ANÁLISE DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

Tipo de documento:Análise

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Trata-se de uma unidade escolar do ensino público e que tem por clientela os alunos da Educação Infantil e do Ensino Fundamental – anos iniciais e finais. Em razão dessa caracterização, já se evidencia que o público ao qual ela se destina é o de perfil socioeconômico predominantemente carente. A escola também possui alunos da educação especial, mas o PPP destaca a ausência de alguns recursos adaptados, como cadeiras e mesas adaptadas. Os turnos de funcionamento da escola são o matutino, das 07h às 11h, e o vespertino, das 13h às 17h. Além disso, o quantitativo de alunos em 2016, ano de publicação do Projeto Político Pedagógico, era de 996. Para o PPP, dois aspectos se destacam pela ótica negativa: o movimento migratório da região e as barreiras de acesso aos meios culturais e de lazer.

O primeiro é uma problemática para a escola por impedir que parte dos alunos curse o ano letivo integralmente, precisando, muitas vezes, interromper o processo para deslocar-se para outra moradia. Já a dificuldade de acesso à cultura repercute na formação escolar limitada desses estudantes, razão pela qual o ambiente escolar precisa lidar com meios alternativos para que esses alunos sejam inseridos no processo ensino-aprendizagem em igualdades de condições com os que têm acesso amplo. No que tange aos aspectos didáticos e tecnológicos, a escola dispõe de recursos como jogos educativos, de alfabetização, matemáticos e de pesquisas brinquedos, livros didáticos e de literatura infantojuvenil. As salas de aula da educação infantil contam com aparelho de som, enquanto as do ensino fundamental compartilham esse aparelho entre si.

Os objetivos da escola também se associam a essa concepção de aprendizagem ativa, visto que dispõem acerca da necessidade de que o aluno articule os conhecimentos em prol do questionamento da realidade e resolução dos problemas, considerando o pensamento lógico, a criatividade, a intuição e a capacidade de análise crítica. Ações pedagógicas a serem desenvolvidas durante o tempo escolar e com a comunidade Embora o PPP da instituição priorize a realização de atividades lúdicas e da relação delas com a aprendizagem, algumas atividades curriculares que propiciam a ampliação de métodos de ensino não foram estabelecidas no projeto. Assim, foi definida a frequência da realização de palestras na escola nem a previsão de que elas devem ocorrer.

Do mesmo modo, não foi instituído com que regularidade os alunos terão acesso a filmes educativos e a realização de passeios. Por outro lado, a escola inclui a previsão de projetos no currículo, mas não especifica como se deve dar a elaboração deles. Assim, a avaliação da aprendizagem deve fazer parte de todas as etapas da vida escolar do aluno dessa instituição, para que se tenha uma visão ampla sobre os avanços e as dificuldades que ele apresenta. O PPP não estabelece como se dá a classificação dos alunos, dispondo que as anotações do professor serão consideradas para efeitos de avaliação individual. Nessa mesma direção, demonstra que devem ser considerados, para efeitos de promoção do educando, os critérios de dificuldade e avanços com base no que foi observado pelo docente durante o processo ensino-aprendizagem.

Avaliação institucional No PPP, não está descrito se haverá avaliação sistemática dele e das ações propostas e se prevê o envolvimento da comunidade e do Conselho de Escola. Além disso, não é disposto nesse projeto como a escola prepara os profissionais da educação para as avaliações externas que visam analisar o nível de educacional da instituição. Outra referência utilizada é de Zimmermann e Strieder (2010), segundo os quais a singularidade de cada sujeito é importante na educação inclusiva. Isso se alinha com a perspectiva de avaliação adotada pela instituição, já que considera o sujeito em campo individual. Outro autor no qual o PPP se baseia é Abramowicz (1997), que define a importância de a escola se constituir como instituição que busca sempre a aprendizagem, além da capacidade de o sujeito aprender coisas diferentes.

No que concerne à alfabetização, a escola toma como referência Paulo Freire (1982), que trata da relação entre aprender na teoria e aplicar na prática, de modo que o processo de alfabetização deve preparar alunos para serem leitores do mundo, e não máquinas que foram programadas de forma mecânica a apenas decodificar.

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