torna-se fundamental para a prática cooperativista contemporânea. A partir da ideia de redes, a cooperação entre associados passa a ser vista não apenas como um principio estrutural/moral própria dos fundamentos do Cooperativismo, mas também como uma ação estratégica para o futuro negócio, ou seja, a própria ideia de cooperação transforma-se, no limite, em modelo de negócio. Esta informação é de grande importância pois nos coloca novamente em contato com as contradições inerentes do sistema econômico contemporâneo (já tratadas brevemente nas seções anteriores), onde a grande questão se dá entre a alta competitividade de mercado e sua lógica individualizante, e os princípios cooperativistas de matriz horizontal.

Portanto, a questão que permeia toda a discussão ainda é a capacidade do sistema Cooperativo em transpor as barreiras de mercado por pelo menos duas maneiras. Em primeiro lugar, a barreira do profissionalismo e eficiência na busca de quadros que possuam qualificação e capacidade gestora para enfrentar um mercado de alta complexidade e competição. Em segundo lugar, a doutrina cooperativista ainda necessita romber a barreira da falta de informação sobre seu modelo de negócios e caminhar no sentido da transparência e acessibilidade das informações sobre seus serviços afim de trazer segurança para os associados, tanto no sentido de captar novos membros, como mantê-los em sua carteira de clientes como membros filiados. Como apontam Romagna e Assunção(2018) os desafios na implantação e operacionalização das cooperativas é grande.

Além das causas supracitadas, concorrem para este cenário dificuldades na própria formalização destas instituições o que as retiram de um espaço competitivo pela morosidade nas transações. Desta forma, o relatório adotou diversas estratégias para compreender as razões destes jovens não se manterem associados, mesmo com um claro interesse inicial na filiação. – Dados metodológicos O Sicredi realizou uma análise de dados entre os jovens saintes e os que se mantiveram associados e constatou que as duas características mantinham uma semelhança em relação a idade, renda e ocupação profissional. Este dado é fundamental, pois, com amostras semelhantes, a pesquisa pode compreender, já de inicio, que as razões comportamentais eram o grande diferencial entre os saintes e os que se mantinham associados.

A pesquisa adotou uma metologia múltipla em relação a análise de mercado, ou seja, foram adotados métodos qualitativos e quantitativos no decorrer da coleta e apuração dos dados. Em relação a metodologia qualitativa, as análises foram divididas em quatro etapas: Desk Research, Small Talks com Jovens, Cliente Oculto com Jovens, Free Immersion, com Jovens. – Free Immersion com Jovens A livre imersão, é uma abordagem de rua com jovens pelos espaços públicos. Os pesquisadores abordam jovens em tais locais numa média de 30 jovens por localidade. No caso da pesquisa em questão, foram organizados 09 small tanks, compostas por 3 jovens cada, bancarizados ou não. Em relação ao cliente oculto, foram realizadas incursões em Porto Alegre, Caxias do Sul, Cascavel e Campo Grande.

Da mesma maneira, no método Free Immersion, as incursões nas praças pelos pesquisadores foram realizadas nas mesmas cidades. M (Classe A). Isto indicou que quanto mais elitizado é o público e maior o centro urbano, menos conexão e vínculo tem com o Sicredi. Também verificou-se que 51% dos entrevistados apenas trabalhavam, e 29. estudam e trabalham. Em um âmbito comportamental, verificou-se que 51% dos entrevistados só obtinham ajuda dos pais até os 18 anos e, após este período, precisaram manter-se por conta própria. Ago/2018 Da mesma forma que o relatório anterior, este estudo teve como como foco compreender os motivos de saida dos associações no Sicredi. Logo no início do relatório já nos é informado que o principal motivo de insatisfação dos saintes é o atentimento da gerência e taxas de juros altas.

– Metodologia. Para este relatório, foram realizadas três etapas de pesquisa: Etapa qualitativa (68 entrevistas por telefone); Etapa quantitativa (1200 questionários por telefone); Sondagem Interna (4. colaboradores das cooperativas). A respeito do relacionamento dos colaboradores com o associado, o fator que mais impacta é a postura passiva do gerente/colaborador que dificulta o estreitamento dessa relação. Praticamente 70% dos associados entrevistados relataram que seus gestores não ligavam ou visitaram para lhe oferecer soluções financeiras. Ainda sobre relacionamento, cerca de 40% dos associados disseram não terem sido convidados para assembleias e prestações de contas enquanto eram associados, ou seja, não puderam exercer seu papel de dono. Quanto a conveniência, o que mais predomina é o interesse em diminuir a quantidade de bancos e centralizar soluções e movimentação em um só.

A situação da economia do país também impacta, pois associados reduzem o número de contas alegando dificuldades devido à crise financeira. Nos dois relatórios analisados percebe-se uma forte relação entre o descontentamento dos saintes com uma infinidade de serviços propostos pelas cooperativas que vão desde a lentidão operacional até pouca ou nenhuma vantagem social ao associados. Isto nos leva a pensar que a grande questão envolvendo as motivações esteja, no limite, no que foi apontado por Konzen e Oliveira(2016) ou seja, a difuculdade de estabelecer principios efetivos de intercooperação entre os clientes. Tanto nas motivações relacionais, conveniência ou mesmo nas taxas pouco atrativas, os clientes das cooperativas demonstraram um grande desinteresse e desconfiança sobre as vantagens reais de continuarem associados a estes bancos.

Podemos dizer que as cooperativas analisadas promovem uma dinâmica de operações que sem a eficiencia que o mercado exige, fazendo com que a competição entre elas e os maiores players sejam extremamente desigual. Desta forma, ao observarmos, por exemplo, a atuação dos bancos privados, notaremos uma extrema capacidade de resolução de problemas e baixa burocrácia para qualquer cliente que deseja abrir uma conta, obter crédito ou negociar taxas. Principalmente ao colocar os bancos privados como “inimigos”. Desde a pouca quantidade de agências até a associação direta com produtores rurais, as cooperativas analisadas possuem uma espécie de estratégia de marketing que não colabora para atração e, sobretudo, retenção do cliente. Essas questões nos levam também a uma outra contradição.

Quando as cooperativas se posicionam como antítese dos bancos tradicionais, no limite, estão indo na contramão do seu princípio fundantante: a intercooperação. Em um mundo digitalizado e extremamente competivivo, é notório que a melhor estratégia a ser adotada por estas cooperativas é o caminho da cooperação entre estas instituições em busca de objetivos e agendas mutuamente positivas. gov. br/content/estabilidadefinanceira/Documents/gov_coop/pesquisa_governanca_2013_2014_internet. pdf Acesso em 27 mar 2019. Banco Central do Brasil. Pronunciamento do Sr. Boesche, L. Fidelidade cooperativa: uma abordagem pratica. Ocepar/Sescoop/PR, Curitiba, PR, Brasil. Carvalho, Flavio. Et. Brasilia. Disponível em:http://www. sescooprs. coop. br/app/uploads/2017/08/cooperativismo-credito. A. Cooperativismo: Filosofia de vida para uma vida melhor. Ocepar/Sescoop/PR, Curitiba, PR, Brasil. Guia das Melhores Práticas de Governança para Cooperativa.

Instituto Brasileiro de Governança Corporativa. Meinen, Ê. Port, M. Cooperativismo Financeiro: Percurso Histórico, perspectivas e desafios. Editora Confebras, Brasília, DF, Brasil. Ostrom, Elinor: Actopm amd tje evpçitopm of social norms. Brasil. Portal do Cooperativismo Financeiro. A cooperativa não tem sócios. São os Sócios que têm uma Cooperativa! Disponível em https://cooperativismodecredito. coop. Ceballos, Zenalde,. A IMPORTÂNCIA DO COOPERATIVISMO. VI Encontro Latino Americano de Pós-Graduação – Universidade do Vale do Paraíba. Sales. João Eder. Editora Farol, Brasília, DF, Brasil. Smith, Adam. A riqueza das nações: investigação sobre sua natureza e suas causas. Vol. I. coop. br/ppc/images/Comunicacao/2019/relatorio/Relatorio_Anual_2018_Ocepar_01_final_para_site. pdf Acesso em 12/08/2019. Site Sicredi. Quem Somos.

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